A Cavalgada de São Jorge – Jeremoabo em Festa
Na terra de Jeremoabo,
No sertão tão altaneiro,
Surge a festa consagrada
Do guerreiro cavaleiro.
Há mais de uma década inteira,
Traz vaqueiro e boiadeiro!
Amazonas e cavaleiros,
De perto e de longe vêm,
Num desfile de bravura,
Que só quem vai é que tem.
É festa, é fé, é cultura,
Do povo que faz o bem!
Mas no ano que passou,
A inveja falou mais alto,
Um prefeito ressentido
Deu na fé um grande assalto.
Proibiu a tradição,
Quis botar tudo em asfalto...
Disse: "Não vai ter cavalo,
Nem a sela, nem berrante!
Vou castigar São Jorge
E o povo que é vibrante!"
Mas São Jorge é justiceiro,
E luta a todo instante!
O Santo Guerreiro olhou,
Montado em seu alazão:
“Quem me vira as costas, perde!
Sou da fé, da devoção!”
E com sua lança firme
Derrotou sem compaixão.
Caiu Deri e sua turma,
A verdade triunfou!
Tista de Deda voltou,
E a festa ressuscitou.
São Jorge então sorriu
E a cavalgada mandou!
Neste abril tão esperado,
A cidade vai brilhar.
Com batuque, sanfoneiro,
Com o povo a cavalgar!
Vai ser festa de respeito,
Pra história eternizar!
Tista, fiel devoto,
Hoje comanda outra vez,
Com respeito à tradição
E à cultura do seu freguês.
São Jorge já deu o aval:
“Façam festa, como se fez!”
Que venham de todo canto,
Com arreios e chapéus,
Pois Jeremoabo pulsa
Sob os olhos dos céus.
É a cavalgada sagrada,
Com bênçãos dos anjos fiéis!