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quinta-feira, junho 30, 2022

Piada do Ano! Bolsonaristas dizem que assédio na Caixa não tira votos, mas evita crescimento

Publicado em 30 de junho de 2022 por Tribuna da Internet

Irritado, Bolsonaro distribui respostas estúpidas após avalanche de críticas - Correio do Brasil

Bolsonaro demorou a demitir Guimarães e se complicou

Valdo Cruz
G1 Brasília

As denúncias de assédio sexual na Caixa Econômica Federal, que derrubaram o presidente do banco, Pedro Guimarães, não devem tirar votos do presidente Jair Bolsonaro, mas vão dificultar a conquista de novos votos, principalmente entre as mulheres.

A avaliação é de integrantes da campanha de reeleição do presidente da República, que defendiam uma demissão sumária do auxiliar de Bolsonaro, e não um pedido de demissão.

MELHORAR A IMAGEM – Aliados do presidente no Centrão consideravam o caso de assédio sexual na Caixa, do qual é acusado Pedro Guimarães por funcionárias da instituição, uma oportunidade para Bolsonaro tentar melhorar sua imagem junto ao eleitorado feminino, que tem uma forte rejeição ao chefe do Executivo Federal.

Por isso, defendiam que o presidente da Caixa fosse demitido, com o presidente se posicionando publicamente em defesa das funcionárias do banco, mesmo com a ressalva de que Pedro Guimarães tem direito a se defender. Mas aconteceu exatamente o contrário. Bolsonaro ficou em silêncio sobre o caso até agora e aceitou que o seu auxiliar pedisse demissão, divulgando antes uma carta se defendendo e afirmando que as acusações não são verdadeiras.

ALA IDEOLÓGICA – Acabou vencendo a ala ideológica, que apoia Pedro Guimarães, que sempre se colocou em defesa das teses defendidas por esse grupo dentro do governo. Guimarães se transformou num dos assessores mais próximos do presidente da República, chegando a articular uma tentativa de ser o candidato a vice na chapa de Bolsonaro na eleição deste ano.

Para aliados de Bolsonaro no Centrão, a opção do presidente pela ala ideológica é um erro.

Se o seu grupo fiel de eleitores não deve abandoná-lo por causa das acusações de assédio sexual, o presidente acaba ficando preso à sua bolha, dificultando a conquista de novos apoios, principalmente entre as mulheres.

SEGUNDO TURNO – Sem conseguir ampliar sua intenção de voto, Bolsonaro pode ir até para o segundo turno, mas não ganha a eleição, alertam interlocutores dele no Congresso.

Os integrantes da ala ideológica saem em defesa do presidente argumentando que ele não é o acusado, mas sim Pedro Guimarães, e por isso não pode ser penalizado por causa do episódio.

Mas a ala política rebate esse argumento dizendo que o presidente tem uma imagem ruim com as mulheres, por causa do seu estilo agressivo, machista e truculento, e que condenar o caso da Caixa seria uma oportunidade para amenizar essa avaliação do público feminino.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A campanha de Bolsonaro parece estar sendo dirigida pelos Trapalhões. É como se houvesse um movimento interno para inviabilizar a reeleição. (C.N.)


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