
Candidatura depende de amplo arco de alianças
Deu na CNN
A concretização dos planos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) depende da criação de uma estrutura político-partidária competitiva ao governo de Minas Gerais. Isso passaria, inclusive, por uma avaliação de mudança de partido.
Pacheco não estaria resistente por completo e poderia atender a missão de Lula mesmo diante de uma frustração de aliados que tentavam viabilizar uma indicação do ex-presidente do Senado ao STF (Supremo Tribunal Federal).
ARCO DE ALIANÇAS – Tudo dependeria, no entanto, da criação de um arco de alianças, que passam pela formatação de chapa com outros nomes da política mineira, recursos, tempo de televisão, entre outros fatores.
Uma das dificuldades, hoje, está no próprio PSD. A sigla de Gilberto Kassab tem sinalizado preferências por um projeto de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) à Presidência da República e não há chance de Pacheco se alinhar ao bolsonarismo. Recentemente, o vice do governador Romeu Zema (Novo), Mateus Simões, se filiou ao PSD. O plano de Zema é ter Mateus como sucessor no governo de Minas, enquanto se lança em um projeto presidencial.
Uma das opções de Pacheco seria voltar para partidos aos quais já foi filiado, considerando que o senador não se afastaria de perfil de centro para abraçar a esquerda. Antes de ir para o PSD, em 2021, Pacheco foi do MDB, entre 2009 e 2018, e do DEM, entre 2018 e 2021.
FUSÃO – Em 2022, o DEM se fundiu oficialmente ao PSL em uma aliança que deu origem ao União Brasil. Hoje, o União tem uma federação oficializada com o PP, mas ainda sem registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Ainda que a federação também esteja tentando viabilizar a candidatura de Tarcísio contra Lula, o União Brasil tem o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), aliado de Pacheco, como um de seus principais articuladores. Tudo ainda é considerado muito em aberto no cenário para Minas Gerais.
A recente filiação do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, ao PDT também é vista como um movimento focado em um projeto para o governo estadual. Na direita, o nome do senador Cleitinho (Republicanos-MG), também é apontado como possível candidato.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Pacheco precisa acordar e entender que Lula da Silva é um grande atraidor de voto, mas não consegue transferi-los. O PT tem cada vez menos deputados federais e estaduais, senadores, vereadores e governadores. Ser apoiado por ele às vezes atrapalha, ao invés de ajudar. (C.N.)