MACEIÓ - A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, com o apoio da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do governo de Alagoas, deu início ontem, em Maceió, ao julgamento de oito processos de pessoas que sofreram perseguição ou se sentiram lesadas pela ditadura militar. Desses processos, cinco pertencem a perseguidos políticos já falecidos, mas o julgamento será realizado para que a família tenha direito a reparação.
A sessão foi presidida pela vice-presidente da Comissão de Anistia, Maria Aparecida Bellato, que estava acompanhada de mais três conselheiros. Segundo ela, cerca de mil processos foram abertos para apurar casos de perseguição política a alagoanos e apenas 30% deles já foram julgados. Em todo o País, mais de 60 mil processos foram abertos.
"Estamos aproveitando a nossa passagem da Caravana da Anistia por Maceió para julgar esses oito processos", disse a conselheira, acrescentando que a sessão de julgamento só será encerrada quando julgar o último processo. Na próxima semana, a Comissão de Anistia estará no ABC paulista para julgar os processos de sindicalistas perseguidos.
Jornalista perseguido
Entre os perseguidos políticos de Alagoas que terão os processos julgados em Maceió está o do jornalista e professor universitário Stephanie Brito. Na época do regime militar, ele era estudante em Recife (PE), onde foi preso em maio de 1979 e submetido a torturas físicas e psicológicas. Brito diz que ficou três meses preso. Absolvido em 1971, conta que foi demitido da Indústria Fibras Sintética da Bahia. Por causa das perseguições, só concluiu o curso de Jornalismo 10 anos após sua primeira prisão.
Além do julgamento, foram realizadas palestras. O ex-deputado Aldo Arantes, ex-preso político em Alagoas, foi homenageado pelo Estado durante o evento. Arantes, que era militante do PCdoB e fez treinamento de guerrilha em Pariconha (município do sertão alagoano), foi agraciado com uma placa, simbolizando um pedido de desculpas do Estado de Alagoas.
Arquivo do DOPS
Durante a passagem por Maceió, a Comissão de Anistia recebeu os documentos da época da ditadura militar, que estavam em poder da Universidade Federal de Alagoas. Segundo Leonardo Suarez, assessor técnico da Comissão da Anistia, são cerca de 15 mil documentos que pertenciam aos arquivos do antigo DOPS (Delegacia de Ordem Política e Social). "São fotos, fichas e relatórios sobre as atividades dos presos políticos de Alagoas", afirma.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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