Rosa Costa
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), vai pedir à assessoria jurídica da Casa que examine o caso da ex-servidora Siméa Maria de Castro Antun, que durante cerca de 10 anos recebeu o maior salário pago a ocupantes de cargos comissionados, de R$ 8, 2 mil. Segundo reportagem da revista Veja, ela não prestava nenhum tipo de serviço. Sua suposta condição de "fantasma" se tornou pública em reportagem da revista Veja sobre um processo em torno da herança deixada pelo senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), que morreu em julho do ano passado.
Siméa afirma que o deputado Luiz Eduardo Magalhães (PFL-BA), filho de ACM, morto em abril de 1998, é pai de seu filho, hoje com 14 anos. Desde a morte do deputado, ACM a empregou em seu gabinete. Ela foi mantida no cargo de secretária parlamentar por seu suplente e filho Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), que só a exonerou no último dia 16, quando foi procurado pela revista para falar do assunto. Nesses 10 anos, se somados os salários, Siméa recebeu cerca de R$ 1 milhão do Senado.
A assessoria de comunicação do Senado informou que cabe aos senadores escolher os ocupantes dos 11 cargos de confiança a que têm direito, cujos salários podem ser repartidos entre quatro vagas. Quando os senadores usam o dinheiro para atender questões pessoais e até familiares, nada é feito, sob a alegação de que a Casa não pode fiscalizar os gabinetes dos senadores.
SUPRESA
O senador ACM Junior disse ontem que a família foi surpreendida pelas ações movidas por Siméa Antun. Ela cobra, na Justiça, tanto o reconhecimento da paternidade de seu filho pela família quanto a participação na herança de ACM.
"Fomos pegos de surpresa pelas ações, que chegaram ao nosso conhecimento no início do segundo semestre", disse o senador. "Antes disso, não tínhamos nenhuma informação sobre ela ou sobre seu filho."
Siméa era garota-propaganda de uma rede varejista de Brasília. Teria conhecido Luís Eduardo há 19 anos, em uma convenção do PFL, na qual trabalhou como recepcionista. Tornou-se assessora de gabinete dele e diz ter mantido uma longa relação com o deputado. Cinco anos depois, nasceu seu filho.
Após a morte do deputado, vítima de infarto, seu pai, o senador ACM, contratou Siméa. "Quando o senador morreu, assumi o cargo e herdei o gabinete inteiro, mas não me foi passado nada sobre ela", disse ACM Junior. "Mesmo depois de ficarmos sabendo das ações, ela foi mantida no cargo, mas não chegamos a conversar. Ela fazia parte do grupo de assessores administrativos, com os quais não tenho contato pessoal."
De acordo com o senador, que demitiu a assessora na última terça-feira, a exoneração de Siméa não tem relação com as ações movidas por ela. "A pessoa deixou de freqüentar o trabalho no segundo semestre, mandei demitir por isso, não tinha alternativa", afirmou.
Fonte: O Estado de S.Paulo (SP)
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