BRASÍLIA - A presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) foi esvaziada ontem por volta das 17h45 após um funcionário ter aberto uma carta manuscrita na qual havia ameaças ao presidente, Gilmar Mendes, e um pó com cheiro muito forte, similar a inseticida. De acordo com a assessoria de imprensa do STF, o pó foi aspirado pelo sistema de ar condicionado do tribunal.
Os funcionários do 3º andar do edifício-sede do STF, onde está a presidência, foram liberados. Uma equipe da Polícia Federal foi chamada para fazer perícia no local. Destinatário da carta, Gilmar Mendes não estava no tribunal. Tinha saído pouco antes para viajar para o Maranhão, onde fará uma palestra.
A carta com o pó não foi o único incidente registrado ontem no Supremo. Às 17 horas, o tribunal recebeu uma ligação anônima na qual era informado que havia uma bomba no subsolo de um dos prédios anexos. Funcionários da segurança do STF, que, segundo a assessoria de imprensa, são treinados para fazer varreduras desse tipo, não encontraram nada. Há 15 dias, uma ameaça semelhante de bomba foi recebida pelo Supremo e também nada foi descoberto.
Nos últimos meses, o STF está tomando medidas mais efetivas para garantir a segurança de seus ministros. As providências foram adotadas após ministros terem sido vítima de alguns incidentes. Em junho, Gilmar Mendes sofreu uma tentativa de assalto quando fazia uma caminhada pela orla de Fortaleza. Em dezembro de 2006, ele e a então presidente do Supremo, Ellen Gracie, foram assaltados no Rio de Janeiro. No assalto, foram levados o carro oficial onde eles estavam, malas, documentos e objetos pessoais.
Diante desse episódio ocorrido no Rio, o Supremo passou a alugar carros blindados para transportar ministros em municípios considerados violentos. No sistema do STF, há registros de locações de automóveis de luxo blindados por valores que variam de R$ 775 a R$ 1.550. Além do uso dos blindados em viagens, foi intensificada a segurança do presidente do Supremo em Brasília. O carro que conduz Gilmar Mendes é sempre acompanhado por outro automóvel no qual estão seguranças da presidência do STF.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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