Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Candidatos disputam o espólio político de ACM

José Pacheco Maia Filho Salvador
A morte do senador Antonio Carlos Magalhães embaralhou o jogo da política baiana. A sucessão municipal em Salvador promete ter uma disputa acirrada este ano, como não se vê há muito tempo. Deve ficar para trás a tradicional polarização entre os carlistas, grupo liderado por ACM, e os anticarlistas, reunindo diversas matizes ideológicas. Até agora, sete pré-candidatos anunciaram a disposição de lutar pelos votos dos soteropolitanos. Estão na briga pelo Palácio Tomé de Souza o PMDB, PSDB, DEM, PCdoB, PTB, PSB, o nanico PRB e ainda, possivelmente, uma oitava candidatura ainda indefinida do PT.
A última pesquisa de intenção de voto, realizada pelo Datafolha no final do ano passado, sinaliza a falta de favoritismo e empate técnico entre quatro candidatos: o radialista Raimundo Varela (PRB), o ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB), o atual João Henrique (PMDB) e o deputado federal ACM Neto (DEM). No PT, ainda indeciso se mantém a aliança para a reeleição de João Henrique ou se sai com uma candidatura independente, três nomes circulam: Nelson Pelegrino, o maior defensor de um nome do partido para a disputa, Walter Pinheiro e Luiz Alberto Santos.
Com estrutura de arrecadação tributária precária e endividamento de 2,7 vezes a receita anual, a administração de Salvador não é fácil. A carência da maioria de seus 3 milhões de habitantes, com rendimento inferior a R$ 500, exige políticas sociais e ações para a geração de emprego e renda. A observação de um professor da Universidade Federal da Bahia sinaliza para um jogo em que a vitória de Salvador funciona muito mais como estratégica para a conquista do governo estadual do que para a solução dos problemas da cidade.
- Atrelar a política municipal à estadual tem sido um veneno letal para Salvador - avalia.
Os pré-candidatos evitam reduzir a discussão política em torno da polarização. O diálogo está mais aberto. Parece que, desta vez, o foco do debate vai ser a cidade. ACM Neto acredita na possibilidade de administrar a cidade sem um centavo do governo do Estado ou do governo federal. Apesar de não ser a meta dele, diz que, se eleito, pretende equacionar os problemas financeiros, ajustar a gestão e em melhorar a qualidade do gasto público.
O comunicador Raimundo Varela, mesmo leigo com relação à administração pública e neófito na política, inclui no discurso a gestão responsável e a transparência administrativa.
Experiente, com dois mandatos à frente da prefeitura de Salvador, Antonio Imbassahy diz estar informado da situação da atual administração municipal, que teria um endividamento em curto prazo de R$ 300 milhões, mas não se assusta, porque, segundo ele, ao assumir o primeiro mandato em 1997, o quadro que encontrou não foi diferente.
- Faltou a João competência para criar projetos que aumentassem a arrecadação e captassem novos recursos - comenta Imbassahy.
Na defesa do prefeito, o presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, desqualifica as críticas do adversário:
- O menos indicado para falar de dívidas da prefeitura é Imbassahy. Ele deixou um débito de R$ 200 milhões de restos a pagar. E um dos erros de João foi pagar R$ 180 milhões de dívida do governo dele.
Fonte: JB Online

Em destaque

Por que temos de ajustar as contas? Ora, para evitar um novo Bolsonaro

Publicado em 26 de dezembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Bolsonaro é antidemocrático e defende até a tort...

Mais visitadas