Deodato Alcântara, do A Tarde*
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Ainda sob efeito da denúncia de suposta venda de sentenças do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), envolvendo um desembargador (cujo nome vem sendo mantido em sigilo em respeito a dispositivo constitucional) e seu filho, a Justiça baiana viveu dia agitado, nesta sexta-feira, 5, com a denúncia de mais dois suspeitos no processo relativo à Operação Janus.A investigação do Ministério Público, que já resultou em nove pedidos de prisão preventiva, com seis detidos, tem mais dois envolvidos – os advogados Orlando Imbassahy da Silva Filho e Abílio Freire de Miranda Neto – com denúncia acatada pela Justiça. Miranda Neto é coordenador da Organização de Proteção e Defesa do Consumidor da Bahia e ex-presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados (OAB-BA).A juíza Liz Rezende de Andrade, da 2ª Vara Especializada Criminal, quebrou o sigilo judicial do processo relativo à Janus (com exceção dos diálogos das escutas telefônicas) e determinou que cópia de parte dos autos fossem encaminhadas à presidente do TJ-BA, desembargadora Sílvia Zarif, e para o procurador-geral de Justiça, Lidivaldo Reaiche de Britto, para que ambos apurem, por meio de suas corregedorias, respectivamente, o suposto envolvimento de juízes e promotores nos crimes perpetrados pela organização crimininosa supostamente liderada pelos advogados Abdon Antônio Abbade dos Reis, 45 anos, e o sócio Cláudio Braga Mota, 34, com prisões decretadas e foragidos.CITAÇÕES - Com sigilo quebrado, depoimentos e outras partes do processo já estão chegando ao conhecimento público, como alguns dos nomes citados pelos investigados. Há nomes de pelo menos quatro ex-presidentes do TJ-BA e da atual, desembargadora Sílvia Carneiro Zarif, que nega qualquer envolvimento e informa que o procurador-geral da República arquivou a parte do processo que trata da citação dos desembargadores nas gravações.Há, ainda, supostas autoridades tratadas por pseudônimos, – como um desembargador que seria conhecido como Príncipe – e parentes usados para lobbys junto aos magistrados. Os depoimentos trouxeram à tona a rivalidade no grupo denunciado, quase sempre por causa de volumosas quantias de dinheiro.DEFESA – O denunciado Orlando Imbassahy, suspeito de exploração de prestígio – receber ou solicitar dinheiro em troca de influenciar em processos na Justiça – defendeu-se, alegando que a denúncia deve-se ao seu “envolvimento acidental com Olegário Sena e Eliane Luna” (o primeiro preso e a segunda foragida).Ele disse desconhecer a situação de Olegário, um estagiário que se passava por advogado: “Ele se apresentou a mim e também a todos que o conheciam como advogado”. Também explicou que foi chamado a atuar no processo do petroleiro Carlos Antônio Pereira, acusado de pedofilia, em Lauro de Freitas (Grande Salvador), por um advogado que residia no município. Como Olegário morava na mesma região, Orlando diz que pediu a ele que fosse tomar conhecimento do processo.“Quando atuávamos no caso, Eliane Luna telefonou para Olegário para cobrar o recebimento de dinheiro. Até então, nunca tinha falado com ela”, garantiu. “Ela ligou para Olegário e ele me passou o telefone. Não sei o que acertaram e foi o único contato que tive com ela”.O advogado diz que o MP já o teria investigado “durante um ano e meio, sem encontrar qualquer indício de envolvimento”. Quando o processo foi enviado à 2ª Vara Criminal, o nome dele teria sido novamente incluído – “mesmo após descartada minha participação pelo MP”.A TARDE procurou, na noite desta sexta-feira, mas não conseguiu localizar o suspeito Abílio Freire de Miranda Neto. *Colaborou Aguirre Peixoto
Fonte: A TARDE
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