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quinta-feira, janeiro 29, 2009

Roberto Maia é o novo presidente da UPB

Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
A eleição de Roberto Maia (PMDB), prefeito de Bom Jesus da Lapa, para comandar a União dos Municípios da Bahia (UPB) nos próximos dois anos confirmou a disputa acirrada que se acentuava nos últimos dias da campanha. Com um total de 188 votos a seu favor contra 176 dados a Luiz Caetano (PT), prefeito de Camaçari, o peemedebista comemorou uma vitória apertada de 12 votos. Dos votantes, cinco anularam o voto e dois votaram em branco. Do total de 386 prefeitos aptos a votar, compareceram 369 e apenas 17 deixaram de votar. Embora a eleição tenha transcorrido num clima de tranquilidade, não faltou emoção. Durante a contagem dos votos os dois grupos viveram momentos alternados de alegria e tristeza. O primeiro voto apurado foi para Luiz Caetano. A partir daí, o prefeito Roberto Maia foi colocando uma diferença crescente até chegar aos 30 votos sobre o seu oponente. Contudo, mostrando força, Caetano reagiu e chegou a reduzir a diferença para dez votos, provocando uma grande tensão no meio peemedebista e levantando o astral dos petistas. Com o afunilamento dos votos, a apuração ficou tensa. Nesse instante, com a contagem regressiva, cada voto anunciado era motivo de vibração ou tristeza. Às vezes Caetano avançava, ameaçava zerar o jogo, mas logo Maia regia. Neste clima, a contagem foi encerrada, com a vitória apertada do peemedebista. “Considero emocionante e gratificante. Valeu o nosso trabalho e dos prefeitos. O governo tentou com os seus secretários, mas não conseguiu tirar a nossa vitória”, declarou Roberto Maia, logo após o anúncio do resultado. O candidato peemedebista foi carregado nos braços pelos seus aliados, que gritavam o seu nome com bastante entusiasmo. “O Democratas foi decisivo na participação da chapa”, comemorou Izaque Júnior, prefeito de São Domingos e também eleito como vice-institucional na chapa de Maia. Feliz com o resultado, o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho (DEM), considerado um dos maiores vencedores desta eleição, finalmente saiu do seu silêncio imposto nos últimos ?????E????? ??dias e também vibrou. “Mais uma vez a união DEM/PMDB ganhou”, disse. “A união dos prefeitos foi conquistada com uma busca incessante com um objetivo. Isso aqui representou a união de vários líderes em busca de uma vitória”, declarou o democrata, que votou às 11h30. O mesmo entusiasmo foi demonstrado pelo prefeito de Ourolândia, Antônio Araújo (PMDB), que buscou de forma incansável o voto para Roberto Maia. “Este é um momento de muita alegria. Quero agradecer aos prefeitos, nossos amigos, que souberam dizer não a algumas propostas para dizer sim a outras melhores”, comentou. O prefeito João Henrique chegou para votar às 10h30. O deputado Sandro Régis não escondia a sua preferência por Maia. Os aliados de Maia vibraram com a sua chegada, que representava um apoio forte à candidatura do peemedebista. “Quando os prefeitos escolheram Roberto Maia nós nos envolvemos. E me envolveria com qualquer um do meu partido”, disse, justificando o seu voto. “Os partidos estão na defesa da tese do municipalismo”, acrescentou, evitando desviar o foco da disputa. O presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, também esteve presente, ficando o dia inteiro no local da votação. “Sempre que tiver alguém do meu partido disputando alguma coisa, vou me envolver”, declarou. (Por Evandro Matos)
Caetano aplaudido pela militância
Desde cedo o prefeito Luiz Caetano havia demonstrado o seu espírito democrata. “Se vencer, vou procurar o Roberto Maia. Mas se perder, farei o mesmo. Desde agora me considero um vitorioso. Quem ganhou com isso foi a UPB, que fortaleceu a sua causa. O municipalismo ficou mais forte”, declarou o petista ainda durante a votação. No final da apuração, Caetano teve o seu nome gritado pelos militantes, o que coroou a sua brilhante campanha na reta final. Contudo, nem todos aceitaram a derrota sem protestar. “Se o governador tivesse entrado para valer na campanha o resultado teria sido outro”, declarou um petista, condenando a falta de ação do governador Jaques Wagner (PT) no processo eleitoral. O prefeito de Santo Amaro da Purificação, Ricardo Jasson Machado do Carmo (PSC), um dos principais aliados de Luiz Caetano, também condenou a atitude do governador. “O resultado foi péssimo para o governador, péssimo para a Bahia e para a UPB. Parece que eles não sabem que está na cara que o PMDB está com o DEM”, protestou. Já o deputado federal Nelson Pelegrino (PT), que durante todo o dia esteve ao lado de Luiz Caetano, foi mais prudente nas suas avaliações. “O Caetano mostrou força e equilíbrio nesta eleição. Não houve uma disputa entre o governo, nem com o ministro Geddel. A vitória foi porque eles mostraram tudo que tinham”, disse Pelegrino, aludindo a interferência do ministro da Integração Nacional. Questionado que o ministro não apareceu fazendo campanha e que o governo também agiu nos bastidores, Pelegrino arrematou: “Não é a mesma coisa. Uma ligação de um ministro conta muito mais do que um secretário”. Os aliados de Caetano estavam muito confiantes na vitória. Com vários militantes presentes dentro do Auditório Lomanto Júnior, local da votação, a presença de deputados federais, estaduais, dirigentes e militantes engrossou as fileiras dos petistas. O líder do partido na Assembleia Legislativa, deputado Paulo Rangel, mostrou-se confiante na vitória desde cedo. “Nós ganhamos a eleição. Construímos uma chapa plural”, an?????E????? ??tecipou. O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, também esteve presente para ajudar o seu candidato. “Isso aqui é uma disputa de prefeitos, mas como presidente do PT eu tenho que estar presente”, argumentou. (Por Evandro Matos)
“Não foi uma vitória contra ninguém”, afirma Geddel
Após sair vitorioso de mais uma disputa, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), disse ontem à Tribuna da Bahia que a vitória de Roberto Maia (PMDB) à presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB), que derrotou o adversário petista Luiz Caetano, não foi uma vitória contra ninguém, numa clara referência ao governador Jaques Wagner, correligionário de Caetano. Geddel reforçou que o resultado da UPB foi reflexo da manifestação das urnas, onde a sua legenda saiu fortalecida e negou mais uma vez um tensionamento entre PMDB e PT. “Obviamente que estou feliz com a vitória de Maia (Roberto), mas não foi uma vitória contra ninguém. Apenas prevaleceu a lógica, já que o PMDB foi o partido que mais elegeu prefeitos nas eleições municipais. Foi uma vitória natural. Alguns dizem que sou temperamental, mas eu costumo dizer que sou um praticante da democracia. Por isso, não acredito que a vitória ou a derrota possa estremecer relações. Nesses casos só há dois caminhos: ou se busca o entendimento, ou se parte para disputa. Aí quem ganha, leva, e quem perde busca outra oportunidade”, ponderou. Geddel aproveitou para parabenizar Luiz Caetano pela campanha e se disse otimista com a gestão de Roberto Maia. “Acredito que a vitória dele só engrandece e fortalece a UPB. A eleição é página virada e agora é hora de trabalhar. Espero que ele faça uma gestão municipalizada, que tenha uma equipe competente, que realize bons projetos e que traga recursos do Governo Federal”, disse. Questionado sobre se mais uma vitória poderia fortalecer ainda mais o partido em outras disputas, Geddel apenas falou da disputa na Câmara Municipal de Vereadores, afirmando que o PMDB vai buscar a vaga da presidência na Casa e reafirmou que a legenda não vai apoiar Marcelo Nilo (PSDB) na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa. (Por Carolina Parada)
Eleição entrou para a história
Quem foi ontem à sede da União dos Municípios da Bahia (UPB) pode comprovar que a sua eleição foi uma festa da democracia. Do lado de fora os torcedores dos dois candidatos fizeram o trabalho incessante em favor deles. Tanto os aliados de Luiz Caetano quanto os de Roberto Maia vestiam camisetas, distribuíam panfletos e faziam muito barulho com as suas charangas do lado de fora. O ambiente também ficou tomado por faixas, banners, adesivos e praguinhas dos candidatos. Mas tudo transcorreu num clima de tranquilidade. Apenas no início da tarde houve um pequeno incidente no local da votação envolvendo o deputado Bira Coroa, exigindo uma providência imediata do presidente Orlando Santiago, que suspendeu a votação momentaneamente. No geral, houve muita vibração e gritos em favor dos candidatos, mas tudo dentro de uma normalidade. “Isso só faz fortalecer a entidade. Os prefeitos estão de parabéns porque souberam fazer a festa”, declarou Santiago comentando sobre a eleição.Durante a votação os aliados de Roberto Maia se posicionaram do lado direito do Auditório Lomanto Júnior, enquanto os aliados de Luiz Caetano se posicionam do lado esquerdo. Durante a manhã, os aliados de Maia permaneceram mais na porta de entrada da UPB e os de Caetano se posicionaram dentro do auditório. À tarde, à medida que o tempo passava, a emoção tomava conta de todos. Os aliados de Caetano, entre prefeitos e militantes petistas, com maioria inicialmente, faziam muito barulho e pressão sobre a mesa de votação. Ciente disso, logo os aliados de Maia começaram a medir força.
João faz apelo em nome da paz política
O prefeito João Henrique fez um apelo ao presidente da câmara, Paulo Magalhães Júnior, no sentido de que ele construa um consenso entre os partidos evitando disputas internas no legislativo municipal. João lembrou que o entendimento é fundamental neste momento em que Salvador planeja seu futuro e se prepara para conviver com os reflexos da crise na economia mundial. Para JH, é imperativo o estreitamento das relações entre a Prefeitura e a Câmara de Vereadores visando à implementação de projetos que vão transformar a cidade, melhorando a qualidade de vida das pessoas e reduzindo as desigualdades sociais. ”A Câmara terá um papel de fundamental importância discutindo e aprimorando projetos municipais”, disse o prefeito, confiando na sensibilidade de Paulo Magalhães. “É um político jovem, de uma nova geração. Estou confiando numa decisão favorável, pois ele pensa primeiro nos interesses da sociedade”, comentou o prefeito, após uma reunião, ontem, à noite, com o atual presidente, que teve a presença do deputado federal ACM Neto. João Henrique lembrou que Paulo Magalhães Júnior ocupa a presidência com um parecer jurídico favorável dado pelo Departamento Jurídico da própria Câmara, mas tem a grandeza política necessária para refletir sobre este apelo. “Quero deixar claro que sempre respeitei a independência entre os poderes, mas percebi que a situação estava caminhando para uma disputa que teria a cidade como única perdedora. Este apelo é em nome do pacifismo político. Todos desejam a paz política”, enfatizou o prefeito ressaltando o respeito e apreço que nutre pelo Poder Legislativo. Sobre o DEM, JH voltou a agradecer o apoio recebido no segundo turno, “decisivo” para a sua reeleição. “É um partido que está na base do governo, que faz parte do nosso governo e que com toda a certeza dará valiosa contribuição à administração. Tem experiência e quadros para isso”, concluiu o prefeito, lembrando que existe uma tendência natural de um maior estreitamento com o Democratas.
Fonte: Tribuna da Bahia

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