Silvia AmorimO Globo
O presidente Jair Bolsonaro apresentou melhora em seu estado de saúde. Porém, ainda não há uma data para ele deixar o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde está internado desde o dia 27 de janeiro. O boletim médico divulgado nesta terça-feira informou que o presidente registrou nas últimas 24 horas redução da coleta de líquido do abdômen. Desde domingo, quando foi submetido a uma punção, Bolsonaro está com um dreno para evitar o acúmulo de secreção no local onde ficava a bolsa de colostomia, retirada no fim do mês passado.
– Não há como adiantarmos previsão de alta. Passada a fase de administração de antibióticos, os médicos vão avaliar – afirmou o porta-voz da Presidência, Otavio do Rêgo Barros.
ATÉ SEGUNDA – Por enquanto, Bolsonaro ficará internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, até a próxima segunda-feira, quando termina o tratamento com antibióticos.
O novo boletim também informou que o presidente começou ontem a ingestão de água, que foi intensificada nesta terça-feira. A equipe médica considerou que houve melhora do estado de saúde do presidente, mas destacou a ausência de data para alta. Bolsonaro está internado desde o dia 27 deste mês para a retirada da bolsa de colostomia.
Ele segue com antibióticos e as visitas permanecem restritas. “O dreno permanece com muito pouco líquido do abdômen. É uma evolução bastante positiva” – afirmou Barros.
ANTIBIÓTICOS – Bolsonaro tem feito fisioterapia na própria cama da unidade semi-intensiva. “Hoje não foi permitido que ele saísse do quarto para caminhar. Atividades do presidente estão restritas a quarto com bicicleta ergométrica” – disse o porta-voz.
Os antibióticos foram introduzidos depois que os médicos notaram no domingo elevação da temperatura do corpo (37,3º C) e acúmulo de líquido na região da antiga colostomia. Inicialmente a expectativa era que o presidente deixaria o hospital nesta quarta-feira.
O acúmulo de líquido na região do abdômen pode ter duas motivações: reação à manipulação do local durante a cirurgia ou um vazamento do intestino. Somente nos próximos dias é que o quadro poderá ficar mais claro.
MILITÂNCIA MALDOSA – Bolsonaro usou as redes sociais na manhã desta terça-feira para criticar a divulgação de notícias sobre a sua recuperação. Submetido a uma cirurgia para a reversão da colostomia há uma semana, ele disse que sua saúde “encontra-se em plena evolução” e que existe uma “militância maldosa”.
Na mensagem, Bolsonaro não fez menção a nenhum caso específico. “Há um gigantesco diferencial entre informar com imparcialidade e fazer militância maldosa. Meu estado de saúde neste momento encontra-se em plena evolução e estou feliz em compartilhar este sentimento com todos! Um dia de cada vez!”, escreveu.
SEM VISITAS – Ele foi submetido a uma punção guiada por ultrassonografia e segue com dreno no local. As visitas continuam restritas e não há compromissos oficiais na agenda do presidente. Na segunda-feira, Bolsonaro recebeu o filho mais velho, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que na semana passada assumiu o cargo de senador. O parlamentar confirmou o encontro e manifestou otimismo com a recuperação do pai.
O presidente tem sido acompanhado mais de perto pela primeira-dama, Michelle, e por outro filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC).