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terça-feira, abril 16, 2013

"“A mesa do pobre é escassa, mas o leito da miséria é fecundo".



Tristeza e indignação vejam os contrastes das imagens da seca no sertão, e a prefeita  “anabel” esbanjando o dinheiro do cidadão-eleitor-contribuinte.

Vá  pra frente Jeremoabo  com uma politicagem desenfreada e impune como a que estamos assistindo!

 “o sertanejo é, sobretudo, um forte”, aguenta tudo.

Pois é agüentar uma irresponsabilidade dessa...

Josué Apolônio de Castro em seu livro Geopolítica da Fome: “A mesa do pobre é escassa, mas o leito da miséria é fecundo.

É impossível não se indignar diante da situação em que vive o povo sertanejo.

Leiam a matéria abaixo que desnuda a imagem em preto e branco do desgoverno da prefeita  “anabel” , (que parece mais com  Os Ultimos Dias de Pompéia),  sem nenhum escrúpulo esbanja o dinheiro do cidadão-eleitor-contribuinte.

Rebanho sendo dizimado pela fome


 Em pleno estado de calamidade devido a seca, carro que a prefeita comprou com o dinheiro do povo


Consequências da seca destroem vida e dignidade do sertanejo “O sertanejo é, antes de tudo, um forte”, Euclides da Cunha



Daniele_BarrettoÉ impossível não se indignar diante da situação em que vive o povo sertanejo: sem comida e água, vendo minguar suas plantações e o gado morrer de fome e sede. Não há que se duvidar de que essa situação é fruto – único e exclusivo - da inoperância e irresponsabilidade de governantes que não possuem como prioridade a vida e a dignidade dos que têm no sertão sua moradia. Sim: único e exclusivo. Isto porque a estiagem - enquanto fenômeno da natureza - é inevitável, portanto, nenhuma culpa a “falta de chuva” pode levar. E também porque, como fenômeno sazonal, é absolutamente previsível – bem como suas óbvias consequências. Talvez, com muita boa vontade com os nossos gestores, entendamos que somente a (longa) duração dessa estiagem não era esperada. No mais, nada que não vitime o sertanejo desde sempre!

No concernente à adoção de medidas que amenizem o sofrimento do povo trabalhador e lutador do sertão, percebemos a realização de muito pouco – ou quase nada. Prefeitos – no exercício do poder discricionário que o legislador pátrio (confiando - num lapso de otimismo - no bom senso dos nossos governantes) o concedeu, optam por investir o pouco que resta nos cofres públicos (afinal, sabemos que a maior parte dos municípios está em situação de quase “falência”) em festas, em Micaretas... e no São João que se avizinha.

O governo do Estado da Bahia não fica atrás das gestões municipais no quesito “omissão”, atuando de forma dinâmica apenas quando o assunto é elaboração de (muita) propaganda institucional. Em meados do primeiro mandato de Jaques Wagner, a Bahia foi invadida por outdoors e peças publicitárias que anunciavam o “Água Para Todos” e o milagre que o programa estava imprimindo pelos rincões do estado. Aí, veio a primeira seca e desmentiu o governador, mostrando que, acima de tudo, se tratava muito mais de Marketing Político bem elaborado e que tinha pouco de eficácia.

No tocante ao Governo Federal... ah, o governo federal... Aos três dias do mês de abril de 2013, a presidente Dilma diz: “Vamos proteger o Nordeste dos efeitos da seca”. Só agora? Dois anos de fome, sede e mortes abate o povo sertanejo... e, AGORA, após o lançamento "semi-oficial" (em rede nacional) de sua candidatura à reeleição, a presidente "descobre" que é necessário proteger o sertanejo? Lá vem mais Marketing Político...

Assembléia Legislativa da Bahia realiza sessão itinerante para debater a seca

No dia imediatamente seguinte ao pronunciamento da presidente Dilma, a Assembléia Legislativa da Bahia realiza "Sessão Itinerante " no município de Juazeiro para discutir os problemas ocasionados pela seca aos sertanejos. Convenhamos: "conversa pra boi (os que restaram) dormir"! A preocupação dos parlamentares não convenceu ninguém!

A fome e a sede do sertanejo, os problemas ocasionados pelos rebanhos/plantações dizimados, não serão aplacados com reuniões para "debater", "discutir" a "Seca na Bahia". Reunião para discutir o que? A seca é alguma novidade? Nossos deputados estaduais não conhecem a seca de perto? Nunca viajaram o interior da Bahia? Debater soluções? Agora? Estavam fazendo o quê que não viram que o povo está morrendo há dois anos? Estavam onde? Em outra Bahia? Na Bahia da propaganda do governo do estado? A seca destrói o sertanejo há décadas e nossos caríssimos parlamentares não sabem quais as soluções? Vão debater agora?

Na sessão, os discursos alternaram entre: elogiar o governo do estado (discurso óbvio da base governista) e criticar ferrenhamente o governador (discurso óbvio dos oposicionistas). Eu quero saber: o que esses deputados fazem com o dinheiro destinado por suas emendas parlamentares? O que os parlamentares da base governista têm conseguido junto ao governo do estado para suas bases eleitorais? O que os parlamentares da oposição estão conseguindo junto aos seus em Brasília? É isso que a gente quer saber! Queremos prática e não "visitinha de deputado não sei onde", nem "discurso contra sei lá o que". Sou até a favor de sessões itinerantes! OK. Mas realizar sessão itinerante para discutir seca a essa altura do campeonato?

Agora o que todo mundo percebe é que essas sessões servem para os cofres públicos bancar viagens caríssimas para deslocar uma Assembléia Legislativa inteira para o interior (com assessores e tudo) em aviões, para aproximar parlamentares (que já estão em campanha) do povo. Me digam, sim, que essas sessões servem para Presidente da Assembléia e parlamentares "inundarem" os blogs e sites do interior com notícias sobre seus louváveis debates e acalorados discursos e... aparecer!!! Aí sim... Achamos o motivo!

Indústria da Seca

Mas há explicações para essa suposta inoperância dos governantes: a indústria da seca é lucrativa! E muito. E sem uma eficiente pressão da sociedade (que tem que estar atenta às ideias/ações meramente eleitoreiras), essa indústria não acabará - jamais cessarão seus lucros porque ela enriquece e movimenta uma grande rede de interesses financeiros e políticos que se sustentam na miséria e indignidade do povo sertanejo (exemplos: políticos que fazem triagem para onde vão mandar recursos do governo beneficiando seus aliados; empresários financiadores de campanha que alugam galpões e carros pipa para órgãos públicos aumentando suas fortunas; prefeitos que não permitem fornecimento de água para todos igualmente, mantendo o povo refém). Quem quer acabar com essa fábrica de dinheiro e voto? Para mim, enquanto as medidas forem "discutir", "debater", "plano de seca isso ou aquilo", "discursos emocionados" - e o povo a esperar morrendo de fome - então a medida está sendo: NENHUMA.

Indecência

Fazer as constatações desse texto é muito triste! Perceber que em pleno século XXI, a indústria da seca está mais forte do que nunca é desolador. Observar que a inoperância do estado tem como finalidade máxima fazer o povo refém de esmolas e da boa vontade de políticos locais que fazem da água moeda de troca com o povo nos indigna.

Até quando seremos um país de políticos indecentes com o seu povo?
Fonte: (http://www.anoticiadovale.com) 




Justiça condena 205 por corrupção, lavagem e improbidade em 2012
15/04/2013 - 08h00

Luiz Silveira/ Agência CNJ

O Poder Judiciário brasileiro transformou em ação judicial, no ano passado, 1.763 denúncias contra acusados de corrupção e lavagem de dinheiro e 3.742 procedimentos judiciais relacionados à prática de improbidade administrativa. Em 2012, a Justiça realizou 1.637 julgamentos, que resultaram na condenação definitiva de 205 réus. Com esses números, a quantidade de processos em tramitação sobre corrupção, lavagem de dinheiro e improbidade chegou a 25.799, no final do ano passado.
Os números, levantados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) junto aos tribunais também mostram que, de 1º janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2011, foi declarada a prescrição de 2.918 ações e procedimentos penais relativos a tais ilegalidades.
Em fevereiro deste ano, a Secretaria-Geral do CNJ, por meio de ofício-circular, solicitou aos tribunais a apresentação dos dados. De acordo com o ofício, um dos objetivos da pesquisa é responder às indagações do Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi), que avaliou de forma desfavorável as ações do Brasil para o combate a esses crimes, especialmente em decorrência da falta de estatísticas processuais.
O Gafi é um organismo internacional sem personalidade jurídica que atua na esfera da Organização para a Cooperação Internacional e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e reúne países com o propósito de fortalecer os mecanismos globais de prevenção e repressão ao crime de lavagem de ativos financeiros e financiamento do terrorismo.
A pesquisa também vai subsidiar o Estado brasileiro no processo de avaliação da implantação da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (Uncac). Outro objetivo é dar cumprimento à Ação n. 01/2011 da Estratégia Nacional contra a Corrupção e a Lavagem de Dinheiro (Enccla), coordenada pelo CNJ, que consiste em implantar mecanismos de levantamento de dados e estatísticas nos órgãos engajados no combate à corrupção, à improbidade administrativa e à lavagem de dinheiro.
Levantamento – Conforme levantamento do CNJ, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) transformou em ação penal, durante 2012, o total de 17 denúncias relacionadas aos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Não houve julgamento desse tipo de ação em 2012. Ao final do ano, 38 procedimentos judiciais relativos à corrupção e à lavagem de dinheiro e sete outros sobre improbidade administrativa estavam em tramitação no STJ.

A Justiça Federal, de acordo com a pesquisa, recebeu, em 2012, o total de 346 denúncias contra crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e 851 procedimentos judiciais sobre improbidade administrativa, que geraram abertura de ações judiciais. Esse ramo da Justiça realizou 141 julgamentos de acusados de corrupção e lavagem de dinheiro, durante o ano passado, e 465 outros relativos à improbidade administrativa. Vinte e cinco réus foram condenados em definitivo. No final de 2012, havia 7.080 procedimentos desse tipo em tramitação na Justiça Federal.
Na Justiça Estadual, a pesquisa aponta para a existência, em 2012, de 1.400 denúncias por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e de 2.891 procedimentos judiciais de improbidade administrativa, todos convertidos em processos judiciais. O Judiciário dos estados realizou 422 julgamentos de acusados de corrupção e lavagem de dinheiro e 609 de réus em processos de improbidade administrativa. Foram condenados em definitivo 180 réus. Com esses julgamentos, a Justiça Estadual fechou o ano com 18.674 procedimentos em tramitação.
Meta – O reforço das ações de combate à corrupção e à improbidade administrativa foi a principal meta aprovada durante o VI Encontro Nacional do Poder Judiciário, realizado pelo CNJ em Aracaju/SE, em novembro de 2012. Na ocasião, presidentes de tribunais assumiram o compromisso de, até 31 de dezembro de 2013, identificar e julgar as ações de improbidade administrativa e ações penais relacionadas a crimes contra a administração pública, distribuídas até 31 de dezembro de 2011, como dispõe a Meta 18.

O ministro Joaquim Barbosa, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, formou um grupo no CNJ para acompanhar a Meta 18. O grupo, presidido pelo conselheiro Gilberto Martins, tem o propósito de identificar as dificuldades e propor soluções para que os tribunais possam julgar as ações de combate à corrupção em prazo razoável.
Para o conselheiro Martins, as estatísticas estão demonstrando que o Judiciário não tem enfrentado o problema com a prioridade exigida, já que elevado número de processos foram prescritos. O grupo já começou a analisar as informações prestadas pelos órgãos do Poder Judiciário para identificar os casos de leniência e apresentar aos tribunais sugestões de aprimoramento e, se necessário, à Corregedoria Nacional de Justiça proposta de responsabilização.
Veja a íntegra do levantamento.
Jorge Vasconcellos e Gilson Luiz Euzébio
Agência CNJ de Notícias

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