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terça-feira, junho 28, 2022

PT pede quebra de sigilo de dados e telemático de Castello Branco, ex-presidente da Petrobras

 


Ex-presidente da Petrobras diz que celular tinha mensagens que incriminam  Bolsonaro - Antropofagista

Castello Branco aproveitou e chamou Bolsonaro de psicopata

Malu Gaspar e Johanns Eller
O Globo

Senadores de oposição protocolaram nesta terça-feira (28) uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a quebra de sigilo de dados e telemático de Roberto Castello Branco, que presidiu a Petrobras entre 2019 e 2021, e do celular funcional de Jair Bolsonaro.

No último sábado, o site Metrópoles divulgou uma troca de mensagens entre o executivo e o ex-presidente do Banco do Brasil Rubem Novaes, em uma lista de economistas do WhatsApp, na qual Castello Branco, demitido após intensa fritura pública instigada por Bolsonaro, declarou ter devolvido seu celular corporativo à estatal com conteúdos que incriminariam o presidente.

CELULAR INTACTO – No diálogo, o ex-presidente da Petrobras não detalha que tipo de crimes seriam comprovados pelo histórico do dispositivo, mas assegura ter devolvido o aparelho “intacto”, com mensagens e áudios que comprometeriam o presidente da República.

Na mensagem, Castello Branco chega a chamar Bolsonaro de “psicopata” por alimentar teorias conspiratórias sobre o setor energético brasileiro.

A notícia-crime contra Castelto Branco e Bolsonaro é assinada pelos senadores petistas Paulo Rocha (PA), Humberto Costa (PE), Fabiano Contarato (ES), Jaques Wagner (BA), Jean Paul Prates (RN), Paulo Paim (RS) e Rogério Carvalho (SE).

GRAVES FATOS – A notícia-crime solicita a quebra do sigilo “para fins de apuração de graves fatos que indiciam, em tese, incursão em crimes de responsabilidade e possíveis crimes contra a administração pública”.

Os senadores afirmam ainda que o conteúdo das conversas coloca em xeque a governança interna e o compliance da Petrobras. A peça também pede que a Procuradoria-Geral da República (PGR) seja intimada a oferecer denúncia contra Bolsonaro, que detém foro privilegiado.

Procurado, o economista Roberto Castello Branco disse que não faria comentários sobre o caso.

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