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Manuela D’Ávila, uma das figuras mais conhecidas da política de esquerda no Brasil, anunciou sua desfiliação do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), onde permaneceu por mais de duas décadas. Desde a juventude, Manuela se destacou pelo engajamento, e aos 23 anos, se tornou a vereadora mais jovem eleita em Porto Alegre, representando o PCdoB. No entanto, após anos de militância, a relação chegou ao fim.
A decisão de deixar o partido não foi fácil e refletiu divergências cada vez mais intensas, especialmente em torno da criação da Federação Brasil da Esperança — uma aliança entre PT, PV e o próprio PCdoB.
Manuela via a federação como uma ameaça à autonomia do partido, temendo que a sigla perdesse voz e relevância nas decisões políticas. “Foi como um divórcio muito doloroso”, descreve Manuela, reconhecendo que o partido lhe deu “régua e compasso” ao longo de sua trajetória, mas que diferenças fundamentais tornaram o afastamento inevitável.
Agora, sem filiação partidária, Manuela reflete com liberdade sobre a esquerda brasileira, afirmando que essa pluralidade precisa ser mais reconhecida representada para que uma unidade seja realmente eficaz. Ela critica a ideia de que a esquerda deve evitar discussões sobre suas próprias pautas por medo de fortalecer o bolsonarismo.
“Será que estamos
permitindo que a extrema direita fale por nós? Precisamos iluminar nossos próprios valores e discutir temas importantes, como a violência contra as mulheres e a dignidade feminina”, defende.
Desde que deixou os cargos públicos, em 2019, Manuela se dedicou ao setor privado, fundando a consultoria D’Ávila & Schaidhauer, onde trabalha como estrategista para campanhas de esquerda, escolhendo clientes que se alinhem a seus ideais.
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