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sábado, abril 13, 2013

A prefeita de Jeremoabo que se tornou milagreira...


                                                  Fotos oriundas do site: jeremoabonotícias





Talvez a palavra mais correta que nesse momento poderemos dizer é indignação, pois a prefeita de Jeremoabo está perdida no tempo e no espaço, ou então perdeu o senso de responsabilidade.

A Bahia enfrenta a pior seca dos últimos 40 ou mesmo 80  anos. São 163 cidades em situação de emergência, quase metade dos municípios baianos.


Muitos prefeitos no início desse ano se deslocaram a Brasília com pires na mão alegando que iriam fechar as portas das prefeituras por falta de rescursos, inclusive numa dessas
excussão estava presente a prefeita milagreira de Jeremoabo.
Em tão curto espaço de tempo o milagre aconteceu em Jeremoabo,  a prefeita milagreira "anabel", eliminou a fome e sede da população,   do rebanho bovino e caprino,  adquirindo 17 carros e doando 45 toneladas de sucos de laranja .


 Se a situaçaõ não fosse humilhante, degradante  de exterma gravidade,  eu diria que era hilariante.

Para que os alienados e puxa sacos não pensem que estou escrevendo só para ser contra os milagres da prefeita, transcreverei abaixo um artigo do site  http://www.valmirandrade.com ,   que de certa forma se enquadra perfeitamento nos desmandos do desgoverno municipal de Jeremoabo:

" É certo que a frieza dos números , muitas vezes, faz com se pense o problema neles refletido como algo distante. Deve ser por isso que muitos gestores capengas, despreparados e desumanizados desviam dinheiro do combate às mazelas que a seca vem provocando e aplicam a verba em festa eleitoreira – embora discursem , aos quatro cantos, sobre atos piedosos. Deve ser por verem somente números e não pessoas por trás destes que muitos gestores tratam as consequências da maior seca dos últimos 50 anos apenas como mais um tema pelo qual o político deva fazer caras e bocas na imprensa. No entanto, para quem compreende a gravidade e sente a tragédia que isso representa na vida de milhares de sertanejos, os números , que expõem a realidade dos sertões pernambucano e baiano neste momento, são motivo de profunda tristeza e de urgente necessidade de ações efetivas por parte dos governantes


É inaceitável que um governador (como fez o da Bahia, Jaques Wagner, no Roda Viva, da TV Cultura) diga que “era imprevisível uma seca como essa”. Anunciou, na última quinta-feira(04), que fará poços em centenas de cidades atingidas pela tragédia. E colocou o verbo no futuro: “A Bahia terá mais R$ 50,9 milhões para medidas de enfrentamento aos efeitos da seca”. Por que não fez antes, em seus quase 8 anos de governo? A seca, por acaso, é novidade na vida sertaneja? Não. Do mesmo modo, não é novidade o sofrimento de homens, mulheres e crianças no sertão e o descaso conveniente dos que nunca deixaram que a indústria da seca se acabasse .
...
Mas, na caatinga, a história é outra: os agricultores reclamam da burocracia e da dificuldade de acesso ao dinheiro. Dizem que o milho subsidiado não é suficiente, e já relatam até a ocorrência de desvio do produto. Como as sacas são brancas, sem carimbo da Conab, também fica difícil rastreá-las no caso de comércio irregular’.. . Mas, ao longo dos anos, o mais comum é ver contratações de carros-pipa que só aprisionam sofredores – e os algozes ainda divulgam isso na imprensa. Vergonhoso e repugnante! Os números (até mesmo os oficiais do governo) são funéreos. Em Pernambuco, 17% das propriedades de leite (18.700) encerraram as atividades e que o rebanho mingou de 2,5 milhões para 1,6 milhão de cabeças: 200 mil morreram de sede, 370 mil foram levados para outros estados e 330 mil foram precocemente abatidas. Há 12 meses , não se produz feijão nem milho nos municípios atingidos pela estiagem em Pernambuco. Dos 500 mil hectares de sequeiro (terreno sem irrigação), 370 mil deixaram de produzir em Pernambuco, onde mais de 120 municípios se encontram em estado de emergência. Na Bahia, dos 417 municípios , 240 prefeitura decretaram “estado de emergência”. Diz-se que a seca deve causar uma queda de até 8% do Produto Interno Bruto do estado; sobretudo, agora, depois da perda de grande parte da produção de feijão e milho. A verdade é que esses “decretos de calamidade” são eleitoreiros e mecanismos de corrupção em muitos casos, porque liberam os municípios e estados de realizarem algumas exigências legais de transparência e ainda os permitem receber verbas extras. Basta observar a postura da maioria dos prefeitos depois dos decretos. Pior: contam com a cumplicidade, muitas vezes, de órgãos governamentais ou não, para captar verbas, forjar editais e contratações, condenando os sertanejos a nunca verem o dinheiro e a solução dos caos."

Portanto, para quem possui o mínimo de dicernimento, julga pela razão e não pela emoção ou fanatismo, haverá de convir que a prefeita milagreira está agindo de forma vergonhosa e repugnante, fazendo de conta que não enxerga a cara da miséria!



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