Denise Rothenburg
Correio Braziliense
A Frente Parlamentar Evangélica não gostou de ver o presidente eleito dizendo que poderia responsabilizar pastores por mortes na pandemia. Uma nota assinada pelo coordenador da FPE, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), mostra a revolta das bancadas evangélicas.
Os parlamentares consideraram a fala de Lula “um claro intuito de perseguir preconceituosamente a comunidade evangélica, visto que não se referiu a nenhuma outra organização religiosa, sindical ou a qualquer outro segmento da sociedade que defende a ampla liberdade de escolha de seus integrantes”, diz o texto.
CASO ASSUMA… – A nota inclusive conclama os evangélicos a refletir sobre os fundamentos e princípios que nortearão a República, “caso Lula assuma e permaneça” na Presidência.
Se já está difícil o futuro governo conseguir uma maioria folgada que aprove uma PEC, como a da transição com tudo o que o governo deseja, imagine agora, depois dessa reação da bancada.
A avaliação geral é a de que Lula tem que descer do palanque a passar a falar como presidente eleito, buscando agregar e não cobrar ou ameaçar segmentos. Até aqui, enquanto a PEC é discutida no Senado, o clima na Câmara periga azedar antes mesmo de o texto começar a tramitar.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O problema é que Lula está se sentindo o máximo. Já marcou uma série de viagens internacionais que nada têm a ver com interesses comerciais e diplomáticos do país. Acha que vai se tornar o político mais importante do mundo. Quando acordar do sonho e perceber que é apenas um ex-presidiário, que ganhou uma segunda chance para evitar a reeleição de Bolsonaro, pode ser tarde demais. (C.N.)