Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sábado, junho 09, 2007

Planos de saúde terão reajuste de até 5,76%

Percentual equivale ao teto de aumento que pode ser aplicado aos contratos posteriores a 1999


RIO - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fixou em 5,76% o percentual máximo de reajuste para os planos e seguros-saúdes contratados por pessoas físicas a partir de 1º de janeiro de 1999 (planos novos) e para os planos antigos que foram adaptados à nova legislação. O aumento autorizado pela ANS foi muito superior à inflação acumulada nos últimos 12 meses, que está em 3,18%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE.
O reajuste incide sobre aproximadamente 6,8 milhões de consumidores, ou 15% do total de beneficiários do país, que hoje é de 45,6 milhões de pessoas, e será aplicado entre maio de 2007 a abril de 2008, de acordo com a data de aniversário de cada contrato. As operadoras cujos contratos fazem aniversário nos meses de maio e junho poderão cobrar o reajuste referente a esses meses de forma retroativa e, necessariamente, diluída pelo mesmo número de meses em atraso. Ou seja, se houver cobrança retroativa referente a dois meses, este valor deverá ser diluído em duas parcelas.
O presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos, destacou a queda no percentual de aumento, já que no ano passado o reasjuste foi de 8,89%, também superior à inflação do período. “A redução no índice de reajuste aprovado pela Agência é um reflexo do sucesso obtido pela política econômica do país e da manutenção de uma mesma metodologia de cálculo ao longo do tempo” disse Pereira, em nota.
Entidade vê abuso - A Pro Teste, entidade de defesa do consumidor, criticou o índice de reajuste de 5,76% concedido pela ANS. A associação defende a correção pela inflação do período, em torno de 3%. O peso do plano de saúde no orçamento familiar já é de quase 10%, conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese). Na avaliação da entidade, o reajuste a ser aplicado nos próximos 12 meses (depende do mês de aniversário do contrato), válido para os contratados a partir de janeiro de 1999, seria “injusto porque os usuários não tiveram atualização salarial nesses patamares”. E também porque os médicos, hospitais e laboratórios não recebem por seus serviços valores com esse índice de correção. “Esse é um setor que não pode ser puramente mercantilista, não se pode pensar somente na lucratividade do setor, em detrimento do livre exercício da medicina e dos direitos fundamentais do paciente e do consumidor”, afirmou Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste.
Empresas acham pouco - A Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), que representa as operadoras de planos de saúde e as seguradoras especializadas em saúde, informou que o reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), de 5,76%, é mais uma vez inferior ao necessário para repor o poder de compra dos contratos, considerando a inflação dos custos médico-hospitalares. Em nota, a Fenasaúde afirma que não há como comparar a inflação geral medida por qualquer índice de preços (IPCA, INPC, IGP-M) com a inflação dos custos de assistência à saúde, que vêm subindo em ritmo superior ao do custo de vida, no Brasil e em qualquer outro país. Segundo a entidade, a inflação de custos médico-hospitalares está sendo influenciada principalmente pelo aumento de preços de medicamentos e materiais, bem como pela inclusão sistemática de novas tecnologias de tratamentos, novos materiais e fármacos, itens esses que não são regulados pela ANS.
Conforme a Fenasaúde, os preços de materiais e medicamentos vêm subindo mais de 30% ao ano desde 2004. Como eles participam com cerca de 35% da estrutura de custos das seguradoras de saúde, apenas esse impacto inflacionário foi de aproximadamente 10% no período, sem contar o aumento de diárias e taxas hospitalares, honorários médicos e introdução de novas tecnologias de tratamentos. A entidade ressalta ainda que a questão dos reajustes merece ser examinada e tratada com enfoque essencialmente técnico, sob pena de agravamento dos desequilíbrios já existentes. (AG)
Fonte: Correio da Bahia

Nenhum comentário:

Em destaque

Rua Duque de Caxias: A “Rua da Agonia” em Jeremoabo

  24/12/2024 Fonte: JV PORTAL / JEREMOABO TV RP:9291/BA A Rua Duque de Caxias, localizada no coração de Jeremoabo, tem sido tristemente apel...

Mais visitadas