Patrícia França, do A TARDE
>> Wagner testa popularidade em encontro com novos prefeitos
O governador Jaques Wagner embarcou para a Suécia, na noite desta sexta-feira (14), e retorna a Salvador na próxima quinta-feira em meio a um cenário de instabilidade na relação do PT com o PMDB, cuja convivência tem sido tensa desde a eleição do prefeito de Salvador, quando o partido liderado pelo ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) se aproximou do DEM para garantir a reeleição de João Henrique Carneiro (PMDB).
Wagner se ausenta da Bahia numa situação de crise semelhante a que ocorreu na semana pós-eleitoral, quando viajou para Nova Iorque, depois de fazer restrição à participação do DEM na prefeitura e do ultimato dado a Geddel, alertando o ministro de que, se ele pretende disputar o governo do Estado em 2010, não há como o PMDB permanecer na base do governo.
Os sinais de que a crise no casamento de petistas e peemedebistas continua ficaram patentes em três episódios ocorridos, nesta sexta. O prefeito João Henrique não compareceu ao encontro patrocinado pelo governo do Estado, no Hotel Pestana, com prefeitos e vices eleitos dos 417 municípios. Alegou impedimento de agenda: encontro com dirigentes da Caixa Econômica, pela manhã, e compromisso familiares, à tarde.
A ausência do prefeito da Capital pode ter sido motivada pelas opiniões dos deputados federais petistas, Geraldo Simões e Luiz Bassuma, publicadas na edição desta sexta-feira (14) de A TARDE. Simões defendeu o rompimento do governo com o PMDB. “Se eu fosse Wagner, romperia logo”, disse Simões. No raciocínio, se o governo estiver bem e forte para a reeleição, Geddel permanecerá na aliança. “Mas se não acontecer, com certeza, o PMDB estará em outro grupamento político”.
Em artigo assinado, Bassuma se refere ao ministro como “cacique do PMDB” que se valeu do estilo de fazer política dos “velhos coronéis” para atrair “viúvas do carlismo”. E defendeu "um inadiável rompimento político com essas forças lideradas por Geddel, sob pena de o governo continuar sofrendo uma sangria em virtude do uso intensivo da estrutura do Estado para beneficiar exclusivamente seus redutos eleitorais, ao mesmo tempo em que faz a cooptação de outros".
O ministro Geddel Vieira só soube das criticas de Geraldo Simões e Luiz Bassuma, nesta sexta-feira à noite, ao retornar de Manaus, onde participou de reunião do Conselho Deliberativo da Sudam. ”Interpreto como provocações absolutamente tolas“. Disse que não reconhece, em nenhum segmento do PT da Bahia, ”autoridade política e moral para criticar, de forma séria, membros do PMDB da Bahia“.
“Depois da posição adotada pelo PT na disputa por Salvador (rompeu com João no último ano), sinto-me à vontade para reafirmar que posso ser candidato a tudo, dependendo das circunstâncias e dos estímulos que receber do povo do meu Estado”. O apoio do PMDB no Legislativo, segundo Geddel, não está condicionada a cargos no governo. “E sim, à percepção de que o governador tem disposição de dar rumos administrativos claros ao seu governo, como faz agora, afastando os ineptos e incompetentes, que fazem com que a avaliação do governador ainda esteja abaixo daquilo que a Bahia espera”, acrescentou.
Antes de embarcar, Wagner – que vem num esforço para ampliar sua base na Assembléia e sedimentar sua reeleição em 2010 –, tratou de amainar os ânimos dos liderados rebeldes. Disse que não podia impedir a manifestação de cada parlamentar, mas que governador só há um. “Prefiro que, atendendo à decisão do governador, que é quem tem de conduzir essa aliança, não aumentem a temperatura“.
O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, também minimizou mais este ruído entre PT e PMDB. ”São posições isoladas“, disse, adiantando, que o Diretório Estadual divulga nota, hoje, reafirmando que a prioridade do PT é reeleger Wagner em 2010 e ”que o PMDB, assim como a consolidação de uma aliança com o centro, é importante para esse projeto“.
FONTE: A Tarde
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