Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

segunda-feira, novembro 29, 2021

PSD faz juras de amor a Wagner, PP submerge e PL pode 'salvar' ACM Neto na Bahia


por Fernando Duarte

PSD faz juras de amor a Wagner, PP submerge e PL pode 'salvar' ACM Neto na Bahia
Foto: Mateus Pereira/ Divulgação

A poeira baixou e a fala do governador Rui Costa sobre os deputados “traíras” parece ter ficado para trás. O esforço foi feito, ao longo da última semana, pelo PSD. Primeiro o deputado federal Otto Alencar Filho endossou a aliança para 2022. Depois foi o próprio Otto Alencar quem verbalizou a caminhada conjunta com o PT para o próximo ano, citando nominalmente o senador Jaques Wagner como “governador do futuro”. É uma projeção e também uma resposta ao argumento adversário de que o ex-governador representaria o passado.

 

Enquanto o PSD dava sinais claros de carinho e aconchego, o PP seguiu a linha de que nada aconteceu e a vida continuou. Diferente dos socialdemocratas, os progressistas ainda podem compor uma chapa nacional com Jair Bolsonaro e não há espaço para juras de amor ao petismo baiano. Para evitar celeumas e sofrimentos antecipados, a postura do clã de João Leão e seu entorno foi submergir nos assuntos da política local, especialmente depois que o vice-governador já tinha colocado panos quentes no embate.

 

Por mais que ACM Neto busque evitar a nacionalização da eleição local, não dá para ignorar que a cena federal impacta nas relações políticas por aqui. O PSD lançou uma versão própria do picolé de chuchu (até aqui), Rodrigo Pacheco, enquanto o gelado original Geraldo Alckmin não formaliza a saída do PSDB. Na Bahia, o partido sequer cogita endossar a campanha da sigla ao Palácio do Planalto. Otto já disse que apoiaria Luiz Inácio Lula da Silva e, consequentemente, a candidatura de Wagner - o nome de Lula como grande eleitor é uma das principais apostas do petismo baiano.

 

O PP vai cozinhar em banho-maria as relações locais. Se Ciro Nogueira indicar o vice de Bolsonaro, como se almeja, o partido não se sentirá impedido de compor uma chapa com o PT baiano e seguiria “na maciota”, no governismo já inerente à legenda. Essas duas siglas (PP e PSD) tentariam fazer vistas grossas ao que acontece nacionalmente. Pode ser que consigam passar incólumes, mas é um esforço maior.

 

O mesmo não se pode falar do PL. Até aqui apalavrado com ACM Neto, o partido abrigará o presidente candidato à reeleição e terá que romper as relações locais. Não chega a ser de todo ruim para o ex-prefeito de Salvador. Bolsonaro deve levar a “cabeça”, mas não o “corpo” do PL, que já marcharia rachado nas urnas - alguns com ACM Neto, outros com Wagner e tudo bem. Se ainda herdar a candidatura de João Roma, o PL local ainda livraria o Republicanos do constrangimento de não dar legenda ao ministro da Cidadania, que segue mordido pela mosca azul. O partido da Universal poderia até apoiar Bolsonaro no plano federal, mas estaria desimpedido para marchar com o já tradicional aliado na Bahia.

 

Quem diria há alguns meses que esse seria o cenário político disponível para a Bahia no final de 2021? E olha que ainda tem PDT, MDB e alguns outros partidos satélites que não puderam ser tratados aqui nesse contexto. Haja água para rolar embaixo dessa ponte e tentativas de trazer - e de afastar - a pauta nacional para a Bahia.

Em destaque

Para rebater críticas, Pimenta diz que não é inimigo do governador Eduardo Leite

Publicado em 15 de maio de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Lula se livrou de Pimenta, que não ficará mais no Pl...

Mais visitadas