
Charge do Ivan Cabral (Sorriso Pensante)
Roberto Nascimento
Há muitos exemplos da desagregação política de importantes nações, quando perdem o líder que as conduzia. Basta lembrar o marechal Josip Tito e o caso da Iugoslávia, um país que simplesmente não existe mais.
Quando ele morreu, a unidade nacional foi rompida. Houve uma guerra civil violenta. Surgiram, então, sete países independentes: Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia e, parcialmente reconhecido, o Kosovo.
AQUI NO BRASIL – O PTB era fortíssimo com Getúlio. Sem ele o Partido foi minguando, depois fundiu-se com o Patriota e hoje não existe mais.
A UDN era Carlos Lacerda. Sem ele, até tentaram recriá-la, mas fracassou.
0 MDB perdeu força política com a morte do líder Ulysses Guimarães. E o PSDB virou um partido nanico, com a aposentadoria de FHC e a morte de Franco Montoro e Mario Covas.
SALADA PODRE – Hoje existe uma salada partidária sem ideologia e sem projeto de país, que servem apenas para enriquecer os donos dos partidos.
O MDB livrou de Michel Temer, o chefe do chamado quadrilhão, mas outros partidos estão dominados, como o PL de Valdemar Costa Neto, o PP de Ciro Nogueira, o PSD recriado por Gilberto Kassab, o União Brasil de Antônio Rueda e o Republicanos de Marcos Pereira, que representa Edir Macedo, da Igreja Univeral.
CENTRÃO – Essa fragmentação partidária, reunida sob o codinome de Centrão, não tem como dar certo para o país.
No entanto, no que se relaciona à vida financeira desses dirigentes partidários, eles estão no melhor dos mundos, como diria Voltaire.
O país que se dane, o que eles querem é o dinheiro do Fundo Partidário, do Fundo Eleitoral e das emendas parlamentares. Ser dono de partido, com ou sem mandato parlamentar, é um verdadeiro negócio da China.