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O avanço das discussões sobre uma possível anistia para Jair Bolsonaro ganha força em meio ao julgamento do ex-presidente no STF e à sua prisão preventiva, movimentando intensamente o Congresso. Flávio Bolsonaro tem atuado como principal articulador da medida: após visitar o pai na Superintendência da PF, afirmou que Bolsonaro fez um pedido direto aos presidentes da Câmara e do Senado para que a anistia seja pautada com urgência. Segundo ele, o projeto precisa ser integral e sem concessões, rejeitando negociações por “dosimetria” e defendendo uma anistia “ampla, geral e irrestrita” que inclua plenamente o ex-presidente. A pressão se volta especialmente para Hugo Motta, que ainda não confirmou uma data para votação, mantendo a oposição em alerta e ampliando o clima de tensão institucional. A movimentação legislativa ocorre em paralelo ao avanço do julgamento no Supremo, ampliando o embate entre a estratégia política da oposição e os limites constitucionais. Nesse contexto, surgem questões como: até que ponto uma anistia direcionada a um único beneficiário afronta o princípio da impessoalidade? Uma eventual aprovação poderia ser contestada no próprio STF? E como o julgamento em curso influencia, ou é influenciado, por essa articulação parlamentar? |