Publicado em 1 de janeiro de 2022 por Tribuna da Internet
Raphael Felice
Correio Braziliense
Em crise por reajuste apenas a policiais, o governo federal encontra cada vez mais resistência de outras categorias do funcionalismo. O Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) informou, na tarde desta quinta-feira (30/12), que 951 auditores fiscais entregaram cargos de chefia.
Segundo o Sindifisco Nacional, a adesão à paralisação da categoria ultrapassa 90% do quadro efetivo. Outras categorias, como o Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que representa carreiras de base do funcionalismo, o chamado ‘carreirão’ e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), representante da elite do serviço público, também mobilizam manifestações e até paralisações para o início de 2022.
TENTAR REVERTER – Uma reunião emergencial foi realizada pelos principais sindicatos na quarta-feira (29/12) para debater direcionamentos sobre o que pode ser feito no começo de 2022 para tentar reverter a situação.
O objetivo é negociar com integrantes da categoria que formam a base do funcionalismo público, cerca de 80%, e que recebem os menores salários dentro do serviço público federal.
Sem reajuste desde 2017 e com inflação acumulada de 27,2% de lá para cá o sentimento geral entre os funcionários do carreirão é de indignação, segundo apurado pelo Correio.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A revolta dos servidores contra o governo é impressionante. E 27 categorias profissionais estão se unindo para fazer uma greve coletiva a partir de 18 de janeiro. Ou seja, o governo Bolsonaro conseguiu virar dezembro diante de um Feliz Ano Velho, como diria o jornalista e escritor Marcelo Rubens Paiva. (C.N.)