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quinta-feira, fevereiro 29, 2024

A posição como imprensa livre é de que as eleições deste ano em Jeremoabo devem ser justas e transparentes

                                                                 Foto Divulgação

"Eu assisti na íntegra a entrevista do pré candidato Matheus e do prefeito com seu secretário e um suposto preposto do PT. Não obstante a tudo que foi dito, nada de concreto tira a possibilidade de Fábio ser candidato pela sigla PT, levando-se em conta que é notório o engajamento desse partido, em construir uma base para 2026, enquanto o PP, reflete o dia a dia do macaco, logo, qualquer argumento que tendencie em contrário, não é base suficiente para inibir tal pretensão, e é lógico que o cidadão ali presente veio tentar distorcer a realidade dos fatos já materializados, já que salvo engano da fala de alguém com poder no Diretório do PT, a candidatura de Fábio é um fato, por conseguinte, tentam construir uma narrativa que não representa a verdade, mas tendenciosa a beneficiar aos interesses particulares de quem a divulga. Não sou eleitor de Fábio, no entanto, não posso ficar calado ao entender que o argumento é apenas uma distorção da verdade.

Vale aqui ressaltar que o indicado pelo prefeito nada mais é do que uma busca desesperada de ajudar aos próprios interesses, haja vista os inúmeros processos que o prefeito tem a se justificar perante a justiça, os quais, se condenado, mesmo vivendo mais 100 anos, ainda não será o suficiente para se livrar das penas que lhes serão imputadas.

Vamos aguardar o desenrolar dos acontecimentos, inclusive, sabermos quem vai ficar com quem, já que nas esquinas da vida, dizem que alguns aliados do prefeito, abandonaram o barco, consciente de que o barco zarpará, mas afundará logo em seguida. "(SIC).

Nota da redação deste Blog -    Caro leitor,

A posição como imprensa livre é de que as eleições deste ano em Jeremoabo devem ser justas e transparentes. É inadmissível que qualquer tipo de irregularidade seja tolerada, independentemente do candidato ou partido envolvido.

A nossa iniciativa de acompanhar de perto o processo eleitoral e de denunciar qualquer tipo de fraude o que é louvável e demonstra o nosso compromisso com a democracia e com o futuro da nossa cidade.

O blog é uma ferramenta poderosa para divulgar informações e conscientizar a população sobre as possíveis irregularidades. É importante que continuar a utilizá-lo para este fim, sempre com base em fatos concretos e provas.

Se as denúncias feitas no blog não surtirem efeito, em Jeremoabo buscaremos noutros canais de comunicação, como a imprensa e as instâncias superiores da Justiça Eleitoral.

Com a participação de cidadãos conscientes , podemos garantir que as eleições em Jeremoabo sejam limpas e justas, e que o resultado final reflita a vontade do povo.

Acredito que a união de pessoas honestas e comprometidas com o bem da nossa cidade pode fazer a diferença. Vamos juntos defender a democracia e construir um futuro melhor para Jeremoabo.


Alerto ao eleitor de Jeremoabo que lembre-se:

  • A sua participação é fundamental para garantir eleições justas e transparentes.
  • Denunciar irregularidades é um direito e um dever de todo cidadão.
  • Juntos, podemos fazer a diferença!

Atenciosamente,

blogdedemontalvao.

A verdade sempre encontra seu caminho: O retorno de Fábio da Farmácia à Jeremoabo FM



                                            Foto Divulgação


A verdade sempre encontra seu caminho: O retorno de Fábio da Farmácia à Jeremoabo FM

Toda ação provoca uma reação, e a verdade sempre encontra seu caminho. É com base nesse princípio que o grupo do pré-candidato a prefeito Fábio da Farmácia retorna à Jeremoabo FM no próximo dia 04 de março.

A mentira tem pernas curtas e contra fatos não há argumentos. Durante a campanha eleitoral, o grupo de Fábio foi alvo de ataques e mentiras infundadas. Em respeito ao povo de Jeremoabo e por não aceitar baixarias, o grupo decidiu retornar da emissora paar se defender por ofensas gratuitas.

No entanto, o silêncio não é a resposta. O grupo de Fábio acredita que a verdade precisa ser dita e que o povo de Jeremoabo tem o direito de saber o que realmente aconteceu.

No dia 04 de março, o grupo estará de volta à Jeremoabo FM para apresentar os fatos e esclarecer todas as dúvidas. Será uma oportunidade para que o povo de Jeremoabo conheça melhor o pré-candidato Fábio da Farmácia e suas propostas para a cidade.

A política é coisa séria e o povo de Jeremoabo merece respeito. O grupo de Fábio da Farmácia está comprometido com a verdade e com o diálogo aberto.

No dia 04 de março, a verdade será dita.

#FábiodaFarmácia #Jeremoabo #Eleições2024 #Verdade #Diálogo #Respeito


Convido o povo de Jeremoabo para acompanhar o retorno do grupo à Jeremoabo FM no dia 04 de março.

Juntos, podemos construir um futuro melhor para Jeremoabo!

O Minitério Público Eleitoral deve ter ouvido o barulho dos fogos e o som do paredão, cabe aos interessados encaminhar os videos e fotos para as devidas providências.


,De acordo com a legislação eleitoral brasileira, o uso de carro de som ou paredão para fazer festa no lançamento da pré-candidatura a prefeito caracteriza propaganda eleitoral antecipada, o que é vedado. A propaganda eleitoral só é permitida a partir do dia 16 de agosto do ano da eleição.

A utilização de carros de som, paredões ou qualquer outro meio para promoção de eventos que visem promover um pré-candidato antes do período estabelecido pela legislação eleitoral pode resultar em sanções, multas e até mesmo na cassação do registro da candidatura.

Os pré-candidatos devem estar cientes das restrições impostas pela lei eleitoral e evitar qualquer tipo de atividade que possa ser interpretada como propaganda antecipada. É importante respeitar os prazos estabelecidos para a realização de campanhas eleitorais a fim de garantir a lisura do processo democrático.

Será mais um epsódio da maldição dos capuchinhos, Jeremoabo não merece tamanho castigo

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Parece que o pré-candidato a prefeito sobrinho do prefeito durante sua entrevista teev um branco e esqueceu o que decorou paar falar, o que é  bastante constrangedor, especialmente em uma situação tão pública como uma entrevista de rádio.
Em última análise, o desempenho do pré-candidato em uma entrevista de rádio pode ser um fator a ser considerado pelos eleitores, mas é apenas um aspecto de sua candidatura. Eles também podem considerar suas experiências, visões políticas, planos de governo e habilidades de liderança ao decidir seu voto.
Cada povo tem o prefeito que merece.

Um preposto do grupo de Fábio da Farmácia fez Comentário sobre a matéria:

 

                                            Foto Divulgação


É lamentável que, antes mesmo do início oficial da campanha eleitoral, a disputa em Jeremoabo já esteja marcada por baixarias e ataques pessoais. A declaração do membro da equipe de Fábio da Farmácia, em resposta às entrevistas de Deri do Paloma e outros, evidencia o clima de animosidade que se instala na cidade.

Acusações de mentira e difamação não contribuem para um debate saudável e construtivo. É importante que os candidatos se concentrem em apresentar suas propostas e projetos para o município, permitindo que os eleitores façam uma escolha consciente e informada.

A alegação de que Fábio da Farmácia não tem o apoio do PT local e estadual, não procede, mesmo assim, não garanteria a vitória do oponente. O eleitorado de Jeremoabo precisa ir além de rótulos partidários e avaliar os candidatos com base em seus méritos, experiência e capacidade de liderança.

É positivo que Fábio da Farmácia pretenda usar o direito de resposta para esclarecer os pontos levantados em seu contra. A transparência e o diálogo são essenciais para que a população possa discernir entre fatos e ilações.

Por fim, vale destacar que a migração de três vereadores do grupo de Deri do Paloma para o lado de Fábio da Farmácia pode ser um indicativo de fragilidade na candidatura do primeiro. No entanto, é importante lembrar que o apoio de lideranças políticas nem sempre se traduz em votos populares.

O momento que antecede as eleições exige maturidade política e respeito mútuo. Os candidatos devem se abster de ataques pessoais e focar na apresentação de propostas que atendam às reais necessidades da população de Jeremoabo.


Polícia Federal procura prender quem financiou acampamentos bolsonaristas


URGENTE! Polícia Federal propõe novo concurso com 2 mil vagas

As equipes da PF tentam cumprir três mandatos de prisão

Eduardo Gonçalves e Bernardo Lima
O Globo

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a 25ª fase da Operação Lesa Pátria com foco nos financiadores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Os agentes cumprem ao todo três mandados de prisão preventiva e 24 de busca e apreensão em oito Estados – Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.

Os principais alvos de hoje são os empresários Joveci de Andrade e Adauto de Mesquita, donos de uma rede atacadista do Distrito Federal. Eles foram indiciados pela CPI do 8 de janeiro como integrantes do grupo de financiadores dos atos antidemocráticos. A PF suspeita que a dupla tenha contratado um trio elétrico e fornecido alimentos ao acampamento golpista montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

CRIMES DE MONTÃO – As ações foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. E os alvos são suspeitos dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

São suspeitos de patrocinarem o grupo de bolsonaristas que invadiu e depredou as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. Segundo a PF, os gastos pelos danos ao patrimônio público giram em torno de R$ 30 milhões. Parte dos vândalos havia se deslocado a Brasília em caravanas de outras cidades e estava acampada em frente ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano.

A PF investiga os empresários que patrocinaram essas viagens e o acampamento, que foi montado logo após o segundo turno das eleições de 2022. Os participantes dos atos não aceitavam a derrota eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro e pediam uma “intervenção militar” para derrubar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


O necessário combate às desinformações produzidas pela Inteligência Artificial

Publicado em 29 de fevereiro de 2024 por Tribuna da Internet

Imagens falsas com Trump sendo preso viralizam

Pedro do Coutto

O presidente do Superior Tribunal Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, está tomando providências para assegurar o transcurso das eleições municipais neste ano, sobretudo em relação ao uso da Inteligência artificial, que realmente é uma usina tanto de progresso quanto de acesso por políticos e pessoas mal intencionadas.

Na noite desta terça-feira, a GloboNews exibiu filmes forjados, mas cuja autenticidade pode enganar milhares de pessoas em todo o país e contribuir para a desinformação e produção de situações que não condizem com a verdade. Esse campo é tão sofisticado que pode apresentar pessoas usando a sua própria voz, mas em situações falsamente produzidas, capazes de aparentar realidades.

É um perigo em todos os sentidos, sobretudo no caso das eleições. O falso filmete exibido relativo às eleições dos Estados Unidos mostrava o ex-presidente Donald Trump trocando golpes com agentes federais encarregados de prendê-lo. Impressionante como existe a capacidade de se criar situações com base em fatos que não ocorreram. Da mesma forma, com base IA atribuir comparações e até confissões de pessoas que não participaram dos fatos criados no laboratório da imaginação humana.

No Brasil,  Mores está alertando o TSE e as empresas especializadas para tentar evitar que falsificações não ocorram. E, se ocorrerem, deverão ter os responsáveis imediatamente identificados. Além disso, como as redes sociais têm um efeito imediato, é preciso que a Justiça Eleitoral faça a retirada instantânea de matérias carregadas de desinformação. É um desafio que deverá levar à ampliação dos trabalhos do TSE e dos Tribunais Regionais para que a opinião pública não seja iludida pelas aparências falsificadas.

Há que considerar ainda que a política é um campo em que as paixões se desenrolam de acordo com as vontades das legendas e dos candidatos. Para os que se apaixonam de forma desnorteada, como os que invadiram Brasília para destruir prédios públicos, seus adversários sempre são desqualificados sob a sua visão. Daí porque é importante que haja uma regulamentação sobre o tema deste artigo.

As eleições municipais, sobretudo em São Paulo, são uma prévia da própria sucessão presidencial de 2026. É um problema muito grande a ser enfrentado pelo TSE sem afetar o direito de opinião, estabelecendo limites para esse direito e que não podem incluir a falsificação de imagens, atitudes ou palavras, não obscurecendo a realidade.


Empresários presos são “bolsonaristas radicais”. justifica o relatório da Polícia

Publicado em 29 de fevereiro de 2024 por Tribuna da Internet

Atacadistas do DF são alvo de mandado de prisão por financiar | Notícias - Jornal Extra de Alagoas

Os dois sócios foram presos por determinação de Moraes

Mirelle Pinheiro e Carlos Carone
Metrópoles

Relatório da Polícia Civil do Distrito Federal apontou que os empresários Adauto Lucio de Mesquita e Joveci Xavier de Andrade, presos pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (29/2), na nova fase da Operação Lesa Pátria, estavam entre os financiadores do acampamento golpista montado em frente ao Quartel-General (QG) do Exército em Brasília.

O documento da Polícia detalha que os sócios do Melhor Atacadista seriam patrocinadores de vários outdoors colocados no Distrito Federal em apoio ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Além disso, Adauto Lucio de Mesquita teria criado um grupo de WhatsApp para arrecadar dinheiro para aluguel de lonas aos acampados em frente ao QG do Exército.

FINANCIADORES – Segundo o apurado, Adauto Lucio e sócios forneciam, semanalmente, alimentos e água para manifestantes golpistas acampados em frente ao quartel-general local e também bancavam parte do pagamento pelos banheiros químicos instalados na Praça dos Cristais, no Setor Militar Urbano (SMU), em Brasília.

Denúncia oferecida pela Polícia Civil  dá conta de que os empresários são radicais bolsonaristas. No relatório, consta que Adauto figura como dono de 21 propriedades rurais, distribuídas entre as cidades de Planaltina (GO), Niquelândia (GO) e Luziânia (GO).

Apesar de não ser filiado a partidos políticos, o empresário doou R$ 10 mil para a campanha do então candidato Jair Bolsonaro, nas eleições de 2022.

INDÍCIOS SUFICIENTES –  Segundo o relatório, “existem indícios suficientes que Adauto Lucio de Mesquita tenha realmente, junto a seu sócio Joveci Xavier de Andrade, financiado as manifestações antidemocráticas que ocorreram nesta capital, a partir do dia 31 de outubro de 2022”

Ainda segundo o documento, as manifestações na porta do quartel “culminaram com atentados ocorridos no dia 12 de dezembro de 2022, dia da diplomação do candidato eleito Luiz Inácio da Lula da Silva; o atentado a bomba ocorrido nos arredores do Aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro de 2022; e, por último, o lamentável e triste episódio ocorrido no dia 8 de janeiro de 2023”.

À época, autoridades já haviam constatado que o deslocamento dos manifestantes e a manutenção do acampamento em frente ao QG do Exército exigiram a mobilização de vultosa quantia de recursos financeiros.

DISSE O COMANDANTE – Em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa (CLDF), o então comandante do Departamento de Operações da PMDF, coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, afirmou que “teve a informação de que as pessoas do acampamento eram pagas e quem orquestrava era quem estava hospedado nos hotéis na área central de Brasília”.

“Estamos recrutando pessoas que tenham disponibilidade para ir a Brasília de ônibus que sairá no domingo e volta na quinta feira. Tudo pago.” Anúncios como esse circularam em grupos com milhares de integrantes em redes sociais como o Telegram, Facebook e WhatsApp nos dias que antecederam a invasão das sedes dos três poderes em Brasília, no domingo (8/1), indicando a possibilidade de financiamento para os atos. A existência de uma rede financiando a ida de manifestantes é uma das principais linhas de investigação da Polícia Federal.

TUDO DE GRAÇA – De acordo com investigadores, um dos pontos que chamou atenção nas mensagens foi a aparente gratuidade do transporte e a promessa de que os militantes teriam abrigo e alimentação bancados assim que chegassem a Brasília. A indicação é de que, assim que chegassem em Brasília, os manifestantes recrutados seriam alocados no acampamento que se formou em frente ao Quartel General do Exército.

Em nota, a defesa de Adauto Lúcio Mesquita e Joveci Andrade afirma não ter tido acesso à decisão que levou às prisões. “Ressalta-se que, desde o início, houve esforços para esclarecer todos os fatos, compromisso que será mantido perante o Supremo Tribunal Federal”, acrescentou.

“A realização de apurações pelo Estado é considerada válida, e os investigados veem agora a oportunidade de elucidar completamente as questões em aberto. Eles reiteram seu compromisso com a democracia, o Estado de Direito, o respeito às Instituições, ao processo eleitoral, ao Ministério Público e ao Judiciário, com especial ênfase na sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal”, disse a defesa.

CONTRA VANDALISMO – O comunicado acrescenta, ainda, que o grupo ao qual Joveci e Adauto são acionistas “é contra o vandalismo e a intolerância política, e acredita que a democracia é feita com pensamentos diferentes, mas jamais com violência. A diretoria do Grupo respeita as Instituições brasileiras, a democracia e o Estado de Direito”.

A PF deflagrou, nesta quinta-feira (29/2), a 25ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que financiaram e fomentaram os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro, em Brasília.

Ao todo, foram cumpridos 34 mandados judiciais, sendo 24 de busca e apreensão, três de prisão preventiva e sete de monitoramento eletrônico, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. As ações ocorrem nas seguintes unidades da Federação: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Financiar ato público com dinheiro limpo não é crime. No entanto, Moraes vai alegar que eles sabiam que iria haver vandalismo e golpe militar. E ainda chamam isso de Justiça… (C.N.)


Sentimentos de ajuda aos carentes às vezes redundam em péssimas políticas


A Sutil Arte De Ligar O Foda-se

O sucesso de Mark Manson tem explicação

João Pereira Coutinho
Folha

É uma das mais antigas memórias de infância: eu, com nove anos, cantando “we are the world, we are the children” na festa da escola. O auditório, com pais embevecidos e lacrimejantes, bebia as palavras como se fossem as tábuas da lei que Moisés trouxe do Sinai.

Eu, antecipando uma carreira futura como rezinga profissional, murmurava apenas palavras soltas, contando os segundos para fugir do palco.

DE BRAÇOS ABERTOS – Foi um sucesso. De tal forma que, para mal dos meus pecados, a turma fez turnês por outras escolas, casas de repouso —e, se a memória não me falha, o hospital psiquiátrico da cidade, onde fomos recebidos de braços abertos.

Lembrei tudo isso enquanto assistia ao documentário “A Noite que Mudou o Pop”, na Netflix, sobre a noite em que Los Angeles reuniu em estúdio o maior número de estrelas para gravar “We Are the World”.

Apesar do meu estresse pós-traumático, gostei. Para começar, o solo de Bob Dylan era o único momento da canção que verdadeiramente me encantava. Mas quem diria que foi Stevie Wonder, mimetizando o estilo de Dylan, quem ensinou ao próprio Dylan como cantar os versos?

VELHAS CERTEZAS – De resto, confirmei velhas certezas: a beleza irreal de Diana Ross, a força vulcânica de Bruce Springsteen e o talento ofensivo de Michael Jackson. Tudo era fácil, gracioso e luminoso naquele corpo frágil.

Claro que, no filme, falta o essencial: o destino do dinheiro. Na década de 1980, a fome na África, sobretudo na Etiópia, levou figuras como Bob Geldof ou Harry Belafonte a mobilizarem esforços homéricos para salvarem os famintos.

Canções foram gravadas. Concertos foram organizados. Milhões de dólares foram enviados para o continente. Mas fenômenos como a Band Aid ou a USA for Africa nunca perderam o seu tempo para questionar as origens políticas da fome que combatiam.

GUERRA CIVIL – No caso da Etiópia, a catástrofe humanitária era, em grande medida, responsabilidade do regime de Mengistu Haile Mariam e da guerra civil em que ele mergulhou o país.

Se juntarmos à guerra a coletivização forçada da agricultura promovida por Mengistu, com o deslocamento forçado de meio milhão de pessoas — uma estimativa conservadora —, entenderemos melhor as imagens obscenas das crianças esqueléticas que horrorizaram o Ocidente.

Os milhões de dólares teriam aliviado as condições infernais de muitas delas. Mas persiste hoje — nos trabalhos notáveis de Dambisa Moyo e de David Rieff — a acusação de que esse dinheiro, nem sempre usado para fins humanitários, serviu sobretudo para prolongar a guerra e, por consequência, a fome.

MORAL DA HISTÓRIA? – Os bons sentimentos, às vezes, redundam em péssima política. Mas quantos poderiam imaginar isso naquela noite de 1985, quando os melhores dos melhores pensavam que estavam salvando o mundo?

Excesso de empatia pode ter os seus abismos. Falta de empatia também, embora essa seja a principal ambição do homem na modernidade. Tempos atrás, na casa de um familiar, encontrei os famosos livros de Mark Manson, com os títulos sonantes “A Sutil Arte de Ligar o F*da-se” e “F*deu Geral”. “Milhões de exemplares vendidos”, lia-se na capa!

A mensagem, resumidamente, era só uma: seja mais sociopata. Que interessam os outros? A vida livre, a vida feliz, é feita de misantropia e narcisismo. Remorsos ou vergonhas só atrapalham. No fundo, milhões de leitores gostavam de ter uma patologia mental. Ou, para usar os termos científicos, uma “perturbação de personalidade antissocial”, tal como descrita por Patric Gagne, psicoterapeuta e sociopata, com livro de memórias no mercado.

CONTROLAR OS IMPULSOS – O título é “Sociopath” e, em entrevista ao New York Times, Gagne nos fala da sua vida convivendo com o distúrbio. A apatia emocional, a ausência de consciência moral, a indiferença perante a dor dos outros — tudo começou bem cedo. A que se seguiu a criminalidade — nada de horripilante, apenas furtos e vandalismo.

Hoje, consciente de sua condição, Gagne consegue controlar os seus impulsos. Mas o momento revelador da entrevista acontece quando ela afirma que os “neurotípicos” —gente sem perturbação— sentem uma curiosidade invejosa pela sociopatia. Por quê?

Porque imaginam que é um estado gostoso, onde a culpa, essa invenção pequeno-burguesa, deixa de fazer sentido. Alguns chegam a confessar ideações homicidas, esperando encontrar compreensão. Se calhar, está aqui o próximo best-seller, “A Sutil Arte de Matar o Próximo”. Alguma editora estaria interessada?

Xingatório e bazófias não ajudam a estancar sangria na Faixa de Gaza

Publicado em 29 de fevereiro de 2024 por Tribuna da Internet

Guerra: Brasil desloca diplomatas para dar suporte a brasileiros em Gaza -  Internacional - Estado de Minas

Em breve, restarão apenas escombros na Faixa de Gaza

Mario Sergio Conti
Folha

O francês Edgar Nahoun era um adolescente de família judaica quando, na Guerra Civil Espanhola, integrou uma organização antifascista que dava ajuda material aos republicanos. Com 20 anos, engajou-se na resistência armada à ocupação da França pelos nazistas.

Organizador de atentados e judeu, seria executado se fosse pego. Adotou então o pseudônimo que continuou a usar quando a guerra acabou: Edgar Morin. É o nome que está na capa das dezenas de livros de sociologia que publicou.

DIZ O SOCIÓLOGO – Morin tem 102 anos. Foi com clareza e gravidade que falou de Gaza a uma plateia emudecida, O vídeo, impressionante, está na internet. Eis o que disse.

“Estou chocado e indignado pelo fato de que aqueles que representam os descendentes de um povo perseguido durante séculos, por razões religiosas ou raciais, que os descendentes desse povo, os que hoje tomam decisões do Estado de Israel, possam não só colonizar um povo inteiro mas expulsá-lo de suas terras, tentar expulsá-lo para sempre.”

O 7 de Outubro, disse, foi um “massacre”. Desde então, o governo israelense vem promovendo uma “carnificina” que atinge “civis, mulheres e crianças”. Lamentou “o silêncio dos Estados Unidos, protetor de Israel, o silêncio dos Estados árabes, o silêncio dos Estados europeus, que se pretendem defensores da cultura, da humanidade e dos direitos humanos”.

VER AS COISAS – Morin preferiu substantivos a adjetivos. Não atribuiu intenções, vituperou ou foi divisivo. Tampouco escudou-se na condição de judeu e resistente. A certa altura, usou a expressão “ver as coisas de frente”.

Foi isso o que Lula não fez ao comparar a guerra de Israel contra os palestinos à de Hitler contra os judeus. A comparação é imprópria porque o führer nazista matou mais de 70 milhões de pessoas.

Entre outros, foram 25 milhões de soviéticos, 15 milhões de chineses, 410 mil norte-americanos, 2.000 brasileiros e 6 milhões de judeus — estes assassinados numa ação industrial de extermínio. Política, moral, fornos crematórios e o número de vítimas fizeram do nazismo o ápice da barbárie.

LULA XINGA – O que Lula fez foi xingar. Biden também xingou na quarta-feira, ao dizer que Putin é “um FDP maluco”. Como quem xinga é xingado, o Kremlin retrucou que Biden é um “caubói de Hollywood”. Xingatório é uma coisa; política, outra. Ou melhor: a política deveria ter consequências.

Se Netanyahu é um Hitler, a consequência é enfrentá-lo logo para evitar que o mal se alastre. É urgente fazer como Morin, empunhar armas contra o nazismo. Tirar o pijaminha do general Augusto Heleno, botar-lhe uma fardinha e mandá-lo invadir Tel Aviv com sua garrucha. Aguardemos.

A guerra em Gaza não se presta a bazófias. É briga de cachorro grande, de países ricos, com apoio popular e armas aniquiladoras. É palpável o risco de um incêndio que engolfaria o Oriente Médio. Um ministro israelense chegou a sugerir um ataque nuclear a Gaza.

MILHÕES FAMÉLICOS – O horror dá náuseas. São milhões os expulsos de suas casas, famélicos que disputam em andrajos um naco de pão. Diuturnas, as imagens do abuso reiteram a intimação do verso de Neruda na Guerra Civil Espanhola: “Vinde ver o sangue pelas ruas”.

A injustiça do assalto a Gaza leva muitos a se perguntarem se dá para, num canto do planeta, ajudar a estancar a sangria. Sozinho ninguém detém mísseis. Mas a opinião pública mundial pode muito. Quem agiu com contundência foi um país mais fraco que o Brasil, a África do Sul. Ela encaminhou um documento de 80 páginas ao Tribunal de Haia. Sustenta que Israel está passando do massacre ao genocídio —acusação feita com base em fatos.

Com a palavra, ministros de Israel: no futuro “haverá 100 mil ou 200 mil árabes em Gaza, e não 2 milhões”; “vamos lutar até quebrar-lhes a espinha dorsal”; “a destruição do norte de Gaza é um prazer para os olhos”; os palestinos “são uns animais”. Não poderiam ser mais claros.

NÃO É DEMOCRACIA – A peça sul-africana ajuda a sepultar dois mitos. Reza o primeiro que Israel é uma democracia. Não é. Há 475 mil colonos israelenses na Cisjordânia e no Golan ao arrepio de leis internacionais. Os palestinos não têm ali liberdade de expressão, acesso à Justiça, direito de ir e vir. É apartheid e pau neles.

O segundo mito diz que a guerra é iniciativa de Netanyahu e da extrema direita. Em termos. A guerra é conduzida por um gabinete de união nacional, integrado pela oposição.

Para acabar com o tormento em Gaza será preciso vencer o silêncio de que falou Edgar Morin. E calar a barulheira de xingatórios e bazófias.

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