PORTO ALEGRE - Uma operação conjunta da Polícia Federal brasileira com agentes do Drug Enforcement Administration (DEA), dos Estados Unidos, e da Direção Nacional de Informações e Inteligência da Polícia Uruguaia desarticulou ontem o que seria o braço de apoio brasileiro a uma quadrilha norte-americana especializada na venda ilegal de medicamentos pela internet.
Quatro pessoas foram presas em Porto Alegre e uma em Montevidéu. De acordo com a Polícia Federal, os acusados serão indiciados por tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
A investigação começou em março do ano passado, ao final da Operação Ouro Verde, que prendeu 36 pessoas envolvidas com um sistema bancário paralelo, com ligações no Uruguai, Estados Unidos, China e diversos paraísos fiscais.
Aquela organização oferecia serviços como manutenção de conta corrente e de investimentos sem registros legais, facilitando a evasão de dinheiro de caixa dois para paraísos fiscais.
Na ocasião, a Polícia Federal estranhou a movimentação de R$ 4 milhões feita no banco paralelo por um gaúcho de 26 anos que não tinha atividade profissional e fonte de renda definidas, e tratou de monitorar os passos do jovem.
Por troca de informações com o DEA, descobriu que o rapaz era procurado nos Estados Unidos por envolvimento com uma quadrilha que acabou desarticulada em julho daquele ano com a prisão de quatro pessoas.
Com prescrições fictícias feitas por médicos norte-americanos, o grupo comprava drogas de uso restrito, como sildenafil (para disfunção erétil), diazepan (tranqüilizante) e fluoxetin (antidepressivo) para oferecê-las em diversos sites da internet, nos quais dispensava a necessidade de receituário.
O comprador pagava com cartão de crédito e recebia a encomenda em casa, pelo correio. "Eles operavam só nos Estados Unidos e vendiam de cinco mil a oito mil pílulas por dia", relatou o delegado Alexandre Isbarrola, do Núcleo de Repressão a Crimes Financeiros.
Segundo a Polícia Federal, o jovem brasileiro era responsável pela lavagem de dinheiro da quadrilha e usava o banco paralelo para movimentar os recursos oriundos das operações ilegais sem ser detectado pelas autoridades. Desde a Operação Ouro Verde, ele deixou de circular no Sul do País e passou a viver na Europa, viajando eventualmente para Montevidéu.
A Polícia Federal divulgou o nome dos dois participantes brasileiros presos preventivamente. Eles foram identificados como Diego Podolski Paes, 27 anos, apontado como o operador do esquema, e preso em Montevidéu, e Bruno Ratnieks, de 25 anos, preso em Porto Alegre. Na capital gaúcha também foram presos temporariamente o pai, a mãe e um irmão de Diego, que não tiveram seus nomes divulgados.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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