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segunda-feira, janeiro 03, 2022

China ultrapassa EUA na produção científica e nada indica que um apagão esteja próximo

Publicado em 3 de janeiro de 2022 por Tribuna da Internet

ARIONAURO CARTUNS - Blog do Cartunista Arionauro: Charge Disputa Comercial  Estados Unidos China

Charge do Arionauro (Arquivo Google)

Hélio Schwartsman
Folha

Pela primeira vez, a China superou os EUA em produção científica. Em 2020, instituições chinesas publicaram 788 mil artigos contra 767 mil das americanas. É possível relativizar esse dado. A China tem uma população quatro vezes maior que a americana, de modo que a produção per capita dos EUA ainda é superior.

A China também não tem ganhado tantos prêmios Nobel quanto os EUA, o que faz supor que, nas áreas mais relevantes, os americanos liderem. Tudo isso é verdade, mas o fato, insofismável, é que a ciência chinesa vem evoluindo de forma robusta. Nada indica que um apagão esteja próximo.

LIBERDADE – A questão é relevante para os economistas liberais, particularmente os da escola institucionalista. Para eles, o crescimento sustentável só é possível quando as instituições políticas de um país são inclusivas e seus cidadãos gozam de liberdade para decidir o que farão de suas vidas e recursos.

Isso ocorre porque a prosperidade duradoura depende de um fluxo constante de inovações, que resulte em ganhos de produtividade.

Ainda segundo os institucionalistas, regimes autoritários, como o chinês, não asseguram a liberdade necessária para que o binômio ciência e tecnologia se desenvolva.

HÁ DÚVIDAS – É possível que tais economistas, entre os quais se destacam Daron Acemoglu e James Robinson, tenham razão e que a China, por um déficit de liberdade, não consiga manter o ritmo. Já vimos ditaduras colapsarem porque ficaram para trás na corrida tecnológica.

O caso mais notório é o da URSS, que, embora tenha chegado a liderar a ciência espacial, não foi capaz de manter-se competitiva em outras áreas, com reflexos na economia.

Mas não dá para descartar a hipótese de que os institucionalistas estejam errados. Não me parece em princípio impossível para um regime assegurar as liberdades necessárias para manter a ciência e a economia funcionando sem estendê-las à política. Ditaduras podem se reinventar.

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