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quarta-feira, abril 04, 2007

RAIO LASER

Tribuna da Bahia e equipe
Coleção de impasses
As comissões técnicas da Assembléia Legislativa nunca deram tanto o que falar, e o motivo são os impasses que a elas se relacionam, sob diversos aspectos. Um deles pode, enfim, ser superado na manhã hoje, quando o presidente Marcelo Nilo terá reunião com os líderes de blocos e partidos para decidir sobre e redução do número de comissões. Atualmente são 22, entre permanentes e especiais. A proposta é sobreviverem de nove a onze, com a criação de subcomissões. O autor da proposta mais radical, Carlos Gaban (DEM), quer nove comissões por entender que, somando-se todos os líderes, vice-líderes, presidentes de comissões e outros ocupantes de cargos, já são 53 dos 63 deputados desempenhando funções. Com mais dez presidentes de subcomissões, o número fecharia justo. Para não haver acúmulo de cargos e, conseqüentemente, morosidade nos trabalhos.
Segurança passa
Outro impasse seria a instalação da Comissão de Segurança Pública. Parece que o governo já não está tão empedernido contra sua existência, admitindo-lhe o funcionamento pleno e isolado, sem anexação. Cedeu ao bom senso e ao clamor da sociedade, que vê na criminalidade e na violência o maior problema nacional. Caso isso aconteça, será, no entanto, presidida por um deputado da maioria.
Justiça adia
O terceiro impasse ainda vai rolar. A juíza Lourdes Medauar, atuando como desembargadora~substituta no Tribunal de Justiça, pediu à Assembléia mais informações para julgar o mandado de segurança impetrado pela oposição, que reclama o direito, respeitada a proporcionalidade das bancadas, de escolher alternadamente comissões de sua preferência para presidir. Os governistas empurraram goela abaixo da minoria colegiados tidos como de menor importância. Haja o que houver, o presidente Marcelo Nilo deu prazo até as 18 horas de hoje para instalação das comissões controladas pela oposição. Se isso não ocorrer, pedirá aos líderes que indiquem novos nomes.
Antenado
A interlocutores privilegiados, o governador Jaques Wagner revelou uma certa preocupação com o cenário nacional. Político de visão apurada, Wagner sabe que Lula continua em plena lua-de-mel com as classes C, D e E e tantas mais que sobrevivam e dependam do Bolsa Família, mas com a classe média a crise dos sete anos está acontecendo muito cedo, no quinto ano, e ameaça a feliz união do casal.
Iraque nele
O líder do bloco PP-PRP, Roberto Muniz, perguntou ao ministro Geddel Vieira Lima se não sentia que a transposição do São Francisco era uma bomba que lhe atiraram ao colo, podendo ser desastrosa se ao fim de quatro anos se revelasse um insucesso. Geddel se disse disposto a desarmar quantas bombas lhe caírem às mãos.
Duro de roer
Até seus mais duros críticos admitem: o secretário da Saúde, Jorge Solla, é homem de posições firmes e um osso duro de roer nas suas convicções. Se está certo de que a decisão tomada ou a medida adotada é a mais indicada para determinada situação é intransigente e resiste a tudo e a todos. O episódio dos médicos cooperativados do Estado é uma pequena mostra de como ele se porta diante de suas convicções. Para quem não lembra, foi do seu tempo no Ministério da Saúde a intervenção federal nos hospitais municipais do Rio e convicto de que era a medida mais indicada foi até o fim, apesar do esperneio do prefeito César Maia. Portanto que ninguém pense que vai demovê-lo à toa dos seus propósitos. Se está certo ou errado, o tempo haverá de dizer, mas recuar, jamais.
Briga feia
Ainda ontem, em mais uma escaramuça da batalha que trava, o secretário Jorge Solla resolveu tornar público uma carta enviada a um consagrado comunicador baiano, protestando por não ter tido espaço em sua rádio para defender suas teses na referida questão. Apesar do final polido da missiva, Solla foi duro o bastante para ter angariado para o resto da vida a inimizade do apresentador, outro que também não é de recuar em seus confrontos e sabe como ninguém infernizar a vida dos desafetos. A coisa está ficando boa.
Chumbo grosso
Pelo visto, a guerra da saúde pública no Estado está só começando e haja enfermaria e leitos para abrigar os feridos e mutilados dessa refrega. Um minucioso levantamento da passagem do secretário Solla pelo Ministério da Saúde está sendo feito pelos seus adversários e vem chumbo grosso por aí incluindo contratos anulados. Mas não é só: existem, ainda minas de solo próximo ao seu gabinete, relacionando a substituição de auditores de carreira da Sesab por gente de confiança do secretário e do seu grupo político.
Ampla e geral
Ainda dá assunto a “lei dos pastores”, que estabelecia regalias burocráticas e funcionais a ministros de confissão religiosa e que foi vetada pelo governador Jaques Wagner. O deputado Ivo de Assis (PR), ele próprio um pastor protestante, está sentido porque somente os evangélicos levaram a fama, quando a lei beneficiaria, indistintamente, pastores, padres, rabinos, babalorixás e outros professadores da fé.
CURTAS
* Ausência - Observador da cena política não deixou de registrar: as organizações não governamentais ligadas ao São Francisco, sempre presentes no passado a manifestações e audiências públicas em defesa do rio, desta vez não deram o ar de sua graça. A participação de muitos militantes no governo petista teria sido a causa. * De direito - Esta coluna nomeou ontem a deputada Antônia Pedrosa (PRP) presidente da Comissão da Mulher na Assembléia Legislativa e hoje tem de exonerá-la. Pedrosa é vice. A titular do cargo é a deputada Marizete Pereira (PMDB). Ainda hoje a comissão se reúne para traçar a pauta de atuação em 2007. Na mira, a criação de um juizado de violência doméstica e familiar, visita às delegacias de proteção à mulher e uma audiência com o governador Jaques Wagner para a implementação de pleitos. . * Cativeiro - As entidades de defesa dos autistas estão firmes na luta. A queixa agora é contra a Secretaria Estadual da Saúde, que foi notificada da existência em Salvador de cinco autistas em cativeiro e não deu retorno. * Isenção - A deputada Antônia Pedrosa (PRP) apresentou projeto propondo para a população de baixa renda a isenção do pagamento de taxa de religação de energia elétrica e de abastecimento de água. A parlamentar crê que o excesso de carga tributária “espolia a população e impede a mobilidade social”. * Fantasia - É de dar dó ver renomados colunistas nacionais, diante da crise aérea, falando em "acalmar os militares". Será que essa turma acha mesmo que no Brasil de hoje caberia um golpe por causa do tal "descontentamento nos quartéis? * Na agenda - O secretário da Segurança Pública, Paulo Bezerra, receberá às 14 horas de hoje, em seu gabinete, a Comissão de Representação da Assembléia que acompanhará o caso da “sala na SSP.

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