Por Giulio SanmartiniOs senadores gostam mesmo de brincar com o fogo e, este que está ardendo, é o do clamor público indignado com as patifarias perpetradas pelo presidente da Casa. A escolha do senador Siba Machado (PT-AC) para a presidência do Conselho de Ética do Senado, que conduzirá o processo aberto pelo PSOL contra Renan Calheiros por quebra do decoro parlamentar, é mesmo brincar com o fogo, haja vista que ele é unha e carne com o acusado, conforme observação do senador Pedro Simon (PMDB-RS) um dos poucos políticos sérios da República: “É o presidente do Senado que vai a julgamento. Na presidência do conselho tinha que estar um sujeito acima de qualquer questionamento. Não entendo como, tendo a possibilidade de eleger alguém da estatura de Jefferson Peres (PDT-AM), o conselho fez a opção que fez”Reinaldo Azevedo, estabelece algumas perguntas que a opinião pública quer que Calheiros responda:- Por que Renan recorria a Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, para efetuar o pagamento à “gestante” e depois mãe?- O pagamento era feito em dinheiro? A moça não tinha conta bancária? Renan não confia em bancos?- O que Renan fazia? Sacava o dinheiro no banco e o entregava a Gontijo para que este repassasse à moça?- O tal fundo, em duas parcelas de R$ 50 mil, foi depositado em alguma conta especial ou foi entregue à mãe para que usasse livremente?- Seja ou não fundo, que diferença isso faz? A questão é a origem do dinheiro;- E o flat no hotel Blue Tree, em Brasília? É mesmo do lobista? Por que o senador precisa do flat de um lobista?- Renan é amigão de Gontijo, também seu confidente. Amizade supõe troca, reciprocidade. Qual era a parte de Renan nessa fraternidade?O resto é blá,blá, blá!Agora, sem preconceito algum, observando fotografia que mostra o senador Sibá falando ao telefone, me surpreendo, pois acho que alguém com mais de 15 anos, que tenha a coragem de possuir e usar no Senado um celular da cor lilá, com certeza não é sério.Que se cuidem os senadores, a batata deles está assando!
Fonte: prosa & política
Certificado Lei geral de proteção de dados
quinta-feira, maio 31, 2007
A Fila da Absolvição
Por Villas-Bôas CorrêaNão importa que a defesa do senador Renan Calheiros tenha mais furos que rede de pescador. E é pura perda de tempo catar as contradições e lacunas no seu depoimento: o presidente do Senado jamais correu qualquer risco. Tal como em comédia burlesca ou em novelas de televisão, antes do primeiro capítulo, o final está pronto na cabeça do autor. Por que infernizar a vida do presidente do Congresso, um dos líderes do PMDB que ajudou a tanger o partido para as pastagens do governo, de um companheiro sempre pronto a atender os pedidos dos colegas?Depois, os antecedentes armam a grelha - ou o limpa-trilhos do preciso regionalismo alagoano - para o pouso do senador no fofo colchão da impunidade: o Congresso não tem autoridade para punir ninguém, nem deputado do baixo clero, depois de consagrada a absolvição de dezenas de denunciados no festival de escândalos do Legislativo recordista, como nunca se viu igual na história deste país. Por entre os felizardos premiados com os gasparinos da absolvição da ladroagem do caixa 2, das propinas do mensalão, nas trapaças apuradas pelas CPI dos Correios, das ambulâncias e de emplacada a máxima de que o voto que elege e reelege tem o generoso sentido do perdão do povo, o ilustre e empelicado representante de Alagoas desfila com o garbo de carneiro em parada.A imprensa cumprirá o seu dever de catar contradições na defesa que parece armada com tela de galinheiro. Se os documentos exibidos nos 24 minutos de engasgada emoção não comprovam a origem do dinheiro que o pai pródigo gastou com a filha, fruto de uma relação extraconjugal, o senador arranjará outros. O lobista da Mendes Junior, o prestimoso amigo Cláudio Gontijo, deve dispor de pilhas de recibos para todas as serventias.O presidente do Senado obedeceu ao figurino e comportou-se como recomendam as normas da Casa. À fila de senadores de todos os partidos que o afogaram nos abraços e sacudiram o pó com as palmadas nas costas e anteciparam o desfecho sabido, seguiu-se o blablablá da bazófia: tudo deve ser apurado para a exemplar punição dos culpados. Se for o caso, o rigoroso Conselho de Ética examinará as acusações e a defesa. E, na forma do louvável costume, o plenário do Senado garante a absolvição e a nova manifestação de solidariedade.A esfuziante solidariedade pessoal ajusta-se ao modelo ético de novos tempos. Pipocam as justificativas para barrar a ressaca da indignação dos poucos que gritam e dos muitos que calam. Todas ou muitas de inegável oportunidade, como o financiamento público de campanha; a fidelidade partidária ou o fechamento dos ralos na elaboração do Orçamento.Mas não se toca nem com o dedo mindinho nas causas reais da desmoralização do mais democrático dos poderes - como as semanas de dois a três dias úteis, as quatro passagens mensais para o fim de semana com a família, a orgia das mordomias, vantagens e benefícios, como a da inqualificável verba indenizatória de R$ 15 mil para as despesas dos quatro dias da folga semanal.O ex-deputado federal e estadual, acadêmico Afonso Arinos de Melo Franco Filho, confessou a sua perplexidade: "Não consigo encaixar o meu pai neste Congresso".Puxamos o fio do saudosismo e fomos longe na especulação: não apenas o senador Afonso Arinos, o mais completo parlamentar desde o fim do Estado Novo. Para ficar em alguns exemplos: Milton Campos, Nereu Ramos, Gustavo Capanema, Aliomar Baleeiro, Bilac Pinto, Carlos Lacerda, Alberto Pasqualini, Odilon Braga, Daniel Krieger, Petrônio Portela, Thales Ramalho, Célio Borja e Adauto Lúcio Cardoso.Paramos por aí. Silenciados pela vergonha.
Caetano fala sobre prisão e reafirma inocência
Após passar sete dias na carceragem da Polícia Federal, em Brasília, sob acusação de integrar uma quadrilha que fraudava licitações, o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), volta a reiterar que é inocente e garante que, embora se sinta injustiçado, continuará trabalhando firme pelo município que o elegeu. Entretanto, a partir de agora, com duas frentes: dar continuidade a boa administração realizada, buscando melhorar cada vez mais e provar que nada tem a ver com as fraudes constatadas na Operação Navalha e muito menos com Zuleido Veras, o dono da Gautama, principal alvo das acusações. Entre as metas, a reeleição não foi descartada. “Obviamente que é uma idéia central, mas eu sou um homem de partido, que deve analisar esta hipótese mais na frente. Contudo, as demonstrações de carinho que eu tenho tido em Camaçari, me fizeram crer que não perderia votos”, disse. Ao descrever os dias difíceis que passou na prisão, Caetano declara que durante o banho de sol, único momento em que ele podia sair da cela de cerca de 18 metros, em que dividia com seis pessoas, Veras o pediu perdão e prometeu inocentá-lo. “Você não tem nada a ver com isso. A Gautama é p... com você, mas darei meu depoimento a seu favor”, relatou o que Zuleido lhe disse. Além disso, o prefeito de Camaçari, que em visita à Tribuna da Bahia, foi recebido pelo diretor presidente Walter Pinheiro e pelo diretor de redação, Paulo Sampaio, elogiou e agradeceu a cobertura realizada pelo jornal, de “equilíbrio, isenção e responsabilidade”, afirmou que a própria ministra do Superior Tribunal de Justiça que está conduzindo o caso, Eliana Calmon, somente ao tomar seu depoimento soube que não havia nenhum contrato e, consequentemente, obras sendo realizadas com o dinheiro federal. “Daí, ela me perguntou o que eu tinha a dizer das gravações. E eu respondi que apenas o que estava ali. Veras perguntando ao filho o que eu havia dito e recebendo como resposta a palavra nada e que por conta disso, não teve o que me dizer”, explicou, ressaltando que antes mesmo do parecer quanto aos pedidos de habeas corpus, a ministra já havia concedido o relaxamento da sua prisão. Quanto ao famoso Zaqueu, segundo palavras do próprio Caetano, que seria funcionário da prefeitura, a princípio na sua cabeça tudo não passava de uma armação, já que não se lembrava de ter nenhum funcionário com esse nome. “Estão querendo armar contra mim. Era só o que eu pensava. Mas, fui surpreendido com o meu suposto funcionário gritando da grade da sua cela para todos que quisessem ouvir: Caetano eu sou o Zaqueu, mas não sou seu funcionário e muito menos te pedi passagens aéreas”, destacou. (Por Fernanda Chagas)
Pressões da construtora por obra
Segundo Caetano, de fato não faltaram pressões para que o contrato de licitação feito na gestão anterior não fosse cancelado. “Contrato este, que apesar de estar respaldado pelo Ministério Público, resolvi não utilizar, como se estivesse prevendo que algo de errado estava por vir. Decidi então fazer outra licitação com o mesmo objetivo, o que levou a JLA, empresa fruto de uma briga entre os proprietários da Gautama, entrar na Justiça pelo sonhado contrato, revogado, para minha sorte, no final do ano passado”, destacou. “Eles queriam a todo custo manter o contrato, mas eu desde o início me opus. Se quisesse usaria o contrato do prefeito anterior, já que tinha respaldo para isso. Na verdade me considero um exemplo nesta história, pois o meu único contato com Zuleido foi parar negar-lhe às inúmeras pressões”, orgulhou-se. Questionado se após todo o constrangimento passado ele não pretendia buscar junto à Polícia Federal os seus direitos, Caetano respondeu que: “essa é a pergunta que todos me fazem, quando relato a verdadeira história e tudo que passei, mas a minha preocupação é provar a minha inocência, seguir em frente”. Em relação ao dinheiro encontrado na sua residência (R$ 142 mil e mais US$ 3 mil), o prefeito continua sem a certeza se o declarou à Receita Federal, mas afirma já ter reivindicado-o de volta, mesmo que tenha que pagar pelo imposto. “Estava fazendo as contas com minha esposa e só de mandatos seriam cento e poucos meses. Se a gente conseguiu tirar R$ 1.400 por mês daria essa quantia. A nossa idéia era comprar uma casa mais ampla, pois quem nos conhece sabe que vivemos de forma modesta. O porquê de não colocar em banco, como já havia dito, pelo simples fato de não ver nenhum crime em guardar dinheiro em casa”, ponderou. O afastamento de Iran César de Araújo e Silva e Everaldo José de Siqueira Alves, secretário e subsecretário da pasta de Infra-Estrutura, respectivamente, além do assessor especial do órgão, Edílio Pereira Neto, que foi exonerado, todos presos juntos com Caetano, se deu para facilitar a defesa dos funcionários de forma transparente e ter a apuração com clareza e lisura. “Vou esperar a defesa deles, mas tenho certeza que assim como eu, eles provarão a sua inocência. Inclusive, encaminhei um ofício para a Controladoria Geral da União solicitando uma auditoria em todo o processo, desde a gestão anterior até agora”, enfatizou. (Por Fernanda Chagas)
PF se reúne com superintendentes
O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, se reuniu ontem com os 27 superintendentes do órgão. A reunião ocorreu logo depois da PF informar que vai instaurar procedimento administrativo contra três delegados afastados da instituição por determinação da ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Foram afastados Zulmar Pimentel (diretor-executivo da PF, considerado o segundo homem dentro da instituição), César Nunes (superintendente da PF na Bahia) e Paulo Bezerra (afastado da PF para comandar a Secretaria de Segurança Pública da Bahia). A PF confirma a reunião, mas não informa o teor do que foi discutido. A expectativa era que o afastamento e vazamentos de informações tenham sido discutidos. Os delegados afastados são acusados de ter relação com Operação Octopus (polvo), que não chegou a ser detonada por conta de vazamento de informações sigilosas. Essa operação seria uma ramificação da Navalha, que investiga um suposto esquema de fraude em licitações para realização de obras na Bahia. Segundo investigações da PF, Pimentel teria avisado João Batista Paiva Santana, ex-superintendente da Polícia Federal no Ceará, que ele estava sendo investigado pela Operação Octopus (polvo). Nunes e Bezerra, por sua vez, teriam ligação com a suposta quadrilha que fraudava licitações na Bahia. Os dois também teriam sido avisados por Pimentel das investigações e teriam mandado prender agentes que investigavam o caso.
OAB diz que operações ferem direitos
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, disse ontem, no Acre, que os direitos dos acusados não foram respeitados “em boa parte das ações da Polícia Federal”. “A OAB não apóia investigações sem limites”, afirmou. Britto disse que todo cidadão brasileiro tem de saber do que está sendo acusado, direito a um advogado e a preservação de sua imagem enquanto não for condenado judicialmente. Ele negou que o OAB seja complacente com os corruptos. Ele ressaltou que a instituição defende a criação de uma CPI para investigar a relação de deputados com todas as empreiteiras e não apenas com a Gautama —empresa apontada pela PF como líder do esquema de fraudes em licitações públicas. “É preciso acabar no Brasil com a sensação de que só pobre vai pra cadeia”, disse. A Operação Navalha, que envolveu nove Estados e o Distrito Federal, revelou esquema de fraude em licitações de obras públicas. Segundo a PF, a construtora Gautama funcionava como centro da quadrilha, direcionando editais através dos contatos que mantinha no governo federal, estadual e municipal. O inquérito provocou afastamento do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) e a prisão de empresários, prefeitos, um deputado distrital, um ex-governador e um ex-deputado federal. A Justiça Federal expediu 48 mandados de prisão. A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), decidiu quebrar o sigilo do inquérito. Com isso, o processo resultante da Operação Navalha deixa de tramitar em segredo de Justiça.
Fonte: Tribuna da Bahia
Pressões da construtora por obra
Segundo Caetano, de fato não faltaram pressões para que o contrato de licitação feito na gestão anterior não fosse cancelado. “Contrato este, que apesar de estar respaldado pelo Ministério Público, resolvi não utilizar, como se estivesse prevendo que algo de errado estava por vir. Decidi então fazer outra licitação com o mesmo objetivo, o que levou a JLA, empresa fruto de uma briga entre os proprietários da Gautama, entrar na Justiça pelo sonhado contrato, revogado, para minha sorte, no final do ano passado”, destacou. “Eles queriam a todo custo manter o contrato, mas eu desde o início me opus. Se quisesse usaria o contrato do prefeito anterior, já que tinha respaldo para isso. Na verdade me considero um exemplo nesta história, pois o meu único contato com Zuleido foi parar negar-lhe às inúmeras pressões”, orgulhou-se. Questionado se após todo o constrangimento passado ele não pretendia buscar junto à Polícia Federal os seus direitos, Caetano respondeu que: “essa é a pergunta que todos me fazem, quando relato a verdadeira história e tudo que passei, mas a minha preocupação é provar a minha inocência, seguir em frente”. Em relação ao dinheiro encontrado na sua residência (R$ 142 mil e mais US$ 3 mil), o prefeito continua sem a certeza se o declarou à Receita Federal, mas afirma já ter reivindicado-o de volta, mesmo que tenha que pagar pelo imposto. “Estava fazendo as contas com minha esposa e só de mandatos seriam cento e poucos meses. Se a gente conseguiu tirar R$ 1.400 por mês daria essa quantia. A nossa idéia era comprar uma casa mais ampla, pois quem nos conhece sabe que vivemos de forma modesta. O porquê de não colocar em banco, como já havia dito, pelo simples fato de não ver nenhum crime em guardar dinheiro em casa”, ponderou. O afastamento de Iran César de Araújo e Silva e Everaldo José de Siqueira Alves, secretário e subsecretário da pasta de Infra-Estrutura, respectivamente, além do assessor especial do órgão, Edílio Pereira Neto, que foi exonerado, todos presos juntos com Caetano, se deu para facilitar a defesa dos funcionários de forma transparente e ter a apuração com clareza e lisura. “Vou esperar a defesa deles, mas tenho certeza que assim como eu, eles provarão a sua inocência. Inclusive, encaminhei um ofício para a Controladoria Geral da União solicitando uma auditoria em todo o processo, desde a gestão anterior até agora”, enfatizou. (Por Fernanda Chagas)
PF se reúne com superintendentes
O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, se reuniu ontem com os 27 superintendentes do órgão. A reunião ocorreu logo depois da PF informar que vai instaurar procedimento administrativo contra três delegados afastados da instituição por determinação da ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Foram afastados Zulmar Pimentel (diretor-executivo da PF, considerado o segundo homem dentro da instituição), César Nunes (superintendente da PF na Bahia) e Paulo Bezerra (afastado da PF para comandar a Secretaria de Segurança Pública da Bahia). A PF confirma a reunião, mas não informa o teor do que foi discutido. A expectativa era que o afastamento e vazamentos de informações tenham sido discutidos. Os delegados afastados são acusados de ter relação com Operação Octopus (polvo), que não chegou a ser detonada por conta de vazamento de informações sigilosas. Essa operação seria uma ramificação da Navalha, que investiga um suposto esquema de fraude em licitações para realização de obras na Bahia. Segundo investigações da PF, Pimentel teria avisado João Batista Paiva Santana, ex-superintendente da Polícia Federal no Ceará, que ele estava sendo investigado pela Operação Octopus (polvo). Nunes e Bezerra, por sua vez, teriam ligação com a suposta quadrilha que fraudava licitações na Bahia. Os dois também teriam sido avisados por Pimentel das investigações e teriam mandado prender agentes que investigavam o caso.
OAB diz que operações ferem direitos
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, disse ontem, no Acre, que os direitos dos acusados não foram respeitados “em boa parte das ações da Polícia Federal”. “A OAB não apóia investigações sem limites”, afirmou. Britto disse que todo cidadão brasileiro tem de saber do que está sendo acusado, direito a um advogado e a preservação de sua imagem enquanto não for condenado judicialmente. Ele negou que o OAB seja complacente com os corruptos. Ele ressaltou que a instituição defende a criação de uma CPI para investigar a relação de deputados com todas as empreiteiras e não apenas com a Gautama —empresa apontada pela PF como líder do esquema de fraudes em licitações públicas. “É preciso acabar no Brasil com a sensação de que só pobre vai pra cadeia”, disse. A Operação Navalha, que envolveu nove Estados e o Distrito Federal, revelou esquema de fraude em licitações de obras públicas. Segundo a PF, a construtora Gautama funcionava como centro da quadrilha, direcionando editais através dos contatos que mantinha no governo federal, estadual e municipal. O inquérito provocou afastamento do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) e a prisão de empresários, prefeitos, um deputado distrital, um ex-governador e um ex-deputado federal. A Justiça Federal expediu 48 mandados de prisão. A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), decidiu quebrar o sigilo do inquérito. Com isso, o processo resultante da Operação Navalha deixa de tramitar em segredo de Justiça.
Fonte: Tribuna da Bahia
Justiça determina suspensão da greve dos professores
A greve dos professores da rede estadual de ensino deve ser suspensa em um prazo máximo de 24 horas, sob pena de multa diária no valor de R$ 20 mil, de acordo com decisão do juiz Ricardo D´Ávila, titular da 5ª Vara da Fazenda Pública, publicada ontem no Diário do Poder Judiciário. A multa deve ser paga pela APLB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, a cada dia de continuidade da paralisação. Com base na decisão, o governador Jaques Wagner assina, ainda hoje, decreto convocando os servidores para retornarem ao trabalho imediatamente. A decisão judicial, que determina “o retorno dos docentes do ensino público estadual às suas normais atividades em classe e extra-classe, no prazo máximo de 24 horas”, é reflexo de ação civil pública impetrada pelo governo através da Procuradoria Geral do Estado. Na ação, o governo argumenta a defesa do interesse coletivo social, quanto ao “direito à prestação de educação pública” assegurada pelo artigo 205 da Constituição Federal, e enfatiza que a paralisação acontece a despeito das negociações salariais em curso e do reajuste entre 4,5% e 17,28%, acordado com as demais categorias, aprovado pela Assembléia Legislativa e sancionado ontem pelo governador Jaques Wagner. O juiz Ricardo D´Ávila encerra o texto da decisão “concitando os professores” para o “retorno a sala de aula, em razão da relevância dos fundamentos da demanda”. A decisão cita os argumentos e provas documentais apresentadas pelo governo, incluindo a demonstração quanto ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema: tendo em vista que ainda não foi editada lei específica sobre o direito de greve do funcionalismo, já está “pacificada a jurisprudência do STF quanto à inexistência de auto-aplicabilidade do direito de greve do servidor público, principalmente nos chamados serviços essenciais”. A decisão, segundo o despacho do juiz, baseia-se no artigo 37 da Constituição Federal, e nos artigos 11 e 12 da Lei 7.347/85, combinada com o artigo 461, parágrafos 3º, 4º e 5º do Código do Processo Penal.
"A corrupção é um problema de saúde pública"
“ Eu vejo a corrupção como uma doença no País que precisa ser tratada. É um grave problema de saúde pública, porque esse dinheiro desviado daria para se fazer muita coisa pra uma população que é muito carente. Eu acho que a corrupção deveria ser visto como um crime hediondo e o corrupto como um assassino em série”. A declaração é do Dr. Raymundo Paraná, professor da Universidade Federal da Bahia e coordenador geral do X Simpósio Internacional de Terapêutica em Hapatite Viral – Hepatologia do Milênio 2007, um dos mais importantes eventos da Hepatologia na América do Sul. Para ele, num país que se morre de tuberculose, hepatite, de falta de assistência, “ quem rouba dinheiro público está assassinando alguém”, afirmou ontem, ao receber a Imprensa no Hotel Pestana, local do encontro que reunirá centenas de especialistas nacionais e internacionais de hoje até sábado. Entretanto, apesar da saga da corrupção, o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem um programa de assistência aos pacientes com hepatites virais. “Eu tenho visto um esforço enorme do Programa Nacional de Hepatites Virais para atender as necessidades da população. Tem havido um sentido enorme no sentido de negociar preços mais baixos com os laboratórios, no sentido de suprir o Brasil com insumos, diagnósticos. Nós estamos muito melhores do que estávamos, neste aspecto, há quatro anos atrás, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Mas, se há uma coisa que eu posso dizer que é séria neste país se chama o Programa Nacional de Hepatites Virais do Ministério da Saúde”, garante. Segundo o Dr. Paraná, o Brasil é um País carente em profissionais e especialistas na área de doenças do fígado. “ Por isso necessitamos implementar encontros de treinamento como este para suprir o atendimento aos portadores de hepatites virais”. Quanto à detecção dos vírus de hepatites nas pessoas, o médico orienta que nem todo mundo precisa fazer teste para ver se tem ou não hepatites B e C. “ Aqueles que tiveram comportamento de risco, indivíduos com a vida sexual sem proteção, que tiveram doenças sexualmente transmissíveis, que fizeram tatuagens, tratamentos dentários com profissionais não habilitados, não dentistas, não graduados, também quem tomou transfusão de sangue antes de 94 ou injeções com seringa de vidro no passado, esses indivíduos devem conversar com seus médicos, as mulheres com seus ginecologistas, os homens com o seu clínico, porque o médico vai saber, perceber, qual o paciente que ele precisa rastrear a doença. Não é para fazer o rastreamento em todo mundo porque não há necessidade disso”, afirmou. Novos tratamentos e propostas terapêuticas, assim como os mais recentes avanços no diagnóstico e tratamento das doenças do fígado, com ênfase nas hepatites virais, serão destaques nas discussões e conferências. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de três milhões de brasileiros têm hepatites virais, a maior causa de mortalidade por doença infecciosa no norte do Brasil. Estima-se, também, que para cada morte de Aids no mundo existem de 7 a 9 mortes relacionadas a hepatite. O objetivo do Simpósio, promovido pela Associação do Curso de Pós-Graduação em Medicina da Ufba, Fundação Oswaldo Cruz e Associação Baiana para Estudos do Fígado, é ampliar a capacitação de clínicos, gastroenterologistas, pediatras, hepatologistas e infectologistas para lidar com portadores de doenças hepáticas. (Por Nelson Rocha)
Falta de recursos parou o Pelourinho
“O Pelourinho não é um palco, é um bairro que não pode manter o Projeto Dia e Noite como se fosse uma agência bancária. Quando assumimos o governo o Pelourinho já se encontrava em um processo de desaquecimento”, disse o diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), Frederico Mendonça, durante a audiência pública, realizada ontem no plenário da Câmara dos Vereadores, em que se discutiu a falta de investimento cultural no local, principalmente em relação à tradicional “Terça da Benção”. No final, foi formada uma comissão com representantes de todos os segmentos presentes para discutir o futuro do Centro Histórico, que segundo o governo do estado não há recursos suficientes para continuar o projeto anterior bancado por um fundo de cultura, mantido por empresas e que hoje se encontra sem recursos. O vereador Virgílio Pacheco, presidente da Comissão de Economia, Emprego e Renda do legislativo municipal, presidiu o debate que contou com a participação de comerciantes, associações, representante da prefeitura, governo do Estado e Polícia Militar.” A Terça da Benção é um elemento no conjunto que é o Pelourinho, uma história que não se restringe só aos casarões, mas uma cultura ao longo destes anos.” Na mesa se posicionaram, além do diretor do Ipac, Paulo Bello, da Bahiatursa, Clarindo Silva, do Projeto Cantina da Lua, o capitão Barros, representando o 18º Batalhão da PM, a delegada Mariita Silva, titular da Delegacia do Turista e Moacyr Brum, gerente da Getax, representando a prefeitura e na abertura dos trabalhos o vereador Virgílio Pacheco foi bem claro no seu posicionamento. “Ninguém é contra ninguém, nós estamos a favor da cultura, da renda, do emprego e do bem-estar. Queremos a preservação da cultura no Pelourinho e iniciamos com a volta da Terça da Benção, esperando que outras discussões prossigam para sabermos o que é melhor para todos”, afirmou o vereador. Pacheco assinalou que há um fluxo menor de turista devido a desvalorização do dólar, mas lembra que o Pelourinho não é só freqüentado por turistas “ é um excedente que se dá à população local e aos turistas”. Todos presentes à audiência, a exemplo da associação de moradores, de taxistas, de músicos e comerciantes, cobram reversão no quadro atual de abandono e alegam que como está não deve continuar. Muitos se propuseram até mesmo arregaçar as mangas e pedir auxílio a empresários e músicos para não deixar paralisada a parte cultural. Na opinião de Mendonça, que representava o secretário da Cultura, Márcio Meirelles, “O Pelourinho é um bairro da cidade que tem um diferencial:a área mais antiga da cidade. O modelo de visitação turística não se sustentou, por isto devemos repensar o Pelourinho que não é um shopping e nos precuparmos com quem mora lá”. O diretor do Ipac teceu várias críticas ao antigo Projeto do Pelourinho “um dos grandes equívocos é de que as pessoas que moravam no local tiveram que sair para botar só lojas. O Estado entrava com palco, luz e a gente chamava inadequadamente de praça”. Mendonça não quis adiantar o novo projeto, mesmo porque alegou não ter ainda os recursos financeiros, mas tudo indica que o Projeto Dia e Noite se extingue.“É um bairro que as pessoas moram, dormem, trabalham , mas tombado pelo Iphan. O objetivo é agregar espaço que as pessoas melhorem suas condições de renda e de moradia”, afirmou. (Por Noemi Flores)
São João ainda será mantido
Muitas pessoas presentes se exaltaram e se emocionaram lembrando das dificuldades que já passaram para prosseguir com seu comércio,. Foi o caso do comerciante Clarindo Silva, proprietário da Cantina da Lua, um dos points mais freqüentados do Pelourinho. Clarindo contou que vendeu até a sua casa própria e um sítio em duas ocasiões de grande dificuldades, em épocas passadas. Ele recordou que a Terça da Benção surgiu em 1983 “devido a ousadia de vários boêmios, artistas e comerciantes, em um dos piores momentos do Centro Histórico, sendo que no outro ano, em 1984, conseguimos levar a atriz e cantora Zezé Motta que fazia uma novela na ocasião.” O comerciante frisou que “muita gente pensa que estamos ricos, muito pelo contrário, lutamos com muita dificuldade, o movimento caiu muito. Acreditamos que esta reunião daqui seja um caminho para muitos outros caminhos, temos que nos unir. E só esta satisfação do governo do estado para conosco mostra que não estamos desamparados”. Mas uma notícia que amenizou um pouco a ansiedade dos comerciantes e músicos em relação ao futuro cultural do local foi quando a diretora cultural do Pelourinho, Ivana Souto, anunciou que vai ter a festa de São João no bairro, a confirmação aconteceu na terça-feira, intitulada “Santos Juninos no Centro Histórico”, nos períodos 11 a 13, 22 a 24, 28 a 29. A diretora também falou da falta de recursos que foi deixada pelo governo passado e criticou o modelo passado do projeto implantando que “ não tinha uma preocupação com o social”. Souto afirmou ainda que é preciso se trabalhar com aprimoração, se tentar um modelo que não dependa 100% do estado. Por que se fazer cultura se temos um problema social muito grande”, indagou. (Por Noemi Flores)
Fonte: Tribuna da Bahia
"A corrupção é um problema de saúde pública"
“ Eu vejo a corrupção como uma doença no País que precisa ser tratada. É um grave problema de saúde pública, porque esse dinheiro desviado daria para se fazer muita coisa pra uma população que é muito carente. Eu acho que a corrupção deveria ser visto como um crime hediondo e o corrupto como um assassino em série”. A declaração é do Dr. Raymundo Paraná, professor da Universidade Federal da Bahia e coordenador geral do X Simpósio Internacional de Terapêutica em Hapatite Viral – Hepatologia do Milênio 2007, um dos mais importantes eventos da Hepatologia na América do Sul. Para ele, num país que se morre de tuberculose, hepatite, de falta de assistência, “ quem rouba dinheiro público está assassinando alguém”, afirmou ontem, ao receber a Imprensa no Hotel Pestana, local do encontro que reunirá centenas de especialistas nacionais e internacionais de hoje até sábado. Entretanto, apesar da saga da corrupção, o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem um programa de assistência aos pacientes com hepatites virais. “Eu tenho visto um esforço enorme do Programa Nacional de Hepatites Virais para atender as necessidades da população. Tem havido um sentido enorme no sentido de negociar preços mais baixos com os laboratórios, no sentido de suprir o Brasil com insumos, diagnósticos. Nós estamos muito melhores do que estávamos, neste aspecto, há quatro anos atrás, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Mas, se há uma coisa que eu posso dizer que é séria neste país se chama o Programa Nacional de Hepatites Virais do Ministério da Saúde”, garante. Segundo o Dr. Paraná, o Brasil é um País carente em profissionais e especialistas na área de doenças do fígado. “ Por isso necessitamos implementar encontros de treinamento como este para suprir o atendimento aos portadores de hepatites virais”. Quanto à detecção dos vírus de hepatites nas pessoas, o médico orienta que nem todo mundo precisa fazer teste para ver se tem ou não hepatites B e C. “ Aqueles que tiveram comportamento de risco, indivíduos com a vida sexual sem proteção, que tiveram doenças sexualmente transmissíveis, que fizeram tatuagens, tratamentos dentários com profissionais não habilitados, não dentistas, não graduados, também quem tomou transfusão de sangue antes de 94 ou injeções com seringa de vidro no passado, esses indivíduos devem conversar com seus médicos, as mulheres com seus ginecologistas, os homens com o seu clínico, porque o médico vai saber, perceber, qual o paciente que ele precisa rastrear a doença. Não é para fazer o rastreamento em todo mundo porque não há necessidade disso”, afirmou. Novos tratamentos e propostas terapêuticas, assim como os mais recentes avanços no diagnóstico e tratamento das doenças do fígado, com ênfase nas hepatites virais, serão destaques nas discussões e conferências. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de três milhões de brasileiros têm hepatites virais, a maior causa de mortalidade por doença infecciosa no norte do Brasil. Estima-se, também, que para cada morte de Aids no mundo existem de 7 a 9 mortes relacionadas a hepatite. O objetivo do Simpósio, promovido pela Associação do Curso de Pós-Graduação em Medicina da Ufba, Fundação Oswaldo Cruz e Associação Baiana para Estudos do Fígado, é ampliar a capacitação de clínicos, gastroenterologistas, pediatras, hepatologistas e infectologistas para lidar com portadores de doenças hepáticas. (Por Nelson Rocha)
Falta de recursos parou o Pelourinho
“O Pelourinho não é um palco, é um bairro que não pode manter o Projeto Dia e Noite como se fosse uma agência bancária. Quando assumimos o governo o Pelourinho já se encontrava em um processo de desaquecimento”, disse o diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), Frederico Mendonça, durante a audiência pública, realizada ontem no plenário da Câmara dos Vereadores, em que se discutiu a falta de investimento cultural no local, principalmente em relação à tradicional “Terça da Benção”. No final, foi formada uma comissão com representantes de todos os segmentos presentes para discutir o futuro do Centro Histórico, que segundo o governo do estado não há recursos suficientes para continuar o projeto anterior bancado por um fundo de cultura, mantido por empresas e que hoje se encontra sem recursos. O vereador Virgílio Pacheco, presidente da Comissão de Economia, Emprego e Renda do legislativo municipal, presidiu o debate que contou com a participação de comerciantes, associações, representante da prefeitura, governo do Estado e Polícia Militar.” A Terça da Benção é um elemento no conjunto que é o Pelourinho, uma história que não se restringe só aos casarões, mas uma cultura ao longo destes anos.” Na mesa se posicionaram, além do diretor do Ipac, Paulo Bello, da Bahiatursa, Clarindo Silva, do Projeto Cantina da Lua, o capitão Barros, representando o 18º Batalhão da PM, a delegada Mariita Silva, titular da Delegacia do Turista e Moacyr Brum, gerente da Getax, representando a prefeitura e na abertura dos trabalhos o vereador Virgílio Pacheco foi bem claro no seu posicionamento. “Ninguém é contra ninguém, nós estamos a favor da cultura, da renda, do emprego e do bem-estar. Queremos a preservação da cultura no Pelourinho e iniciamos com a volta da Terça da Benção, esperando que outras discussões prossigam para sabermos o que é melhor para todos”, afirmou o vereador. Pacheco assinalou que há um fluxo menor de turista devido a desvalorização do dólar, mas lembra que o Pelourinho não é só freqüentado por turistas “ é um excedente que se dá à população local e aos turistas”. Todos presentes à audiência, a exemplo da associação de moradores, de taxistas, de músicos e comerciantes, cobram reversão no quadro atual de abandono e alegam que como está não deve continuar. Muitos se propuseram até mesmo arregaçar as mangas e pedir auxílio a empresários e músicos para não deixar paralisada a parte cultural. Na opinião de Mendonça, que representava o secretário da Cultura, Márcio Meirelles, “O Pelourinho é um bairro da cidade que tem um diferencial:a área mais antiga da cidade. O modelo de visitação turística não se sustentou, por isto devemos repensar o Pelourinho que não é um shopping e nos precuparmos com quem mora lá”. O diretor do Ipac teceu várias críticas ao antigo Projeto do Pelourinho “um dos grandes equívocos é de que as pessoas que moravam no local tiveram que sair para botar só lojas. O Estado entrava com palco, luz e a gente chamava inadequadamente de praça”. Mendonça não quis adiantar o novo projeto, mesmo porque alegou não ter ainda os recursos financeiros, mas tudo indica que o Projeto Dia e Noite se extingue.“É um bairro que as pessoas moram, dormem, trabalham , mas tombado pelo Iphan. O objetivo é agregar espaço que as pessoas melhorem suas condições de renda e de moradia”, afirmou. (Por Noemi Flores)
São João ainda será mantido
Muitas pessoas presentes se exaltaram e se emocionaram lembrando das dificuldades que já passaram para prosseguir com seu comércio,. Foi o caso do comerciante Clarindo Silva, proprietário da Cantina da Lua, um dos points mais freqüentados do Pelourinho. Clarindo contou que vendeu até a sua casa própria e um sítio em duas ocasiões de grande dificuldades, em épocas passadas. Ele recordou que a Terça da Benção surgiu em 1983 “devido a ousadia de vários boêmios, artistas e comerciantes, em um dos piores momentos do Centro Histórico, sendo que no outro ano, em 1984, conseguimos levar a atriz e cantora Zezé Motta que fazia uma novela na ocasião.” O comerciante frisou que “muita gente pensa que estamos ricos, muito pelo contrário, lutamos com muita dificuldade, o movimento caiu muito. Acreditamos que esta reunião daqui seja um caminho para muitos outros caminhos, temos que nos unir. E só esta satisfação do governo do estado para conosco mostra que não estamos desamparados”. Mas uma notícia que amenizou um pouco a ansiedade dos comerciantes e músicos em relação ao futuro cultural do local foi quando a diretora cultural do Pelourinho, Ivana Souto, anunciou que vai ter a festa de São João no bairro, a confirmação aconteceu na terça-feira, intitulada “Santos Juninos no Centro Histórico”, nos períodos 11 a 13, 22 a 24, 28 a 29. A diretora também falou da falta de recursos que foi deixada pelo governo passado e criticou o modelo passado do projeto implantando que “ não tinha uma preocupação com o social”. Souto afirmou ainda que é preciso se trabalhar com aprimoração, se tentar um modelo que não dependa 100% do estado. Por que se fazer cultura se temos um problema social muito grande”, indagou. (Por Noemi Flores)
Fonte: Tribuna da Bahia
quarta-feira, maio 30, 2007
Carta Aberta ao Presidente do Senado
Prezado senador José Renan Vasconcelos Calheiros,
Em meados de junho de 1946, a bordo do navio brasileiro Duque de Caxias, completei dois anos de idade e oito dias depois desembarcava no porto do Rio de Janeiro. Estava emigrando da Itália para a terra do futuro, para a terra da esperança.Cresci junto a brasileiros e junto a eles aprendi a amar essa tão sofrida terra. O bandeira auriverde é a minha bandeira e o hino de Francisco Manoel da Silva e Osório Duque Estrada é o meu hino, aquele que sempre me emociona, quando ouço seus o primeiros acordes.Sou o décimo oitavo primogênito descendente de tradicional família que se estabeleceu em Belluno ( onde nasci) no século XIV. Comigo encerrou-se a linhagem italiana e sinto o maior orgulho que meus descendentes, filhos e netos tenham nascido no Brasil. Durante os cinqüenta anos que aí vivi, tive a rara oportunidade de viajar, morar e trabalhar em diversas cidades de diversos estados. Sou um conhecedor do hinterland não por ouvir dizer, ou por ler em livros, mas por ter vivido.Desde ainda criança, por motivos que não cabem nessa carta, acompanhei as sérias crises nacionais do após guerra: o atentado de rua Tonelero, o suicídio de Getulio Vargas, a deposição do presidente Carlos Luz e o impedimento “manu militari”, para que Café Filho assumisse o que lhe era de direito constitucional. A renuncia de Jânio Quadros, o parlamentarismo feito a enxó, a derrubada de João Goulart , as duas décadas da ditadura militar, o desastrado governo de José Sarney e a renuncia motivada pela desonestidade pessoal de Fernando Collor de Mello.Todavia, jamais vi a nação mergulhada num lamaçal de tal envergadura como nestes últimos cinco anos. A corrupção e a impunidade andando juntas pelos corredores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Os escândalos tem a freqüência de um por semana. Ainda se apurava a chamada Operação Hurricane, quando surgiu a devastadora Operação Navalha.Lembro quando a capital ainda era o Rio de Janeiro e o Senado estava no Palácio Monroe. Os senadores dos outros estados ficavam hospedados no Hotel O.K (rua Senador Dantas), quando passava por lá, ficava no hall de entrada olhando para esses senhores doutos, sérios e honestos, como que em estado de reverência. Eram senadores da República.Agora senador, com grande desanimo o vejo atingido por um corte profundo dessa navalha. O jornalista Policarpo Junior, do hebdomadário Veja (edição 2010), não dá a notícia sobre um seu “suposto” envolvimento com o sr. Cláudio Gontijo, ele o acusa frontalmente, entre outras coisas, de ter as contas pagas por uma pessoas que representa os interesses de uma empresa que serve ao governo.Um sua “fala defesa” no Senado (28/5), o senhor acabou desperdiçando tempo e palavras, pois as acusações continuaram onde estavam. O sr. pediu a uma pessoa de quem, por idoneidade, deveria manter distância, que pagasse a pensão devida à sua filha, com dinheiro que o senhor diz que lhe dava. Mas não mostrou documento algum que sustentassem essa afirmativa, ontem declarou a alguns jornalista que não tem como comprovar os pagamentos. Também faltou com a verdade ao dizer sobre Cláudio Gontijo que“Ele fez a interlocução entre as partes pois tinha amizade com a mãe da criança..” e o fato foi logo desmentido por Pedro Calmon Filho, advogado da mãe de sua filha afirmando que: “Minha cliente nunca tinha visto Gontijo e não tinha amizade nenhuma com ele”.Senador, um homem de bem, que se veja envolvido em fatos dessa gravidade, deve licenciar-se de sua cadeira senatorial, até que as desconfianças que lhe pesam sejam dirimidas.Essa é a forma de impedir que o Congresso, já muito desacreditado, se desmoralize mais ainda, fato que acelerará a crise institucional que começou a germinar lenta mas inexorável no país. As crises dessa natureza se sabe quando e como começam, não se sabe como terminam, mas a experiência mostra que sempre de forma traumática para nação.O que espero senador, é que raspando no fundo do tacho, recolha o que lhe restar de dignidade e se licencie, pois agora se trata de uma obrigação cívica, haja vista que o senhor perdeu a condição moral de continuar no cargo para o qual foi eleito..Meus atenciosos cumprimentosGiulio Sanmartini
Fonte: prosa & política
Em meados de junho de 1946, a bordo do navio brasileiro Duque de Caxias, completei dois anos de idade e oito dias depois desembarcava no porto do Rio de Janeiro. Estava emigrando da Itália para a terra do futuro, para a terra da esperança.Cresci junto a brasileiros e junto a eles aprendi a amar essa tão sofrida terra. O bandeira auriverde é a minha bandeira e o hino de Francisco Manoel da Silva e Osório Duque Estrada é o meu hino, aquele que sempre me emociona, quando ouço seus o primeiros acordes.Sou o décimo oitavo primogênito descendente de tradicional família que se estabeleceu em Belluno ( onde nasci) no século XIV. Comigo encerrou-se a linhagem italiana e sinto o maior orgulho que meus descendentes, filhos e netos tenham nascido no Brasil. Durante os cinqüenta anos que aí vivi, tive a rara oportunidade de viajar, morar e trabalhar em diversas cidades de diversos estados. Sou um conhecedor do hinterland não por ouvir dizer, ou por ler em livros, mas por ter vivido.Desde ainda criança, por motivos que não cabem nessa carta, acompanhei as sérias crises nacionais do após guerra: o atentado de rua Tonelero, o suicídio de Getulio Vargas, a deposição do presidente Carlos Luz e o impedimento “manu militari”, para que Café Filho assumisse o que lhe era de direito constitucional. A renuncia de Jânio Quadros, o parlamentarismo feito a enxó, a derrubada de João Goulart , as duas décadas da ditadura militar, o desastrado governo de José Sarney e a renuncia motivada pela desonestidade pessoal de Fernando Collor de Mello.Todavia, jamais vi a nação mergulhada num lamaçal de tal envergadura como nestes últimos cinco anos. A corrupção e a impunidade andando juntas pelos corredores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Os escândalos tem a freqüência de um por semana. Ainda se apurava a chamada Operação Hurricane, quando surgiu a devastadora Operação Navalha.Lembro quando a capital ainda era o Rio de Janeiro e o Senado estava no Palácio Monroe. Os senadores dos outros estados ficavam hospedados no Hotel O.K (rua Senador Dantas), quando passava por lá, ficava no hall de entrada olhando para esses senhores doutos, sérios e honestos, como que em estado de reverência. Eram senadores da República.Agora senador, com grande desanimo o vejo atingido por um corte profundo dessa navalha. O jornalista Policarpo Junior, do hebdomadário Veja (edição 2010), não dá a notícia sobre um seu “suposto” envolvimento com o sr. Cláudio Gontijo, ele o acusa frontalmente, entre outras coisas, de ter as contas pagas por uma pessoas que representa os interesses de uma empresa que serve ao governo.Um sua “fala defesa” no Senado (28/5), o senhor acabou desperdiçando tempo e palavras, pois as acusações continuaram onde estavam. O sr. pediu a uma pessoa de quem, por idoneidade, deveria manter distância, que pagasse a pensão devida à sua filha, com dinheiro que o senhor diz que lhe dava. Mas não mostrou documento algum que sustentassem essa afirmativa, ontem declarou a alguns jornalista que não tem como comprovar os pagamentos. Também faltou com a verdade ao dizer sobre Cláudio Gontijo que“Ele fez a interlocução entre as partes pois tinha amizade com a mãe da criança..” e o fato foi logo desmentido por Pedro Calmon Filho, advogado da mãe de sua filha afirmando que: “Minha cliente nunca tinha visto Gontijo e não tinha amizade nenhuma com ele”.Senador, um homem de bem, que se veja envolvido em fatos dessa gravidade, deve licenciar-se de sua cadeira senatorial, até que as desconfianças que lhe pesam sejam dirimidas.Essa é a forma de impedir que o Congresso, já muito desacreditado, se desmoralize mais ainda, fato que acelerará a crise institucional que começou a germinar lenta mas inexorável no país. As crises dessa natureza se sabe quando e como começam, não se sabe como terminam, mas a experiência mostra que sempre de forma traumática para nação.O que espero senador, é que raspando no fundo do tacho, recolha o que lhe restar de dignidade e se licencie, pois agora se trata de uma obrigação cívica, haja vista que o senhor perdeu a condição moral de continuar no cargo para o qual foi eleito..Meus atenciosos cumprimentosGiulio Sanmartini
Fonte: prosa & política
Presidente Lula critica vazamento de informações da Polícia Federal
LORENNA RODRIGUESda Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou na noite desta terça-feira o vazamento de informações de investigações da Polícia Federal. Durante abertura do 24º Congresso Brasileiro de Rádio Difusão, em Brasília, Lula defendeu a liberdade de imprensa e garantiu que as operações da PF continuarão.
"Nós ficaremos muito mais tranqüilos se não permitir que um processo vaze para alguém antes de ser concluído, criando uma imagem negativa da pessoa", afirmou.
Lula lembrou que tanto a imprensa quanto os políticos devem ter compromisso com a verdade. "Se hoje uma saraivada de más notícias eu acho ruim, muito pior seria se não tivesse democracia para imprensa falar o que pensa", comentou.
Afastamento
Hoje à tarde, a ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), determinou o afastamento de três delegados da instituição pelo prazo de 60 dias por vazamento de informações sigilosas e suposto envolvimento com a quadrilha que fraudava licitações para realização de obras públicas na Bahia.
Os delegados afastados são Zulmar Pimentel, diretor-executivo da PF; César Nunes, superintendente da PF na Bahia; e Paulo Bezerra, delegado da PF que está afastado do cargo para comandar a Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
Após a decisão da ministra, a PF confirmou que vai instaurar procedimento administrativo contra os três delegados afastados.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou na noite desta terça-feira o vazamento de informações de investigações da Polícia Federal. Durante abertura do 24º Congresso Brasileiro de Rádio Difusão, em Brasília, Lula defendeu a liberdade de imprensa e garantiu que as operações da PF continuarão.
"Nós ficaremos muito mais tranqüilos se não permitir que um processo vaze para alguém antes de ser concluído, criando uma imagem negativa da pessoa", afirmou.
Lula lembrou que tanto a imprensa quanto os políticos devem ter compromisso com a verdade. "Se hoje uma saraivada de más notícias eu acho ruim, muito pior seria se não tivesse democracia para imprensa falar o que pensa", comentou.
Afastamento
Hoje à tarde, a ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), determinou o afastamento de três delegados da instituição pelo prazo de 60 dias por vazamento de informações sigilosas e suposto envolvimento com a quadrilha que fraudava licitações para realização de obras públicas na Bahia.
Os delegados afastados são Zulmar Pimentel, diretor-executivo da PF; César Nunes, superintendente da PF na Bahia; e Paulo Bezerra, delegado da PF que está afastado do cargo para comandar a Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
Após a decisão da ministra, a PF confirmou que vai instaurar procedimento administrativo contra os três delegados afastados.
Ministra do STJ quebra sigilo de inquérito sobre Operação Navalha
da Folha Online
A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), decidiu na noite desta terça-feira quebrar o sigilo do inquérito que investiga o esquema de fraudes em licitações para a realização de obras públicas, desmontado pela Operação Navalha, da Polícia Federal. Com isso, o processo deixa de tramitar em segredo de Justiça.
Segundo o tribunal, a ministra decretou a quebra do sigilo diante da divulgação de vários fatos e documentos do processo. "Todos os trâmites processuais estão sendo acompanhados de perto pela mídia, sendo inevitável a ostensividade das providências a serem adotadas na esfera judicial."
Para Calmon, a decisão foi necessária "pela esteira de boatos e maledicências que pairam sobre pessoas que nenhum envolvimento têm com os fatos em apuração, e pela necessidade constante de alinharem-se os órgãos do Estado para, conjuntamente, adotarem as providências cabíveis dentro de suas competências e atribuições".
Hoje, a ministra toma novos depoimentos de envolvidos no esquema. O primeiro a ser ouvido é o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB). Em seguida será a vez do deputado distrital Pedro Passos (PMDB), que não havia procurado a ministra para marcar o horário do depoimento, mas já está no tribunal.
O governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), deverá prestar depoimento ainda na manhã de hoje.
No início da tarde, ainda estão previstos os depoimentos de Ulisses César Martins de Sousa, conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); e do ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau.
Rondeau deixou o governo na semana passada depois de ser apontado pela PF como beneficiário do suposto esquema de fraude em licitações. Já Lago teve dois sobrinhos presos na Operação Navalha --Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior-- e foi citado na investigação.
Vilela Filho também foi citado no inquérito, mas não incriminado diretamente pela PF
A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), decidiu na noite desta terça-feira quebrar o sigilo do inquérito que investiga o esquema de fraudes em licitações para a realização de obras públicas, desmontado pela Operação Navalha, da Polícia Federal. Com isso, o processo deixa de tramitar em segredo de Justiça.
Segundo o tribunal, a ministra decretou a quebra do sigilo diante da divulgação de vários fatos e documentos do processo. "Todos os trâmites processuais estão sendo acompanhados de perto pela mídia, sendo inevitável a ostensividade das providências a serem adotadas na esfera judicial."
Para Calmon, a decisão foi necessária "pela esteira de boatos e maledicências que pairam sobre pessoas que nenhum envolvimento têm com os fatos em apuração, e pela necessidade constante de alinharem-se os órgãos do Estado para, conjuntamente, adotarem as providências cabíveis dentro de suas competências e atribuições".
Hoje, a ministra toma novos depoimentos de envolvidos no esquema. O primeiro a ser ouvido é o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB). Em seguida será a vez do deputado distrital Pedro Passos (PMDB), que não havia procurado a ministra para marcar o horário do depoimento, mas já está no tribunal.
O governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), deverá prestar depoimento ainda na manhã de hoje.
No início da tarde, ainda estão previstos os depoimentos de Ulisses César Martins de Sousa, conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); e do ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau.
Rondeau deixou o governo na semana passada depois de ser apontado pela PF como beneficiário do suposto esquema de fraude em licitações. Já Lago teve dois sobrinhos presos na Operação Navalha --Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior-- e foi citado na investigação.
Vilela Filho também foi citado no inquérito, mas não incriminado diretamente pela PF
Em 1978, um Fusca foi o patrimônio declarado por senador à Justiça Eleitoral
FÁBIO GUIBUda Agência Folha, em MaceióMARIA APARECIDA DE OLIVEIRAcolaboração para a Agência Folha
Em 1978, aos 23 anos, o então estudante de direito Renan Calheiros iniciava sua carreira política elegendo-se deputado estadual em Alagoas. Na época, ele declarou à Justiça Eleitoral possuir apenas um Fusca. Hoje presidente do Senado, com salário bruto de R$ 12.720 mensais, Renan (PMDB-AL) informa que é dono de uma fazenda e diz que seus rendimentos o permitem pagar, além de despesas próprias, pensão e aluguel à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de dois anos e 10 meses.
Em seu discurso, anteontem, o senador disse ainda que constituiu, com recursos próprios, um fundo de R$ 100 mil para custear a educação da criança. Disse que, antes de a filha nascer, pagou à jornalista R$ 8.000 mensais, a título de "assistência à gestante", além do aluguel, cujo valor não especificou.
A partir do Fusca de 1978, o patrimônio de Renan sempre evoluiu. Teve casas financiadas, carros da moda, como Opala e Passat, investiu em linhas telefônicas, mas, segundo suas declarações entregues à Justiça Eleitoral, foi a partir de 1994, após ser eleito senador pela primeira vez, que esse crescimento acelerou. Antes de tomar posse, Renan declarou naquele ano possuir três casas (duas em Maceió e uma em Brasília) e seis linhas telefônicas (somando as de Alagoas e Brasília), além de um Uno Mille.
Em 2002, reeleito, informou possuir uma casa e um apartamento em Brasília, uma Toyota Hillux sr5 e um Mitsubishi L200 GLS, além de um apartamento, de 240 m2 à beira-mar, em área nobre de Maceió. Sua participação nominal no setor agropecuário, que teria melhorado ainda mais seus rendimentos nos últimos anos, só estaria presente nas declarações de renda posteriores a 2002. Esses documentos, porém, não foram disponibilizados pelo senador à imprensa. Pouco se sabe sobre a evolução patrimonial de Renan desde então. Em 2004, ele adquiriu uma casa no balneário de Barra de São Miguel (AL), conforme reportagem da Folha publicada em 2005.
Procurado ontem pela reportagem para explicar a origem de sua renda e como pagou os benefícios à jornalista, Renan não se pronunciou. Sua assessoria informou que um advogado convocará os jornalistas para tirar as dúvidas que permanecem sobre o caso.
Citado em gravações telefônicas da Operação Navalha, Renan nega ligações com a empreiteira Gautama, suspeita de comandar esquema de fraudes em licitações. Também nega que a construtora Mendes Júnior esteja envolvida no pagamento da pensão à jornalista.
Em 1978, aos 23 anos, o então estudante de direito Renan Calheiros iniciava sua carreira política elegendo-se deputado estadual em Alagoas. Na época, ele declarou à Justiça Eleitoral possuir apenas um Fusca. Hoje presidente do Senado, com salário bruto de R$ 12.720 mensais, Renan (PMDB-AL) informa que é dono de uma fazenda e diz que seus rendimentos o permitem pagar, além de despesas próprias, pensão e aluguel à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de dois anos e 10 meses.
Em seu discurso, anteontem, o senador disse ainda que constituiu, com recursos próprios, um fundo de R$ 100 mil para custear a educação da criança. Disse que, antes de a filha nascer, pagou à jornalista R$ 8.000 mensais, a título de "assistência à gestante", além do aluguel, cujo valor não especificou.
A partir do Fusca de 1978, o patrimônio de Renan sempre evoluiu. Teve casas financiadas, carros da moda, como Opala e Passat, investiu em linhas telefônicas, mas, segundo suas declarações entregues à Justiça Eleitoral, foi a partir de 1994, após ser eleito senador pela primeira vez, que esse crescimento acelerou. Antes de tomar posse, Renan declarou naquele ano possuir três casas (duas em Maceió e uma em Brasília) e seis linhas telefônicas (somando as de Alagoas e Brasília), além de um Uno Mille.
Em 2002, reeleito, informou possuir uma casa e um apartamento em Brasília, uma Toyota Hillux sr5 e um Mitsubishi L200 GLS, além de um apartamento, de 240 m2 à beira-mar, em área nobre de Maceió. Sua participação nominal no setor agropecuário, que teria melhorado ainda mais seus rendimentos nos últimos anos, só estaria presente nas declarações de renda posteriores a 2002. Esses documentos, porém, não foram disponibilizados pelo senador à imprensa. Pouco se sabe sobre a evolução patrimonial de Renan desde então. Em 2004, ele adquiriu uma casa no balneário de Barra de São Miguel (AL), conforme reportagem da Folha publicada em 2005.
Procurado ontem pela reportagem para explicar a origem de sua renda e como pagou os benefícios à jornalista, Renan não se pronunciou. Sua assessoria informou que um advogado convocará os jornalistas para tirar as dúvidas que permanecem sobre o caso.
Citado em gravações telefônicas da Operação Navalha, Renan nega ligações com a empreiteira Gautama, suspeita de comandar esquema de fraudes em licitações. Também nega que a construtora Mendes Júnior esteja envolvida no pagamento da pensão à jornalista.
Ex-ministro Silas Rondeau e dois governadores prestam depoimento hoje no STJ
da Folha Online
O ex-ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) e os governadores do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), prestam depoimento nesta quarta-feira no STJ (Superior Tribunal de Justiça), a partir das 8h.
Eles foram convocados para depor pela ministra Eliana Calmon no inquérito que apura o suposto esquema de fraudes em licitações de obras públicas revelado pela Operação Navalha, da Polícia Federal.
Pela agenda divulgada, o primeiro a ser o ouvido será Teotônio Vilela, às 8h. Depois será a vez de Jackson Lago, às 10h. O último a depor será Rondeau, às 14h.
Também está previsto o depoimento de Ulisses César Martins de Sousa, conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), marcado para as 12h.
Segundo o STJ, os horários foram acertados com os quatro que serão ouvidos, e os depoimentos não durarão mais que duas horas.
O deputado distrital Pedro Passos (PMDB), cujo depoimento também estava previsto para hoje, não procurou a ministra para marcar um horário, segundo o STJ.
Rondeau deixou o governo na semana passada depois de ser apontado pela PF como beneficiário do suposto esquema de fraude das licitações para realização de obras públicas.
O governador Jackson Lago teve dois sobrinhos presos na Operação Navalha --Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior-- e foi citado na investigação da PF.
Já Teotônio Vilela Filho também foi citado no inquérito, mas não incriminado diretamente pela PF.
O ex-ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) e os governadores do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), prestam depoimento nesta quarta-feira no STJ (Superior Tribunal de Justiça), a partir das 8h.
Eles foram convocados para depor pela ministra Eliana Calmon no inquérito que apura o suposto esquema de fraudes em licitações de obras públicas revelado pela Operação Navalha, da Polícia Federal.
Pela agenda divulgada, o primeiro a ser o ouvido será Teotônio Vilela, às 8h. Depois será a vez de Jackson Lago, às 10h. O último a depor será Rondeau, às 14h.
Também está previsto o depoimento de Ulisses César Martins de Sousa, conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), marcado para as 12h.
Segundo o STJ, os horários foram acertados com os quatro que serão ouvidos, e os depoimentos não durarão mais que duas horas.
O deputado distrital Pedro Passos (PMDB), cujo depoimento também estava previsto para hoje, não procurou a ministra para marcar um horário, segundo o STJ.
Rondeau deixou o governo na semana passada depois de ser apontado pela PF como beneficiário do suposto esquema de fraude das licitações para realização de obras públicas.
O governador Jackson Lago teve dois sobrinhos presos na Operação Navalha --Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior-- e foi citado na investigação da PF.
Já Teotônio Vilela Filho também foi citado no inquérito, mas não incriminado diretamente pela PF.
Wagner mantém correligionário no cargo
Impedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) de retornar à Policia Federal, se assim desejasse, o secretário da Segurança Pública da Bahia, Paulo Bezerra, foi mantido no comanda da pasta pelo governador Jaques Wagner (PT). Porém, ao contrário do que ocorreu na semana passada, não foi uma decisão fácil. A informação oficial só foi divulgada no final da noite de ontem.
Junto com dois outros delegados federais, inclusive o superintendente atual da PF, César Nunes, Paulo Bezerra foi afastado da corporação por 60 dias pela ministra do STJ, Eliana Calmon, a mesma que autorizou a prisão do prefeito de Camaçari, Luiz Carlos Caetano, e mais 46 pessoas no âmbito da Operação Navalha.
Segundo assessores do governo estadual, Paulo Bezerra e Jaques Wagner tiveram um encontro às 13h, quando a permanência do secretário teria sido confirmada. Porém, após solenidade em que assinou a lei que define o reajuste do funcionalismo, Jaques Wagner, por não se sentir informado o suficiente sobre o caso, não falou com a imprensa sobre a situação do secretário. O governador vai prosseguir colhendo informações do caso e pode mudar de opinião sobre a permanência de Bezerra.
Em cinco meses, Bezerra coleciona dissabores no governo estadual, como o aumento no índice de violência no Carnaval e a atrapalhada atuação da pasta nas investigações do assassinato do servidor da Secretaria de Saúde de Salvador e parcerias suspeitas com empresas de economia mista e particulares.
Na semana passada, antes de ser afastado da PF, Bezerra havia rechaçado qualquer vestígio de irregularidade contra sua conduta na instituição. “Se houver algum indício de que fui desleal com minha instituição, que me afastei um milímetro de meus deveres profissionais e do juramento que fiz quando ingressei na Polícia Federal, rasgo esta carteira (de delegado) que me acompanha há muito tempo e meus diplomas de delegado e de bacharel em direito”, afirmou, teatralmente, em coletiva de imprensa.
FONTE: CORREIO DA BAHIA
Junto com dois outros delegados federais, inclusive o superintendente atual da PF, César Nunes, Paulo Bezerra foi afastado da corporação por 60 dias pela ministra do STJ, Eliana Calmon, a mesma que autorizou a prisão do prefeito de Camaçari, Luiz Carlos Caetano, e mais 46 pessoas no âmbito da Operação Navalha.
Segundo assessores do governo estadual, Paulo Bezerra e Jaques Wagner tiveram um encontro às 13h, quando a permanência do secretário teria sido confirmada. Porém, após solenidade em que assinou a lei que define o reajuste do funcionalismo, Jaques Wagner, por não se sentir informado o suficiente sobre o caso, não falou com a imprensa sobre a situação do secretário. O governador vai prosseguir colhendo informações do caso e pode mudar de opinião sobre a permanência de Bezerra.
Em cinco meses, Bezerra coleciona dissabores no governo estadual, como o aumento no índice de violência no Carnaval e a atrapalhada atuação da pasta nas investigações do assassinato do servidor da Secretaria de Saúde de Salvador e parcerias suspeitas com empresas de economia mista e particulares.
Na semana passada, antes de ser afastado da PF, Bezerra havia rechaçado qualquer vestígio de irregularidade contra sua conduta na instituição. “Se houver algum indício de que fui desleal com minha instituição, que me afastei um milímetro de meus deveres profissionais e do juramento que fiz quando ingressei na Polícia Federal, rasgo esta carteira (de delegado) que me acompanha há muito tempo e meus diplomas de delegado e de bacharel em direito”, afirmou, teatralmente, em coletiva de imprensa.
FONTE: CORREIO DA BAHIA
Mais de 3 mil brasileiros têm câncer de pênis
Doença é mais comum entre os nordestinos e o número de amputações chegou a 908 no ano passado
RIO DE JANEIRO - A SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) divulgou ontem um estudo estimando em mais de três mil o número de brasileiros com câncer de pênis e alertando para o fato de o registro no SUS de amputações por causa da doença ter atingido, em 2005, o maior patamar desde 2000, com 908 casos. O estudo, feito a partir de uma amostra de 281 casos catalogados pela entidade, estima que São Paulo é o estado com maior número de registros, o que já era esperado por se tratar da unidade da federação com maior população. A situação mais preocupante, no entanto, é a de Maranhão e Ceará, estados com maiores registros após São Paulo.
Mesmo no caso de São Paulo, o presidente da entidade, Sidney Glina, afirma que uma parcela expressiva dos casos registrados é de pessoas que vieram do interior do Nordeste. As causas da doença são desconhecidas. Sabe-se, no entanto, que há uma forte correlação entre câncer de pênis e excesso de pele no órgão genital masculino. Outro fator associado a uma maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer é a falta de higiene.
O secretário geral da SBU, Luciano Favorito, diz que, por ser uma doença fortemente associada à falta de cuidados na higiene, o câncer de pênis é mais comum nas populações de baixa renda e escolaridade. Isso ajuda a explicar por que o Nordeste _ região com índices de pobreza maiores _ tem, proporcionalmente, mais casos.
Nos registros do SUS, o número de 908 amputações em 2005 é 9,4% superior às 830 de 2004. A SBU estima, no entanto, que esses dados estejam subestimados porque muitos hospitais não relatam todos os casos e porque há também casos de amputação em pacientes atendidos por planos particulares. “Os homens não têm costume de visitar um médico regularmente como as mulheres; então, às vezes, têm algumas lesões no pênis e não cuidam. Essas lesões podem ser pequenos tumores malignos que, se não tratados, podem crescer muito, destruindo o órgão genital e provocando metástase em outros”, diz o presidente da SBU.
O fato de a doença estar fortemente associada ao excesso de pele no pênis levou a SBU a planejar um mutirão na próxima sexta e sábado no estado do Maranhão. Além de um trabalho de conscientização, serão realizadas nessa atividade 200 cirurgias de fimose. Para conscientizar a população em relação à higiene do pênis, a SBU lançará também uma campanha nacional com a participação do ex-jogador de futebol Zico, que gravará um comercial com o slogan “jogue limpo com o seu amigo”. (Folhapress)
RIO DE JANEIRO - A SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) divulgou ontem um estudo estimando em mais de três mil o número de brasileiros com câncer de pênis e alertando para o fato de o registro no SUS de amputações por causa da doença ter atingido, em 2005, o maior patamar desde 2000, com 908 casos. O estudo, feito a partir de uma amostra de 281 casos catalogados pela entidade, estima que São Paulo é o estado com maior número de registros, o que já era esperado por se tratar da unidade da federação com maior população. A situação mais preocupante, no entanto, é a de Maranhão e Ceará, estados com maiores registros após São Paulo.
Mesmo no caso de São Paulo, o presidente da entidade, Sidney Glina, afirma que uma parcela expressiva dos casos registrados é de pessoas que vieram do interior do Nordeste. As causas da doença são desconhecidas. Sabe-se, no entanto, que há uma forte correlação entre câncer de pênis e excesso de pele no órgão genital masculino. Outro fator associado a uma maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer é a falta de higiene.
O secretário geral da SBU, Luciano Favorito, diz que, por ser uma doença fortemente associada à falta de cuidados na higiene, o câncer de pênis é mais comum nas populações de baixa renda e escolaridade. Isso ajuda a explicar por que o Nordeste _ região com índices de pobreza maiores _ tem, proporcionalmente, mais casos.
Nos registros do SUS, o número de 908 amputações em 2005 é 9,4% superior às 830 de 2004. A SBU estima, no entanto, que esses dados estejam subestimados porque muitos hospitais não relatam todos os casos e porque há também casos de amputação em pacientes atendidos por planos particulares. “Os homens não têm costume de visitar um médico regularmente como as mulheres; então, às vezes, têm algumas lesões no pênis e não cuidam. Essas lesões podem ser pequenos tumores malignos que, se não tratados, podem crescer muito, destruindo o órgão genital e provocando metástase em outros”, diz o presidente da SBU.
O fato de a doença estar fortemente associada ao excesso de pele no pênis levou a SBU a planejar um mutirão na próxima sexta e sábado no estado do Maranhão. Além de um trabalho de conscientização, serão realizadas nessa atividade 200 cirurgias de fimose. Para conscientizar a população em relação à higiene do pênis, a SBU lançará também uma campanha nacional com a participação do ex-jogador de futebol Zico, que gravará um comercial com o slogan “jogue limpo com o seu amigo”. (Folhapress)
Ministra manda afastar três delegados da PF
Entre eles está o secretário de Segurança Pública da Bahia, Paulo Bezerra, acusado de vazar informações
BRASÍLIA - Por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Polícia Federal afastou ontem das funções três delegados dos seus quadros, todos eles alcançados pela Operação Navalha. A medida atingiu o diretor-executivo Zulmar Pimentel, segundo homem da hierarquia da PF; o superintendente na Bahia, Antônio César Nunes; e o atual secretário de Segurança Pública do mesmo estado, Paulo Bezerra, ex-superintendente.
No despacho que determina a punição, a ministra Eliana Calmon, do STJ, informa que os três são suspeitos de vazamento de informações sigilosas da operação e responderão a inquérito criminal na 2ª Vara da Justiça Federal da Bahia. O afastamento deve durar 60 dias para que eles não interfiram nas investigações. Acostumada a liderar as grandes operações, a PF reagiu mal ao abalo e entrou em crise.
O diretor geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, mandou abrir sindicância administrativa, que pode resultar até na demissão dos três a bem do serviço público. Nunes e Bezerra são investigados em inquérito sobre o envolvimento de policiais com uma quadrilha de empresários baianos especializada em fraudes de licitações de obras públicas. Pimentel teria alertado um acusado de que ele era alvo de investigação e seria afastado.
A investigação contra policiais começou em 2005, com a Operação Octopus. O inquérito chegou ao STJ em junho de 2006, dando origem à Operação Navalha, com a constatação de que autoridades com direito a foro especial estariam envolvidas com a quadrilha. Nunes ficou conhecido como o delegado que conduziu o inquérito contra o ex-chefe da Assessoria Parlamentar da Presidência Waldomiro Diniz, que até hoje não foi concluído.
Procurado, ele incumbiu a assessoria da PF de responder por ele. De acordo com a corporação, ele negou a acusação e entregou um notebook em cuja memória, acredita, estaria a prova da sua inocência. Bezerra, por sua vez, avisou, por meio da assessoria, que não comentaria o caso porque já está afastado da Polícia Federal desde que assumiu a secretaria de Segurança Pública do governo Jaques Wagner (PT), em janeiro. Pimentel explicou que foi ao Ceará, em missão oficial, para avisar ao superintendente da PF local, João Batista Paiva Santana, que ele estava afastado do cargo.
Antes mesmo da conclusão da sindicância sobre o caso, Paulo Lacerda confirmou a versão e informou que Pimentel não cometeu irregularidade, pois teria ido ao Ceará como emissário seu.
O diretor-executivo estava ontem no Amazonas, onde foi se reunir com delegados e acompanhar o lançamento de mais uma operação da PF, para prender servidores da Receita acusados de corrupção. A Operação Hiena é uma referência ao animal que mais compete com o leão, símbolo da Receita. Um dos policiais mais importantes da PF, candidato à sucessão de Lacerda, Pimentel costuma dar nomes, geralmente bíblicos ou bizarros, às megaoperações. O delegado acredita que o envolvimento do seu nome parta dos seus adversários na disputa sucessória
Fonte: Correio da Bahia
BRASÍLIA - Por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Polícia Federal afastou ontem das funções três delegados dos seus quadros, todos eles alcançados pela Operação Navalha. A medida atingiu o diretor-executivo Zulmar Pimentel, segundo homem da hierarquia da PF; o superintendente na Bahia, Antônio César Nunes; e o atual secretário de Segurança Pública do mesmo estado, Paulo Bezerra, ex-superintendente.
No despacho que determina a punição, a ministra Eliana Calmon, do STJ, informa que os três são suspeitos de vazamento de informações sigilosas da operação e responderão a inquérito criminal na 2ª Vara da Justiça Federal da Bahia. O afastamento deve durar 60 dias para que eles não interfiram nas investigações. Acostumada a liderar as grandes operações, a PF reagiu mal ao abalo e entrou em crise.
O diretor geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, mandou abrir sindicância administrativa, que pode resultar até na demissão dos três a bem do serviço público. Nunes e Bezerra são investigados em inquérito sobre o envolvimento de policiais com uma quadrilha de empresários baianos especializada em fraudes de licitações de obras públicas. Pimentel teria alertado um acusado de que ele era alvo de investigação e seria afastado.
A investigação contra policiais começou em 2005, com a Operação Octopus. O inquérito chegou ao STJ em junho de 2006, dando origem à Operação Navalha, com a constatação de que autoridades com direito a foro especial estariam envolvidas com a quadrilha. Nunes ficou conhecido como o delegado que conduziu o inquérito contra o ex-chefe da Assessoria Parlamentar da Presidência Waldomiro Diniz, que até hoje não foi concluído.
Procurado, ele incumbiu a assessoria da PF de responder por ele. De acordo com a corporação, ele negou a acusação e entregou um notebook em cuja memória, acredita, estaria a prova da sua inocência. Bezerra, por sua vez, avisou, por meio da assessoria, que não comentaria o caso porque já está afastado da Polícia Federal desde que assumiu a secretaria de Segurança Pública do governo Jaques Wagner (PT), em janeiro. Pimentel explicou que foi ao Ceará, em missão oficial, para avisar ao superintendente da PF local, João Batista Paiva Santana, que ele estava afastado do cargo.
Antes mesmo da conclusão da sindicância sobre o caso, Paulo Lacerda confirmou a versão e informou que Pimentel não cometeu irregularidade, pois teria ido ao Ceará como emissário seu.
O diretor-executivo estava ontem no Amazonas, onde foi se reunir com delegados e acompanhar o lançamento de mais uma operação da PF, para prender servidores da Receita acusados de corrupção. A Operação Hiena é uma referência ao animal que mais compete com o leão, símbolo da Receita. Um dos policiais mais importantes da PF, candidato à sucessão de Lacerda, Pimentel costuma dar nomes, geralmente bíblicos ou bizarros, às megaoperações. O delegado acredita que o envolvimento do seu nome parta dos seus adversários na disputa sucessória
Fonte: Correio da Bahia
Buemba! Caylheiros lança a Bolsa Pensão!
Por: José Simão
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Mais um capítulo da novela I Lobby You! E, se a filha do Renan Calheiros fosse homem, sabe como se chamaria? MENDES JÚNIOR! E continua o babado Renan Calheiros x Mônica Veloso! Dois políticos que dançaram com mônicas: Clinton e Calheiros! E a mãe dela se chama Esperança. Pior do que ter uma amante chamada Mônica, é ter uma sogra chamada Esperança. Porque é a última que morre! Rarará! E adorei o Renan falando em 'paternidade inesperada'. Tucanou a pulada de cerca! E a miss Universo não é uma miss, é um cacófato: miss Japão. E a miss Java? Pegaram a miss Japão e a miss Java juntas no banheiro! Rarará! Miss Brasil é vice, atrás da japonesa. Síndrome de Rubinho! E a fantasia de borboleta dela tava mais pra aedes aegypt. Miss Brasil pegou dengue! E só faltou a miss Culhamba, miss Culacha e miss Fola! E essa: 'Edital do trem-bala deve sair em agosto'. Trem-bala ligando São Paulo ao Rio. Vai ser o trem-bala perdida. Sai do Rio e ATINGE São Paulo. O Rio manda bala e São Paulo devolve. Trem-bala: liga o Comando Vermelho ao PCC. E quem anda de trem-bala perdida viaja dessa pra melhor. Rarará! E cientistas croatas estão treinando abelhas pra achar explosivo. Se der certo, o Rio vai ser o maior produtor de mel do mundo! E o Renan Ilhas Caylheiros vai acabar lançando a Bolsa Pensão! É mole? É mole, mas sobe! Ou, como diz o outro: é duro, mas desce! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que na Nova Zelândia tem uma placa indicando a cidade de Te Uku! Quantos quilômetros faltam pra teuku? O meu tá grudadinho na cadeira. Rarará! Mais direto, impossível. Viva o antitucanês! Viva o Brasil! E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Corrupção': erupção cutânea que dá na cara-de-pau do companheiro! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno. Acorda, Brasil! Que eu vou dormir! simao@uol.com.br
Fonte: O POVO
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Mais um capítulo da novela I Lobby You! E, se a filha do Renan Calheiros fosse homem, sabe como se chamaria? MENDES JÚNIOR! E continua o babado Renan Calheiros x Mônica Veloso! Dois políticos que dançaram com mônicas: Clinton e Calheiros! E a mãe dela se chama Esperança. Pior do que ter uma amante chamada Mônica, é ter uma sogra chamada Esperança. Porque é a última que morre! Rarará! E adorei o Renan falando em 'paternidade inesperada'. Tucanou a pulada de cerca! E a miss Universo não é uma miss, é um cacófato: miss Japão. E a miss Java? Pegaram a miss Japão e a miss Java juntas no banheiro! Rarará! Miss Brasil é vice, atrás da japonesa. Síndrome de Rubinho! E a fantasia de borboleta dela tava mais pra aedes aegypt. Miss Brasil pegou dengue! E só faltou a miss Culhamba, miss Culacha e miss Fola! E essa: 'Edital do trem-bala deve sair em agosto'. Trem-bala ligando São Paulo ao Rio. Vai ser o trem-bala perdida. Sai do Rio e ATINGE São Paulo. O Rio manda bala e São Paulo devolve. Trem-bala: liga o Comando Vermelho ao PCC. E quem anda de trem-bala perdida viaja dessa pra melhor. Rarará! E cientistas croatas estão treinando abelhas pra achar explosivo. Se der certo, o Rio vai ser o maior produtor de mel do mundo! E o Renan Ilhas Caylheiros vai acabar lançando a Bolsa Pensão! É mole? É mole, mas sobe! Ou, como diz o outro: é duro, mas desce! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que na Nova Zelândia tem uma placa indicando a cidade de Te Uku! Quantos quilômetros faltam pra teuku? O meu tá grudadinho na cadeira. Rarará! Mais direto, impossível. Viva o antitucanês! Viva o Brasil! E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Corrupção': erupção cutânea que dá na cara-de-pau do companheiro! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno. Acorda, Brasil! Que eu vou dormir! simao@uol.com.br
Fonte: O POVO
Semana Ambiental busca a sensibilização da sociedade amapaense
Dione Amaral A necessidade de preservar o meio ambiente junto com instituições governamentais e ONG’s levou a Faculdade Seama a criar a Semana da Sensibilização Ambiental. Com o tema “Cidadania e Educação Ambiental”, o evento vai acontecer entre os dias 30 de maio a 02 de junho com exposições, palestras, mesa-redonda e apresentação de artigos científicos. A relação homem e meio-ambiente irá nortear todo o evento. A Semana irá atingir também o bairro do Laguinho. Os alunos irão distribuir folders educativos para esclarecer a comunidade sobre as ações que envolvem a sensibilização da educação ambiental. “Nosso objetivo é contribuir para disseminar os benefícios desta ação na sociedade e fazer com que cada pessoa torne-se um agente multiplicador dessa idéia”, afirmou o coordenador do curso de Turismo da Seama. Quatro questões ambientais serão discutidas no evento: materiais recicláveis; coleta seletiva de lixo; Lixo que não é lixo, Desenvolvimento Sustentável; Saneamento Básico e Escassez dos Recursos Hídricos. Para fundamentar esses assuntos serão convidados representantes de instituições ligadas ao Meio Ambiente como a Prefeitura de Macapá, Caesa, Setur e Sema. Confira a programação: Dia: 30.05.2007 (Quarta-feira) Mobilização de Sensibilização Ambiental Dia: 31.05.2007 (Quinta-feira) 19h – Abertura 19h30 - Apresentação da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do Amapá. – Prof. Francisco Bocato. 20h – Palestra: História da Educação Ambiental / Palestrante: Prof. Íris Possas 20h40 – Palestra: “Biodiversidade, para que preservar?” / Palestrante: Prof. Ana Lúcia Pina Dia: 01.06.2007 (Sexta-feira) 19 h – Apresentação da RPPN REVECOM – Dr. Paulo Amorim 19h40 – Palestra: Os reflexos da sustentabilidade na Cultura Amapaense – Uma análise ambiental. / Palestrante: Prof. Antonio Kober. 20h30 – Palestra: O SISTUR do Amapá: A inviabilização do desenvolvimento sustentável pela carência de planejamento”. / Palestrante: Prof. Vicente Borges Dia: 02.06.2007 (Sábado) 8h – Apresentação de Artigos Científicos dos Acadêmicos do Curso de Turismo 8h30 – Palestra: O Direito como instrumento de educação ambiental Palestrante: Prof. Rafael Reis Ferreira 9h30 - Mesa Redonda: As Estratégias de Sustentabilidade.
FONTE: Amapá Busca
FONTE: Amapá Busca
Prefeitura de Macapá vai multar quem joga lixo na rua, mas não limpa a sujeira que produz
Chico Terra – da RedaçãoA prefeitura municipal de Macapá anunciou medidas punitivas ao cidadão que jogar lixo na frente das sua casas, mas não limpa sujeira produzida por ela mesma. A medida visa evitar a proliferação das lixeiras viciadas que somam centenas por toda cidade de Macapá sob epidemia sem precedentes de dengue.Acontece que semana passada um ensaio de limpeza foi realizado pela prefeitura, através da empresa que presta tais serviços no município no centro de Macapá. Na av. Padre Júlio, em frente ao Ministério Público Estadual, os garis deixaram um amontoado de lixo retirado da rua e até o presente momento ainda permanece no local.“Como exigir dos munícipes postura se a prefeitura não cumpre a parte que lhe cabe?”, pergunta um morador das proximidades. Resta saber se a lei será cumprida e a prefeitura passe a atuar com responsabilidade na gestão do município.
Fonte: Amapá Busca
Fonte: Amapá Busca
terça-feira, maio 29, 2007
"Não há nenhum pensamento importante que a burrice não saiba usar, ela é móvel para todos os lados e pode vestir todos os trajes da verdade. A verdade
Por:
Reinaldo Azevedo
Reinaldão, um feminista, Renan e o que diria Cícero
Ai, ai... Por Pachamama!E ainda dizem que Bento 16 é muito exigente, não é? Seguisse o presidente do Senado os Dez Mandamentos da Lei de Deus, não estaria agora em apuros. Para quem não se lembra do Catecismo, lá vão de forma resumida:1. Amar a Deus sobre todas as coisas.2. Não tomar Seu santo nome em vão.3. Guardar domingos e festas.4. Honrar pai e mãe.5. Não matar.6. Não pecar contra a castidade.7. Não furtar.8. Não levantar falso testemunho.9. Não desejar a mulher do próximo.10. Não cobiçar as coisas alheiasEu não duvido, embora saiba haver quem duvide, de que há acima regras básicas para uma vida privada e pública civilizada e decente. Admito que os ateus ou agnósticos, políticos ou não, possam ignorar os mandamentos 1, 2, 3 e 6 sem que lhes sobrevenham contratempos severos de ordem prática. Mas os outros seis... Ajoelhe-se você diante do Altíssimo, de Buda ou de uma carranca, convém respeitá-los. Um único pecado basta para danar uma vida. A combinação de dois deles pode ser explosiva.É claro que falo com um misto de ironia e, acreditem, até de amargura. O espetáculo que se viu nesta segunda no Senado só não foi mais patético porque estamos nos acostumando ao descalabro. Afinal, já vimos um presidente dizer em rede nacional que seu partido fez caixa dois para pagar a sua campanha e que ele de nada sabia; já vimos cabeças coroadas desse mesmo partido preparar uma trama para enlamear um adversário, sem que um só malandro tenha sido punido; como relata Diogo Mainardi na sua coluna desta semana, um empreiteiro tem relações muito especiais com a Presidência da República, e isso também é visto como coisa normal. Por que ficar chocado com Renan Calheiros?Mesmo assim, fiquei. Fiquei um tanto chocado já com a reportagem da VEJA. E olhem que a revista, à diferença do que sugeriu Renan, não avançou um milímetro em sua vida pessoal. Nada! Esta só entrou como elemento da narrativa à medida que o problema transitava da esfera privada para a pública; à medida que o funcionário de uma empreiteira virou protagonista da história.Renan armou um espetáculo deprimente. Começou — ele, sim, não a VEJA — por macular a família como instituição. A presença ali, de sua mulher, em vez de mimetizar uma Hillary Clinton (afinal, a mulher de Bill era personalidade pública; tanto é assim que é, hoje, a mais forte pré-candidata do Partido Democrata à Presidência), apenas servia ao melodrama, expondo-a ainda mais à curiosidade pública. Já não bastava que a alcova paralela fosse forçosamente tema da sua peroração, ele também escancarou, aos olhos da nação, a alcova oficial, a intimidade do seu lar, submetendo seu lar ao vexame. Mas, claro, sempre se dizendo muito constrangido. Se Hillary, ao se prestar àquele papel, ganhava pontos, como se viu em sua trajetória política — não custa lembrar que ela denunciou um suposto complô da direita —, a mulher de Renan nada levou. Ao contrário: aviltou-se; representou a Amélia de plantão; fez-se a grande mulher por trás de um... pequeno homem. Pequeníssimo.Não! Não vimos nada de moderno ou civilizado nesta segunda-feira. Ao contrário. Sou feminista. Sou casado com mulher. Tenho duas filhas. Eu as quero felizes e seres integrais. Eu educo as meninas para que nunca se vejam na contingência de ter de passar por isso. Quando Bento 16 falou da dissolução do casamento como uma “chaga” — e não “praga” —, foi tratado por certa mídia “progressista” como um cão sarnento, atacado por seu conservadorismo insuportável.É claro que pode haver segundas uniões felizes. E acredito que Deus também possa abençoá-las — sempre admitindo que a Igreja tem o direto e o dever de zelar por seus princípios. O que quero observar aqui é que, ao desrespeitar aquele padrão dito conservador do papa, Renan Calheiros foi, ele sim, um reacionário. A figura de sua mulher era a da submissão, a da humilhação, a de uma peça de propaganda que só servia à sua lenda pessoal. Pensei na minha mulher e nas minhas filhas e me senti agravado. O cristianismo encontrou nas mulheres as primeiras entusiastas justamente porque foi a religião lhes conferir dignidade.E me dei conta de que esta qualidade de políticos acabava de roubar mais um pedacinho do território da nossa decência. O Brasil seria certamente melhor se tal aviltamento da família fosse severamente punido nas urnas; o Brasil seria certamente melhor se os políticos temessem os escândalos; o Brasil seria certamente melhor se os homens públicos se esforçassem, a exemplo da mulher de César, para ao menos parecer honestos, ainda que não conseguissem sê-lo. Mas chegamos ao estágio em que já se dispensa até o fingimento.Na ânsia de se defender do que há de grave contra ele na esfera pública — a suspeita de relações incestuosas com uma empreiteira —, Renan alargou a fresta por onde apenas se entrevia a sua vida privada, escancarando-a. No vale-tudo para salvar a sua carreira política, transformou num espetáculo a sua vida pessoal, chamando a própria mulher para coadjuvar a sua pantomima. Sei bem que ela foi lá porque quis; algum benefício há de haurir ao desempenhar tão triste papel. Isso é problema dela. Interesso-me pela vida sexual do casal Calheiros tanto quanto pela de um porco-espinho. O presidente do Congresso Nacional, vestindo a roupagem do coronel, expunha a sua “senhora” à curiosidade pública. E isso importa, sim.Neste momento, macula-se bem mais do que o espaço da vida político-partidária. Essa mácula, Renan a carrega já desde a sua intimidade com o lobista de uma empreiteira. Macula-se, atenção!, um espaço tão o mais sagrado: o da vivência amorosa, o das relações afetivas, justamente o da família, onde, afinal de contas, tudo começa. Boa parte dos problemas ditos sociais no Brasil decorre, acreditem, da degeneração de costumes, da falta do respeito básico e elementar do marido por sua mulher, da mulher por seu marido, do casal por seus filhos, dos filhos pelos pais. Isso em qualquer classe social, tenham as pessoas a escolaridade que for. Esse laxismo está longe de fazer a felicidade das famílias; ao contrário, é fonte de danação. Mas, claro, eu sou “reacionário”, “de direita”, é bom não esquecer. O progressista é Renan Calheiros.O senador não quebrou nenhum tabu com vistas a uma sociedade mais moderna ou libertária. Ao contrário: fez o país regredir; fez regredir as mulheres, expostas, na figura de uma, a um ritual grotesco de humilhação, A chaga da degeneração dos costumes, públicos e privados, instalou-se no topo do poder. Dos Três Poderes.ReaçõesOs senadores, como se viu, classificaram de “convincente” o testemunho de seu par — os oposicionistas, ao menos, lembraram que é preciso analisar as “provas” que ele apresentou, embora não “provem” a origem dos recursos. Seu desmentido de que fosse o amigo empreiteiro a pagar as contas da namorada durou pouco. Foi contestado pelo advogado da moça — conforme se lê abaixo. A palavra “convincente” já era um exagero da generosidade e do corporativismo. Gontijo havia confirmado à VEJA os pagamentos. E foi claro: o dinheiro não era nem seu nem de Renan. Nota-se uma certa disposição para condescender com o presidente do Senado. E não faltará, na oposição e na situação, quem veja com olhos oportunistas o comando entregue a um pato-manco.A foto desta segunda foi o abraço de solidariedade do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), de quem ele já foi fiel escudeiro. Eu diria que o destino demorou para se encontrar com Renan, colhendo-o já na quadra da vida em que a barba branca lhe fica na pia do banheiro toda manhã. Talvez ele tivesse merecido tal confronto mais cedo, entre 1990 e 1992, quando era um dos expoentes, embora tendo saído ileso, da República de Alagoas.RetóricaA retórica de Renan Calheiros foi um verdadeiro show de horrores, variando da medicina para a novela mexicana, com algumas paradinhas na autocomiseração. Mais de uma vez, referiu-se à namorada ou ex-namorada, sei lá eu, como “a gestante”. Da gravidez propriamente, disse ser um “calvário”, querendo empregar, segundo entendi, a palavra com o sentido de “sofrimento”. Considerando que a narrativa envolve uma criança, filha sua, a escolha do termo define um caráter.Também citou Cícero, o célebre orador e senador da agonizante República romana, conhecido justamente por sua dureza com o que considerava degeneração dos costumes, daí que César, um populista agressivo e autocrático, tenha sido um dos alvos de sua retórica irada. O pretexto para citar Cícero foi lamentar que a disputa política tivesse chegado à vida privada dos indivíduos. O indivíduo Renan finge esquecer de que tudo começou porque um ser privado, um empreiteiro, chegou à vida do político Renan.Cícero lhe daria um pé retórico no traseiro e lhe sugeriria a renúncia. Não sou Cícero. Mas faço a mesma coisa.
Por Reinaldo Azevedo
Fonte: VEJA on-line
Reinaldo Azevedo
Reinaldão, um feminista, Renan e o que diria Cícero
Ai, ai... Por Pachamama!E ainda dizem que Bento 16 é muito exigente, não é? Seguisse o presidente do Senado os Dez Mandamentos da Lei de Deus, não estaria agora em apuros. Para quem não se lembra do Catecismo, lá vão de forma resumida:1. Amar a Deus sobre todas as coisas.2. Não tomar Seu santo nome em vão.3. Guardar domingos e festas.4. Honrar pai e mãe.5. Não matar.6. Não pecar contra a castidade.7. Não furtar.8. Não levantar falso testemunho.9. Não desejar a mulher do próximo.10. Não cobiçar as coisas alheiasEu não duvido, embora saiba haver quem duvide, de que há acima regras básicas para uma vida privada e pública civilizada e decente. Admito que os ateus ou agnósticos, políticos ou não, possam ignorar os mandamentos 1, 2, 3 e 6 sem que lhes sobrevenham contratempos severos de ordem prática. Mas os outros seis... Ajoelhe-se você diante do Altíssimo, de Buda ou de uma carranca, convém respeitá-los. Um único pecado basta para danar uma vida. A combinação de dois deles pode ser explosiva.É claro que falo com um misto de ironia e, acreditem, até de amargura. O espetáculo que se viu nesta segunda no Senado só não foi mais patético porque estamos nos acostumando ao descalabro. Afinal, já vimos um presidente dizer em rede nacional que seu partido fez caixa dois para pagar a sua campanha e que ele de nada sabia; já vimos cabeças coroadas desse mesmo partido preparar uma trama para enlamear um adversário, sem que um só malandro tenha sido punido; como relata Diogo Mainardi na sua coluna desta semana, um empreiteiro tem relações muito especiais com a Presidência da República, e isso também é visto como coisa normal. Por que ficar chocado com Renan Calheiros?Mesmo assim, fiquei. Fiquei um tanto chocado já com a reportagem da VEJA. E olhem que a revista, à diferença do que sugeriu Renan, não avançou um milímetro em sua vida pessoal. Nada! Esta só entrou como elemento da narrativa à medida que o problema transitava da esfera privada para a pública; à medida que o funcionário de uma empreiteira virou protagonista da história.Renan armou um espetáculo deprimente. Começou — ele, sim, não a VEJA — por macular a família como instituição. A presença ali, de sua mulher, em vez de mimetizar uma Hillary Clinton (afinal, a mulher de Bill era personalidade pública; tanto é assim que é, hoje, a mais forte pré-candidata do Partido Democrata à Presidência), apenas servia ao melodrama, expondo-a ainda mais à curiosidade pública. Já não bastava que a alcova paralela fosse forçosamente tema da sua peroração, ele também escancarou, aos olhos da nação, a alcova oficial, a intimidade do seu lar, submetendo seu lar ao vexame. Mas, claro, sempre se dizendo muito constrangido. Se Hillary, ao se prestar àquele papel, ganhava pontos, como se viu em sua trajetória política — não custa lembrar que ela denunciou um suposto complô da direita —, a mulher de Renan nada levou. Ao contrário: aviltou-se; representou a Amélia de plantão; fez-se a grande mulher por trás de um... pequeno homem. Pequeníssimo.Não! Não vimos nada de moderno ou civilizado nesta segunda-feira. Ao contrário. Sou feminista. Sou casado com mulher. Tenho duas filhas. Eu as quero felizes e seres integrais. Eu educo as meninas para que nunca se vejam na contingência de ter de passar por isso. Quando Bento 16 falou da dissolução do casamento como uma “chaga” — e não “praga” —, foi tratado por certa mídia “progressista” como um cão sarnento, atacado por seu conservadorismo insuportável.É claro que pode haver segundas uniões felizes. E acredito que Deus também possa abençoá-las — sempre admitindo que a Igreja tem o direto e o dever de zelar por seus princípios. O que quero observar aqui é que, ao desrespeitar aquele padrão dito conservador do papa, Renan Calheiros foi, ele sim, um reacionário. A figura de sua mulher era a da submissão, a da humilhação, a de uma peça de propaganda que só servia à sua lenda pessoal. Pensei na minha mulher e nas minhas filhas e me senti agravado. O cristianismo encontrou nas mulheres as primeiras entusiastas justamente porque foi a religião lhes conferir dignidade.E me dei conta de que esta qualidade de políticos acabava de roubar mais um pedacinho do território da nossa decência. O Brasil seria certamente melhor se tal aviltamento da família fosse severamente punido nas urnas; o Brasil seria certamente melhor se os políticos temessem os escândalos; o Brasil seria certamente melhor se os homens públicos se esforçassem, a exemplo da mulher de César, para ao menos parecer honestos, ainda que não conseguissem sê-lo. Mas chegamos ao estágio em que já se dispensa até o fingimento.Na ânsia de se defender do que há de grave contra ele na esfera pública — a suspeita de relações incestuosas com uma empreiteira —, Renan alargou a fresta por onde apenas se entrevia a sua vida privada, escancarando-a. No vale-tudo para salvar a sua carreira política, transformou num espetáculo a sua vida pessoal, chamando a própria mulher para coadjuvar a sua pantomima. Sei bem que ela foi lá porque quis; algum benefício há de haurir ao desempenhar tão triste papel. Isso é problema dela. Interesso-me pela vida sexual do casal Calheiros tanto quanto pela de um porco-espinho. O presidente do Congresso Nacional, vestindo a roupagem do coronel, expunha a sua “senhora” à curiosidade pública. E isso importa, sim.Neste momento, macula-se bem mais do que o espaço da vida político-partidária. Essa mácula, Renan a carrega já desde a sua intimidade com o lobista de uma empreiteira. Macula-se, atenção!, um espaço tão o mais sagrado: o da vivência amorosa, o das relações afetivas, justamente o da família, onde, afinal de contas, tudo começa. Boa parte dos problemas ditos sociais no Brasil decorre, acreditem, da degeneração de costumes, da falta do respeito básico e elementar do marido por sua mulher, da mulher por seu marido, do casal por seus filhos, dos filhos pelos pais. Isso em qualquer classe social, tenham as pessoas a escolaridade que for. Esse laxismo está longe de fazer a felicidade das famílias; ao contrário, é fonte de danação. Mas, claro, eu sou “reacionário”, “de direita”, é bom não esquecer. O progressista é Renan Calheiros.O senador não quebrou nenhum tabu com vistas a uma sociedade mais moderna ou libertária. Ao contrário: fez o país regredir; fez regredir as mulheres, expostas, na figura de uma, a um ritual grotesco de humilhação, A chaga da degeneração dos costumes, públicos e privados, instalou-se no topo do poder. Dos Três Poderes.ReaçõesOs senadores, como se viu, classificaram de “convincente” o testemunho de seu par — os oposicionistas, ao menos, lembraram que é preciso analisar as “provas” que ele apresentou, embora não “provem” a origem dos recursos. Seu desmentido de que fosse o amigo empreiteiro a pagar as contas da namorada durou pouco. Foi contestado pelo advogado da moça — conforme se lê abaixo. A palavra “convincente” já era um exagero da generosidade e do corporativismo. Gontijo havia confirmado à VEJA os pagamentos. E foi claro: o dinheiro não era nem seu nem de Renan. Nota-se uma certa disposição para condescender com o presidente do Senado. E não faltará, na oposição e na situação, quem veja com olhos oportunistas o comando entregue a um pato-manco.A foto desta segunda foi o abraço de solidariedade do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), de quem ele já foi fiel escudeiro. Eu diria que o destino demorou para se encontrar com Renan, colhendo-o já na quadra da vida em que a barba branca lhe fica na pia do banheiro toda manhã. Talvez ele tivesse merecido tal confronto mais cedo, entre 1990 e 1992, quando era um dos expoentes, embora tendo saído ileso, da República de Alagoas.RetóricaA retórica de Renan Calheiros foi um verdadeiro show de horrores, variando da medicina para a novela mexicana, com algumas paradinhas na autocomiseração. Mais de uma vez, referiu-se à namorada ou ex-namorada, sei lá eu, como “a gestante”. Da gravidez propriamente, disse ser um “calvário”, querendo empregar, segundo entendi, a palavra com o sentido de “sofrimento”. Considerando que a narrativa envolve uma criança, filha sua, a escolha do termo define um caráter.Também citou Cícero, o célebre orador e senador da agonizante República romana, conhecido justamente por sua dureza com o que considerava degeneração dos costumes, daí que César, um populista agressivo e autocrático, tenha sido um dos alvos de sua retórica irada. O pretexto para citar Cícero foi lamentar que a disputa política tivesse chegado à vida privada dos indivíduos. O indivíduo Renan finge esquecer de que tudo começou porque um ser privado, um empreiteiro, chegou à vida do político Renan.Cícero lhe daria um pé retórico no traseiro e lhe sugeriria a renúncia. Não sou Cícero. Mas faço a mesma coisa.
Por Reinaldo Azevedo
Fonte: VEJA on-line
Advogado de jornalista nega versão de Renan Calheiros
Pedro Calmon nega que presidente do Senado tenha criado um fundo de R$ 100 mil para educação da filha de 3 anos e de que Mônica fosse amiga do lobista
SÃO PAULO - O advogado da jornalista Mônica Veloso, Pedro Calmon Filho, negou em entrevista ao Jornal Nacional a versão de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, de que teria criado um fundo de R$ 100 mil para a educação da filha de 3 anos que teve com ela fora do casamento. O senador deu a declaração em pronunciamento no Senado nesta segunda-feira, 28, no qual tentou se defender das acusações que recaem sobre ele.
Segundo o advogado, os R$ 100 mil, pagos em duas parcelas, em dinheiro vivo, seria uma forma para compensar a queda no valor da pensão de R$ 12,5 mil para R$ 3 mil, depois do reconhecimento da paternidade. "Não existe um fundo para educação ou para cultura da menina. O pagamento foi feito para complementar os valores de pensão alimentícia".
Calmon disse também que Gontijo entregava envelopes de dinheiro à jornalista, mensalmente, no escritório da empreiteira Mendes Júnior: "Quem fazia era o Cláudio Gontijo e era rigorosamente da forma que foi relatada pela revista Veja".
Ao contrário do que o senador disse, o advogado desmentiu que sua cliente fosse amiga de Gontijo: "A minha cliente nunca tinha visto Cláudio Gontijo. Não tinha relação de amizade nenhuma com Cláudio Gontijo. Foi apresentada pelo senador Renan Calheiros".
O discurso em que Renan se defendeu durou cerca de 20 minutos. A defesa do presidente do Senado tinha por objetivo antecipar as explicações que ele dará no Conselho de Ética na quarta-feira, dia 30. Renan foi acusado em reportagem da revista Veja, segundo a qual Gontijo teria pago uma pensão mensal de R$ 12 mil para a filha de três anos do senador, entre outros benefícios, que somariam R$ 16,5 mil mensais.
Fonte: Estadão.Com
SÃO PAULO - O advogado da jornalista Mônica Veloso, Pedro Calmon Filho, negou em entrevista ao Jornal Nacional a versão de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, de que teria criado um fundo de R$ 100 mil para a educação da filha de 3 anos que teve com ela fora do casamento. O senador deu a declaração em pronunciamento no Senado nesta segunda-feira, 28, no qual tentou se defender das acusações que recaem sobre ele.
Segundo o advogado, os R$ 100 mil, pagos em duas parcelas, em dinheiro vivo, seria uma forma para compensar a queda no valor da pensão de R$ 12,5 mil para R$ 3 mil, depois do reconhecimento da paternidade. "Não existe um fundo para educação ou para cultura da menina. O pagamento foi feito para complementar os valores de pensão alimentícia".
Calmon disse também que Gontijo entregava envelopes de dinheiro à jornalista, mensalmente, no escritório da empreiteira Mendes Júnior: "Quem fazia era o Cláudio Gontijo e era rigorosamente da forma que foi relatada pela revista Veja".
Ao contrário do que o senador disse, o advogado desmentiu que sua cliente fosse amiga de Gontijo: "A minha cliente nunca tinha visto Cláudio Gontijo. Não tinha relação de amizade nenhuma com Cláudio Gontijo. Foi apresentada pelo senador Renan Calheiros".
O discurso em que Renan se defendeu durou cerca de 20 minutos. A defesa do presidente do Senado tinha por objetivo antecipar as explicações que ele dará no Conselho de Ética na quarta-feira, dia 30. Renan foi acusado em reportagem da revista Veja, segundo a qual Gontijo teria pago uma pensão mensal de R$ 12 mil para a filha de três anos do senador, entre outros benefícios, que somariam R$ 16,5 mil mensais.
Fonte: Estadão.Com
Após Operação Navalha, PF investiga empresários da área da segurança da BA
LUIZ FRANCISCOda Agência Folha, em Salvador
Em meio às prisões de empreiteiros, políticos e lobistas envolvidos com a Operação Navalha, a Polícia Federal voltou a investigar oito empresários da área de segurança na Bahia que atuariam nos mesmos moldes da Gautama para fraudar licitações públicas realizadas pelo governo. A construtora Gautama é comandada pelo empresário Zuleido Veras, acusado de corromper políticos para vencer licitações.
Batizada de Octopus (polvo, em inglês), a operação foi congelada em junho de 2005, depois que dirigentes da PF teriam vazado as informações. Um dos alvos da investigação era João Batista Paiva Santana, ex-superintendente da Polícia Federal no Ceará.
De acordo com relatório da inteligência da corporação, ele foi avisado pelo diretor-executivo da instituição Zulmar Pimentel, segundo na hierarquia da PF, de que estaria sendo investigado. Anteriormente, Pimentel negou a acusação.
No último dia 10, uma semana antes das prisões efetuadas pela Operação Navalha, a Octopus foi retomada. O inquérito revela que os empresários teriam recebido quase R$ 39 milhões provenientes de licitações fraudulentas nos últimos cinco anos.
O grupo, segundo a Polícia Federal, começava suas fraudes antes das licitações. Com a ajuda de servidores públicos, as empresas obtinham as certidões negativas necessárias para disputar os contratos. Em seguida, uma empresa apresentava o "preço justo" --as outras colocavam valores acima da média de mercado. Em outras licitações, havia o revezamento de empresas.
Depois da assinatura do contrato, a empresa vencedora alegava desequilíbrio financeiro e era beneficiada com os aditivos. Levantamento feito pelo Ministério Público revela que os empresários não recolhiam as parcelas patronais e empregatícias ao INSS e não depositavam os valores relativos ao FGTS dos funcionários.
Internamente, a PF abriu uma sindicância para apurar o vazamento das informações sobre a Octopus. Com o "congelamento" da operação, os agentes federais utilizaram algumas informações para deflagrar a Operação Navalha.
Em meio às prisões de empreiteiros, políticos e lobistas envolvidos com a Operação Navalha, a Polícia Federal voltou a investigar oito empresários da área de segurança na Bahia que atuariam nos mesmos moldes da Gautama para fraudar licitações públicas realizadas pelo governo. A construtora Gautama é comandada pelo empresário Zuleido Veras, acusado de corromper políticos para vencer licitações.
Batizada de Octopus (polvo, em inglês), a operação foi congelada em junho de 2005, depois que dirigentes da PF teriam vazado as informações. Um dos alvos da investigação era João Batista Paiva Santana, ex-superintendente da Polícia Federal no Ceará.
De acordo com relatório da inteligência da corporação, ele foi avisado pelo diretor-executivo da instituição Zulmar Pimentel, segundo na hierarquia da PF, de que estaria sendo investigado. Anteriormente, Pimentel negou a acusação.
No último dia 10, uma semana antes das prisões efetuadas pela Operação Navalha, a Octopus foi retomada. O inquérito revela que os empresários teriam recebido quase R$ 39 milhões provenientes de licitações fraudulentas nos últimos cinco anos.
O grupo, segundo a Polícia Federal, começava suas fraudes antes das licitações. Com a ajuda de servidores públicos, as empresas obtinham as certidões negativas necessárias para disputar os contratos. Em seguida, uma empresa apresentava o "preço justo" --as outras colocavam valores acima da média de mercado. Em outras licitações, havia o revezamento de empresas.
Depois da assinatura do contrato, a empresa vencedora alegava desequilíbrio financeiro e era beneficiada com os aditivos. Levantamento feito pelo Ministério Público revela que os empresários não recolhiam as parcelas patronais e empregatícias ao INSS e não depositavam os valores relativos ao FGTS dos funcionários.
Internamente, a PF abriu uma sindicância para apurar o vazamento das informações sobre a Octopus. Com o "congelamento" da operação, os agentes federais utilizaram algumas informações para deflagrar a Operação Navalha.
Ministra do STJ determina afastamento de três delegados da PF
da Folha Online
A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), determinou nesta segunda-feira o afastamento de três delegados da Polícia Federal que estariam supostamente envolvidos no esquema de fraudes em licitações para a realização de obras públicas, desmontado pela Operação Navalha, da PF. Os nomes dos delegados, no entanto, ainda não foram divulgados.
Hoje, a ministra vai se reunir com representantes do Ministério Público para definir o rumo das investigações sobre o esquema, após a tomada dos depoimentos dos acusados. Ela deve pedir a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos envolvidos e da construtora Gautama, apontada como a cabeça do esquema.
Intimação
Eliana Calmon intimou na noite de ontem o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau e os governadores de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), e do Maranhão, Jackson Lago (PDT), a prestarem depoimento sobre o esquema de fraudes em licitações para a realização de obras públicas, desmontado pela Operação Navalha, da Polícia federal.
Os depoimentos foram marcados para amanhã. Além deles, no mesmo dia, a ministra deve ouvir o deputado distrital Pedro Passos (PMDB) e Ulisses César Martins de Sousa, conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Depoimentos
Ontem, a ministra ouviu os depoimentos de mais cinco pessoas ligadas à Gautama, construtora suspeita de liderar a suposta máfia que fraudava licitações.
Depuseram Tereza Freire Lima, funcionária da construtora; Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras, filho de Zuleido Veras (dono da Gautama); o administrador Henrique Garcia; Gil Jacó Carvalho Santos, diretor financeiro da construtora; e, por último, Abelardo Sampaio Lopes Filho, também diretor da Gautama. Todos tiveram o decreto de prisão revogado após os depoimentos.
O decreto de prisão de quatro suspeitos foi mantido pela juíza: o de Zuleido Veras, proprietário da Gautama; o de Maria de Fátima Palmeira e de Vicente Coni, diretores da Gautama; e o decreto de João Manoel Barros, funcionário da empresa.
Sobre o depoimento de Tereza, a ministra disse que ela mentiu e omitiu informações. Mas que mesmo assim iria revogar sua prisão por considerar que "a funcionária não oferece risco para a coleta de provas da Operação Navalha".
Alguns acusados foram soltos antes de depor, como o deputado distrital Pedro Passos. Outros se recusaram a depor e foram soltos posteriormente pelo STF (Supremo Tribunal Federal), como os sobrinhos de Jackson Lago, Francisco de Paula Lima Júnior e Alexandre Maia Lago.
Com Gil Jacó Carvalho Santos e Abelardo Sampaio Lopes Filho, já chega a 44 o número de acusados que foram soltos pelo STJ ou por habeas corpus concedido pelo Supremo.
A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), determinou nesta segunda-feira o afastamento de três delegados da Polícia Federal que estariam supostamente envolvidos no esquema de fraudes em licitações para a realização de obras públicas, desmontado pela Operação Navalha, da PF. Os nomes dos delegados, no entanto, ainda não foram divulgados.
Hoje, a ministra vai se reunir com representantes do Ministério Público para definir o rumo das investigações sobre o esquema, após a tomada dos depoimentos dos acusados. Ela deve pedir a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos envolvidos e da construtora Gautama, apontada como a cabeça do esquema.
Intimação
Eliana Calmon intimou na noite de ontem o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau e os governadores de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), e do Maranhão, Jackson Lago (PDT), a prestarem depoimento sobre o esquema de fraudes em licitações para a realização de obras públicas, desmontado pela Operação Navalha, da Polícia federal.
Os depoimentos foram marcados para amanhã. Além deles, no mesmo dia, a ministra deve ouvir o deputado distrital Pedro Passos (PMDB) e Ulisses César Martins de Sousa, conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Depoimentos
Ontem, a ministra ouviu os depoimentos de mais cinco pessoas ligadas à Gautama, construtora suspeita de liderar a suposta máfia que fraudava licitações.
Depuseram Tereza Freire Lima, funcionária da construtora; Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras, filho de Zuleido Veras (dono da Gautama); o administrador Henrique Garcia; Gil Jacó Carvalho Santos, diretor financeiro da construtora; e, por último, Abelardo Sampaio Lopes Filho, também diretor da Gautama. Todos tiveram o decreto de prisão revogado após os depoimentos.
O decreto de prisão de quatro suspeitos foi mantido pela juíza: o de Zuleido Veras, proprietário da Gautama; o de Maria de Fátima Palmeira e de Vicente Coni, diretores da Gautama; e o decreto de João Manoel Barros, funcionário da empresa.
Sobre o depoimento de Tereza, a ministra disse que ela mentiu e omitiu informações. Mas que mesmo assim iria revogar sua prisão por considerar que "a funcionária não oferece risco para a coleta de provas da Operação Navalha".
Alguns acusados foram soltos antes de depor, como o deputado distrital Pedro Passos. Outros se recusaram a depor e foram soltos posteriormente pelo STF (Supremo Tribunal Federal), como os sobrinhos de Jackson Lago, Francisco de Paula Lima Júnior e Alexandre Maia Lago.
Com Gil Jacó Carvalho Santos e Abelardo Sampaio Lopes Filho, já chega a 44 o número de acusados que foram soltos pelo STJ ou por habeas corpus concedido pelo Supremo.
Veja lista de parlamentares presenteados pela Gautama
KENNEDY ALENCARda Folha de S.Paulo, em Brasília
A lista da construtora Gautama com pessoas que seriam presenteadas tem 38 deputados federais e ex-deputados, 18 senadores e ex-senadores, três ministros de Estado, cinco ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) e, pelo menos, 23 governadores, prefeitos, ex-governadores e ex-prefeitos.
Esses foram os políticos que a Folha conseguiu identificar após obter a lista da empreiteira de Zuleido Veras, empresário preso pela PF (Polícia Federal) acusado de fraudar licitações de obras públicas e de pagar propina a políticos e funcionários públicos.
Ao todo, a lista enumera 225 pessoas, algumas citadas apenas pelo primeiro nome. Exemplo: os governadores, prefeitos, ex-governadores e ex-prefeitos podem ser 35 ao todo, mas a Folha identificou 23.
Para a PF, a simples menção na lista não significa que o nomeado seja suspeito. Trata-se apenas de um ponto de partida, que precisaria ser ligado a evidências, provas e depoimentos para ter valor na investigação.
Há uma menção a um ministro da Saúde, mas não há citação de qual foi esse ministro ou do presente recebido. A PF avalia que a lista apreendida se refere ao final de 2006.
Na opinião da PF, a lista é semelhante a elaboradas por empresas em festas de final de ano. A Folha apurou que, entre os brindes, haveria canetas, gravatas e bebidas, como uísque. O documento ao qual o jornal teve acesso não indica quais presentes foram dados aos listados.
Também aparecem catalogados como deputados e senadores vários políticos que não conquistaram novo mandato ou que estão em outras posições hoje, caso do atual ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Geddel já disse não ter relação com Zuleido e que não tem controle sobre brindes que chegam ao gabinete no fim do ano.
Os três ministros de Estado que estão na lista são Geddel, Alfredo Nascimento (Transportes) e Paulo Bernardo (Planejamento). Jaques Wagner aparece contabilizado como ministro de Estado. Ele chefiou a pasta das Relações Institucionais, mas é hoje governador da Bahia. O ex-ministro Silas Rondeau, que deixou o cargo na semana passado após suspeita de recebimento de propina, também consta da lista.
Os ministros do TCU que integram a lista são: Walton Alencar Rodrigues (presidente), Augusto Nardes, Aroldo Cedraz, Guilherme Palmeira e Benjamin Zinler.
A Folha optou por não publicar a lista com prenomes que não pôde identificar. Há diversas pessoas com apenas o primeiro nome que aparecem contabilizadas como secretários de Estado e assessores. Abaixo, segue a parte da lista com nomes identificados pelo jornal.
Deputados federais e ex-deputadosBenedito de Lyra (PP-AL)Jonival Lucas Jr. (ex-deputado pelo PTB-BA)Pedro Novaes (PMDB-MA)Gastão Vieira (PMDB-MA)Átila Lins (PSB-PI)Jutahy Jr. (PSDB-BA)Paulo Magalhães (DEM-BA)Olavo Calheiros (PMDB-AL)José Carlos Aleluia (DEM-BA)Marinha Raupp (PMDB-RO)Paulo Lima (ex-deputado pelo PMDB-SP)Vicentinho (PT-SP)Professor Luizinho (PT-SP)Jorge Bittar (PT-RJ)José Borba (PMDB-PR)Ricardo Barros (PP-PR)Eduardo Cunha (PMDB-RJ)Almerinda Carvalho (ex-deputada pelo PSB-RJ)José Chaves (PTB-PE)Luiz Piauhylino (ex-deputado pelo PDT de Pernambuco)Maurício Quintela (PR-AL)Eduardo Campos (PSB-CE)Iberê Ferreira (ex-deputado federal pelo PSB-RN)José Carlos Machado (DEM-SE)Gervásio Oliveira (ex-deputado pelo PMDB-AP)Milton Monte (PR-SP)5Humberto Michiles (ex-deputado pelo PL-AM)Welington Roberto (PR-PB)Ivan Paixão (ex-deputado federal do PPS-SE)João Leão (PP-BA)Wilson Santiago (PMDB-PB)Celcita Pinheiro (ex-deputada do DEM-MT)Osvaldo Reis (PMDB-TO)Márcio Reinaldo (PP-MG)ACM Neto (DEM-BA)Albano Franco (PSDB-SE)Pedro Passos (deputado distrital do PMDB)Carlos Wilson (PT-PE)
Senadores e ex-senadoresJosé Sarney (PMDB-AP)José Agripino (DEM-RN)Teotônio Vilela (PSDB-AL)Renan Calheiros (PMDB-AL)Romero Jucá (PMDB-RR)Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)Sérgio Guerra (PSDB-PE)João Ribeiro (PFL-TO)Roseana Sarney (PMDB-MA)Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA)Almeida Lima (PMDB-SE)Fernando Bezerra (ex-senador pelo PTB-RN)Waldir Raupp (PMDB-RO)José Jorge (DEM-PE)Fernando Flexa Ribeiro (PSDB-PA)Jonas Pinheiro (DEM-MT)Romeu Tuma (DEM-SP)João Tenório (PSDB-AL)
Ministros de EstadoGeddel Vieira Lima (Integração Nacional)Alfredo Nascimento (Transportes)Paulo Bernardo (Planejamento)
Ex-ministroSilas Rondeau, ex-ministro das Minas e Energia
Ministros do TCUWalton Alencar Rodrigues (presidente da entidade)Augusto NardesAroldo CedrazGuilherme PalmeiraBenjamin Zinler
Governadores, ex-governadores, prefeitos e ex-prefeitosJarbas Vasconcelos (PMDB), ex-governador de Pernambuco e atual senadorMarcone Perillo (PSDB), ex-governador de GoiásRonaldo Lessa, ex-governador de Alagoas (PDT)Amazonino Mendes, ex-governador do Amazonas (DEM)Eduardo Braga (PMDB), governador do AmazonasPaulo Souto, ex-governador da Bahia (DEM)Eraldo Tinoco, ex-vice-governador da Bahia (DEM)João Alves, ex-governador de Sergipe (DEM)Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas (PT)Luiz Caetano, prefeito de Camaçari (PT)Marcelo Miranda (PMDB), governador de TocantinsJoaquim Roriz (PMDB), ex-governador do Distrito Federal e hoje senadorJosé Reinaldo Tavares, ex-govenador do MaranhãoAntonio Imbassahy, ex-prefeito de SalvadorAgripino Lima, prefeito de Presidente PrudenteIris Rezende, ex-governador de GoiásAndré Puccinelli, governador do Mato Grosso do Sul (PMDB)Alcides Rodrigues, governador do Goiás (PP)Waldez Góes, governador do Amapá (PDT)Jackson Lago, governador do Maranhão (PDT)Oswaldo Dias (PT), ex-prefeito de MauáMarcelo Déda, governador de Sergipe (PT)Jaques Wagner, ex-ministro das Relações Institucionais e hoje governador da Bahia
OutrosAlexandra, ex-mulher do ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares
Fonte: Folha Online
A lista da construtora Gautama com pessoas que seriam presenteadas tem 38 deputados federais e ex-deputados, 18 senadores e ex-senadores, três ministros de Estado, cinco ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) e, pelo menos, 23 governadores, prefeitos, ex-governadores e ex-prefeitos.
Esses foram os políticos que a Folha conseguiu identificar após obter a lista da empreiteira de Zuleido Veras, empresário preso pela PF (Polícia Federal) acusado de fraudar licitações de obras públicas e de pagar propina a políticos e funcionários públicos.
Ao todo, a lista enumera 225 pessoas, algumas citadas apenas pelo primeiro nome. Exemplo: os governadores, prefeitos, ex-governadores e ex-prefeitos podem ser 35 ao todo, mas a Folha identificou 23.
Para a PF, a simples menção na lista não significa que o nomeado seja suspeito. Trata-se apenas de um ponto de partida, que precisaria ser ligado a evidências, provas e depoimentos para ter valor na investigação.
Há uma menção a um ministro da Saúde, mas não há citação de qual foi esse ministro ou do presente recebido. A PF avalia que a lista apreendida se refere ao final de 2006.
Na opinião da PF, a lista é semelhante a elaboradas por empresas em festas de final de ano. A Folha apurou que, entre os brindes, haveria canetas, gravatas e bebidas, como uísque. O documento ao qual o jornal teve acesso não indica quais presentes foram dados aos listados.
Também aparecem catalogados como deputados e senadores vários políticos que não conquistaram novo mandato ou que estão em outras posições hoje, caso do atual ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Geddel já disse não ter relação com Zuleido e que não tem controle sobre brindes que chegam ao gabinete no fim do ano.
Os três ministros de Estado que estão na lista são Geddel, Alfredo Nascimento (Transportes) e Paulo Bernardo (Planejamento). Jaques Wagner aparece contabilizado como ministro de Estado. Ele chefiou a pasta das Relações Institucionais, mas é hoje governador da Bahia. O ex-ministro Silas Rondeau, que deixou o cargo na semana passado após suspeita de recebimento de propina, também consta da lista.
Os ministros do TCU que integram a lista são: Walton Alencar Rodrigues (presidente), Augusto Nardes, Aroldo Cedraz, Guilherme Palmeira e Benjamin Zinler.
A Folha optou por não publicar a lista com prenomes que não pôde identificar. Há diversas pessoas com apenas o primeiro nome que aparecem contabilizadas como secretários de Estado e assessores. Abaixo, segue a parte da lista com nomes identificados pelo jornal.
Deputados federais e ex-deputadosBenedito de Lyra (PP-AL)Jonival Lucas Jr. (ex-deputado pelo PTB-BA)Pedro Novaes (PMDB-MA)Gastão Vieira (PMDB-MA)Átila Lins (PSB-PI)Jutahy Jr. (PSDB-BA)Paulo Magalhães (DEM-BA)Olavo Calheiros (PMDB-AL)José Carlos Aleluia (DEM-BA)Marinha Raupp (PMDB-RO)Paulo Lima (ex-deputado pelo PMDB-SP)Vicentinho (PT-SP)Professor Luizinho (PT-SP)Jorge Bittar (PT-RJ)José Borba (PMDB-PR)Ricardo Barros (PP-PR)Eduardo Cunha (PMDB-RJ)Almerinda Carvalho (ex-deputada pelo PSB-RJ)José Chaves (PTB-PE)Luiz Piauhylino (ex-deputado pelo PDT de Pernambuco)Maurício Quintela (PR-AL)Eduardo Campos (PSB-CE)Iberê Ferreira (ex-deputado federal pelo PSB-RN)José Carlos Machado (DEM-SE)Gervásio Oliveira (ex-deputado pelo PMDB-AP)Milton Monte (PR-SP)5Humberto Michiles (ex-deputado pelo PL-AM)Welington Roberto (PR-PB)Ivan Paixão (ex-deputado federal do PPS-SE)João Leão (PP-BA)Wilson Santiago (PMDB-PB)Celcita Pinheiro (ex-deputada do DEM-MT)Osvaldo Reis (PMDB-TO)Márcio Reinaldo (PP-MG)ACM Neto (DEM-BA)Albano Franco (PSDB-SE)Pedro Passos (deputado distrital do PMDB)Carlos Wilson (PT-PE)
Senadores e ex-senadoresJosé Sarney (PMDB-AP)José Agripino (DEM-RN)Teotônio Vilela (PSDB-AL)Renan Calheiros (PMDB-AL)Romero Jucá (PMDB-RR)Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)Sérgio Guerra (PSDB-PE)João Ribeiro (PFL-TO)Roseana Sarney (PMDB-MA)Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA)Almeida Lima (PMDB-SE)Fernando Bezerra (ex-senador pelo PTB-RN)Waldir Raupp (PMDB-RO)José Jorge (DEM-PE)Fernando Flexa Ribeiro (PSDB-PA)Jonas Pinheiro (DEM-MT)Romeu Tuma (DEM-SP)João Tenório (PSDB-AL)
Ministros de EstadoGeddel Vieira Lima (Integração Nacional)Alfredo Nascimento (Transportes)Paulo Bernardo (Planejamento)
Ex-ministroSilas Rondeau, ex-ministro das Minas e Energia
Ministros do TCUWalton Alencar Rodrigues (presidente da entidade)Augusto NardesAroldo CedrazGuilherme PalmeiraBenjamin Zinler
Governadores, ex-governadores, prefeitos e ex-prefeitosJarbas Vasconcelos (PMDB), ex-governador de Pernambuco e atual senadorMarcone Perillo (PSDB), ex-governador de GoiásRonaldo Lessa, ex-governador de Alagoas (PDT)Amazonino Mendes, ex-governador do Amazonas (DEM)Eduardo Braga (PMDB), governador do AmazonasPaulo Souto, ex-governador da Bahia (DEM)Eraldo Tinoco, ex-vice-governador da Bahia (DEM)João Alves, ex-governador de Sergipe (DEM)Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas (PT)Luiz Caetano, prefeito de Camaçari (PT)Marcelo Miranda (PMDB), governador de TocantinsJoaquim Roriz (PMDB), ex-governador do Distrito Federal e hoje senadorJosé Reinaldo Tavares, ex-govenador do MaranhãoAntonio Imbassahy, ex-prefeito de SalvadorAgripino Lima, prefeito de Presidente PrudenteIris Rezende, ex-governador de GoiásAndré Puccinelli, governador do Mato Grosso do Sul (PMDB)Alcides Rodrigues, governador do Goiás (PP)Waldez Góes, governador do Amapá (PDT)Jackson Lago, governador do Maranhão (PDT)Oswaldo Dias (PT), ex-prefeito de MauáMarcelo Déda, governador de Sergipe (PT)Jaques Wagner, ex-ministro das Relações Institucionais e hoje governador da Bahia
OutrosAlexandra, ex-mulher do ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares
Fonte: Folha Online
Ministra do STJ intima Rondeau e dois governadores a depor
da Folha Online
A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), intimou na noite desta segunda-feira o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau e os governadores de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), e do Maranhão, Jackson Lago (PDT), a prestarem depoimento sobre o esquema de fraudes em licitações para a realização de obras públicas, desmontado pela Operação Navalha, da Polícia federal.
Os depoimentos foram marcados para amanhã. Além deles, no mesmo dia, a ministra deve ouvir o deputado distrital Pedro Passos (PMDB) e Ulisses César Martins de Sousa, conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Ontem, a ministra ouviu os depoimentos de mais cinco pessoas ligadas à Gautama, construtora suspeita de liderar a suposta máfia que fraudava licitações.
Depuseram Tereza Freire Lima, funcionária da construtora; Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras, filho de Zuleido Veras (dono da Gautama); o administrador Henrique Garcia; Gil Jacó Carvalho Santos, diretor financeiro da construtora; e, por último, Abelardo Sampaio Lopes Filho, também diretor da Gautama. Todos tiveram o decreto de prisão revogado após os depoimentos.
O decreto de prisão de quatro suspeitos foi mantido pela juíza: o de Zuleido Veras, proprietário da Gautama; o de Maria de Fátima Palmeira e de Vicente Coni, diretores da Gautama; e o decreto de João Manoel Barros, funcionário da empresa.
Sobre o depoimento de Tereza, a ministra disse que ela mentiu e omitiu informações. Mas que mesmo assim iria revogar sua prisão por considerar que "a funcionária não oferece risco para a coleta de provas da Operação Navalha".
Alguns acusados foram soltos antes de depor, como o deputado distrital Pedro Passos. Outros se recusaram a depor e foram soltos posteriormente pelo STF (Supremo Tribunal Federal), como os sobrinhos de Jackson Lago, Francisco de Paula Lima Júnior e Alexandre Maia Lago.
Com Gil Jacó Carvalho Santos e Abelardo Sampaio Lopes Filho, já chega a 44 o número de acusados que foram soltos pelo STJ ou por habeas corpus concedido pelo Supremo.
Fonte: Folha Online
A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), intimou na noite desta segunda-feira o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau e os governadores de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), e do Maranhão, Jackson Lago (PDT), a prestarem depoimento sobre o esquema de fraudes em licitações para a realização de obras públicas, desmontado pela Operação Navalha, da Polícia federal.
Os depoimentos foram marcados para amanhã. Além deles, no mesmo dia, a ministra deve ouvir o deputado distrital Pedro Passos (PMDB) e Ulisses César Martins de Sousa, conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Ontem, a ministra ouviu os depoimentos de mais cinco pessoas ligadas à Gautama, construtora suspeita de liderar a suposta máfia que fraudava licitações.
Depuseram Tereza Freire Lima, funcionária da construtora; Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras, filho de Zuleido Veras (dono da Gautama); o administrador Henrique Garcia; Gil Jacó Carvalho Santos, diretor financeiro da construtora; e, por último, Abelardo Sampaio Lopes Filho, também diretor da Gautama. Todos tiveram o decreto de prisão revogado após os depoimentos.
O decreto de prisão de quatro suspeitos foi mantido pela juíza: o de Zuleido Veras, proprietário da Gautama; o de Maria de Fátima Palmeira e de Vicente Coni, diretores da Gautama; e o decreto de João Manoel Barros, funcionário da empresa.
Sobre o depoimento de Tereza, a ministra disse que ela mentiu e omitiu informações. Mas que mesmo assim iria revogar sua prisão por considerar que "a funcionária não oferece risco para a coleta de provas da Operação Navalha".
Alguns acusados foram soltos antes de depor, como o deputado distrital Pedro Passos. Outros se recusaram a depor e foram soltos posteriormente pelo STF (Supremo Tribunal Federal), como os sobrinhos de Jackson Lago, Francisco de Paula Lima Júnior e Alexandre Maia Lago.
Com Gil Jacó Carvalho Santos e Abelardo Sampaio Lopes Filho, já chega a 44 o número de acusados que foram soltos pelo STJ ou por habeas corpus concedido pelo Supremo.
Fonte: Folha Online
Voz de Renan aparece em grampo da 'Navalha'
· Segundo a PF, senador conversou com um dos suspeitos
A Polícia Federal acredita ter captado a voz do presidente do Congresso, Renan Calheiros, num dos diálogos bisbilhotados nos grampos telefônicos da Operação Navalha. A conversa ocorreu há cerca de dois meses, na segunda quinzena de março. O interlocutor de Renan era Flávio Pin, um funcionário da Caixa Econômica Federal suspeito de envolvimento com a máfia das obras públicas.
Flávio Pin é uma das 46 pessoas presas pela PF em 15 de maio. Foi posto em liberdade depois de prestar depoimento. Acusam-no de dar orientações técnicas à quadrilha que fraudava licitações e desviava verbas de obras públicas tocadas pela Gautama. No diálogo com Pin, Renan tratou justamente da liberação de recursos para uma obra em Alagoas.
Em dado instante do diálogo, de acordo com o que apurou o blog, o presidente do Congresso diz ao funcionário da Caixa que já conversara a respeito do assunto com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Mais: diz que trataria do tema também com Lula. O repórter não conseguiu saber a que obra se referia Renan. É algo que a própria PF tenta elucidar.
Sabia-se que o nome de Renan fora mencionado em vários diálogos travados por personagens investigados da Operação Navalha. Esta é, porém, a primeira vez que se tem notícia de que a voz do próprio senador consta de pelo menos um dos CDs que armazenam o resultado das interceptações telefônicas.
Até onde o blog conseguiu apurar, não há na gravação palavras que possam render imputações criminais contra Renan. Dentro da lassidão que caracteriza as relações de parlamentares governistas com o Executivo, o contato é visto como mera tentativa de um congressistas atrelado ao Planalto de defender os interesses do seu Estado.
Sob a ótica da PF, o diálogo entre Renan e Pin apenas reforça a impressão, a essa altura já consolidada, de que os negócios de Zuleido Veras contavam com uma densa rede de apoios políticos. Do ponto de vista de Renan, a conversa tonifica a sensação, também já sedimentada, de que o presidente do Congresso manteve uma perigosa proximidade com os interesses da Gautama.
O próprio Renan já admitiu ter intercedido junto ao governo em favor da liberação de dinheiro para obras da construtora, em Alagoas. Alegou que agiu a pedido de diferentes governadores do Estado. Nesta segunda-feira (28), antes que se soubesse que Renan mencionara o nome de Dilma em diálogo com o funcionário da Caixa, a chefe da Casa Civil desmereceu o conteúdo de um outro grampo que compõe o inquérito.
Trata-se de uma conversa entre dois ex-servidores do governo de Alagoas. Afirmam que Renan intercederia junto a Dilma, para incluir no PAC uma das obras confiadas à Gautama: a barragem do Rio Pratagy, em Maceió. A chefe da Casa Civil diz que Renan jamais a procurou para tratar do assunto. Afirma, de resto, que a obra já fora incluída no PAC em janeiro de 2007, três meses antes do diálogo dos funcionários da administração alagoana, que ocorreu em março.
Escrito por Josias de Souza às 23h27
Fonte: Folha Online
A Polícia Federal acredita ter captado a voz do presidente do Congresso, Renan Calheiros, num dos diálogos bisbilhotados nos grampos telefônicos da Operação Navalha. A conversa ocorreu há cerca de dois meses, na segunda quinzena de março. O interlocutor de Renan era Flávio Pin, um funcionário da Caixa Econômica Federal suspeito de envolvimento com a máfia das obras públicas.
Flávio Pin é uma das 46 pessoas presas pela PF em 15 de maio. Foi posto em liberdade depois de prestar depoimento. Acusam-no de dar orientações técnicas à quadrilha que fraudava licitações e desviava verbas de obras públicas tocadas pela Gautama. No diálogo com Pin, Renan tratou justamente da liberação de recursos para uma obra em Alagoas.
Em dado instante do diálogo, de acordo com o que apurou o blog, o presidente do Congresso diz ao funcionário da Caixa que já conversara a respeito do assunto com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Mais: diz que trataria do tema também com Lula. O repórter não conseguiu saber a que obra se referia Renan. É algo que a própria PF tenta elucidar.
Sabia-se que o nome de Renan fora mencionado em vários diálogos travados por personagens investigados da Operação Navalha. Esta é, porém, a primeira vez que se tem notícia de que a voz do próprio senador consta de pelo menos um dos CDs que armazenam o resultado das interceptações telefônicas.
Até onde o blog conseguiu apurar, não há na gravação palavras que possam render imputações criminais contra Renan. Dentro da lassidão que caracteriza as relações de parlamentares governistas com o Executivo, o contato é visto como mera tentativa de um congressistas atrelado ao Planalto de defender os interesses do seu Estado.
Sob a ótica da PF, o diálogo entre Renan e Pin apenas reforça a impressão, a essa altura já consolidada, de que os negócios de Zuleido Veras contavam com uma densa rede de apoios políticos. Do ponto de vista de Renan, a conversa tonifica a sensação, também já sedimentada, de que o presidente do Congresso manteve uma perigosa proximidade com os interesses da Gautama.
O próprio Renan já admitiu ter intercedido junto ao governo em favor da liberação de dinheiro para obras da construtora, em Alagoas. Alegou que agiu a pedido de diferentes governadores do Estado. Nesta segunda-feira (28), antes que se soubesse que Renan mencionara o nome de Dilma em diálogo com o funcionário da Caixa, a chefe da Casa Civil desmereceu o conteúdo de um outro grampo que compõe o inquérito.
Trata-se de uma conversa entre dois ex-servidores do governo de Alagoas. Afirmam que Renan intercederia junto a Dilma, para incluir no PAC uma das obras confiadas à Gautama: a barragem do Rio Pratagy, em Maceió. A chefe da Casa Civil diz que Renan jamais a procurou para tratar do assunto. Afirma, de resto, que a obra já fora incluída no PAC em janeiro de 2007, três meses antes do diálogo dos funcionários da administração alagoana, que ocorreu em março.
Escrito por Josias de Souza às 23h27
Fonte: Folha Online
Brasília Urgente! I LOBBY YOU!
Por: José Simão
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Eu quero ter uma filha com o Renan Calheiros. Mudo até de sexo! É que o Renan teve uma filha com uma jornalista e o lobista é quem paga a pensão. De R$ 16,5 mil! E como disse um leitor: eu queria ser a filha do Renan e de brinde ainda levar uma mãe daquela, supergostosa! O amor é lindo! I LOBBY YOU! Camiseta I Lobby You com coração e cifrão! Coracifrão! E o Renan vai lançar o PAF: Programa de Aceleração da Fornicação. Se engravidar, a empreiteira paga. Rarará! Dá um mensalão pra ela. Pensão mensalão! Aliás, toda história de amor é assim: começa em motel e termina em pensão. Rarará! Pra retirar nas Ilhas Caylheiros. Rarará! Novo paraíso fiscal: Ilhas Caylheiros! O Renan diz que o dinheiro provém de negócios agropecuários. É sim, vem de uma vaquinha. Vaquinha entre as empreiteiras. Rarará! E essa: 'Ministro japonês acusado de corrupção se suicida'. Se a moda pegasse, o Lula ia fazer o PAC: Programa de Aceleração de Cemitérios! E o casamento da Wanessa? Em breve: Os Bisnetos do Francisco! E os homens vestiam Ricardo Almeida e as mulheres, botox! E se a Peta tivesse na porta só ia sobrar pele de sertanejo. Nunca vi tanta pele. Gato de pobre vira espetinho e gato de rico vira estola! Rarará! E a Ana Maria Braga queria ficar escondida num canto, foi toda de VERMELHO! Parecia uma lanterna! Lanterna Loira. E a Astrid foi toda de lamê prateado: GLOBO DE BOATE! E tinha tanto padrinho, 48, que o altar parecia uma estação de metrô. Uma almôndega! E a melhor cena, mesmo: os noivos dançando ao som de EEEE O AMOOOOOR! E estava também o futuro presidente das capitanias hereditárias: Aécio Neves. Que vai pro PMDB. Procura-se um Mineiro Pra Dirigir o Brasil! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Ou como diz o outro: é duro, mas desce! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Pão de Açúcar, Alagoas, tem uma praça de aposentados apelidada de praça do Pinto Morto. Mais direto, impossível. Viva o antitucanês! Viva o Brasil! E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Pensão Alimentícia': companheiro que teve filha com a cozinheira da pensão. Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! simao@uol.com.br
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Eu quero ter uma filha com o Renan Calheiros. Mudo até de sexo! É que o Renan teve uma filha com uma jornalista e o lobista é quem paga a pensão. De R$ 16,5 mil! E como disse um leitor: eu queria ser a filha do Renan e de brinde ainda levar uma mãe daquela, supergostosa! O amor é lindo! I LOBBY YOU! Camiseta I Lobby You com coração e cifrão! Coracifrão! E o Renan vai lançar o PAF: Programa de Aceleração da Fornicação. Se engravidar, a empreiteira paga. Rarará! Dá um mensalão pra ela. Pensão mensalão! Aliás, toda história de amor é assim: começa em motel e termina em pensão. Rarará! Pra retirar nas Ilhas Caylheiros. Rarará! Novo paraíso fiscal: Ilhas Caylheiros! O Renan diz que o dinheiro provém de negócios agropecuários. É sim, vem de uma vaquinha. Vaquinha entre as empreiteiras. Rarará! E essa: 'Ministro japonês acusado de corrupção se suicida'. Se a moda pegasse, o Lula ia fazer o PAC: Programa de Aceleração de Cemitérios! E o casamento da Wanessa? Em breve: Os Bisnetos do Francisco! E os homens vestiam Ricardo Almeida e as mulheres, botox! E se a Peta tivesse na porta só ia sobrar pele de sertanejo. Nunca vi tanta pele. Gato de pobre vira espetinho e gato de rico vira estola! Rarará! E a Ana Maria Braga queria ficar escondida num canto, foi toda de VERMELHO! Parecia uma lanterna! Lanterna Loira. E a Astrid foi toda de lamê prateado: GLOBO DE BOATE! E tinha tanto padrinho, 48, que o altar parecia uma estação de metrô. Uma almôndega! E a melhor cena, mesmo: os noivos dançando ao som de EEEE O AMOOOOOR! E estava também o futuro presidente das capitanias hereditárias: Aécio Neves. Que vai pro PMDB. Procura-se um Mineiro Pra Dirigir o Brasil! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Ou como diz o outro: é duro, mas desce! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Pão de Açúcar, Alagoas, tem uma praça de aposentados apelidada de praça do Pinto Morto. Mais direto, impossível. Viva o antitucanês! Viva o Brasil! E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Pensão Alimentícia': companheiro que teve filha com a cozinheira da pensão. Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! simao@uol.com.br
Entidades vão tentar barrar transposição do São Francisco
A ausência do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, em seminário ontem, realizado pela União dos Municípios da Bahia (UPB), cujo objetivo principal era possibilitar a reflexão sobre a obra que está com data marcada para se iniciar daqui a 30 dias, como afirmou o próprio ministro, foi um dos assuntos de destaque. Geddel, que estava com presença confirmada, precisou embarcar para Brasília no final da tarde de domingo, após um chamado de urgência. A ex-ministra Heloísa Helena (PSOL), por exemplo, foi enfática ao declarar que queria muito que o ministro estivesse presente. “Estava ansiosa para saber os argumentos que o fizeram mudar de posição, já que no mandato passado ele se mostrava um oposicionista ferrenho, não apenas à transposição, mas também ao governo Lula”, ironizou. O bispo de Barra, Dom Luís Flávio Cappio, que em 2005 fez greve de fome de onze dias em protesto contra a realização das obras, usou de um discurso mais duro. “Dance conforme a música que é tocada. Isso dá para ver perfeitamente na postura do atual ministro de que não é a verdade que norteia as decisões”, ressaltou. O ex-governador, Paulo Souto (DEM), por sua vez, foi mais cauteloso. Entretanto, fez questão de reiterar a sua posição contrária ao projeto. “Está absolutamente provado que as regiões que vão receber as águas têm recursos hídricos suficientes para abastecer a população humana e animal”, enfatizou. Para o presidente da UPB, Orlando Santiago, este é o momento de discutir como esta proposta vai beneficiar o Nordeste Setentrional, atingindo, sobretudo, as populações rurais e urbanas. Como e por que levar estas águas a distâncias até então inconcebíveis propõe a reflexão sobre o presente projeto. Ficou decidido no encontro que a UPB, encaminhará uma carta com intuito de mostrar que a transposição não é melhor saída, para o Ministério Público, para o Ministério da Integração Nacional, além de instituições em defesa do meio-ambiente. Com licença ambiental liberada há quase dois meses e mais de duas semanas depois de medida provisória destinar dinheiro extra para as obras, o ministro da Integração Nacional já assinou a ordem de serviço para iniciar a transposição do Rio São Francisco. Polêmico, o projeto é o que mais consome dinheiro dos impostos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), são R$ 5 bilhões até 2010. O Exército recebeu do Ministério da Integração Nacional R$ 26 milhões para construir 6 km de construção de dois canais de aproximação do rio com estações de bombeamento. Essa obra inicial será feita nos municípios de Floresta e Cabrobó, em Pernambuco. (Por Fernanda Chagas)
Presidente do TCE estranha que seu nome esteja em operação da PF
O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antonio Honorato de Castro Neves - apontado pela revista Istoé entre os nomes que estariam sendo investigados na Operação Octopus da Polícia Federal, afirmou ontem que se sente, mais uma vez, injustiçado por denúncias infundadas. “Nunca sofri a tortura física, mas isso é tortura moral. Eu não sei do quê estou sendo investigado, sob qual acusação, mas já estou sendo condenado pelo meu nome sair na imprensa. Ontem (anteontem), dormi cidadão e acordei sob investigação por algo que nem sei”, questionou Antonio Honorato. A operação Octopus (polvo, em inglês), como descreve a ministra Eliana Calmon, “dedica-se à fraude em processos de licitação na área de prestação de serviços”. Segundo o presidente do TCE, não é a primeira vez que seu nome é “jogado” na imprensa sob acusações de irregularidades. “No ano passado, por exemplo, meu nome saiu num jornal de grande circulação aqui em Salvador entre os prefeitos que não tiveram suas contas aprovadas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Saiu como seu eu fosse o prefeito de Formosa do Rio Preto e eu nunca fui prefeito em lugar algum. Passei pelo constrangimento de ter que passar dias explicando para a minha família, amigos que eu não tinha nada a ver com a matéria. E agora sou apontado por algo que nem sei o que é e, novamente, passando por este constrangimento. Como eu posso falar sobre hipótese?” No documento do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), o qual a Polícia Federal investiga e divulgado na revista semanal, aponta, além de Antonio Honorato, que foi indicado pelo senador Antonio Carlos Magalhães, mais duas pessoas ligadas à administração do então governador Paulo Souto: o diretor administrativo da Secretaria de Saúde, Hélcio de Andrade Júnior (funcionário de carreira e agora atua na Secretaria de Administração), e o chefe de gabinete da mesma pasta, Wedner Souza da Costa. Os três estariam no terceiro nível do esquema, como colaborador do chamado G8 - grupo liderado por Clemilton Andrade Rezende e o ex-deputado estadual pelo PFL Marcelo de Oliveira Guimarães e composto também pelo prefeito de Itaparica, Cláudio Neves (DEM), o proprietário da Faculdade de Ciência e Tecnologia (FTC), Gervásio Oliveira, e os empresários Edson Cabral, Marcelo Pessoa, Jairo Almeida e seu filho Jairo Almeida Filho. Antonio Honorato - que já foi deputado estadual e, inclusive, presidiu a Assembléia Legislativa entre 1997 e 2000 - confirmou que conhece algumas pessoas citadas como parte integrante do G8, mas só mantém contato com o ex-deputado Marcelo Guimarães, pai do deputado federal Marcelo Guimarães Filho, reeleito para o segundo mandato na Câmara dos Deputados. “O Marcelo foi meu colega de Assembléia, é meu amigo, fui no casamento da filha dele. Agora, os outros (Cláudio, Marcelo Pessoa e Clemilton), só os encontro socialmente, em algum evento ou algo assim, não tenho amizade”. Marcelo Guimarães já presidiu por oito anos o Esporte Clube Bahia e é apontado pela PF como o dono de empresas de segurança e vigilância (Seviba) e de serviços de limpeza e locação de mão-de-obra (Organização Bahia). Já Clemilton seria o proprietário da empresa Masp, que mantém contrato de terceirização de limpeza geral na Assembléia Legislativa. Questionado se teria assinado algum contrato com a Masp no período em que presidiu a AL, Antonio Honorato disse não se lembrar, mas se o fez foi dentro da lei. “Esse contrato é de que ano? Eu fui presidente da Assembléia há mais de sete anos, não me lembro perfeitamente de tudo. Mas com certeza não coloquei empresa alguma, é só verificar”. Conforme um ex-funcionário da Masp, a empresa já presta serviços para a Assembléia há pelo menos 11 anos. “Quando eu trabalhava lá, entre 1986 e 1990, a empresa tinha outro nome, se chamava Translar, mas é do mesmo dono, do Clemilton e do seu filho, o Rogério”. Segundo Antonio Honorato, a empresa que presta serviço de segurança para o TCU é terceirizada. “Eu não me lembrava, porque eu ainda não era presidente do TCU, mas fui procurar no setor responsável. Foi feito um edital no dia 25 de maio de 2005, homologado em 15 de agosto de 2005, e a empresa vencedora da licitação foi a Estrela de Serviços de Segurança LTDA. Os sócios desta empresa são Orlando Rocha Seixas, Harrison do Nascimento Santos e Daniela Magnavita Seixas, mas nunca ouvi falar de nenhum. O contrato desta empresa tem um termo aditivo de 1º de setembro de 1996 e vence em 31 de agosto deste ano”, explicou. (Por Raiane Verissimo)
Governistas manobram para derrubar sessão da Assembléia
Apesar dos insistentes apelos da minoria, que tinha 16 deputados no plenário, a bancada governista esvaziou a sessão de ontem da Assembléia Legislativa, que foi encerrada, por falta de quórum, às 16h45, uma hora e quinze minutos antes do horário regimental. Até então, o principal assunto dos discursos era o aumento do funcionalismo público, com o governo Jaques Wagner sendo duramente criticado, especialmente em razão da greve dos professores, que havia sido reafirmada em assembléia da APLB-Sindicato pela manhã. O pedido de verificação de quórum foi feito pelo deputado Euclides Fernandes (PDT), da base do governo, que negou qualquer estratégia no gesto e disse que seu único interesse era “apelar à consciência dos deputados para o exercício do mandato”. Mas o fato é que, no tempo de espera para que os parlamentares marcassem presença no painel eletrônico, só havia três governistas oficialmente no plenário, todos por imposição regimental: o próprio Euclides, que fez o pedido, e os peemedebistas Luciano Simões e Leur Lomanto Junior, que faziam parte da Mesa. A deputada Fátima Nunes (PT) também estava presente, mas, como não registrou seu nome no painel, não era contada para efeito de quórum. De repente, pediu uma questão de ordem, que lhe foi concedida. Ante o protesto da oposição, pois tecnicamente ela estava ausente, o presidente da sessão, Luciano Simões, disse que iria incluir a deputada para efeito de quórum. Havia, então, 20 deputados presentes, mas o número mínimo é 21, e a sessão terminou caindo. O deputado Álvaro Gomes (PCdoB) chegou à entrada do plenário, mas recuou ao perceber que sua presença iria assegurar a continuidade da sessão. Indagado, na condição de vice-líder da maioria, sobre uma possível estratégia governista para neutralizar os ataques da oposição, negou-a terminantemente. A Tribuna procurou o líder Waldenor Pereira (PT) para saber o motivo da ausência dos governistas, mas em seu gabinete a informação é de que ele estava numa clínica para exames médicos de rotina. (Por Luis Augusto Gomes)
Ex-prefeito de Ilhéus responde ação por improbidade administrativa
O ex-prefeito de Ilhéus, Jabes de Souza Ribeiro, sob quem pesam 20 ações de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público estadual, vai responder a primeira delas. A juíza substituta da 2ª Vara da Fazenda Pública de Ilhéus, Emanuelle Vita Leite, decidiu dar prosseguimento a uma ação de improbidade administrativa movida contra o ex-prefeito e o ex-secretário municipal de Saúde, Paulo César Medauar Reis, por contratação irregular de servidor público. De acordo com a promotora de Justiça Karina Cherubini, o diferencial no caso é que existem outras ações por improbidade na comarca, algumas aforadas há mais de seis anos, que ainda não foram apreciadas pela Justiça, como as outras 19 ações contra Jabes Ribeiro, sete contra o ex-prefeito Antonio Olímpio da Silva e três contra o atual chefe do executivo municipal, Valderico Luiz dos Reis. “Esta decisão judicial marca um novo período e começa a demonstrar o comprometimento do Poder Judiciário local, em especial da juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública, com a celeridade processual”, comemora a representante do MP. Jabes Ribeiro e Paulo César Medauar são acusados de contratar, sem realização de concurso público, um agente de saúde pública pelo tempo determinado de quatro meses, mas o manteve no cargo por quase quatro anos, mesmo tendo vencido o prazo contratual. “O primeiro réu, enquanto prefeito municipal, somente deveria autorizar o pagamento de servidores regularmente admitidos, sob pena de nulidade do ato. Já o segundo, não poderia permitir a permanência do servidor além do prazo contratual, por ele mesmo ajustado”, justifica a promotora de Justiça na ação que pede a condenação dos acusados por improbidade, explicando que a contratação e manutenção irregular de servidores públicos ferem os princípios constitucionais da impessoalidade, legalidade, isonomia e moralidade. Na próxima quinta-feira, dia 31, às 14h30 e às 15h30, serão realizadas na 2ª Vara da Fazenda Pública duas audiências conciliatórias com os representantes legais do Município de Ilhéus e da empresa Transporte Urbano São Miguel, acerca de ações movidas pelo Ministério Público em 2004, a primeira para que a Prefeitura coloque nome nas ruas e forneça o número oficial das casas do bairro Nossa Senhora da Vitória, e a segunda para que o número de postos de venda do passe estudantil e do vale-transporte seja ampliado - hoje só existe um posto para atender toda a população de Ilhéus. Serão as primeiras audiências realizadas em ações civis públicas pela 2ª Vara da Fazenda Pública no período de 1992 a 2007.
Fonte: Tribuna da Bahia
Presidente do TCE estranha que seu nome esteja em operação da PF
O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antonio Honorato de Castro Neves - apontado pela revista Istoé entre os nomes que estariam sendo investigados na Operação Octopus da Polícia Federal, afirmou ontem que se sente, mais uma vez, injustiçado por denúncias infundadas. “Nunca sofri a tortura física, mas isso é tortura moral. Eu não sei do quê estou sendo investigado, sob qual acusação, mas já estou sendo condenado pelo meu nome sair na imprensa. Ontem (anteontem), dormi cidadão e acordei sob investigação por algo que nem sei”, questionou Antonio Honorato. A operação Octopus (polvo, em inglês), como descreve a ministra Eliana Calmon, “dedica-se à fraude em processos de licitação na área de prestação de serviços”. Segundo o presidente do TCE, não é a primeira vez que seu nome é “jogado” na imprensa sob acusações de irregularidades. “No ano passado, por exemplo, meu nome saiu num jornal de grande circulação aqui em Salvador entre os prefeitos que não tiveram suas contas aprovadas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Saiu como seu eu fosse o prefeito de Formosa do Rio Preto e eu nunca fui prefeito em lugar algum. Passei pelo constrangimento de ter que passar dias explicando para a minha família, amigos que eu não tinha nada a ver com a matéria. E agora sou apontado por algo que nem sei o que é e, novamente, passando por este constrangimento. Como eu posso falar sobre hipótese?” No documento do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), o qual a Polícia Federal investiga e divulgado na revista semanal, aponta, além de Antonio Honorato, que foi indicado pelo senador Antonio Carlos Magalhães, mais duas pessoas ligadas à administração do então governador Paulo Souto: o diretor administrativo da Secretaria de Saúde, Hélcio de Andrade Júnior (funcionário de carreira e agora atua na Secretaria de Administração), e o chefe de gabinete da mesma pasta, Wedner Souza da Costa. Os três estariam no terceiro nível do esquema, como colaborador do chamado G8 - grupo liderado por Clemilton Andrade Rezende e o ex-deputado estadual pelo PFL Marcelo de Oliveira Guimarães e composto também pelo prefeito de Itaparica, Cláudio Neves (DEM), o proprietário da Faculdade de Ciência e Tecnologia (FTC), Gervásio Oliveira, e os empresários Edson Cabral, Marcelo Pessoa, Jairo Almeida e seu filho Jairo Almeida Filho. Antonio Honorato - que já foi deputado estadual e, inclusive, presidiu a Assembléia Legislativa entre 1997 e 2000 - confirmou que conhece algumas pessoas citadas como parte integrante do G8, mas só mantém contato com o ex-deputado Marcelo Guimarães, pai do deputado federal Marcelo Guimarães Filho, reeleito para o segundo mandato na Câmara dos Deputados. “O Marcelo foi meu colega de Assembléia, é meu amigo, fui no casamento da filha dele. Agora, os outros (Cláudio, Marcelo Pessoa e Clemilton), só os encontro socialmente, em algum evento ou algo assim, não tenho amizade”. Marcelo Guimarães já presidiu por oito anos o Esporte Clube Bahia e é apontado pela PF como o dono de empresas de segurança e vigilância (Seviba) e de serviços de limpeza e locação de mão-de-obra (Organização Bahia). Já Clemilton seria o proprietário da empresa Masp, que mantém contrato de terceirização de limpeza geral na Assembléia Legislativa. Questionado se teria assinado algum contrato com a Masp no período em que presidiu a AL, Antonio Honorato disse não se lembrar, mas se o fez foi dentro da lei. “Esse contrato é de que ano? Eu fui presidente da Assembléia há mais de sete anos, não me lembro perfeitamente de tudo. Mas com certeza não coloquei empresa alguma, é só verificar”. Conforme um ex-funcionário da Masp, a empresa já presta serviços para a Assembléia há pelo menos 11 anos. “Quando eu trabalhava lá, entre 1986 e 1990, a empresa tinha outro nome, se chamava Translar, mas é do mesmo dono, do Clemilton e do seu filho, o Rogério”. Segundo Antonio Honorato, a empresa que presta serviço de segurança para o TCU é terceirizada. “Eu não me lembrava, porque eu ainda não era presidente do TCU, mas fui procurar no setor responsável. Foi feito um edital no dia 25 de maio de 2005, homologado em 15 de agosto de 2005, e a empresa vencedora da licitação foi a Estrela de Serviços de Segurança LTDA. Os sócios desta empresa são Orlando Rocha Seixas, Harrison do Nascimento Santos e Daniela Magnavita Seixas, mas nunca ouvi falar de nenhum. O contrato desta empresa tem um termo aditivo de 1º de setembro de 1996 e vence em 31 de agosto deste ano”, explicou. (Por Raiane Verissimo)
Governistas manobram para derrubar sessão da Assembléia
Apesar dos insistentes apelos da minoria, que tinha 16 deputados no plenário, a bancada governista esvaziou a sessão de ontem da Assembléia Legislativa, que foi encerrada, por falta de quórum, às 16h45, uma hora e quinze minutos antes do horário regimental. Até então, o principal assunto dos discursos era o aumento do funcionalismo público, com o governo Jaques Wagner sendo duramente criticado, especialmente em razão da greve dos professores, que havia sido reafirmada em assembléia da APLB-Sindicato pela manhã. O pedido de verificação de quórum foi feito pelo deputado Euclides Fernandes (PDT), da base do governo, que negou qualquer estratégia no gesto e disse que seu único interesse era “apelar à consciência dos deputados para o exercício do mandato”. Mas o fato é que, no tempo de espera para que os parlamentares marcassem presença no painel eletrônico, só havia três governistas oficialmente no plenário, todos por imposição regimental: o próprio Euclides, que fez o pedido, e os peemedebistas Luciano Simões e Leur Lomanto Junior, que faziam parte da Mesa. A deputada Fátima Nunes (PT) também estava presente, mas, como não registrou seu nome no painel, não era contada para efeito de quórum. De repente, pediu uma questão de ordem, que lhe foi concedida. Ante o protesto da oposição, pois tecnicamente ela estava ausente, o presidente da sessão, Luciano Simões, disse que iria incluir a deputada para efeito de quórum. Havia, então, 20 deputados presentes, mas o número mínimo é 21, e a sessão terminou caindo. O deputado Álvaro Gomes (PCdoB) chegou à entrada do plenário, mas recuou ao perceber que sua presença iria assegurar a continuidade da sessão. Indagado, na condição de vice-líder da maioria, sobre uma possível estratégia governista para neutralizar os ataques da oposição, negou-a terminantemente. A Tribuna procurou o líder Waldenor Pereira (PT) para saber o motivo da ausência dos governistas, mas em seu gabinete a informação é de que ele estava numa clínica para exames médicos de rotina. (Por Luis Augusto Gomes)
Ex-prefeito de Ilhéus responde ação por improbidade administrativa
O ex-prefeito de Ilhéus, Jabes de Souza Ribeiro, sob quem pesam 20 ações de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público estadual, vai responder a primeira delas. A juíza substituta da 2ª Vara da Fazenda Pública de Ilhéus, Emanuelle Vita Leite, decidiu dar prosseguimento a uma ação de improbidade administrativa movida contra o ex-prefeito e o ex-secretário municipal de Saúde, Paulo César Medauar Reis, por contratação irregular de servidor público. De acordo com a promotora de Justiça Karina Cherubini, o diferencial no caso é que existem outras ações por improbidade na comarca, algumas aforadas há mais de seis anos, que ainda não foram apreciadas pela Justiça, como as outras 19 ações contra Jabes Ribeiro, sete contra o ex-prefeito Antonio Olímpio da Silva e três contra o atual chefe do executivo municipal, Valderico Luiz dos Reis. “Esta decisão judicial marca um novo período e começa a demonstrar o comprometimento do Poder Judiciário local, em especial da juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública, com a celeridade processual”, comemora a representante do MP. Jabes Ribeiro e Paulo César Medauar são acusados de contratar, sem realização de concurso público, um agente de saúde pública pelo tempo determinado de quatro meses, mas o manteve no cargo por quase quatro anos, mesmo tendo vencido o prazo contratual. “O primeiro réu, enquanto prefeito municipal, somente deveria autorizar o pagamento de servidores regularmente admitidos, sob pena de nulidade do ato. Já o segundo, não poderia permitir a permanência do servidor além do prazo contratual, por ele mesmo ajustado”, justifica a promotora de Justiça na ação que pede a condenação dos acusados por improbidade, explicando que a contratação e manutenção irregular de servidores públicos ferem os princípios constitucionais da impessoalidade, legalidade, isonomia e moralidade. Na próxima quinta-feira, dia 31, às 14h30 e às 15h30, serão realizadas na 2ª Vara da Fazenda Pública duas audiências conciliatórias com os representantes legais do Município de Ilhéus e da empresa Transporte Urbano São Miguel, acerca de ações movidas pelo Ministério Público em 2004, a primeira para que a Prefeitura coloque nome nas ruas e forneça o número oficial das casas do bairro Nossa Senhora da Vitória, e a segunda para que o número de postos de venda do passe estudantil e do vale-transporte seja ampliado - hoje só existe um posto para atender toda a população de Ilhéus. Serão as primeiras audiências realizadas em ações civis públicas pela 2ª Vara da Fazenda Pública no período de 1992 a 2007.
Fonte: Tribuna da Bahia
Terra de Valor leva proposta para o semi-árido baiano
“O Projeto Terra de Valor é a porta de entrada para um grande trabalho que será realizado pelo governo estadual no semi-árido baiano com a participação integrada de todas as secretarias, que já encaminharam à Sedir suas propostas de desenvolvimento para os 34 municípios com mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano da Bahia”, afirmou, o Secretário do Desenvolvimento e Integração Regional, Edmon Lucas, acompanhado do diretor executivo da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Paulo Cezar Lisboa, em visita aos municípios de Quijingue, Banzaê e Euclides da Cunha, na região nordeste do Estado. Nessas cidades, a população se aglomerou para ouvir e debater as ações que beneficiarão 90 mil habitantes com capacitação, apoio a ações culturais e de geração de emprego e renda, promoção da eqüidade de gênero e infra-estrutura social e produtiva. A visita aos três municípios integram a programação iniciada, pela equipe estadual, para apresentar o Terra de Valor – Projeto de Desenvolvimento de Comunidades Rurais nas áreas Mais Carentes do Estado da Bahia. Executado pela Secretaria do Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir), através da CAR, empresa vinculada à secretaria, o Terra de Valor tem como meta beneficiar 90 mil homens, mulheres e jovens, sendo 35 mil diretamente e 55 mil indiretamente. Para a sua execução, contará com US$ 60 milhões divididos igualmente entre o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida) e a contrapartida do Governo do Estado. Está também assegurada uma doação do Fida ao Estado da Bahia, no valor de US$ 500 mil para o desenvolvimento de dois projetos-piloto de biodiesel a partir da mamona produzida pelos pequenos produtores rurais assistidos pelo Terra de Valor. Até agora já foram visitados os municípios de Glória, Abaré, Rodelas, Chorrochó, Macururé, Canudos, Quijingue, Banzaê e Euclides da Cunha. Serão visitados também Monte Santo, Cansanção, Nordestina, Santa Brígida, Pedro Alexandre, Coronel João Sá, Sítio do Quinto, Antas, Novo Triunfo, Adustina, Paripiranga, Heliópolis, Cícero Dantas, Fátima, Jeremoabo, Ribeira do Amparo e Itapicuru.
Fonte: Tribuna da Bahia
Fonte: Tribuna da Bahia
RAIO LASER
Tribuna da Bahia e equipe
Causa própria
Em Jaguarari, o prefeito Edson Almeida enfrenta um clã poderoso para se manter no cargo. Desde o ano passado, pai e filho ampliaram aliança para cassá-lo, obtendo inclusive sua destituição pela Câmara, mas tiveram que recuar em função da Justiça local. O pai é o vice-prefeito e o filho, presidente da Câmara.
Quarto e sala
A briga é tão ferrenha que a família, depois de perder a luta para a Justiça local, recorreu ao Tribunal em Salvador, que avalia amanhã se pai e filho, número um e dois, respectivamente, na linha sucessória, estão atuando em causa própria, como entenderam o juiz da Comarca de Jaguarari e o promotor local.
Alça de mira
Os diretores das empresas Comasa Construções Ltda, José Gomes, e Silveira Empreendimentos Ltda, Silvio Silveira, estão na mira da CPI da Ebal. Os dois foram intimados a prestar depoimento amanhã, às 9 horas, para esclarecer informações sobre as obras realizadas para a Organização do Auxílio Fraterno - OAF - a pedido da Ebal.
Contradição
De acordo com o presidente da CPI, deputado Arthur Maia (PMDB), a decisão foi tomada depois que, na última reunião do colegiado, o diretor executivo da OAF, Marcos Paiva, contradisse diretores da Ebal, assegurando que os responsáveis por escolher e contratar as empreiteiras para as obras de reforma nas lojas da Cesta do Povo e do Projeto Nossa Sopa foram os diretores da estatal na gestão passada.
Nova onda
A onda de denuncismo que está a varrer o Brasil está colocando em xeque a comunicação digital. Assuntos, por mais primários que possam parecer, estão sendo tratados olho no olho com o interlocutor, sem risco de arapongas e coisas do tipo. Quem vai acabar ganhando com isso são os restaurantes executivos, que viram aumentar, de uma hora para outra, o número de políticos e executivos em almoços e jantares de negócios. Isso sem contar os escritórios que passaram a ser mais visitados.
Substituto
A decisão do prefeito João Henrique (PDT) de substituir Cristina Aragon já estava tomada desde o Carnaval, quando iniciou conversas com o objetivo de identificar seu sucessor na SET. Já naquele momento, o prefeito dava preferência a um oficial por entender que um militar poderia impor disciplina na Superintendência, órgão cujos fiscais têm sua atuaçã o bastante criticada pela população.
Itaparica
E a perseguição às lanchas continua. O mais novo comentário da cidade dá conta de que no processo hoje no STJ que investiga as ações do G8 há relatos em detalhes sobre os passeios que os empresários baianos dos ramos de segurança e serviços promoviam com figurões na Baía de Todos os Santos em finais de semana.
Sex and the city
Num dos passeios, que eram normalmente regados a bebidas e beldades, um dos convivas teria passado tão mal que teve que ser trazido de volta às pressas para o Yacht. Passado o susto, ganhou dos “amigos” o apelido de “Cosmopolitan”, nome da bebida modernete que consumiu em excesso na balada.
Pirataria
A criação pela Polícia Civil da Bahia do Grupo Especializado de Proteção à Propriedade Intelectual (Geppi) repercutiu fora da Bahia. A Associação Antipirataria Cinema e Música (APCM), com sede em São Paulo, enviou ofício ao delegado-chefe, João Laranjeira, afirmando que a iniciativa “representará uma importante ferramenta no combate à comercialização de produtos piratas” e que trará, como conseqüência, “a diminuição desta prática nefasta de comércio, bem como a redução da criminalidade em território baiano”.
CURTAS
* Pauta - Ainda sob o som dos estrondos da Operação Navalha, a Prefeitura de Camaçari tenta manter a tranquilidade e mantém a pauta do 1º Encontrode Educadores para Inclusão Social na “arte de aprender a aprender no mundo da inclusão”, que acontece na cidade entre os dias 14, 15 e 16 de junho de 2007 na Cidade do Saber. A Conferência de abertura será ministrada por Rubem Alves (militante do PT) que falará sobre o tema “O educador e suas emoções”. * Do barulho I - Sensível aos protestos da população da capital contra o aumento da poluição sonora e à dificuldade de órgãos municipais, como a Sucom, em combatê-la, o presidente da Câmara, vereador Valdenor Cardoso (PTC), está propondo a criação de um órgão específico na prefeitura para lutar contra o problema em Salvador. . * Do barulho II - Segundo o projeto de Valdenor Cardoso, o novo órgão terá uma estrutura semelhante à da Superintendência de Engenharia de Tráfego (SET), com viaturas e prepostos que fiscalizariam o cumprimento da Lei Municipal de número 5.354/98 - conhecida como Lei do Silêncio, a qual estabeleceu os padrões de sonoridade para a capital baiana. * Bric - Preocupado com o distanciamento do Brasil em relação à China, à Índia e à Rússia, o democrata José Carlos Aleluia reconhece que falta ambiente ao País para acompanhar o ritmo de seus concorrentes. “Temos barreiras criadas pelo governo Lula, como insegurança jurídica, aparelhamento da máquina pública e corrupção, que impedem o Brasil de crescer a taxas idênticas à de outros emergentes. É duro constatar que crescemos apenas um terço da China e menos da metade da média de outros países em desenvolvimento”, lamenta Aleluia. O democrata não vê oportunidade de o Brasil recuperar o tempo perdido. “A China investe no crescimento, no emprego. Nós investimos no paternalismo e no peleguismo”, critica. * Guerra dos pneus I - O senador César Borges (DEM) acusa o PT baiano de falta de disposição para defender o meio ambiente e a economia estaduais na guerra dos pneus que se trava no Congresso. A luta do senador é contra o projeto 216/03, do senador petista Flávio Arns (PT-PR), que libera a importação desse tipo de produto. Para César, além de provocar danos ambientais, a liberação vai afetar as indústrias nacionais de pneus, em particular a Bahia, que detém 50% do setor. * Guerra dos pneus II - Em mais um lance da guerra, ele conseguiu aprovar requerimento de audiência pública no Senado com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para debater a ação da União Européia contra o governo brasileiro junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), que exige a abertura total do mercado nacional ao lixo pneumático europeu.
Causa própria
Em Jaguarari, o prefeito Edson Almeida enfrenta um clã poderoso para se manter no cargo. Desde o ano passado, pai e filho ampliaram aliança para cassá-lo, obtendo inclusive sua destituição pela Câmara, mas tiveram que recuar em função da Justiça local. O pai é o vice-prefeito e o filho, presidente da Câmara.
Quarto e sala
A briga é tão ferrenha que a família, depois de perder a luta para a Justiça local, recorreu ao Tribunal em Salvador, que avalia amanhã se pai e filho, número um e dois, respectivamente, na linha sucessória, estão atuando em causa própria, como entenderam o juiz da Comarca de Jaguarari e o promotor local.
Alça de mira
Os diretores das empresas Comasa Construções Ltda, José Gomes, e Silveira Empreendimentos Ltda, Silvio Silveira, estão na mira da CPI da Ebal. Os dois foram intimados a prestar depoimento amanhã, às 9 horas, para esclarecer informações sobre as obras realizadas para a Organização do Auxílio Fraterno - OAF - a pedido da Ebal.
Contradição
De acordo com o presidente da CPI, deputado Arthur Maia (PMDB), a decisão foi tomada depois que, na última reunião do colegiado, o diretor executivo da OAF, Marcos Paiva, contradisse diretores da Ebal, assegurando que os responsáveis por escolher e contratar as empreiteiras para as obras de reforma nas lojas da Cesta do Povo e do Projeto Nossa Sopa foram os diretores da estatal na gestão passada.
Nova onda
A onda de denuncismo que está a varrer o Brasil está colocando em xeque a comunicação digital. Assuntos, por mais primários que possam parecer, estão sendo tratados olho no olho com o interlocutor, sem risco de arapongas e coisas do tipo. Quem vai acabar ganhando com isso são os restaurantes executivos, que viram aumentar, de uma hora para outra, o número de políticos e executivos em almoços e jantares de negócios. Isso sem contar os escritórios que passaram a ser mais visitados.
Substituto
A decisão do prefeito João Henrique (PDT) de substituir Cristina Aragon já estava tomada desde o Carnaval, quando iniciou conversas com o objetivo de identificar seu sucessor na SET. Já naquele momento, o prefeito dava preferência a um oficial por entender que um militar poderia impor disciplina na Superintendência, órgão cujos fiscais têm sua atuaçã o bastante criticada pela população.
Itaparica
E a perseguição às lanchas continua. O mais novo comentário da cidade dá conta de que no processo hoje no STJ que investiga as ações do G8 há relatos em detalhes sobre os passeios que os empresários baianos dos ramos de segurança e serviços promoviam com figurões na Baía de Todos os Santos em finais de semana.
Sex and the city
Num dos passeios, que eram normalmente regados a bebidas e beldades, um dos convivas teria passado tão mal que teve que ser trazido de volta às pressas para o Yacht. Passado o susto, ganhou dos “amigos” o apelido de “Cosmopolitan”, nome da bebida modernete que consumiu em excesso na balada.
Pirataria
A criação pela Polícia Civil da Bahia do Grupo Especializado de Proteção à Propriedade Intelectual (Geppi) repercutiu fora da Bahia. A Associação Antipirataria Cinema e Música (APCM), com sede em São Paulo, enviou ofício ao delegado-chefe, João Laranjeira, afirmando que a iniciativa “representará uma importante ferramenta no combate à comercialização de produtos piratas” e que trará, como conseqüência, “a diminuição desta prática nefasta de comércio, bem como a redução da criminalidade em território baiano”.
CURTAS
* Pauta - Ainda sob o som dos estrondos da Operação Navalha, a Prefeitura de Camaçari tenta manter a tranquilidade e mantém a pauta do 1º Encontrode Educadores para Inclusão Social na “arte de aprender a aprender no mundo da inclusão”, que acontece na cidade entre os dias 14, 15 e 16 de junho de 2007 na Cidade do Saber. A Conferência de abertura será ministrada por Rubem Alves (militante do PT) que falará sobre o tema “O educador e suas emoções”. * Do barulho I - Sensível aos protestos da população da capital contra o aumento da poluição sonora e à dificuldade de órgãos municipais, como a Sucom, em combatê-la, o presidente da Câmara, vereador Valdenor Cardoso (PTC), está propondo a criação de um órgão específico na prefeitura para lutar contra o problema em Salvador. . * Do barulho II - Segundo o projeto de Valdenor Cardoso, o novo órgão terá uma estrutura semelhante à da Superintendência de Engenharia de Tráfego (SET), com viaturas e prepostos que fiscalizariam o cumprimento da Lei Municipal de número 5.354/98 - conhecida como Lei do Silêncio, a qual estabeleceu os padrões de sonoridade para a capital baiana. * Bric - Preocupado com o distanciamento do Brasil em relação à China, à Índia e à Rússia, o democrata José Carlos Aleluia reconhece que falta ambiente ao País para acompanhar o ritmo de seus concorrentes. “Temos barreiras criadas pelo governo Lula, como insegurança jurídica, aparelhamento da máquina pública e corrupção, que impedem o Brasil de crescer a taxas idênticas à de outros emergentes. É duro constatar que crescemos apenas um terço da China e menos da metade da média de outros países em desenvolvimento”, lamenta Aleluia. O democrata não vê oportunidade de o Brasil recuperar o tempo perdido. “A China investe no crescimento, no emprego. Nós investimos no paternalismo e no peleguismo”, critica. * Guerra dos pneus I - O senador César Borges (DEM) acusa o PT baiano de falta de disposição para defender o meio ambiente e a economia estaduais na guerra dos pneus que se trava no Congresso. A luta do senador é contra o projeto 216/03, do senador petista Flávio Arns (PT-PR), que libera a importação desse tipo de produto. Para César, além de provocar danos ambientais, a liberação vai afetar as indústrias nacionais de pneus, em particular a Bahia, que detém 50% do setor. * Guerra dos pneus II - Em mais um lance da guerra, ele conseguiu aprovar requerimento de audiência pública no Senado com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para debater a ação da União Européia contra o governo brasileiro junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), que exige a abertura total do mercado nacional ao lixo pneumático europeu.
Renan diz que é amigo de lobista e nega ter recebido dinheiro de empreiteira
Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu ontem desculpas a Cláudio Gontijo, assessor da diretoria de Desenvolvimento da Área de Tecnologia da construtora Mendes Júnior. De acordo com a reportagem da “Veja” deste fim de semana, Gontijo arcaria com o pagamento de parte das despesas pessoais de Renan. “A Gontijo peço desculpas pela exposição de seu nome. Ele é meu amigo há mais de 20 anos, antes de trabalhar para a empresa que trabalha”, disse ele hoje em pronunciamento na tribuna do Senado. Entre as despesas pagas por Gontijo estaria o aluguel de R$ 4.500 de um apartamento de quatro quartos em Brasília para a jornalista Mônica Veloso —com quem Renan tem uma filha. Ele também pagaria uma pensão mensal de R$ 12 mil para a jornalista. Renan negou que o pagamento saísse do bolso de Gontijo e explicou que ele fazia a intermediação por ter amizade com a jornalista. “Ele fazia a interlocução entre as partes, porque tinha amizade com a mãe da criança.” Ele também negou os recursos para pagamento das suas despesas pessoais saíssem da Mendes Júnior. “Pago com meus recursos, pelos quais tenho condições. Os documentos estão à disposição e desmentem que terceiros teriam pago a pensão por mim.” Renan chamou de “especulação sórdida” as denúncias feitas contra ele. “Não misturo público com privado. Não tenho nenhuma relação com a construtora Mendes Júnior. Não tenho relação com os administradores desta empresa, lamento o constrangimento, mas não poderia ser diferente. São especulações sórdidas. Lamento o constrangimento que estou causando aos senadores.” Para provar os pagamentos feitos, Renan diz ter levado cópias de recibos e outros documentos. “A que ponto chegou o teatro de absurdos, as mesquinharias passaram a interessar a outros. Mas eis aqui a verdade, nada além da verdade. Não decepcionarei vocês [mostra documentos que comprovariam a veracidade de suas afirmações].” Aplaudido pelo plenário, Renan afirmou que não se intimidará. “Continuarei fazendo o que fiz em todos os meus mandatos, trabalhando por Alagoas e pelo Brasil. Lamento não ter conseguido fazer mais. Não me intimidarei.” Operação Navalha - As conversas gravadas pela PF apontam que o ex-secretário de Infra-estrutura de Alagoas, Adeílson Teixeira Bezerra, junto com outros acusados de integrar o esquema de fraudes em licitações de obras, articulavam para que Renan pressionasse a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a liberar recursos para obras fraudadas. Em conversa com Enéas Alencastro, representante do governo de Alagoas em Brasília, Adeílson diz que se encontrou no dia anterior com Renan e afirma que o senador pediu para que ele conversasse com o governador de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB). Adeílson e Enéas tratam sobre uma obra que deve ser licitada para o Estado, mas que pode ser compartilhada com municípios. Os dois citam Marco - não identificado - para “brigar para ir tudo pro Estado”. Adeílson então diz que se encontrou no dia anterior com “ele (Marco), Olavo (deputado Olavo Calheiros, do PMDB, irmão de Renan) e com Vanderlei para conversar sobre esses problemas”. Enéas responde então que é para “tocar a parte da gente, e se depois Renan decidir com Dilma, com quem for, decidir que a prefeitura entra, nós estamos habilitados e aí a gente senta com eles em pé de igualdade, não senta na mão deles”. Tive uma conversa muito boa com o governador. Essa semana a gente deixa a inadimplência de lado”, diz Enéas. Para concluir a conversa, Adeílson diz: “O senador me pediu para gente sentar, nós dois, evidentemente levar isso ao governador, e ver o que acrescenta nas obras estruturantes pra botar logo no PAC. Relação com lobista - A revista Veja publicou na última sexta-feira que de janeiro de 2004 a dezembro do ano passado o lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior, teria pago pensão mensal de R$ 12 mil para uma filha de três anos que o senador tem com a jornalista Mônica Veloso. Renan argumenta que o dinheiro da pensão vem de rendimento de atividades agropecuárias, que recebeu uma herança. Renan dirá ainda no pronunciamento que pediu a Cláudio Gontijo para fazer os pagamentos porque desejava “manter discrição sobre o caso”, segundo a assessoria. “É intolerável que, de uma turbulência circunscrita à minha mais íntima privacidade, se queira extrair ilações desarrazoadas e conclusões perversas”, acrescentou Renan em nota oficial distribuída na sexta. O processo de reconhecimento de paternidade vinha sendo conduzido na Vara de Família do Distrito Federal, sob segredo de Justiça. “Laranjas” - Já o jornal O Globo diz que Renan e seu irmão Olavo são acusados de ocultar que são donos de propriedades rurais na região de Murici, Alagoas. Dimário Cavalcante, primo de Renan, alega que vendeu ao senador a Fazenda Novo Largo, que não consta da declaração de bens entregue pelo senador à Justiça Eleitoral. Há uma diferença matemática entre os números apresentados pela VEJA e os dados apresentados ontem por Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, no seu discurso. De acordo com a VEJA, Mônica Velloso, mãe de uma filha de Renan, recebia mensalmente R$ 12.000,00 de pensão alimentícia, mais R$ 4.500,00 de aluguel, dinheiro repassado a ela pelo lobista da construtora Mendes Júnior, Cláudio Gontijo. Pelas contas de Renan, Mônica recebia dele R$ 8.000,00 enquanto estava grávida, R$ 3.000,00 desde dezembro de 2005, depois que a menina nasceu, mais o aluguel (em valor que ele não especifica) de março de 2004 a novembro de 2005. Além disso, Renan afirmou ter pago R$ 100 mil para despesas futuras da menina (em data também não determinada). Nos documentos apresentados por Renan, há comprovação do pagamento da pensão alimentícia de R$ 3.000,00, dinheiro que era descontado de seu contra-cheque. Não há, porém, documento que comprove que ele pagou os R$ 8.000,00 mensais durante a gravidez de Mônica, o aluguel de onde ela morava e de que depositou os R$ 100 mil na conta da mãe de sua filha. É preciso saber quais são os números verdadeiros, da VEJA ou de Renan. É para isso que o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), quer agora ouvir o jornalista que escreveu a matéria, Policarpo Júnior. Se os números da revista forem os verdadeiros, Renan pode se complicar.
Interrogação sobrevive à defesa do senador Renan Calheiros
Como previsto, Renan Calheiros (PMDB-AL), discursou no Senado, na tarde de ontem. Defendeu-se da acusação de que se servira de recursos de um lobista de empreiteira para pagar despesas decorrentes de uma relação extraconjugal. Relação da qual resultou o nascimento de uma filha. Algumas interrogações sobreviveram ao discurso. Manda o interesse público que sejam elucidadas urgentemente. O escrutínio minucioso dos dados interessa especialmente a Renan. A um presidente de Legislativo, obviamente, não convém o convívio com a dúvida. Por isso, vão abaixo os pontos de interrogação que continuaram boiando no plenário do Senado depois da manifestação do senador: 1. Renan foi detalhista em relação aos fatos ocorridos depois de dezembro de 2005. Nesse mês, ele reconheceu formalmente a paternidade da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso. Passou a pagar, então, pensão de R$ 3 mil à criança. Deu-se, segundo disse, por meio de cheque do Banco do Brasil, nos dois primeiros meses. A partir de 2006, afirmou, a importância passou a ser deduzida de seu contracheque no Senado; 2. Antes disse, informou Renan, vinha prestando assistência à jornalista em valor maior: R$ 8 mil, mais o aluguel, primeiro de uma casa e depois de um apartamento, cujos valores esquivou-se de mencionar. Segundo a reportagem de Veja, que motivou a defesa, o desembolso do senador era maior: R$ 16.500, desdobrados em R$ 12 mil de pensão e R$ 4.500 do aluguel. Renan não negara esses valores antes, nem mesmo na nota oficial que divulgara na última sexta (25). Limitara-se a afirmar que o dinheiro saíra de seu bolso. No discurso, porém, esgrimiu cifras diferentes. 3. Diferentemente do que fez em relação às despesas posteriores a 2005, o senador eximiu-se de mencionar de qual banco saíram os recursos entregues à jornalista na fase anterior ao reconhecimento da paternidade. Limitou-se a reafirmar que saíram do seu bolso. E exibiu as declarações de IR, para demonstrar que tinha capacidade financeira para arcar com as despesas. O esclarecimento cabal do episódio pede que sejam esmiuçados todos os desembolsos. Qual a conta bancária? Quais os números dos cheques? 4. Renan esquivou-se, de resto, de esclarecer um outro tópico da reportagem de Veja. A notícia informara que, afora as despesas pessoais, o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, colocara à disposição do presidente do Congresso um flat no hotel Blue Tree. O texto é específico. Traz até o número do apartamento: 2.018. Sobre isso, não se ouviu uma mísera palavra do senador. 5. O presidente do Senado deixou sem resposta, de resto, o noticiário acerca de seu relacionamento com Zuleido Veras, o chefão da máfia das obras públicas. Em verdade, o escândalo da Navalha não foi nem mesmo mencionado. O nome do empreiteiro tampouco foi citado. Nenhuma referência também às escutas telefônicas em que Renan é citado à farta. Terminado o discurso, Renan socorreu-se de uma providencial intervenção de Romero Jucá (PMDB-RR), para evitar os apartes dos colegas. Jucá pediu a suspensão da sessão, para que Renan pudesse ser cumprimentado. Foi prontamente atendido. E seguiu-se a fila de cumprimentos. No pronunciamento, o presidente do Senado preocupou-se em arrastar para o campo pessoal a “pseudo-denúncia” de que diz ter sido vítima. Tem, em parte, razão. O relacionamento extraconjugal em que se viu enredado não interessa senão a ele própria e a sua família. Mas foi o próprio senador que aceitou o risco de transformar o privado em público ao injetar no caso um personagem ligado a emprei-teira com negócios na esfera governamental. Assim, urge que o problema seja acomodado em pratos definitivamente limpos. O foro adequado para que isso seja feito é, num primeiro momento, a Corregedoria do Senado, a quem cabe analisar os dados abertos por Renan Calheiros.
Corregedor quer comprovação do discurso de Renan
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (Democratas-SP) disse que já pediu a documentação que comprova as explicações do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que discursou na tarde de ontem. Apesar do sentimento de satisfação com o discurso de Renan por parte dos membros do Senado, Tuma (Democratas-SP) avisou que ainda pretende investigar as denúncias contra o presidente. Tuma afirmou também que pretende ouvir algumas pessoas e que a partir daí terá 30 dias para preparar um relatório sobre o caso. Se ele decidir que vale um processo por quebra de decoro, um partido ou a mesa têm que apresentar uma representação. Caso contrário, sua investigação não terá efeito. “Entregarei meu relatório à mesa diretora. A decisão não é minha”, explicou. Com a maioria dos líderes convencidos, o Psol foi a única legenda a sinalizar que pode entrar com essa representação. Na Câmara, o líder Chico Alencar (RJ) afirmou que o partido estuda apresentar um pedido no Conselho para abrir processo contra Renan. Segundo ele, a ex-senadora e presidente do PSOL, Heloisa Helena (AL), chega a Brasília nesta terça para decidir sobre o assunto. “É provável que o partido apresente essa representação. Cabe, no mínimo, um processo no Conselho de Ética”, disse.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu ontem desculpas a Cláudio Gontijo, assessor da diretoria de Desenvolvimento da Área de Tecnologia da construtora Mendes Júnior. De acordo com a reportagem da “Veja” deste fim de semana, Gontijo arcaria com o pagamento de parte das despesas pessoais de Renan. “A Gontijo peço desculpas pela exposição de seu nome. Ele é meu amigo há mais de 20 anos, antes de trabalhar para a empresa que trabalha”, disse ele hoje em pronunciamento na tribuna do Senado. Entre as despesas pagas por Gontijo estaria o aluguel de R$ 4.500 de um apartamento de quatro quartos em Brasília para a jornalista Mônica Veloso —com quem Renan tem uma filha. Ele também pagaria uma pensão mensal de R$ 12 mil para a jornalista. Renan negou que o pagamento saísse do bolso de Gontijo e explicou que ele fazia a intermediação por ter amizade com a jornalista. “Ele fazia a interlocução entre as partes, porque tinha amizade com a mãe da criança.” Ele também negou os recursos para pagamento das suas despesas pessoais saíssem da Mendes Júnior. “Pago com meus recursos, pelos quais tenho condições. Os documentos estão à disposição e desmentem que terceiros teriam pago a pensão por mim.” Renan chamou de “especulação sórdida” as denúncias feitas contra ele. “Não misturo público com privado. Não tenho nenhuma relação com a construtora Mendes Júnior. Não tenho relação com os administradores desta empresa, lamento o constrangimento, mas não poderia ser diferente. São especulações sórdidas. Lamento o constrangimento que estou causando aos senadores.” Para provar os pagamentos feitos, Renan diz ter levado cópias de recibos e outros documentos. “A que ponto chegou o teatro de absurdos, as mesquinharias passaram a interessar a outros. Mas eis aqui a verdade, nada além da verdade. Não decepcionarei vocês [mostra documentos que comprovariam a veracidade de suas afirmações].” Aplaudido pelo plenário, Renan afirmou que não se intimidará. “Continuarei fazendo o que fiz em todos os meus mandatos, trabalhando por Alagoas e pelo Brasil. Lamento não ter conseguido fazer mais. Não me intimidarei.” Operação Navalha - As conversas gravadas pela PF apontam que o ex-secretário de Infra-estrutura de Alagoas, Adeílson Teixeira Bezerra, junto com outros acusados de integrar o esquema de fraudes em licitações de obras, articulavam para que Renan pressionasse a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a liberar recursos para obras fraudadas. Em conversa com Enéas Alencastro, representante do governo de Alagoas em Brasília, Adeílson diz que se encontrou no dia anterior com Renan e afirma que o senador pediu para que ele conversasse com o governador de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB). Adeílson e Enéas tratam sobre uma obra que deve ser licitada para o Estado, mas que pode ser compartilhada com municípios. Os dois citam Marco - não identificado - para “brigar para ir tudo pro Estado”. Adeílson então diz que se encontrou no dia anterior com “ele (Marco), Olavo (deputado Olavo Calheiros, do PMDB, irmão de Renan) e com Vanderlei para conversar sobre esses problemas”. Enéas responde então que é para “tocar a parte da gente, e se depois Renan decidir com Dilma, com quem for, decidir que a prefeitura entra, nós estamos habilitados e aí a gente senta com eles em pé de igualdade, não senta na mão deles”. Tive uma conversa muito boa com o governador. Essa semana a gente deixa a inadimplência de lado”, diz Enéas. Para concluir a conversa, Adeílson diz: “O senador me pediu para gente sentar, nós dois, evidentemente levar isso ao governador, e ver o que acrescenta nas obras estruturantes pra botar logo no PAC. Relação com lobista - A revista Veja publicou na última sexta-feira que de janeiro de 2004 a dezembro do ano passado o lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior, teria pago pensão mensal de R$ 12 mil para uma filha de três anos que o senador tem com a jornalista Mônica Veloso. Renan argumenta que o dinheiro da pensão vem de rendimento de atividades agropecuárias, que recebeu uma herança. Renan dirá ainda no pronunciamento que pediu a Cláudio Gontijo para fazer os pagamentos porque desejava “manter discrição sobre o caso”, segundo a assessoria. “É intolerável que, de uma turbulência circunscrita à minha mais íntima privacidade, se queira extrair ilações desarrazoadas e conclusões perversas”, acrescentou Renan em nota oficial distribuída na sexta. O processo de reconhecimento de paternidade vinha sendo conduzido na Vara de Família do Distrito Federal, sob segredo de Justiça. “Laranjas” - Já o jornal O Globo diz que Renan e seu irmão Olavo são acusados de ocultar que são donos de propriedades rurais na região de Murici, Alagoas. Dimário Cavalcante, primo de Renan, alega que vendeu ao senador a Fazenda Novo Largo, que não consta da declaração de bens entregue pelo senador à Justiça Eleitoral. Há uma diferença matemática entre os números apresentados pela VEJA e os dados apresentados ontem por Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, no seu discurso. De acordo com a VEJA, Mônica Velloso, mãe de uma filha de Renan, recebia mensalmente R$ 12.000,00 de pensão alimentícia, mais R$ 4.500,00 de aluguel, dinheiro repassado a ela pelo lobista da construtora Mendes Júnior, Cláudio Gontijo. Pelas contas de Renan, Mônica recebia dele R$ 8.000,00 enquanto estava grávida, R$ 3.000,00 desde dezembro de 2005, depois que a menina nasceu, mais o aluguel (em valor que ele não especifica) de março de 2004 a novembro de 2005. Além disso, Renan afirmou ter pago R$ 100 mil para despesas futuras da menina (em data também não determinada). Nos documentos apresentados por Renan, há comprovação do pagamento da pensão alimentícia de R$ 3.000,00, dinheiro que era descontado de seu contra-cheque. Não há, porém, documento que comprove que ele pagou os R$ 8.000,00 mensais durante a gravidez de Mônica, o aluguel de onde ela morava e de que depositou os R$ 100 mil na conta da mãe de sua filha. É preciso saber quais são os números verdadeiros, da VEJA ou de Renan. É para isso que o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), quer agora ouvir o jornalista que escreveu a matéria, Policarpo Júnior. Se os números da revista forem os verdadeiros, Renan pode se complicar.
Interrogação sobrevive à defesa do senador Renan Calheiros
Como previsto, Renan Calheiros (PMDB-AL), discursou no Senado, na tarde de ontem. Defendeu-se da acusação de que se servira de recursos de um lobista de empreiteira para pagar despesas decorrentes de uma relação extraconjugal. Relação da qual resultou o nascimento de uma filha. Algumas interrogações sobreviveram ao discurso. Manda o interesse público que sejam elucidadas urgentemente. O escrutínio minucioso dos dados interessa especialmente a Renan. A um presidente de Legislativo, obviamente, não convém o convívio com a dúvida. Por isso, vão abaixo os pontos de interrogação que continuaram boiando no plenário do Senado depois da manifestação do senador: 1. Renan foi detalhista em relação aos fatos ocorridos depois de dezembro de 2005. Nesse mês, ele reconheceu formalmente a paternidade da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso. Passou a pagar, então, pensão de R$ 3 mil à criança. Deu-se, segundo disse, por meio de cheque do Banco do Brasil, nos dois primeiros meses. A partir de 2006, afirmou, a importância passou a ser deduzida de seu contracheque no Senado; 2. Antes disse, informou Renan, vinha prestando assistência à jornalista em valor maior: R$ 8 mil, mais o aluguel, primeiro de uma casa e depois de um apartamento, cujos valores esquivou-se de mencionar. Segundo a reportagem de Veja, que motivou a defesa, o desembolso do senador era maior: R$ 16.500, desdobrados em R$ 12 mil de pensão e R$ 4.500 do aluguel. Renan não negara esses valores antes, nem mesmo na nota oficial que divulgara na última sexta (25). Limitara-se a afirmar que o dinheiro saíra de seu bolso. No discurso, porém, esgrimiu cifras diferentes. 3. Diferentemente do que fez em relação às despesas posteriores a 2005, o senador eximiu-se de mencionar de qual banco saíram os recursos entregues à jornalista na fase anterior ao reconhecimento da paternidade. Limitou-se a reafirmar que saíram do seu bolso. E exibiu as declarações de IR, para demonstrar que tinha capacidade financeira para arcar com as despesas. O esclarecimento cabal do episódio pede que sejam esmiuçados todos os desembolsos. Qual a conta bancária? Quais os números dos cheques? 4. Renan esquivou-se, de resto, de esclarecer um outro tópico da reportagem de Veja. A notícia informara que, afora as despesas pessoais, o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, colocara à disposição do presidente do Congresso um flat no hotel Blue Tree. O texto é específico. Traz até o número do apartamento: 2.018. Sobre isso, não se ouviu uma mísera palavra do senador. 5. O presidente do Senado deixou sem resposta, de resto, o noticiário acerca de seu relacionamento com Zuleido Veras, o chefão da máfia das obras públicas. Em verdade, o escândalo da Navalha não foi nem mesmo mencionado. O nome do empreiteiro tampouco foi citado. Nenhuma referência também às escutas telefônicas em que Renan é citado à farta. Terminado o discurso, Renan socorreu-se de uma providencial intervenção de Romero Jucá (PMDB-RR), para evitar os apartes dos colegas. Jucá pediu a suspensão da sessão, para que Renan pudesse ser cumprimentado. Foi prontamente atendido. E seguiu-se a fila de cumprimentos. No pronunciamento, o presidente do Senado preocupou-se em arrastar para o campo pessoal a “pseudo-denúncia” de que diz ter sido vítima. Tem, em parte, razão. O relacionamento extraconjugal em que se viu enredado não interessa senão a ele própria e a sua família. Mas foi o próprio senador que aceitou o risco de transformar o privado em público ao injetar no caso um personagem ligado a emprei-teira com negócios na esfera governamental. Assim, urge que o problema seja acomodado em pratos definitivamente limpos. O foro adequado para que isso seja feito é, num primeiro momento, a Corregedoria do Senado, a quem cabe analisar os dados abertos por Renan Calheiros.
Corregedor quer comprovação do discurso de Renan
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (Democratas-SP) disse que já pediu a documentação que comprova as explicações do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que discursou na tarde de ontem. Apesar do sentimento de satisfação com o discurso de Renan por parte dos membros do Senado, Tuma (Democratas-SP) avisou que ainda pretende investigar as denúncias contra o presidente. Tuma afirmou também que pretende ouvir algumas pessoas e que a partir daí terá 30 dias para preparar um relatório sobre o caso. Se ele decidir que vale um processo por quebra de decoro, um partido ou a mesa têm que apresentar uma representação. Caso contrário, sua investigação não terá efeito. “Entregarei meu relatório à mesa diretora. A decisão não é minha”, explicou. Com a maioria dos líderes convencidos, o Psol foi a única legenda a sinalizar que pode entrar com essa representação. Na Câmara, o líder Chico Alencar (RJ) afirmou que o partido estuda apresentar um pedido no Conselho para abrir processo contra Renan. Segundo ele, a ex-senadora e presidente do PSOL, Heloisa Helena (AL), chega a Brasília nesta terça para decidir sobre o assunto. “É provável que o partido apresente essa representação. Cabe, no mínimo, um processo no Conselho de Ética”, disse.
Assinar:
Postagens (Atom)
Em destaque
Prefeitura de São Sebastião do Passé distribui cerca de cem toneladas de alimentos no Natal Sem Fome
Foto Divulgação O Natal Sem Fome, programa da Prefeitura de São Sebastião do Passé, realiza entrega de ...
Mais visitadas
-
Aproveito este espaço para parabenizar o prefeito eleito de Jeremoabo, Tista de Deda (PSD), pela sua diplomação, ocorrida na manhã de hoje...
-
. MAIS UMA DECISÃO DA JUSTIÇA DE JEREMOABO PROVA QUE SOBREVIVEM JUÍZES EM BERLIM A frase “Ainda há juízes em Berlim”, que remonta ao ano d...
-
Mais um revés para o grupo de Deri do Paloma: Justiça reitera derrota e confirma legalidade da vitória de Tista de Deda. No dia 13 de novemb...
-
Diplomação do Prefeito Eleito Tista de Deda, Vice e Vereadores Será no Dia 19 de Dezembro de 2024. A diplomacao do prefeito eleito de Jere...
-
A Contraste na Gestão: Tista de Deda e Deri do Paloma em Jeremoabo A chegada de Tista de Deda ao comando da prefeitura de Jeremoabo tem de...
-
Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Blog Floresta Agora | Floresta PE (@florestaagora_, Nota da ...
-
Foto Divulgação Prefeito de Jeremoabo Prioriza Playgrounds Enquanto Agentes de Saúde Ficam Sem Salário E...
-
. Nota da redação deste Blog - A Portaria nº 351/2024 em Jeremoabo: Benefício ou Desrespeito? A recente publicação da Portaria nº 351/202...
-
Tista de Deda é Diplomado Prefeito de Jeremoabo: Vitória do Povo e da Verdade Para a felicidade da maioria dos jeremoabenses e, certamente...
-
Até Quando? A Insistência do Prefeito Derrotado de Jeremoabo e Seu Sobrinho no Judiciário A política em Jeremoabo continua sendo palco de um...