Por: Tribuna da Imprensa
Policiais armados fazem carreata em frente ao Planalto e xingam o presidente Lula
BRASÍLIA - Se os policiais civis, militares e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal tentarem repetir a manifestação por aumento de salários na frente do Planalto, como fizeram na noite de quarta-feira, amanhã, como prometeram, desta vez, encontrarão resistência do Exército, que promove a segurança externa do palácio.
A cena protagonizada por cerca de três mil policiais do DF, quase todos armados, que estacionaram viaturas oficiais e carros com sirenes ligadas, desceram delas, paralisando as duas mãos da via em frente ao Planalto, durante meia hora, assustou assessores palacianos e foi considerada uma afronta. Os policiais chegaram a fechar a rua que dá acesso à sede do governo federal, sempre usada para chegada e saída pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A segurança do Planalto tinha sido informada da carreata de protesto há alguns dias. Só não imaginava que ele fosse ter cenas inusitadas, como o estacionamento de viaturas do poder público na via em frente ao palácio, com interrupção do trânsito. Imaginava ser uma manifestação como tantas outras que acontecem ali diariamente. Só que o protesto, batizado no palácio como "sirenaço", dado o enorme barulho que provocaram com as sirenes dos carros e motos ligadas, ultrapassou os limites, na avaliação de auxiliares do presidente.
Portanto, não só o Regimento de Cavalaria de Guardas do Exército, como a Polícia do Exército ficarão alertas para a próxima manifestação da categoria, que reivindica aumentos que variam de 18% a 30%.
Presidente é xingado - Muitos dos veículos usados na carreta eram viaturas da polícia. Exaltados, os manifestantes, em coro, chegaram a xingar o presidente Lula de "filho da puta". Junto com o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, o presidente Lula viu a manifestação de seu gabinete, no terceiro andar do Palácio do Planalto.
A persiana de seu gabinete ficou aberta durante todo o período que durou a carreata. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, também assistiu à carreata ao lado de assessores de uma janela do quarto andar do Planalto.
Depois de meia hora de buzinaço em frente ao Palácio do Planalto, os policiais foram embora. Ficaram em vigília cerca de 50 servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com velas na mão. Assim como os policiais, os servidores do Incra também reivindicam aumento salarial.
"Esse aumento era para ter sido pago em janeiro. A medida provisória deveria ter sido assinada no dia 17 de fevereiro", reclamou Wellington Luiz Antunes, diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal.
Segundo ele, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, havia dito, em encontro com a categoria, que o presidente Lula iria assinar a medida provisória com o aumento entre os dias 15 e 20 de junho. "Mas não saiu nada até agora. E o presidente precisa assinar essa medida provisória até o dia 30 de junho", afirmou Wellington.
A Polícia Civil tem cerca de seis mil homens no Distrito Federal. A Polícia Militar conta com um contingente de 20 mil policiais. O Corpo de Bombeiros tem cerca de quatro mil homens.
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