Reunião da Comissão de Relações Exteriores do Senado para sabatinar futuros embaixadores
Senadores devem aguardar Lula indicar nomes em 2023 para fazer as sabatinas e analisar as indicações
Por Levy Guimarães
O Senado adiou para 2023 a análise de indicações do presidente Jair Bolsonaro para embaixadas consideradas estratégicas. Nomes que seriam analisados para as embaixadas de Argentina, Portugal e Vaticano não serão mais sabatinados e levados à votação na Casa.
Nesta semana, os senadores fazem o chamado “esforço concentrado” em Brasília para a avaliação de indicações do Poder Executivo para cargos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), agências reguladoras e embaixadas no exterior. No caso de embaixadores, os indicados são sabatinados pela Comissão de Relações Exteriores do Senado e votados pelo plenário.
No entanto, a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva fechou um acordo com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da comissão, Esperidião Amin (PP-SC), além do atual ministro das Relações Exteriores, Carlos França, para que não fossem sabatinados os três nomes.
Os senadores devem aguardar que em 2023, Lula indique os diplomatas para as embaixadas de Argentina, Portugal e Vaticano, para que na próxima legislatura eles passem pelo crivo do Senado. Os cargos são considerados estratégicos para a política externa do país, devendo ser ocupados por nomes de confiança do governo em vigor, avalia a equipe de transição.
A Argentina é o principal parceiro comercial do Brasil, além de ter como presidente um dos principais aliados de Lula na América do Sul, Alberto Fernández. Portugal e Vaticano são tidas como duas das principais embaixadas na Europa.
Nesta quarta-feira (23), o Senado aprovou indicações de Bolsonaro para as embaixadas de Vietnã, África do Sul, Líbano, Guatemala, Costa Rica e Tanzânia (valendo também para Seychelles e Comores) . Na terça (22), foram aprovados os embaixadores para na Tunísia, Mauritânia, Guiné Equatorial, Jordânia e Sudão.
O Tempo