Quando se pensa que já se viu de tudo na cena política baiana, surge um episódio que desafia qualquer lógica de decência e civilidade. Durante a visita do governador da Bahia a um município do interior nesta quinta-feira, um fato inusitado e, ao mesmo tempo, lamentável, chocou os presentes e gerou revolta nos bastidores do evento.
Segundo relatos que circulam desde as primeiras horas da tarde, um ex-gestor público — cuja identidade não será revelada por enquanto, em razão das informações ainda serem de caráter oficioso — teria assediado uma jovem, passando a mão em suas nádegas no meio do evento. A vítima, corajosamente, chamou a polícia e, para evitar constrangimentos públicos e tumulto durante a cerimônia, o acusado foi discretamente detido pelas autoridades.
O caso gerou perplexidade entre os que acompanharam a movimentação, principalmente por envolver uma figura que já ocupou cargo público e deveria zelar pelo respeito e bom comportamento, especialmente em um evento oficial, com presença de autoridades estaduais e cobertura da imprensa.
Ainda que os detalhes estejam sob apuração e nenhuma nota oficial tenha sido emitida até o momento, o episódio reforça a urgente necessidade de se combater o assédio em todos os espaços, inclusive — e sobretudo — na política, onde muitas vezes o poder é usado como escudo para atitudes condenáveis.
A jovem demonstrou coragem ao denunciar o ocorrido em meio a um ambiente predominantemente masculino e de poder. Atitudes como essa merecem apoio, visibilidade e seriedade por parte da sociedade, da imprensa e das instituições.
Fica o alerta: o tempo da impunidade está com os dias contados. Se confirmado o ocorrido, que as medidas legais sejam tomadas com o rigor necessário. O respeito à mulher e à dignidade humana não pode ser relativizado — nem mesmo (ou principalmente) quando o autor da agressão já vestiu a faixa de autoridade.