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sábado, abril 01, 2006

Waldir assume Defesa

Baiano deixa Controladoria Geral da União
O Palácio do Planalto confirmou no início da tarde de ontem a substituição de nove ministros. Desse total, oito saem para disputar as eleições de outubro e um -Waldir Pires, da Controladoria Geral da União- troca de pasta. Ele assumirá a Defesa no lugar do vice-presidente, José Alencar. Dos nove substitutos, sete são secretários executivos dos ministérios. São eles: Orlando Silva Júnior (Esporte), Paulo Sérgio de Oliveira Passos (Transportes), Pedro Brito Nascimento (Integração Nacional), Altemir Gregolin (Pesca), Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), Jorge Agenor Álvares da Silva (Saúde) e Jorge Hage (Controladoria Geral da União). No entanto, apenas três deles assumem em definitivo os ministérios —são os secretários executivos do Esporte, Transportes e Integração Nacional. Na Pesca, Desenvolvimento Agrário, Saúde e Controladoria Geral da União os substitutos assumem interinamente os ministérios. Na lista de novos ministros está o ex-ministro da Educação Tarso Genro, que assume o Ministério das Relações Institucionais no lugar de Jaques Wagner, que sairá candidato ao governo da Bahia pelo PT. Segundo o porta-voz da presidência, André Singer, também deixam o governo os ministros Agnelo Queiroz (Esportes), Alfredo Nascimento (Transportes), Ciro Gomes (Integração Nacional), José Fritsh (Pesca), Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) e Saraiva Felipe (Saúde). Singer informou que ainda não há definição sobre a transmissão dos cargos. A nomeação dos novos ministros será publicada em edição extra do Diário Oficial da União, que circulou com data de ontem. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou afastar ontem a imagem de isolamento e disse que o poder ainda não subiu à sua cabeça. Ele não escondeu, no entanto, a dificuldade em abrir mão de oito ministros que deixaram o governo para disputar as eleições de outubro deste ano. Depois de receber a manifestação de apoio à sua reeleição do presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Manoel dos Santos, Lula disse que não teria o “direito de reivindicar ser candidato” e que não sonha com a reeleição, mas quer poder comparar seu governo com a gestão anterior. “O sonho que eu tenho, o meu grande desejo não é o de ser candidato a presidente. O meu grande desejo é o de poder, ao terminar o meu mandato, comparar o que nós fizemos para o povo pobre desse país com tudo o que foi feito antes”, afirmou Lula. Antes do discurso do presidente, Santos havia dito que o conselho da Contag aprovou a decisão de participar da campanha pela reeleição de Lula. Ao se despedir dos ministros Jaques Wagner (Relações Institucionais) e Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), Lula se disse feliz em perceber que depois de pouco mais de três anos na presidência ainda seria uma “referência” para os companheiros trabalhadores da agricultura, e desejou “sorte” aos candidatos. “Não pensem que é fácil a despedida de um companheiro. É sempre muito difícil, é sempre muito complicado”, desabafou. Já o apoio dos trabalhadores ele considerou extraordinário. “Demonstra que o poder não subiu à minha cabeça, e muito menos o poder fez com que houvesse o distanciamento dos companheiros que, no fundo no fundo, é para onde vou voltar quando sair daqui”, afirmou.
Fonte: Tribuna da Bahia

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