Publicado em 26 de novembro de 2022 por Tribuna da Internet
Renato Alves
O Tempo
O deputado federal Major Vitor Hugo (PL-GO) apresentou, nesta quinta-feira (25), um projeto de lei que anistia manifestantes e financiadores dos protestos contra eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que começaram com bloqueios de rodovias, após as urnas darem vitória ao petista, e resultaram em acampamentos ao redor de quartéis do Exército que persistem até hoje.
Ele considera importante o projeto, porque, além de interromper o trânsito em vias públicas, os manifestantes pedem anulação do pleito e intervenção militar, o que é inconstitucional.
ACELERAR A VOTAÇÃO – Para acelerar a tramitação do seu projeto, o deputado bolsonarista recolhe assinaturas para evitar os debates nas comissões da Câmara dos Deputados. Para isso, seria necessário obter o apoio de, ao menos, 257 dos 513 parlamentares.
Um dos mais fiéis aliados de Bolsonaro no Congresso, Vitor Hugo, que foi líder do governo na Câmara, naufragou na tentativa de assumir o Governo de Goiás.
Apesar do apoio do presidente, que fez forte campanha para o deputado, ele terminou em quarto lugar na corrida eleitoral vencida em primeiro por Ronaldo Caiado, reeleito governador.
DIZ O PROJETO – No texto apresentado ao plenário da Câmara dos Deputados para anistiar bolsonaristas, Vitor Hugo sugere o perdão a “manifestantes, caminhoneiros, empresários e todos os que tenham participado de manifestações nas rodovias nacionais, em frente a unidades militares ou em qualquer lugar do território nacional” entre o dia 30 de outubro e a data em que a lei, caso seja aprovada, entrar em vigor.
A anistia também compreenderia “o financiamento, a organização e o apoio de qualquer natureza, além das falas, comentários ou publicações em redes sociais ou em qualquer plataforma na rede mundial de computadores (internet)”. As exceções seriam apenas para casos de “crimes contra a vida, contra a integridade corporal, de sequestro ou de cárcere privado”.
Na justificativa do projeto, Vitor Hugo afirma que as manifestações são legítimas e conduzidas espontaneamente por cidadãos indignados pela forma como se deu o processo eleitoral neste ano – ele não apresenta prova de qualquer irregularidade. Para ele, inclusive, não se tratam de atos golpistas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Ainda bem que o major não se elegeu. Esse tipo de deputado não interessa ao Congresso Nacional. Como anistiar baderneiros que incendiaram uma concessionário e três carretas cujos caminhoneiros tentaram romper o bloqueio? Quem vai pagar os prejuízos desses brasileiros que somente tentavam fazer seu trabalho honestamente? Quanto a isso, ninguém se preocupa, é claro. (C.N.)