Por: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Com críticas à Polícia Federal e à Justiça, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) anunciou no plenário que a Casa vai defender os deputados que foram atingidos em sua honra no escândalo das ambulâncias.
Aldo afirmou que assim que o corregedor da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI), concluir o relatório sobre a lista encaminhada pela Justiça incluindo 63 deputados, a procuradoria da Câmara vai adotar todas as medidas que forem necessárias para "resguardar a dignidade e o respeito às prerrogativas constitucionais" dos parlamentares. O presidente da Câmara disse também que não vai proteger os deputados que eventualmente estejam envolvidos nas irregularidades.
"A Câmara e a Mesa Diretora não protegem quem não protege a Casa e não protegem quem não protege o interesse público. Da mesma forma, porém, e com a mesma energia, a Mesa Diretora e a presidência reagirão para proteger a honra e a dignidade daqueles que, representando o povo brasileiro, têm sua honra ameaçada ou enxovalhada pela conduta de quem não sabe separar o joio do trigo", afirmou Aldo Rebelo.
O presidente da Câmara disse considerar estranho o fato de o próprio juiz deixar claro que não há investigação, que não há inquérito policial nem processo penal instaurado contra os deputados e que apenas por uma questão de cautela decidiu informar as autoridades sobre o processo.
Além disso, Aldo citou o fato de o delegado da Polícia Federal, Tardelli Cerqueira, ter esclarecido que a citação dos nomes dos deputados não implica formação de culpa ou indícios criminais em relação a eles e ter incluído deputados que, num processo investigatório, seriam processados pelo Supremo Tribunal Federal.
O presidente da Câmara disse achar entranho a divulgação de matéria que está em segredo de Justiça. "A presidência da Câmara não pode deixar de registrar estarrecida que o segredo de Justiça seja rompido para pôr em mesmo nível no Judiciário uma lista de deputados federais envolvidos em uma investigação policial que não foi concluída, onde não houve inquérito, onde não há decisão de autoridade judicial", afirmou.
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