quinta-feira, dezembro 18, 2025

Encaminhou este email? Inscreva-se aqui para receber mais. Mais uma dose e Bolsonaro sai da prisão

 

Arte: Marcelo Chello

E não é que a dosimetria andou no Senado? Agora Bolsonaro já pode ficar feliz que a pena de prisão real pode cair para menos de três anos. Não é assim nenhuma anistia, mas é menos da metade do que a pena atual de reclusão. Já está no lucro. (Mas a pena total ainda será de mais de 20 anos, pelas estimativas).
Ah, Tixa, mas o Lula vai vetar. Será que veta mesmo, darling? Vamos às notícias que o dia está cheio.

Basicamente, o Sérgio Moro e o Jaques Wagner foram os senadores que salvaram a aprovação da dosimetria no Senado ainda neste ano. O Moro foi quem apresentou uma emenda para mudar a redação do projeto de lei que veio da Câmara, mas sem alterar a essência. Assim, a redução de penas vai ser aplicada só ao povo do 8 de Janeiro e não a outros criminosos (porque o texto original era uma festa). E como foi usada a tal emenda de redação sem alterar a essência, o texto não precisará voltar à Câmara e vai direto à sanção ou veto do Lula.

E o Jaques Wagner, do PT, que é o líder do governo no Senado, facilitou o andamento do projeto para destravar a pauta de economia do governo, mas garantiu que fez isso da cabeça dele e não falou com o presidente Lula nem com a Gleisi “Narizinho” Hoffmann. Ah, tá!

É aqui que vem a dúvida sobre o veto de Lula. A Gleisi “Narizinho” Hoffmann, que faz a articulação do governo no Congresso, garantiu que Lula vai vetar. Mas ficam as várias dúvidas. Por que Jaques Wagner deu essa facilitada na tramitação? O governo do Trump diz que tirou Xandão da Magnitsky porque essa lei da dosimetria andou no Congresso brasileiro, vai o Lula agora vetar e reabrir a discussão? E vai vetar já sabendo que vai cair o veto no Congresso? E se Lula resolver fazer um gesto dizendo que está sendo generoso com Bolsonaro?

Lembrando que Bolsonaro seguirá tendo que ficar na prisão, sua pena total continuará sendo grande e ele continuará inelegível por oito anos. E, sem contar que a redução da pena ainda dependerá de uma nova decisão suprema para estabelecer uma nova pena com base na nova lei.

Aff!!! Estou só especulando, BRASEW. O Lula que lute agora com essa lei.

Beijo, me liga

Lula chamou os ministros para a campanha na última reunião ministerial do ano. E lembrou que está na hora de eles falarem do governo Lula e não só deles.

Mas a surpresa do dia foi a demissão do Sabino (o ministro do Turismo que foi expulso do União Brasil porque queria ficar ao lado do Lula e fazer a COP30 que foi no Pará, o estado do ministro). Faz uma semana que ele foi expulso do União Brasil!!!

Ele disse que não tem problema sair do governo, porque agora vai cuidar da sua campanha ao Senado pelo Pará e ajudar a campanha de Lula por lá, e que o importante é Lula ter governabilidade.

O povo está dizendo que Lula vai trocar o ministro para fazer um aceno para a base do União Brasil que ainda vota com Lula. E escolheu Gustavo Feliciano, filho do deputado Damião Feliciano (União Brasil da Paraíba), para fazer um agrado a Hugo Motta, o atual dono da Câmara Frigorífica, e que é aliado do tal Feliciano.

Enfim, política.

Ciro diz que Tarcísio já era

Ciro Nogueira, que já chegou a lançar Tarcísio presidente, agora anda dizendo nos corredores do mercado financeiro que não tem jeito: o candidato será Flavitcho Bolsonaro, e Tarcísio vai concorrer à reeleição em São Paulo mesmo.
E o Flavitcho foi almoçar com empresários e já disse que seu governo vai ser na base Bukele. Ele ainda foi encontrar o Pablo Marçal para pedir ajuda na campanha. Se segura, BRASEW, que lá vem chumbo.

Para os perdidos. Bukele é o presidente de El Salvador conhecido por fazer encarceramento em massa e, no meio do caminho, violar um monte de direitos humanos. Mas os índices criminais do país caíram, e é aí que Flavitcho vai direcionar o discurso.

Marco Temporal

O STF disse “não” (de novo) ao Marco Temporal das terras indígenas.
Derrubou a Lei 14.701 de 2023 e matou a tentativa do Congresso de ressuscitar a tese no pós-1988.
A Corte reafirmou: direito indígena é originário, não cabe data de corte.
Gilmar poupou penduricalhos da lei, mas arrancou o coração dela.

Agora o Centrão aposta tudo na PEC, a proposta de emenda à Constituição que já passou no Senado. A treta é a seguinte: o Supremo tinha derrubado o Marco Temporal. O Congresso foi lá, na sequência, e fez uma lei para confrontar a decisão suprema. Agora o Supremo derrubou a lei. E agora o Congresso quer alterar a Constituição. A próxima treta é o Supremo dizer que essa é uma cláusula pétrea e nem uma PEC resolve. Viu? É Congresso e Supremo já preparando a próxima treta.

E eu vou nessa, BRASEW, que a sexta-feira nos aguarda.

Em destaque

Anistia disfarçada não é lei: é afronta à Constituição e ao eleitor

Ver essa foto no Instagram Um post compartilhado por Canal UOL (@canaluol) Os vídeos em que o senador  Renan Calheir...

Mais visitadas