Carlo Iberê
Brasília Em apenas um movimento os tucanos capitaneados pelo líder do partido no Senado, Arthur Virgílio (AM), desarticularam os movimentos do governo para esta semana. De troco, o PSDB ainda consegue voltar ao palco e conquistar um pouco mais de holofotes em cima do III Congresso Nacional e a IX Convenção Nacional, que o partido realiza nos próximos dias 22 e 23, em Brasília, para discutir o "eixo" do seu novo programa e escolher a Executiva Nacional.
A principal articulação do governo era votar e derrubar em plenário o pedido de cassação do presidente licenciado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o que deixaria a base aliada livre para pavimentar a prorrogação da CPMF até 2011. Contava para a luta com o total empenho de um Calheiros mais livre, solto e agradecido ao PT pelos votos que o partido promete-lhe como companheiro. Em troca o alagoano garante sua propalada liderança entre diversos senadores.
Com a decisão Virgílio de só entregar seu parecer sobre o processo de cassação de Calheiros na próxima semana, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), adiou para o início de dezembro a votação. Viana, em entrevista ao JB no domingo, chegou a prever que seu aliado renunciaria ao cargo esta semana, junto com a votação, até então marcada para quinta-feira.
- A estratégia partidária e o uso do regimento fazem parte do jogo político. Não se pode subtrair o direito de um parlamentar-, comentou Viana. Em seus novos cálculos, ele acredita que no dia 28 o parecer pode chegar a CCJ, e entre os dias 4 e 5 de dezembro em plenário.
Para que o processo de Calheiros chegue à votação em plenário amanhã, o PMDB ou outro partido da base aliada tem que apresentar requerimento de urgência. Hipótese considerada pouco provável ontem em função do forte desgaste que provocaria. O próprio Palácio do Planalto não considerava a possibilidade. O Presidente acredita que ainda pode conquistar alguns tucanos para a CPMF.
Arthur Virgílio reconhece que adiou o parecer para evitar um suposto "acordão" de bastidores entre PT e PMDB. O movimento do tucano também adia a escolha, dentro do PMBD, do nome que o partido vai indicar para disputar a presidência do Senado. Os tucanos prometem ainda, continuar obstruindo a pauta de votações e assim atrasar os prazos regimentais de tramitação da CPMF e a sua data de entrada em plenário.
Fonte: JB Online
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