quarta-feira, outubro 22, 2025

Delegado Shor erra de novo e deve ser incriminado na Lei Magnitsky

Publicado em 22 de outubro de 2025 por Tribuna da Internet

Delegado da PF relata “recado de intimidação” após indiciar Bolsonaro

Shor acusa Felipe Martins, que provou ser inocente

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O delegado da Polícia Federal Fábio Shor encaminhou documento ao ministro Alexandre de Moraes em que afirma haver “a possibilidade de que integrantes da ‘organização criminosa’ tenham se utilizado do procedimento migratório diferenciado relacionado a comitivas de chefes de Estado para simular uma falsa entrada de Felipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, em território americano”.

 A PF ainda comparou o caso a práticas atribuídas à chamada “milícia digital”, sob investigação no STF, apontando o uso da internet por “influenciadores e advogados para propagar informações falsas e desacreditar autoridades”.

DELEGADO FACCIOSO – A defesa de Martins reagiu ao pedido. Em nota, os advogados afirmaram que o ofício da PF é “um documento que, sob a aparência de relatório técnico, é na verdade uma tentativa de criminalizar a advocacia, a imprensa e a cidadania”.

Segundo a defesa, o delegado responsável pela “investigação” teria “ultrapassado todos os limites que separam do arbítrio o Estado de Direito”.

Para os advogados, o relatório representa “uma tentativa desesperada de autopreservação” e “confissão de culpa”. “Quando o Estado precisa demonizar quem faz perguntas, é porque não tem resposta”, diz o texto.

DESVIO DE FINALIDADE – Eles também acusam o delegado de “negligência” e “desvio de finalidade”, afirmando ainda que a prisão de Filipe Martins, em fevereiro de 2024, teria sido utilizada “como método de tortura psicológica” e instrumento de pressão para tentar obter delações forçadas.

A defesa contesta o argumento da PF de que havia risco de fuga por parte de Martins. Segundo os advogados, a corporação já monitorava o ex-assessor desde outubro de 2023, quatro meses antes da prisão, por meio de dados telefônicos e de geolocalização:

“A Polícia Federal sabia exatamente onde ele esteve durante os anos de 2023 e 2024: em sua residência, vivendo normalmente com a esposa e atendendo a todas as demandas da Justiça. A PF e Moraes sabiam que ele não estava foragido e, mesmo assim, sustentaram essa mentira para justificar uma prisão abusiva. Trata-se de falsidade deliberada e de evidente desvio de finalidade”.

PROVIDÊNCIAS FORMAIS – Os representantes do ex-assessor também anunciaram que vão pedir providências formais. Entre as medidas listadas, estão o pedido de retirada dos trechos do relatório que citam advogados e jornalistas, a abertura de apuração disciplinar contra o delegado Fábio Shor e representações junto ao Tribunal de Contas da União, à Controladoria-Geral da União, ao Ministério Público Federal e à Ordem dos Advogados do Brasil.

O documento da PF foi enviado a Alexandre de Moraes depois que o ministro deu cinco dias para que a corporação esclarecesse as circunstâncias da suposta viagem de Filipe Martins aos Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022, mesma data em que o então presidente Jair Bolsonaro deixou o país rumo à Flórida.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Excelente editorial enviado por Mário Assis Causanilhas. Mostra que o convívio com o ministro Alexandre de Moraes fez muito mal ao delegado Fábio Shor, que passou também a se julgar onipotente. Ele já perdeu o visto para viajar aos Estados Unidos e agora é um dos candidatos a ser incriminado na Lei Magnitsky, igualando-se a Moraes e passando a ser considerado transgressor das regras dos direitos humanos. (C.N.)

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