Laerte Braga
Cícero Acaiaba contava uma história interessante. A de uma dona de bordel que preocupada com o nível de oferta do concorrente e a capacidade operacional das meninas do dito cujo, mandou sua turma fazer um curso de especialização num dos mais antigos salões de Belo Horizonte, onde orquestra ao vivo tocava até as quatro da manhã. E com muito respeito.
Cada furo no cartão custava dez tostões. Hoje o negócio anda na casa dos milhões e freqüenta salões requintados como os da globo, sob a batuta e comando do rufião pedro bial, patrono dos heróis e heroínas do bbb-9.
O custo é simples. O de uma ligação local mais os impostos.
Um desses boçais, a maioria, travestido dessa praga chamada fiscal ou guarda municipal, exercendo sua autoridade contra um camelô no Rio de Janeiro, autuou o distinto por “resistência” e ao invés do clássico “teje preso”, proclamou solene – “algema nele” –.
E o prefeito eduardo paes? E daniel dantas? Será que o camelô consegue um hábeas corpus com gilmar mendes?
Vai depender da quantidade de cachorro quente a ser ofertada à mesa posta na porta dos fundos por onde entram os fundos do embaixador da itália, nos fundos de gilmar mendes.
O jornal (jornal?) folha de são paulo sofreu uma séria recaída explícita, vale dizer a implícita estava lá sempre esteve e chamou o regime militar de “ditabranda”, num editorial em 17 deste fevereiro, para em seguida agredir os professores Maria Vitória de Mesquita Benevides e Fábio Konder Comparato
Os ditos professores estranharam a posição do jornal (jornal?) e foram vítimas da fúria de um frias qualquer com ambição de “hei chegar a roberto marinho”. Não consegue chegar a “civita”.
Interessante é que boletim psdb/fiesp/daslu se contradiz. Quanto tentou transformar-se em jornal de circulação nacional começou engatinhando passos contra a ditadura militar.
Era a época do jornal (jornal?) “sem rabo preso”, ou de “rabo preso com o leitor”.
Desde que Orson Welles fez “Cidadão Kane” todos os donos de jornais, maiores ou menores, tentam chegar lá. Uma espécie de obsessão. O cara assim assentado num trono e determinando a opinião pública.
No caso em questão, a folha de são paulo tenta vender o peixe josé serra para presidente e fatos como esse de chamar a brutal ditadura militar que se seguiu ao golpe de 1964 de “ditabranda” faz parte do esquema para qualquer emergência diante de uma eventual crise maior – a derrota da quadrilha tucana em 2010 –.
Alia-se a essa crise a própria crise em si que atinge as organizações globo onde o zum zum de demissões e corte de custos já começa a ganhar força.
O boçal que no “cumprimento do dever” gritou “algema nele” para um camelô que defendia uns trocados para sustentar a família e não tinha pago os alvarás para sustentar “fiscais” e prefeitos corruptos saiu com toda a sua autoridade em alguns telejornais mostrando a preocupação do bandido em estágio na prefeitura do Rio e disse que a partir de agora vai ser sempre assim.
Período de mudança, entressafra de propinas. Os dez por cento se já não são vinte desde os tempos de césar maia. Devem estar querendo passar para vinte e cinco ou coisa assim.
A folha de são paulo não. Essa é impávida na mentira de cada dia e no monte de infográfico, negócio inventado para confundir, para ninguém entender nada, ou classe média que adora ver avião decolar e pousar ficar sabendo das curvas ascendentes e descendentes e cortar o custo do cafezinho.
O que sei ao certo é que a dona do bordel acima mencionado investiu uma baita grana no preparo das meninas, lançou algumas novidades para a época e, em pouco tempo, ficou amiga do antigo governador paulista ademar de barros – precursor de paulo maluf, serra, fhc e outros – deitando filiais por todo o País.
O negócio prosperou, um dos primeiros a aceitar o que à época era novidade cartão de crédito – havia só o dinners club – e transformou-se em base de folha de são paulo para todos os outros concorrentes.
No caso da folha isso ainda é pretensão. globo e veja são imbatíveis, pelo menos por enquanto.
Ele deve ter confundido esse negócio de ditadura militar com ditabranda. Ditabranda dele deve ter a ver com o antigo bordel.
E se alguém chegar perto de você para explicar infográfico saia correndo antes que desgraça maior aconteça.
Parece aqueles negócios de Pastinha tentando explicar o bordel dele. Um monte de montagens e mesas de sinuca. Engraçado é que o cara nunca assistiu àquele desenho do disney sobre as tabelas possíveis segundo a mais pura matemática. Só luzes feéricas e decorador profissional.
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