Marcos Zengo
"Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado" - Tiago 4:17
As Escrituras ensinam que quando sabemos fazer o bem e não o fazemos, cometemos o pecado da omissão.
Segundo o Padre Antonio Vieira, "a omissão é o pecado que com mais facilidade se comete, e com mais dificuldade se conhece. E o que facilmente se comete e dificilmente se conhece, raramente se emenda. A omissão é um pecado que se faz não fazendo, pois quem sabe que deve fazer o bem e não faz, nisso está pecando".
Somos omissos quando relativizamos o certo e o errado, calando-nos diante do erro, das falcatruas, das injustiças, da inversão dos valores cristãos, éticos e morais;
Somos omissos quando nos silenciamos diante dos desmandos de agentes públicos, que pensam apenas no "eu", e confundem, intencionalmente, o público com o privado. A célebre declaração de Martin Luther King retrata a nossa realidade: "O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons". Quando os bons se calam, os maus triunfam.
Somos omissos quando perdemos a capacidade de indignação diante daqueles que desafiam a justiça, a ordem pública, a sociedade e as leis, acreditando na pretensa proteção do manto da impunidade.
Somos omissos quando aceitamos, enquanto pais e cidadãos, que as salas de aulas sejam transformadas em laboratórios de manipulação ideológica, expondo nossas crianças a uma inversão de valores.
Somos omissos quando não defendemos a proteção da vida de cada indivíduo desde a sua concepção, permitindo, através da nossa indiferença e irresponsabilidade de alguns, que um ser humano frágil, indefeso e inocente seja assassinato no ventre materno. Madre Teresa de Calcutá disse: "Se nós aceitarmos que uma mãe possa matar o seu próprio filho, como podemos dizer às outras pessoas para não se matarem?". Este é um mandamento do nosso Criador: "Não matarás".
Nossa sociedade precisa de discernimento e de sabedoria, pois podemos marcar a nossa geração através do respeito, da ética, do amor ao próximo, da honestidade e da justiça. Que Deus nos perdoe do pecado da omissão!
Marcos Zengo é advogado, teólogo, pedagogo e conferencista
Foto DivulgaçãoNota da redação deste Blog - Belíssimo texto! A sociedade jeremoabense precisa de conhecimento e verdades, a respeito dos desmandos da administração municipal, principalmente a respeito da malvadeza e atrocidades contra .esses cidadãos humildes, debilitados, abandonados e humilhados, que se deslocam até Salavdor em busca de Tratamento Especializado, entregue ao abandono pela ineficácia do município, omissão e conivência dos vereadores.
Melhor seria se o prefeito e os vereadores saíssem de seus casulos e fossem ver de perto a vida da maioria das pessoas que ao chegar na Casa de Apoio além da doença ficam abandonados sem abrigo e sem alimentação. Melhor será repor para esse cidadão "excluído", o abrigo e alimentação que está sendo roubado. Como dizia Martin Luther King, hoje, “o que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”.
" Vivemos um momento difícil no cenário político brasileiro, onde a corrupção está presente nas três esferas de governo, seja no Legislativo, Executivo ou no Judiciário. A população está desacreditada em face de tantos escândalos. Porém, temos que deixar claro que não são somente os políticos que se acham envolvidos em corrupção. Existem pessoas de todas as classes, tanto do Poder Público ou da Iniciativa Privada.
A despeito disto e, infelizmente, qualquer tipo de corrupção que assola nosso País, recai primordialmente na figura do político, e pasmem senhores, o mais atingido é o Vereador. Seja este Vereador membro de uma Câmara Municipal de cidade de pequeno, médio ou grande porte, sempre é o Vereador o culpado. E por quê? Será que é por falta de informação da maioria da população, que não conhece o verdadeiro papel do Vereador? Ou porque o Vereador é visto como menor na estrutura política brasileira, quando, na verdade, este agente público deveria ser mais demandado? Não no sentido do clientelismo, mas pela possibilidade de contribuir na solução dos graves problemas que se avolumam nas cidades brasileiras. Ou será que é por falta de qualidade desses mesmos Vereadores?
(...)
Sem entrar no mérito político da questão, o Vereador quando eleito deve sim, representar toda a população de uma cidade. Não há que falar em representação de grupos, de bairros, de templos religiosos, ou qualquer outro segmento que represente individualidade por parte do Vereador. Sua ação perante a Câmara deve ser ética, moral e, acima de tudo, compromissada com as reais necessidades de um Município." (Mário José Galavoti - Revista Jus Navigandi.)