Regina Bochicchio, do A TARDE
O presidente da Assembléia Legislativa (AL), Marcelo Nilo (PSDB), conseguiu apoio do PT para sua candidatura à reeleição, oficializada nesta quinta-feira, 27, em almoço no restaurante Barbacoa. Mas, ao que tudo indica, não terá a mesma resposta do PMDB no encontro que acontecerá segunda-feira, dia 1°, às 9h, com o presidente estadual da legenda, Lúcio Vieira Lima, na sede do PMDB, quando deverá pedir o apoio do partido para ser reeleito.
“Eu não sabia que esse era o assunto do encontro, mas, se for isso, eu pedirei a ele que retire sua candidatura e trabalhe junto com o PMDB, apoiando o nosso candidato”, disse Lúcio. Ele também falou que cobrará uma posição de Nilo, como chefe do Legislativo, no sentido de cumprir o conteúdo do documento que ele teria assinado, no qual se comprometia a não se candidatar à reeleição. Lúcio disse que está com o documento em mãos e o apresentará ao presidente.
O PMDB tem duas pré-candidaturas colocadas, a de Arthur Maia – que já tentou o pleito em 2007 – e a de Luciano Simões. “Eu só sou candidato porque estou com o apoio da base do governo. Vou dizer a Lúcio que tenho apoio da maioria da base do governo e que gostaria do apoio do PMDB. Tenho apoio até do líder em exercício da oposição na Casa, João Carlos Bacelar (PTN), e 80% dos deputados do DEM me apóiam”, disse Nilo durante o almoço. Segundo seus cálculos prévios, baseado em conversas com boa parte dos 63 deputados da Casa, ele, Nilo, já teria 48 votos garantidos a seu favor. A base do governo, com o PMDB, soma 41 deputados, oficialmente.
OPOSIÇÃO – Marcelo Nilo voltou a dizer que pessoalmente é contra a reeleição, o que não o impediria de concorrer ao pleito já que a regra da reeleição existe independente dele. Enfatizou, ainda, que não está sendo contraditório em relação ao documento que assinou, uma vez que se comprometeu a apoiar o candidato da base governista. No seu modo de ver, pelo desejo da maioria da Casa, seria ele mesmo esse candidato.
Nilo afirmou que merece ser reeleito porque fez um “mandato independente”. Porém o deputado Arthur Maia já disse que gostaria de ser presidente para emprestar independência à Casa. O líder do PT na AL, Paulo Rangel, tomou a palavra e revelou que há cerca de três semanas, Maia teria dito a ele que “não era mais governo”. “Ele não quer levar a Casa para a independência, mas sim para a oposição”. Procurado, Arthur Maia disse que sua posição já tratou com o líder da base. “Acho que o deputado Paulo Rangel, com esse comentário, está contribuindo muito com a unidade da base”, ironizou.
O PT tem 10 deputados que apóiam Nilo e estavam no almoço, à exceção do líder governista, Waldenor Pereira (PT), que não compareceu por questões pessoais. Apareceram os deputados Capitão Tadeu (PSB) e Adolfo Menezes (PRP), além da Executiva Estadual do PT, como Josias Gomes, junto com o presidente Jonas Paulo. Também o assessor especial do governador Jaques Wagner (PT), Nelson Simões.
Fonte: A Tarde
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