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terça-feira, dezembro 02, 2008

Deputados discutem o fim da reeleição

FÁBIO SCHAFFNER
Gestada entre o Palácio do Planalto e o gabinete do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), a proposta de fim da reeleição e de mandato de cinco anos para o Executivo será o carro-chefe da reforma política que volta a ser discutida a partir de amanhã na Câmara.
Cunha é autor de um parecer sobre a reforma que deverá substituir mais de 50 propostas sobre o assunto. Se o texto do deputado for aprovado, será criada uma comissão especial para discutir temas como fim da reeleição, voto em lista e financiamento público de campanha. O fatiamento da reforma foi a estratégia escolhida pelo governo para tentar viabilizar a aprovação da matéria no primeiro semestre do ano que vem. Dessa forma, as principais mudanças teriam vigência já nas eleições de 2010.
A escolha do fim da reeleição como tema inaugural irritou a oposição. Tucanos e democratas alegam suspeitar de uma manobra governista para aprovar um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou a prorrogação de seu governo até 2012. Uma reunião na manhã de hoje irá traçar a estratégia para tentar derrotar o governo.
- Se querem fazer a reforma política, por que não começaram com um tema menos polêmico? Não confiamos no PT para discutir esse assunto agora - avisou o líder do DEM, deputado ACM Neto (BA).
Mandato de cinco anos será para depois de 2010, diz líder
Principal defensor de um terceiro mandato para Lula, o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) diz ter descartado a idéia. Ele não esconde, porém, simpatia pela prorrogação dos atuais mandatos até 2012, quando se realizariam eleições gerais. Segundo Devanir, o atual sistema aprisiona os políticos ao calendário eleitoral, prejudicando o país.
- A oposição está no papel dela, mas o Congresso tem muita hipocrisia. Com eleição de dois em dois anos, estamos sempre pensando na campanha seguinte - diz Devanir.
Segundo, o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT), o governo irá se esforçar para que a gestão de cinco anos seja aprovada já para os eleitos em 2010.
Fonte: Zero Hora (RS)

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Teses lunáticas de Trump sobre Groenlândia lembram Putin sobre Ucrânia Publicado em 12 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet FacebookTwitterWhatsAppEmail Groenlândia: a reação da Europa às ameaças de Trump de anexar território - BBC News Brasil Desse jeito, Trump está para lá de Marrakesh, diria Caetano João Pereira Coutinho Folha Nosso tempo é marxista. Falo de Groucho Marx, não do tio Karl. “Esses são meus princípios, mas se você não gosta deles eu tenho outros”? Precisamente. Donald Trump é o grande inspirador dessa moda. Ainda não está na Casa Branca, mas o mundo ao redor já marcha ao som da música. Mark Zuckerberg é um caso: antes da eleição de Trump, a defesa da democracia implicava moderação de conteúdos “problemáticos” no Facebook. Agora, com a eleição de Trump, a democracia se defende com o fim da moderação —ou, melhor ainda, entregando essa moderação aos usuários, como acontece no X de Elon Musk. MALEABILIDADE – Se, por hipótese, os democratas retornarem em 2028, é provável que Zuckerberg imponha a censura mais uma vez, em nome do mesmo conceito elástico de democracia que ele tem na cabeça. Mas notável é a reação do auditório à ambição do Donald de comprar, ou até conquistar, o território autônomo da Groenlândia, atualmente parte da Dinamarca. É uma questão de segurança nacional, disse ele. Uma “necessidade absoluta”. Entendo. A importância geoestratégica, comercial e energética do território é imensa, sobretudo quando a China e a Rússia andam a rondar por aquelas bandas. Se, e quando, a Groenlândia se tornar independente da Dinamarca, Trump quer ser o primeiro da fila a espetar a sua bandeira, deixando a concorrência chinesa e russa a distância. FALTA COERÊNCIA – Mas como explicar as suas ameaças sobre o assunto? Os opositores da invasão russa da Ucrânia têm aqui um problema de coerência: os argumentos usados por Trump são semelhantes aos usados por Putin para justificar a sua “operação militar especial” na Ucrânia. Se Washington não quer a Rússia ou a China na vizinhança, por que motivo Moscou toleraria a Otan? Para os apoiantes da invasão russa da Ucrânia, outro problema de coerência: como tolerar Putin e criticar Trump quando ambos falam a mesma linguagem? Perante tanto marxismo de tendência Groucho, talvez o melhor seja não mudar de princípios. Defender a liberdade de expressão implica defender essa liberdade para opiniões contrárias, absurdas ou até tóxicas, não um convite à censura prévia de “moderadores” ideologicamente motivados. E OS CRIMES? – Naturalmente que há conteúdos inegavelmente criminosos, que cumpre às plataformas excluir (ameaças terroristas, pornografia infantil etc.). Como cumpre ao sistema judicial investigar e punir delitos cometidos online (calúnias, crimes contra a honra etc.). Mas o ponto de partida da discussão sobre a liberdade de expressão deve ser o mais neutro possível, precisamente para evitar o contorcionismo deprimente e cínico de figuras como Zuckerberg. O mesmo vale para ambições militares que desrespeitam a soberania e a integridade territorial de outros estados. O futuro da Groenlândia, tal como o futuro da Ucrânia, deve depender da vontade do seu povo, não de ocupações criminosas de outras potências. As palavras mais lunáticas de Trump sobre a Groenlândia são tão repugnantes como as de Putin sobre a Ucrânia. A defesa de um mundo livre se faz com amigos e aliados, não com inimigos e escravos. Publicado em Geral | Deixe um comentário |

Publicado em 12 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Desse jeito, Trump está para lá de Marrakesh, dir...

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