Praça do Forró
Jeremoabo à Beira do Colapso: Descaso, Omissão e Impunidade
Passadas as eleições municipais, a rotina política de Jeremoabo parece mais um cenário de descaso generalizado. Os vereadores, que deveriam fiscalizar e representar os interesses da população, se limitaram a aprovar aumentos em seus próprios jetons e, desde então, desapareceram. A omissão é gritante, enquanto o prefeito derrotado se ocupa em acabar com os últimos vestígios de infraestrutura e organização que restavam na cidade.
A destruição do patrimônio público
O Parque de Exposições, que já foi símbolo de eventos importantes e de celebração comunitária, foi demolido sob a justificativa de um "reordenamento" que nunca se concretizou. A ação, amparada pelo silêncio dos vereadores e pela falta de fiscalização, deixou um vazio físico e emocional no município. Não satisfeito, o atual gestor partiu para a Praça do Forró, um espaço de convivência e cultura que foi completamente desmontado, até mesmo os tijolinhos sumiram. É um verdadeiro escárnio com o patrimônio público.
Enquanto isso, o cenário nas ruas reflete um desleixo ainda maior. Muitos estabelecimentos, principalmente na antiga Praça do Forró, invadem as vias públicas com construções irregulares, tomando para si o que é de todos. A ausência de fiscalização permite que essas ações se multipliquem, transformando áreas públicas em extensões privadas sem qualquer controle ou punição.
O mistério dos paralelepípedos e outros bens públicos
O povo de Jeremoabo questiona: para onde estão sendo levados os paralelepípedos removidos da área externa e interna do Colégio São João Batista? O destino dos materiais retirados levanta suspeitas, especialmente porque casos semelhantes já ocorreram. Mourões e ripões, pertencentes ao município, desapareceram sem explicação, e até hoje ninguém foi responsabilizado.
A população, cada vez mais indignada, se pergunta: será que esses materiais também estão sendo desviados para os mesmos destinos obscuros? A sensação de impunidade é avassaladora. Em uma cidade onde o patrimônio público é tratado como propriedade privada por aqueles que deveriam zelar por ele, a indignação cresce e a confiança nas autoridades se esvai.
O que esperar do futuro?
Com a proximidade da posse do novo prefeito, Tista de Deda, o temor é grande: será que ele encontrará ao menos o prédio da prefeitura de pé? A destruição simbólica e material promovida pela gestão atual parece não ter limites. É urgente que os novos gestores, juntamente com a sociedade, iniciem um processo de reconstrução não apenas física, mas também moral, da cidade.
Jeremoabo pede socorro. O desgoverno, a omissão e a impunidade precisam ser enfrentados com seriedade e determinação. Somente assim, será possível resgatar o orgulho e a dignidade do município, devolvendo ao povo o que lhe pertence por direito: uma cidade organizada, justa e funcional.