Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, dezembro 23, 2007

Dermatologistas contestam aspectos de tese inovadora

Não adianta pensar que ir muito à praia ou à piscina dará resistência à pele. As características identificadas nos pescadores não são encontradas em pessoas que não tiveram este nível crônico de exposição (12 horas diárias por vários anos), segundo a dermatologista Sarita Martins. Além disso, o sol provocou outros danos nos homens estudados, como rugas, manchas e fotoenvelhecimento.
- Não sei quanto tempo de sol é necessário para que ocorra a proteção, é preciso estudar mais o assunto. Tenho interesse em continuar nessa linha de pesquisa, avaliando mulheres e homens em tempos de exposição diferentes - antecipa Sarita.
A pesquisadora pondera que ainda falta identificar se a resistência é passada geneticamente para os filhos, e se a alimentação, o sal, outros hábitos dos pescadores e o fato deles serem expostos ao sol desde criança e serem morenos podem ter alguma influência. Sarita também quer repetir os testes para identificar se outros profissionais têm as mesmas reações, como agricultores e ambulantes.
Cuidados continuam necessários
Carlos Eduardo Santos, chefe da dermatologia do Inca, pondera que tudo que é preconizado na área de estudo contraria a nova descoberta:
- Pode ser que seja uma verdade relativa. Talvez a exposição esporádica ao sol seja pior pra pele. Há pessoas que não se expõem o ano todo e no verão apanham todo o sol que não deveriam pegar, e sofrem verdadeiras queimaduras, o que é mais arriscado para o câncer - diz.
Entretanto, para Santos, o mais importante ainda é ressaltar que não se deve pegar sol entre 10h e 16h, e é preciso usar filtro solar e chapéu.
- O câncer de pele é o mais incidente no Brasil e o principal fator de risco para o tumor é, sim, o sol. Quem tem atividade em local exposto deve usar roupas compridas e procurar sombra.
O dermatologista acredita que a conscientização maior é que tem ajudado na proteção de profissionais hoje. O surfista João Carvalho, 23 anos, confirma a impressão:
- As pessoas que surfam comigo nunca tiveram problema, mesmo pegando onda desde criança todos os dias. São preocupadas em passar bloqueador e usam roupas de borracha que cobrem o corpo.
Aparecida Machado de Moraes, coordenadora do serviço de dermatologia da Unicamp, pondera que a raça influencia na proteção. Negros e mulatos têm pele mais espessa e quantidade de melanina maior.
O Inca anunciou a previsão de 55.890 casos novos de câncer de pele não melanoma no Brasil no ano que vem em homens, e 59.120 nas mulheres. O mais freqüente é o carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos. O melanoma, tipo agressivo com risco maior de metástase, é detectado em 4% dos pacientes. Mas quando há demora no diagnóstico, o tumor na pele pode causar ulcerações e deformações físicas graves. No começo, são pintas que mudam de coloração, sangram, coçam ou aumentam de tamanho.
- A célula agredida se multiplica e tem comportamento irregular - dis Aparecida. - Os casos de câncer de pele têm crescido. Os raios estão mais fortes e as pessoas têm muitas horas de lazer e trabalho ao sol. (C.G.)
Fonte: JB Online

Em destaque

Rua Duque de Caxias: A “Rua da Agonia” em Jeremoabo

  24/12/2024 Fonte: JV PORTAL / JEREMOABO TV RP:9291/BA A Rua Duque de Caxias, localizada no coração de Jeremoabo, tem sido tristemente apel...

Mais visitadas