Publicado em 7 de abril de 2025 por Tribuna da Internet

Todos oponentes de Lula perderiam por larga margem
Pedro do Coutto
A pesquisa do DataFolha divulgada no último sábado, focalizou tendências para a Presidência da República em 2026, e causou, como é natural, uma sensação de alívio para o presidente Lula da Silva, uma vez que em todos os cenários e contra todos possíveis candidatos, ele venceria a eleição e seria reeleito. Não perderia para ninguém.
Segundo o levantamento, Lula derrotaria o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apadrinhados políticos caso a eleição presidencial fosse hoje. Contra Bolsonaro, em um cenário hipotético em que ele possa se candidatar ao pleito, Lula tem 36% das intenções de voto, e o adversário, 30%. O ex-presidente e principal nome atual da direita, porém, está inelegível até 2030 por uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
INCLUÍDOS – Mantendo o cenário em que Bolsonaro pode ser candidato, o Datafolha incluiu os seguintes nomes: o ex-governador do Ceará Ciro Gomes, que teve 12% das intenções de voto; o influenciador Pablo Marçal, com 7%; e o governador gaúcho Eduardo Leite, com 5%. Brancos, nulos e “nenhum” somam 9%, além de outros 2% que não souberam responder.
Já em um cenário sem Bolsonaro, o principal adversário de Lula seria o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Ainda assim, a diferença no percentual de intenções de votos é grande: o petista tem 35%, enquanto Tarcísio, 15%. Em seguida aparecem: Ciro Gomes e Pablo Marçal, com 11% cada; o governador do Paraná, Ratinho Júnior, com 5%; e Eduardo Leite e o mineiro Romeu Zema, com 3% cada um. E o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é o único que já se lançou como pré-candidato à Presidência, tem 2% das intenções de voto.
POPULARIDADE – Poucos dias antes da pesquisa do Datafolha, o Instituto Quaest apresentou uma queda da popularidade de Lula de forma acentuada, com reação da opinião pública ao seu governo. A situação não seria boa para Lula em matéria de desempenho administrativo, mas no campo político o prestígio do candidato revela que ele teria um novo mandato.
Todos seus oponentes incluídos no levantamento perderiam por larga margem. Um panorama, portanto, extremamente positivo para o presidente Lula da Silva que passou a sentir-se muito bem no quadro político em matéria de sucessão presidencial. A sua popularidade não é boa, mas o que importa no caso da sucessão é o voto na urna.