Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sábado, março 01, 2008

Lula tem direito de espernear, diz Marco Aurélio Mello

BRASÍLIA - Principal alvo das críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, respondeu ontem às declarações de que o Judiciário não deveria se meter em assuntos do governo. "Na nossa área jurídica, há um fenômeno que é denominado o direito de espernear. Aqueles que se mostrem inconformados por isso ou por aquilo eles têm o direito de reclamar. Eu só estranhei a acidez do presidente", afirmou Marco Aurélio.
"Como ele estava no palanque, eu relevo. Ele estava num ambiente propenso a isso e talvez tenha esquecido que não está em campanha", continuou. "Só estranhei a acidez do presidente", repetiu. Sobre as insinuações de Lula que o magistrado gostaria de ingressar na política, o ministro respondeu: "Sou um homem realizado como julgador, exercendo minha missão com independência".
Nesta semana, Marco Aurélio disse que a oposição poderia contestar na Justiça o programa Territórios da Cidadania, lançado pelo presidente Lula na segunda-feira. No ano em que serão eleitos novos prefeitos, os municípios receberão do governo federal R$ 11,3 bilhões.
Por lei, programas sociais não podem ser criados em ano eleitoral para que não haja distorção na disputa. Diante disso, Marco Aurélio afirmou que a oposição poderia contestar o programa Territórios da Cidadania. Foi o que fez o DEM, que ajuizou uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF).
A declaração de Marco Aurélio foi interpretada por Lula como uma "senha" para que a oposição recorresse à Justiça. "Seria tão bom se o Poder Judiciário metesse o nariz apenas nas coisas deles, o Legislativo apenas nas coisas deles e o Executivo apenas nas coisas deles", disse Lula.
O presidente do TSE retrucou: "O nosso compromisso, e principalmente do TSE, é a atuação a partir do direito posto. Que se modifique então o direito. É o preço que se paga por se viver em uma democracia". E completou: "A lei é claríssima. O que se quer é a simples continuidade do programa social e não a outorga de benesses para alcançar-se um determinado fim".
Histórico
Desde o começo do ano, Marco Aurélio vem se pronunciando contra algumas medidas do Executivo. Logo no início de janeiro, ele criticou a decisão do presidente Lula de ampliar o Bolsa-Família às vésperas da virada do ano. "Essa medida contraria a lei", disse à época.
Depois, adiantou sua avaliação sobre a medida da Receita Federal para obrigar bancos a repassarem ao Fisco dados da movimentação bancária de correntistas, decisão contestada no STF. "O Supremo, se convocado a se pronunciar, restabelecerá a supremacia da Constituição", afirmou.
Ainda em janeiro, disse que o aumento dos gastos com governo em publicidade institucional neste ano poderia interferir nas eleições de outubro. "Essa repercussão representa desequilíbrio na disputa. E a mola mestra de qualquer certame eleitoral, de qualquer eleição, é o equilíbrio entre os candidatos".
E em função das denúncias de que os cartões corporativos financiaram gastos irregulares, disse que a Presidência da República deveria revelar seus gastos. "Não deve haver o sigilo de forma alguma. Nós vivemos em uma República, e é princípio básico da administração pública a publicidade, que nada mais é que a transparência".
Fonte: Tribuna da Imprensa

Em destaque

Piada do Ano! Movimentos sociais pedem que Lula reconheça eleição de Maduro

Publicado em 28 de dezembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Nicolás Maduro é apoiado pela esquerda brasileir...

Mais visitadas