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quinta-feira, novembro 08, 2007

Só 26% das estradas estão boas

Rivadavia Severo
Brasília. A má qualidade das estradas brasileiras tem se mantido constante nos últimos anos, segundo aponta a Pesquisa Rodoviária 2007, da Confederação Nacional do Transporte (CNT). O levantamento revelou que 73,9% das estradas estão em condições regulares, ruins ou péssimas. Apenas 26,1% das rodovias pavimentadas pesquisadas em todo o país estão em condições ótimas ou boas, levando em consideração a qualidade do pavimento, sinalização e geometria da via.
Há cinco anos o percentual de estradas em má qualidade tem se mantido próximo ao índice apurado em 2007, apesar do aumento da quantidade de quilômetros pesquisados, o que reduz a qualidade média das rodovias.
O item pavimentação, o principal da pesquisa, aparece com um índice ótimo em 39% das estradas pesquisadas. Em bom estado estão 6,5% das estradas e regular, 35,8%. Foram avaliadas como ruins 10,8% das rodovias e 7,9% como péssimas. Esses índices estão muito próximos aos do ano passado, mas apresentaram melhoras em relação a anos anteriores.
O que tem puxado o índice geral para baixo é a má qualidade da sinalização, com apenas 22,3% de ótimo e, principalmente, a falta de qualidade da geometria da via, que tem apenas 5,2% das rodovias em estado ótimo.
A CNT pesquisou 87.592 quilômetros dos 196 mil que estão asfaltados no país, ou seja, 44,38% da malha pavimentada, com destaque para as estradas federais que foram totalmente cobertas pela pesquisa. No total, o país tem 1,7 milhão de quilômetros de estradas, a grande maioria sem pavimentação. O levantamento destaca a qualidade superior das rodovias concedidas à iniciativa privada e as estradas do estado de São Paulo.
Nos trechos de concessão, o percentual de estradas em mau estado é de 22,4% contra 77,6% em estado bom ou ótimo. No ranking das melhores estradas, as de São Paulo aparecem com sete dos melhores trechos. Todos com gestão de concessionárias.
Apesar do desempenho positivo dos trechos concedidos, o presidente da CNT, Clésio Andrade, disse que a solução para melhorar a qualidade da malha rodoviária do país não está na concessão para a exploração privada, mas passa por mais investimentos públicos.
- A privatização não é a solução, o que tem que haver é viabilidade econômica. As PPPs (Parcerias Público-Privadas) seriam uma das soluções - afirmou.
Andrade criticou, mais uma vez, o valor dos pedágios cobrados nas estradas privatizadas.
- O resultado desse último leilão mostra que as tarifas de pedágio cobradas devem ser revistas - disse, referindo-se aos sete trechos que foram a leilão no mês do chamado Corredor do Mercosul, cujos pedágios chegaram a ficar abaixo de R$ 1.
O presidente da CNT disse, ainda, que o maior problema que trava o avanço da melhoria das rodovias é a falta de gestão governamental, já que, segundo ele, não há investimentos suficientes nas estradas e a fiscalização do peso de caminhões nas rodovias é quase nula.
- Recursos, nós entendemos que tem. Falta é investir - sintetizou o executivo.
A pesquisa mostra que a qualidade das estradas brasileiras obedece ao desenvolvimento econômico de cada região. Assim, as estradas do Nordeste estão em pior estado do que as do Sul e Sudeste. Os piores corredores rodoviários estão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Fonte: JB Online

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