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quinta-feira, dezembro 16, 2010

Polícia pede acesso a dados de blogueiro

Margarida Neide/Agência A TARDE
No dia 20 de agosto, João Andrade Neto assinava documento para deixar a prisão
Marcelo Brandão e Felipe Amorim l A TARDE

A polícia solicitou à Justiça a quebra dos sigilos bancário e fiscal do blogueiro João Andrade Neto, proprietário do site Pura Política, assim como das outras 19 pessoas e de oito empresas suspeitas de participar de um esquema de lavagem de dinheiro.

Os investigadores querem rastrear o destino dos cerca de R$ 10 milhões do contrato de locação de veículos entre a Prefeitura de Salvador e a empresa pernambucana LC Construções e Participações, suspeita envolvimento.

A delegada Gabriela Macedo, que comanda as investigações contra Andrade, ingressou com os pedidos de quebra de sigilo junto ao juízo da 9ª Vara Criminal, em novembro. O juiz Edmundo Lúcio da Cruz ainda não decidiu se concede os mandados para a Receita Federal fornecer os dados fiscais e para os bancos entregarem a movimentação financeira dos suspeitos. No mesmo processo, Andrade e o funcionário Cléber Lins Teixeira respondem a acusações de extorsão a empresários, desde agosto deste ano.

Empresas - As solicitações de quebra de sigilo são contra as empresas K 9 – Comunicação, Marketing e Engenharia Ltda., Nove K – Representação Ltda., MCI – Maiorca Soluções Ltda, LC - Construções e Incorporação Ltda., DR 3 – Construtora e Incorporadora Ltda., Embac – Empresa Baiana de Construção Ltda., TPC Construções Ltda e Felling.

Entre as 19 pessoas estão a mulher de João Andrade, Kenia Débora Gomes Lima Andrade, e as cunhadas dele Eva Gomes Lima, Carla Regina Gomes Lima, Manoel Andrade Lima Sobrinho, além do filho do blogueiro, Breno Lima Andrade. Empresários suspeitos, como Stellio de Barros Lira e Stellio de Oliveira Lira – sócios da empresa pernambucana LC Construções, e os proprietários da MCI, Cláudio Vasconcelos dos Santos e Luciano da Silva Gomes, também tiveram pedidos de quebra de sigilo feitos à Justiça.

Os pedidos de quebra de sigilo foram baseados em indícios contra os suspeitos, descobertos pelas análises de documentos na sede das empresas, quando João Andrade Neto foi preso, em agosto deste ano. O resultado da análise financeira e patrimonial dos suspeitos conta de um relatório do Laboratório contra Lavagem de Dinheiro (LAB- LD), da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública.

Legalidade de contratos - A Prefeitura de Salvador afirmou nesta quarta-feira, 15, que o contrato com a empresa pernambucana LC Construções e Incorporações foi encerrado em setembro último, após a contratação de outra empresa para o aluguel de veículos de uso das secretarias municipais.

Em nota enviada a A TARDE, a prefeitura defende a legalidade do contrato: “A LC venceu outras quatro concorrentes por ter apresentado o menor preço e atestou estar em consonância com as regras gerais exigidas no edital”.

Quanto aos anúncios no site Pura Política, a prefeitura defende que tudo ocorreu “dentro de critério de publicidade institucional adotado para todos os blogs”.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A TARDE desta quinta-feira

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