O ministro Geddel Vieira Lima disse ontem que a candidatura do prefeito João Henrique (PMDB) à reeleição em Salvador é “irremovível” e que ele continuará lutando para obter o apoio do PT, que julga “um grande partido, com um papel importante no projeto, na chapa e na equipe” da futura administração municipal, caso tal aliança vença o pleito em 2008. O ministro está “conversando com o governador nesse sentido” e acredita que Jaques Wagner “vai trabalhar para que o PT não lance candidato”. A recente declaração do governador, de que o ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB) é o candidato da base governista mais bem posicionado na corrida suces-sória, mereceu alguns comentários de Geddel. Ele entende que Wagner apenas constatou algo que as pesquisas apontam, “o que é natural”, mas que não fez qualquer declaração de apoio, o que o teria chocado se tivesse ocorrido. Mas discorda da avaliação de que Imbassahy está na base governista, e explica: “Imbassahy é meu amigo, mas ele e os demais tucanos estão circunstancialmente na base legislativa do governo por uma questão de sobrevivência. Eles não fazem parte da base política de Wagner e em 2010 serão adversários do governador, a não ser que Wagner marche com a candidatura de José Serra à presidência da República”. Acrescentou que os peessedebistas “não subiram no palanque de Wagner em 2006, à exceção de Arthur Maia, e dizem que deram apoio camufla-damente, um apoio envergonhado”. Geddel não parou por aí na sua análise sobre a “incompatibilidade” entre o PSDB e as forças que estão com o governo Wagner. “Por que os tucanos baianos não se mobilizaram pela aprovação da CPMF, não foram a Brasília pedir a seus deputados que votassem a favor? Ao contrário, o deputado Jutahy Júnior votou contra”. E para não deixar dúvida, disparou: “Tem que acabar essa história de que Brasília é uma coisa e a Bahia, outra. Isso não existe”. Ainda com relação às recentes pesquisas para a eleição do próximo ano na capital, o ministro afirmou que se esse tipo de avaliação um ano antes determinasse as alianças político-eleitorais do PMDB, seu partido não teria apoiado Wagner “quando ele era fraco nas pesquisas”, isto é, não chegava a registrar 1% de intenções de votos. E lembrou que na campanha ao Senado, em 2006, “Imbassahy começou lá em cima e terminou em terceiro, não ganhou nem em Salvador”. Sobre o apoio que buscará do PT, disse que, se João Henrique tivesse ingressado nesse partido, o PMDB o apoiaria sem discussão. “É assim que aliados agem. Apóiam, recebem apoio e fortalecem os projetos futuros, com visão de longo prazo”. Ele vê o prefeito como “candidato natural” à reeleição, “assim como Wagner em 2010”, e tem convicção de que o governador, “na hora certa, vai ajudar a preservar a aliança”. Reafirmando que trabalhará “humildemente” pelo respaldo dos petistas e dos demais aliados, como PCdoB e PSB, o ministro disse que, num caso desses, “será pouco provável que o presidente Lula não suba no palanque de João Henrique, que ele tem interesse em ver reeleito”. E sentenciou: “Queremos continuar juntos. Se eles vierem, ótimo. Se acharem que devem tomar outro caminho, paciência, não será o fim do mundo. (Por Luis Augusto Gomes)
Embaixador quer ampliar laços políticos com Brasil
O embaixador de Cabo Verde no Brasil, Daniel Pereira, fez uma visita de cortesia ontem à tarde à Tribuna da Bahia, aproveitando para estreitar mais ainda os laços políticos, comerciais e culturais do seu país com o Brasil, especialmente a Bahia e o Nordeste. Pereira esteve acompanhado do empresário Paulo Sérgio Silva e do prefeito do municipio de Ourolândia, Antônio Araújo Souza. Eles foram recebidos pelo diretor Walter Pinheiro. As relações políticas e econômicas de Cabo Verde com o Brasil podem não ser das melhores mas, segundo o embaixador Daniel Pereira, têm tudo para se ampliar. A sua missão na Bahia pode ainda não ter rendido dividendos comerciais, mas, brevemente, poderá estar nascendo alguma parceria. A criação da Câmara de Negócios entre Brasil e Cabo Verde poderá ser uma delas, e com boas perspectivas de crescimento, devido às características dos dois países, que deverá facilitar ações neste sentido. Pereira disse que, nesta parceria, empresários brasileiros também poderão investir em Cabo Verde e os nossos estudantes poderão ajudar a dinamizar o mercado de turismo do seu país. De lá, viriam produtos como calçados, confecções e serviços, como já acontece em alguns casos. Embora esteja na Bahia cumprindo uma agenda para estreitamento das relações do seu país com o Brasil, Pereira aproveita também para ampliar as ações comerciais. Segundo ele, “atualmente estas relações estão na ordem de R$ 30 milhões, sendo São Paulo e Ceará os estados com maior participação”. Neste intercâmbio existente, Pereira informou que 180 estudantes de Cabo Verde já estudam no Brasil, especialmente em estados do Nordeste, sendo o Ceará o principal. “São estudantes que estão aqui por mérito acadêmico. Cabo Verde oferece 40% das vagas que são oferecidas”, disse, orgulhoso. Ele acha que a tendência é ampliar este mercado. “Nós precisamos muito dos estudantes brasileiros, especialmente os pós-graduados e doutorados”, disse. Nesta troca comercial e educacional, o Brasil tem recebido também calçados e confecções e enviado aço e material de construção civil. Segundo o embaixador, a tendência é o marcado entre os dois países se ampliar. “Nós mantivemos uma política de não alinhamento para preservar a nossa liberdade política e econômica”, disse ele, comentando sobre a posição do seu país em relação à abertura para o mercado. “Nós temos todas as condições de ampliar o nosso mercado comercial. Somos um país democrático, sério, temos estabilidade econômica e possuímos vôos diários para o Brasil”, avaliou. “Precisamos lançar uma outra âncora do nosso desenvolvimento. Nós não podemos ficar somente presos à Europa”, completou. (Por Evandro Matos)
Líder do governo rebate as críticas da oposição
As críticas de alguns vereadores sobre o processo de discussão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano foram rebatidas pelo líder do governo na Câmara Municipal, Sandoval Guimarães (PMDB), e também pelo presidente da Casa, vereador Valdenor Cardoso (PTC). Ambos declararam discordar que as audiências públicas que estão sendo realizadas desde o dia 6 não estão sendo participativas, nem elucidativas. Para Guimarães, há excesso de crítica e escassez de atitudes. “Desde o início do processo que os vereadores da bancada de oposição se manifestam negativamente em relação ao projeto e a sua discussão. Todos cobraram muitas coisas, inclusive uma discussão mais abrangente, mas nenhum deles, em nenhum momento, moveu um fio para ajudar e nem sequer apontaram soluções para os problemas”, lamentou. O líder do governo disse ainda que os vereadores usam a crítica ao plano apenas para se promover e que se estivessem mesmo preocupados com o futuro do PDDU, pelo menos compareceriam às audiências. Segundo Guimarães, apenas 10 vereadores (contando com ele e o presidente da Casa), participaram da segunda audiência, na quinta-feira. “Isso não passa de um proselitismo político. Eles estão preocupados em se promover e não em trabalhar e apresentar soluções."(Por Carolina Parada)
PSDB e PT movimentam política em Salvador
Este final de semana será dos mais movimentados na política de Salvador. Hoje, a partir das 9 horas, o PSDB estará realizando a sua convenção estadual com as presenças do ex-prefeito Antônio Imbassahy, dos deputados federais Jutahy Júnior e João Almeida, dos estaduais Marcelo Nilo (presidente da Assembléia), Sérgio Passos e Emério Resedá, prefeitos, vereadores e lideranças de todo o Estado. Pré-candidato do partido à prefeitura de Salvador e líder de todas as pesquisas realizadas até aqui, Imbassahy chegará ao local da Convenção, no Centro Empresarial Iguatemi, por volta das 11 horas. Segundo informações, os tucanos deverão reelegê-lo para mais um mandato à frente do PSDB. Por outro lado, também hoje, às 18 horas, na Faculdade de Direito da Ufba, na Graça, vai acontecer um debate entre todos os candidatos à presidência nacional do PT. O debate servirá como prévia do primeiro turno do Processo de Eleições Diretas (PED) do PT, no dia 2 de dezembro. Na última eleição do partido, 314 mil militantes votaram e o vencedor teve apenas cinco mil votos a mais do que o segundo colocado. Os candidatos à presidência do PT são Ricardo Berzoini - deputado federal, da ala “Construindo o Novo Brasil”; Valter Pomar - do campo “Esperança é Vermelha”; José Eduardo Cardozo - deputado federal, pertence à tese “Mensagem ao Partido”; Jilmar Tatto - do campo “Partido é pra Lutar”.
Fonte: Tribuna da Bahia
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