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sexta-feira, maio 30, 2008

Operação Passárgada: suspeito de rombo milionário é preso

BELO HORIZONTE - A Polícia Federal (PF) prendeu ontem preventivamente o ex-gerente da Caixa Econômica Federal (CEF), Francisco de Fátima Sampaio, acusado de integrar um suposto esquema de fraudes envolvendo a liberação irregular de verbas bloqueadas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), desmantelado em abril pela Operação Passárgada. O ex-gerente foi preso pela manhã, em Belo Horizonte. A PF cumpriu mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal, fundamentado na "garantia da ordem pública e conveniência da instrução penal".
Sampaio foi uma das 50 pessoas presas durante a operação da Polícia Federal - entre elas o juiz da 12ª Vara Federal na capital mineira, Weliton Militão, e 17 prefeitos de Minas e da Bahia - e depois colocadas em liberdade por decisão da Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Ele foi apontado pela PF como a "figura central" do esquema, que teria causado um rombo de mais de R$ 200 milhões aos cofres públicos. O ex-gerente faria a intermediação com magistrados investigados. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Sampaio já foi denunciado por crimes contra a economia popular e contra o Sistema Financeiro Nacional (SFN), falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e prevaricação.
Conforme as investigações, as fraudes consistiam na negociação de decisões judiciais para repassar parcelas do FPM retidas como garantia de pagamento de dívidas previdenciárias dos municípios. A PF também cumpriu dois mandados de busca e apreensão, um em Belo Horizonte e outro em Contagem, na região metropolitana.
Foram apreendidos documentos relacionados à propriedade de imóveis e outros que irão auxiliar na investigação da Operação Passárgada. Sampaio foi preso e levado para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. A assessoria da CEF em Brasília reiterou que o funcionário foi afastado da função e um processo interno de apurar responsabilidades foi aberto pelo banco. A Caixa observou também que auxiliou a PF nas investigações.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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