
Quando a polícia sai, o crime toma conta desses bairros
Roberto Nascimento
O combate ao crime não basta, o Estado tem que estar presente nos territórios ocupados pelos criminosos e impedir o tráfico e o controle dos comércios do gás, da água em garrafão, da energia, da TV a cabo, dos aluguéis de casas e apartamentos, esse conjunto de ilegalidades imposto pelas milicias e que hoje rendem mais do que vender cocaína e maconha.
Passei hoje pelo Rio das Pedras, Muzema, Tijuquinha e Itanhangá em direção à Barra. Qual a razão das avenidas tão estreitas, mão e contramão. O prefeito Paes duplicou só em Rio das Pedras, e mais nada.
CIDADE SEM LEI – Por dentro dessas comunidades controladas por milícias e facções emerge o caos urbano, uma cidade sem lei, sem Estado e sem Município.
Nessa região, há duas Clínicas da Família, nenhum Hospital e dois CIEPs – um em petição de miséria, quase abandonado, e o outro em bom estado.
Nenhum governador e nenhum prefeito construiu um só CIEP para contar a história, invejosos de que Leonel Brizola foi o governador que fez tudo sair do papel, com o apoio de Darcy Ribeiro e Oscar Niemeyer.
ÓDIO ÀS ESCOLAS – Vou citar os gestores do Rio, que odeiam escolas e professores. Garotinho, Marcello Alencar, Rosinha, Cabral, Pezão, Witzel e Castro. No âmbito municipal todos eles e o atual, Eduardo Paes, que odeia escolas públicas e servidores públicos, portanto, é o pior de todos, mas, pasmem, vai piorar quando ele conseguir o mandato de governador em 2026, ao que tudo indica, pois tem o apoio de Lula, de Bolsonaro e do Malafaia.
Será preciso muita oração para salvar o Rio de Janeiro, porque os políticos e gestores não se unem contra o crime e até disputam ferrenhamente os votos dos criminosos.