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terça-feira, fevereiro 12, 2008

Com ACM Neto, DEM é opção em Salvador

Demarcar território e manter uma referência no maior colégio eleitoral da Bahia. Mesmo sendo uma incógnita, a candidatura de ACM Neto à prefeitura de Salvador nas eleições municipais de 2008 é encarada como fundamental para a sobrevivência do partido, o DEM, ante ao rápido avanço do PMDB de Geddel Vieira Lima sobre as bases do carlismo no interior do Estado.Análise feita por Gabriel Noronha da Uol. Passados pouco mais de um ano da eleição de Jaques Wagner ao governo do Estado e seis meses de morte do ex-senador Antonio Carlos Magalhães, o DEM sofre um processo de sangria proporcional ao crescimento do PMDB. Embora não confirme a candidatura, ACM Neto age como se o seu nome já tivesse sido aprovado pela convenção do DEM. Todas as semanas, o deputado participa de festas populares, realiza encontros com líderes comunitários e, desde o começo deste ano, praticamente definiu a sua equipe de trabalho, contratando assessores e profissionais que trabalham com marketing. “Uma eventual candidatura minha virá como algo natural. Dentro do partido, todos têm me estimulado a participar da disputa”, disse ACM Neto, que cumpre seu segundo mandato como deputado federal. Com ACM Neto na disputa, a campanha pela prefeitura de Salvador também ganha um caráter nostálgico - o senador ACM tomou posse em seu primeiro cargo no executivo como prefeito nomeado da capital baiana em fevereiro de 1967. Desde então, nenhum parente do senador participou diretamente da disputa. Cria do carlismo, o ex-prefeito Antonio Imbassahy aposta na experiência para derrotar os seus adversários. Prefeito de Salvador por oito anos, o tucano pretende realizar uma campanha ousada e já manteve contatos com o publicitário Duda Mendonça. Envolvido no escândalo do mensalão. Duda Mendonça, um dos mais conhecidos marqueteiros do Brasil, foi o responsável pela primeira campanha vitoriosa do presidente Lula ao Palácio do Planalto. Com a disputa pela sucessão municipal, Imbassahy tem mais uma chance de voltar a ocupar um cargo político. Depois que rompeu com o carl?=ismo, o ex-prefeito, já no PSDB, disputou e perdeu o Senado para João Durval Carneiro (PDT), pai do prefeito João Henrique. Eleito com o apoio de uma frente de partidos de esquerda, João Henrique trocou o PDT pelo PMDB e trava uma disputa política para o PT não indicar candidato. Por sua vontade, o partido poderia escolher o candidato a vice da chapa. No entanto, João Henrique terá de se esforçar muito para alcançar o seu objetivo. O diretório estadual do PT, no ano passado, sinalizou que quer disputar a eleição com candidato próprio, e o nome mais provável é o do deputado federal Nelson Pellegrino. Por três vezes, Pellegrino disputou a prefeitura da capital baiana - foi derrotado em todos os pleitos. Entre os que deixaram o DEM com direção ao partido de Geddel Vieira Lima estão o deputado federal Marcelo Guimarães Filho e o prefeito de Juazeiro, Misael Aguilar. O filho do ex-presidente do Bahia, Marcelo Guimarães, era filiado desde 1999 ao antigo PFL, onde exerceu os mandatos de vereador em Salvador e na Câmara Federal. Segundo ele a mudança de sigla se deu por solicitação de sua base eleitoral nos municípios. “Foi uma decisão conversada e resolvi ingressar no PMDB por afinidade com a ideologia do partido que é mais aberta e democrática. No DEM nem todas as decisões eram discutidas”, reclama. Com pouco menos de um ano na nova sigla, o deputado comemora o ingresso na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e a vice-liderança do PMDB na Câmara. Já o prefeito de Juazeiro - principal cidade do Norte da Bahia, a 500 km de Salvador - informa que a sua saída do partido do ex-senador Antonio Carlos Magalhães foi uma decisão pessoal. Misael Aguilar destacou ainda que o seu ingresso no PMDB foi facilitado pela antiga relação que possui com o ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima, principal líder do prefeito na Bahia. “Geddel é um jovem, de fácil diálogo que eu conheço desde os tempos do Colégio Marista. Além disso, o seu ministério tem uma ligação muito forte com a nossa região”, observou Aguilar, que ainda possui um bom trânsito com algumas lideranças políticas de seu antigo partido.
PC do B prepara candidato
Além do PT, outro partido que compôs a base do prefeito pode minar a candidatura de João Henrique: o PC do B. No final do ano passado, o partido rompeu com o prefeito porque insistiu no lançamento da candidatura da vereadora Olivia Santana para concorrer ao Palácio Thomé de Souza (nome do prédio, localizado no início do centro histórico, que abriga a prefeitura). Em represália, João Henrique exonerou todos os políticos do partido que ocupavam cargos de confiança em sua administração. Faltando menos de um ano para a disputa, João Henrique investe em obras de grande visibilidade eleitoral - recapeamento asfáltico nas principais ruas e avenidas da cidade e a instalação de iluminação mais moderna, principalmente nos locais de grande fluxo. Através de sua assessoria, o prefeito disse que as obras são uma antiga reivindicação dos moradores de Salvador. É neste cenário pós ACM que vai se desenrolar a eleição para a escolha do prefeito da primeira capital brasileira. A própria decisão da assessoria do DEM de não fornecer a lista atual de prefeitos ligados à legenda sob a alegação de que ainda não dispõe de dados atualizados - indica a dificuldade em lidar com tantas perdas em tão pouco tempo. Para o presidente estadual do partido, o ex-governador Paulo Souto, o que aconteceu pode ser considerado normal, tendo em vista a “tradição da política baiana”. Por outro lado, ele pondera que “já há um sentimento de frustração em muitos que mudaram de lado”. Levantamento feito pela reportagem do UOL constatou que dos 155 prefeitos eleitos em 2004 pelo PFL, 30 desembarcaram no PMDB entre 2006 e 2007. O presidente estadual da legenda, Lúcio Vieira Lima, reconhece que o atual quadro de dependência da maioria das prefeituras do interior de verbas estaduais e federais contribuiu para o crescimento do PMDB. Lima também acredita que foi o estabelecimento do diálogo com “todas as lideranças políticas” que ajudou a aumentar o número de filiações em todo o Estado. “Não houve clima de revanchismo e muitos ex-carlistas estão hoje no PMDB”. Para 2008, o partido pretende lançar candidatos em mais de 300 municípios e eleger pelo menos a metade deles. Além disso, são grandes as apostas na reeleição do prefeito João Henrique, em Salvador, e de outros nomes em cidades estratégicas para o partido, como Juazeiro (Misael Aguilar), Feira de Santana (Colbert Martins) e Itabuna (Fábio Santana).
Líder do PDT rejeita acordos pessoais sobre a prefeitura
O líder do PDT na Assembléia Legislativa, Roberto Carlos, fez ontem enérgico protesto contra as “negociações individuais” que dirigentes do partido estariam fazendo com candidatos à prefeitura de Salvador, como o prefeito João Henrique (PMDB), o ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB) e o deputado ACM Neto (DEM). Referindo-se a seus colegas de Executiva Severiano Alves, deputado e presidente regional, e Alexandre Brust, secretário-geral, o parlamentar disse que “quem pensa que está fazendo acordo pode estar vendendo um produto que não será entregue”. O PDT, na visão de Roberto Carlos “é um partido aberto, que tem condições de se entender com qualquer legenda de seu campo de atuação”, mas somente a Executiva Regional é que poderá tomar uma decisão sobre as eleições municipais. “Conversei com o presidente nacional, o ministro Carlos Lupi, e ele me assegurou que o PDT é um partido democrático, que em nenhuma de suas instâncias pode agir como se tivesse dono”. Nessa ótica, o líder entende que poderá haver negociações com o PSB, PSDB, PT “e até o PMDB”, descartando sumariamente a idéia de uma coligação com o DEM. “Nós sempre fomos adversários do antigo PFL”, afirmou, “e não será agora que isso vai mudar. Mas o deputado Severiano andou conversando com ACM Neto e até ficou meio simpático com a possibilidade de lhe dar apoio”. Para o deputado, não está afastada nem mesmo a hipótese de uma candidatura própria, e entre os nomes que poderiam assumi-la ele cita o deputado Marcos Medrado e o sociólogo Joviniano Neto, este um antigo militante pedetista. “O PDT não pode é ser apêndice de nenhuma legenda. É um partido consolidado, orgânico, e deve ser respeitado e ter seu espaço político”, sentenciou. Realçando sua condição de fundador do partido em seu município, Juazeiro, há 17 anos, o parlamentar revelou que essa posição é referendada pelo outro representante do PDT na Assembléia, Euclides Fernandes. Disse ainda que participa de todas as reuniões da Executiva, “que têm atas, e nenhum delas fala em decisão sobre o pleito de 2008”. No melhor estilo do cantor homônimo, Roberto Carlos adverte sobre acordos que não passem pela direção partidária: “Não adianta nem tentar. E há um detalhe: eu tenho dois votos na Executiva, como membro e como líder da bancada”. A Tribuna tentou, sem êxito, contatos com o presidente Severiano Alves e com o secretário-geral, Alexandre Brust. (Por Luis Augusto Gomes)
Senado discute redução da maioridade penal
A proposta de redução da maioridade penal para 16 anos chega ao plenário do Senado pela primeira vez. A matéria é o terceiro item da pauta da Casa, que tem sessão marcada para amanhã à tarde, segundo informações do presidente, senador Garibaldi Alves. Pela proposta, adolescentes entre 16 e 18 anos poderão ser responsabilizados criminalmente em caso de crime hediondo. Para isso, será necessário um laudo técnico atestando que o adolescente tem plenas condições de entender o caráter ilícito do crime cometido. Por ser uma proposta de emenda à Constituição, precisa ser aprovada em dois turnos no plenário antes de seguir para a Câmara dos Deputados. Para isso, são necessários os votos favoráveis de pelo menos 49 dos 81 senadores (três quintos dos parlamentares da Casa). Se esse placar não for atingido, a proposta é arquivada. O projeto é de autoria do então senador —e hoje governador do Distrito Federal— José Roberto Arruda (DEM) e, se chegar à Câmara, encontrará outras 20 propostas de emenda à Constituição tratando do mesmo assunto. Na Câmara, a mais antiga PEC que trata da redução da maioridade penal tramita desde 1993. Até hoje não foi votada por falta de entendimento.
Fonte: Tribuna da Bahia

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