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quarta-feira, agosto 31, 2022

É por essas e outras que a Câmara de Vereadores de Jeremoabo não tem autoridade para denunciar as improbidades do prefeito e seu grupo de vereadores.

 











 O (des)governo municipal de Jeremoabo, insatisfeito com  centenas de casos de autopromoção bancada com o dinheiro do povo, resolveu aumentar o desrespeito bancando também as custas do erário público, promoção pessoal de vereadores.

A que ponto chegou a insensatez e a esculambação na adminsitração municipal de Jeremoabo!!!

Enquanto o prefeito e os vereadores do seu grupo esbanjam em proveito próprio o dinheiro público, falta dinheiro para transportar doentes para a cidade de Paulo Afonso.

Hoje pela manhã recebi a seguinte mensagem que deixo de informar a identidate do remetente para que o mesmo não sofra mais perseguição:

BOM DIA SR DEDE, ONTEM ESTIVE NA CASA DE PEDRA PARA PEDI UM CARRO PARA LEVAR MEU PAI A PAULO AFONSO, CHEGANDO LÁ UMA TAL DE RITA DISSE QUE NÃO TINHA, O FILHO DELA TEM UM CARRO LOCADO, ESSE CARRO É NA MÃO DO FILHO PRA CIMA E PRA BAIXO , E ELA DIZER QUE NÃO TEM É INADMISSÍVEL, UM CARRO LOCADO AO MUNICÍPIO FICAR NA MÃO DO DONO EM FARRA PRA CIMA E PRA BAIXO, NÃO SEI O PQ DESSE CARRO NÃO ANDAR A FAVOR DO MUNICÍPIO, ESSA SEMANA VOU AVERIGUAR DIREITINHO, SÓ SEI QUE É UM PALIO BRANCO , FISCALIZE, PA TIRAR MINHAS DÚVIDAS, PASSEI AGORA DEFRONTE A IGREJA, E O VEÍCULO SE ENCONTRA AO LADO DA CASA DE SUA FAMILIA "

Caro leitor, quem deveria estar fiscalizando essa sangria contra o dinheiro público erá os vereadores, aliás ontem na sessão da Câmara mais uma vez denunciaram veículos de secretários e funcionários alugados a prefeitura em nome de laranjas; vamos aguardar para esperar que algum milagre venha acontecer e eles vereadores ingressem com uma representação provocando o Ministério Público, caso você não acerdite em milagres, registre um B.O., na Polícia, já que é o direito do seu pai que está sendo lesado.


A educação é transformadora e a corrida ainda é desigual

 

Leonardo Bento, professor da Camino School

 

Por Fernando Shayer e Leonardo Bento*


Eu tive todos os privilégios que têm um jovem branco brasileiro de classe média. Fui a uma boa escola, paga pelos meus pais. Frequentei uma excelente faculdade pública gratuita e, até hoje, me pergunto o porquê de não pagar as mensalidades. O mercado de trabalho estava aberto para mim, e jamais alguém questionou minhas origens.

Demorei para notar com clareza como sou parte de um país muito opressor, em todos os sentidos, e como eu ajudava a preservação dessa situação, com minha omissão. Percebo hoje que estamos num momento histórico, em que muitos passos estão sendo dados, no mundo todo, para uma transformação na maneira como abordamos o racismo. Trabalho com o professor Leonardo Bento, na Camino School, que tem uma história de luta e conquistas, que me inspira diariamente a evoluir, bem como nossos colegas e alunos. Nessa perspectiva, convidei-o para contribuir com sua visão nesta coluna. É o lindo texto que segue:

 

Numa corrida de atletismo, normalmente vence quem está melhor preparado. Mas imagine que a corrida envolvesse um competidor que teve acesso a todas as possibilidades de alimentação, treino, acompanhamento médico e psicológico, e o outro que estivesse com seus músculos atrofiados, por ter, desde o início de sua vida, ficado amarrado. Como seria o resultado?


Na época em que tinha a idade dos meus alunos atuais, entre dez e 13 anos, eu já me fascinava com português, inglês e história. Algo me dizia que precisava aprender bem a minha língua e inglês para conversar com pessoas de outros países. Com o tempo, entendi que aprender outra língua numa escola de periferia seria algo inalcançável.


Já a história, eu sabia que me daria a possibilidade de ler o mundo. Desde pequeno, eu gostava também de histórias de famílias. Nas atividades de construção de árvores genealógicas, percebi com angústia que as árvores de outras crianças pretas chegavam à raiz muito rapidamente, nunca passando da terceira geração, assim como a minha, que parava na minha avó materna. Já as dos meus colegas brancos, com auxílio dos pais e recorrendo a documentos bem guardados, chegavam até a quinta geração. Onde estava a minha história?


Certa vez, ao tratar do tema da escravidão numa turma de 40 alunos em que mais da metade eram crianças negras, a professora afirmou que os africanos e seus descendentes precisavam ter sido escravizados para terem tido acesso à civilização, a uma religião e a uma língua, para deixarem de ser preguiçosos. Ou seja, a minha história e a de tantas outras crianças negras iniciava-se e terminava na escravidão: naquele momento, fiquei de mal com a história.


Conforme fui crescendo, a razão para essa narrativa violenta e cristalizada, que faz parte de uma ideologia de apagamento de uma história de luta, resistência e superações, ganhava sentido para mim. Percebi a condição em que a maior parte da população negra se encontrava, pois as desigualdades sociais já eram muito evidentes e, muitas vezes, se confundiam com o viés racial.


Foi no período em que precisei entrar no mercado de trabalho como técnico em eletrônica e ajudar na renda familiar, que percebi que a minha realidade não mudaria, se eu não fizesse um curso de graduação. Ingressei no pré-vestibular para Negros e Carentes, movimento social em prol da educação, que tinha como meta preparar alunos negros e periféricos para ingressar em universidades de qualidade. Para além disso, o movimento nos tornava cidadãos conscientes de nosso lugar na sociedade e apresentava as nossas identidades negras e periféricas de forma positiva, como nenhuma escola em que passei havia sido capaz de fazer. Foi um professor desse cursinho, matemático e filósofo, que me fez retomar as pazes com a História e que me convenceu da importância de enxergá-la com outras lentes.


O PVNC foi a organização que mudou a minha vida e a de tantos outros jovens nos anos 2000. Além de voltar a ela para dar aulas nos núcleos, aos fins de semana, íamos espalhando cursinhos pela cidade do Rio de Janeiro e em seu entorno, pois nossa crença na educação se conectava com a mobilidade social. Por meio dela, poderíamos buscar resolver a atrofia dos músculos de nossos corredores.


Um ano após o meu ingresso na Universidade Federal do Rio de Janeiro, teve início um amplo debate sobre ações afirmativas nas universidades, com reserva de vagas para estudantes negros. Criavam-se, assim, políticas públicas que tinham como objetivo equilibrar desigualdades históricas que foram estabelecidas pelo passado escravocrata, pelos privilégios e pelo racismo estrutural. Teríamos uma onda de ampliação de direitos no país.


Passados quase vinte anos, assistimos um movimento de escolas básicas privadas que passaram a endossar a inclusão, ao reservar vagas para alunos negros. Vivenciar essa nova realidade me faz ver o quanto a diversidade é enriquecedora para o ambiente escolar. Aquela ideia que tinha quando menino, de poder conversar em outra língua com pessoas de outras partes do mundo, hoje tornou-se possível com alguns de meus alunos.


Mas percebo que a eficácia dessas ações antirracistas depende também de se alterar a postura dos docentes, e o próprio currículo, para que os jovens negros sejam acolhidos sem hostilidades e sejam verdadeiramente valorizados. Ou seja, a gestão e toda a comunidade escolar precisam estar sensibilizadas para o letramento racial.


As soluções aos problemas do racismo vão além da denúncia por quem as sofre. Elas incluem o engajamento e ação cotidiana de pessoas brancas que assumam para si posturas antirracistas. Indico aqui a leitura do Pequeno Manual Antirracista de Djamila Ribeiro, um bom início para quem não tem familiaridade com o tema.


Hoje, graças à luta incansável de Zumbi dos Palmares, Dandara, Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento, Luís Gama, André Rebouças, Antonieta de Barros e Abdias do Nascimento, pessoas negras que dedicaram parte de suas vidas à equidade social, podemos começar a vislumbrar uma corrida em que os jovens negros das futuras gerações entrem em igualdade de condições com os demais. Mas ainda há muito a ser feito.


*Leonardo Bento é professor da Camino School e Fernando Shayer é cofundador e CEO da Cloe, plataforma de aprendizagem ativa

Escândalo de imóveis da família Bolsonaro | Ator de Pantanal sofre acidente

 

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No Vale do Javari, a crescente criminalidade continua a ser combatida apenas pelos indígenas

Publicado em 31 de agosto de 2022 por Tribuna da Internet

Quem matou Dom e Bruno? Como estão investigações sobre crime - BBC News  Brasil

Sem a Polícia Federal, a criminalidade volta a reinar no Vale

Augusto Tomazini

Já faz quase três meses do assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips no Vale do Javari. Apesar da brutalidade do crime, as vítimas foram alvo de fake news e, inclusive, tratados como culpados pelo próprio presidente da Funai, Marcelo Xavier, que nessas fases (ou fezes) nebulosas não se omite em ajudar servidores corruptos.

Não obstante as prisões realizadas pela Polícia Federal, a situação sistemática de omissão do setor público perante quadrilhas transnacionais permanece inalterada. A Polícia Federal se foi, está tudo como antes.

CONSÓRCIO DE QUADRILHAS – Segundo as investigações realizadas, o indigenista brasileiro e o jornalista inglês foram mortos por um consórcio de quadrilhas de criminosos ambientais e traficantes de drogas.

Pelas apurações da Polícia Federal, eles trabalhavam para ajudar a coibir a pesca ilegal na região e Dom Phillips teria fotografado alguns dos membros da quadrilha para documentar provas.

Assim, cutucaram um vespeiro de ilegalidades, pois, um dos suspeitos de ser o mandante era um estrangeiro conhecido como “Colômbia”, e comprava o pescado ilegal para vender a outros países, assim lavaria o dinheiro ganho com o tráfico de cocaína.

CORREDOR DO TRÁFICO – É importante ressaltar a omissão do poder público em uma região que é um importante corredor do tráfico de drogas para o resto do mundo há várias décadas.

A reação inicial foi morosa. E pessoas importantes, como o dirigente da Funai e o presidente da República, manifestaram-se de forma hostil contra as vítimas, uma postura lastimável e que não atende aos interesses nacionais. Afinal, as terras destinadas ao usufruto dos indígenas são terras da União, e defendê-las contra invasores estrangeiros ou nacionais é defender o Brasil.

MURALHAS VIVAS – Portanto, constata-se que são os bravos indígenas que permanecem como “muralhas vivas” contra os ataques de criminosos ambientais, narcotraficantes e ladrões de terras públicas (eufemisticamente chamados de grileiros).

Hoje temos cerca de 13% das terras brasileiras destinadas à sobrevivência de povos autóctones e são as mais bem preservadas ambientalmente do país.

É sempre importante reiterar que estas terras são de propriedade da União e que a verdadeira injustiça está em apenas dez pessoas concentrarem a propriedade de mais da metade da riqueza do restante do país. É pena que este assunto não seja discutido nem mesmo na campanha eleitoral.

Novo corregedor de Justiça quer eleições tranquilas e evitar radicalização de juízes

 Quarta, 31 de Agosto de 2022 - 11:40

por Redação

Novo corregedor de Justiça quer eleições tranquilas e evitar radicalização de juízes
Foto: CNJ

O ministro Luis Felipe Salomão, novo corregedor nacional de Justiça, foi empossado nesta terça-feira (30), em sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O novo corregedor afirmou que atuará na prevenção de atos de radicalismo político disciplinando a atuação dos juízes brasileiros. 

 

Segundo ele, há preocupação com manifestações dos magistrados. “A Corregedoria Nacional tem uma função muito importante não apenas disciplinar, mas na orientação do Poder Judiciário. Estaremos à disposição do Tribunal Superior Eleitoral, dos juízes eleitorais, e da Presidência do CNJ, no sentido de evitar atos de radicalização política, visando eleições tranquilas”, disse Salomão.


O ministro também citou como ênfase de seu novo trabalho a garantia do bom funcionamento do Judiciário. Para ele, a Corregedoria pode ter um papel de destaque para ajudar a destravar as atividades da Justiça, cuja sobrecarga de processos exige um empenho coletivo em busca de soluções.


Durante a cerimônia de posse, o presidente do CNJ, ministro Luiz Fux, disse que a vasta experiência do corregedor empossado vai contribuir para a edificação de um Judiciário independente, fortalecido e cada vez mais atuante na defesa do Estado Democrático de Direito, das leis e da busca incessante da paz social. “Um juiz vocacionado não procura a toga: é a toga que o escolhe. A magistratura consiste num verdadeiro sacerdócio. Deveras a toga escolhe homens e mulheres dispostos a abrir mão dos confortos da vida privada em troca da realização da sua missão maior, ou seja, a construção de um Sistema de Justiça democrático e acessível, capaz de efetivar a pacificação social e a segurança jurídica para todas as pessoas, principalmente para aquelas minorias vulneráveis mais necessitadas”, afirmou.


A cerimônia contou com a presença do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, e dos presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Também compareceram à solenidade a próxima presidente do CNJ e atual vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber; a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Conselho da Justiça Federal, ministra Maria Thereza de Assis Moura; o subprocurador-geral da República, Alcides Martins; o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti; o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes; os ministros do STF, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Nunes Marques; o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Manoel Pereira; o vice-presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministro Péricles Aurélio Lima de Queiroz; a presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, além de outras autoridades.

Bahia Notícias

TRE-BA: Eleitor já pode consultar o local de votação atualizado no e-Título

 Quarta, 31 de Agosto de 2022 - 14:20


por Redação

TRE-BA: Eleitor já pode consultar o local de votação atualizado no e-Título
Foto: Divulgação / TRE-BA

Os novos locais de votação temporários de eleitoras e eleitores que pediram a transferência dentro do praz, já estão disponível no aplicativo e-Título e no site do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).

 

Entre julho e agosto, a Justiça Eleitoral abriu a possibilidade para o cadastro do voto em trânsito, por exemplo, que ocorre quando a pessoa sabe que estará fora de sua cidade no dia da eleição e pede para votar em outra capital ou cidade com mais de 100 mil eleitores.

 

O local de votação também pode ser alterado em outras situações, tais como: seções especiais para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; policiais, bombeiros e outros militares que vão trabalhar no dia das eleições e podem votar onde vão atuar; presos provisórios e adolescentes que cumprem medida socioeducativa em unidades de internação;  juízas e juízes, servidoras e servidores da Justiça Eleitoral que precisam votar onde vão trabalhar.

 

PASSO A PASSO

 

Na página do TRE baiano (www.tre-ba.jus.br), basta clicar no menu “Eleitor e eleições” na barra superior da página, e depois acessar Título e local de votação. Depois, basta pesquisar pelo nome ou número do título de eleitor ou CPF. Preenchidos os dados, a página vai informar o número da inscrição eleitoral, a zona eleitoral e o local de votação, com endereço completo.

 

Já o aplicativo e-Título, que é uma versão digital do título de eleitor, informa o local de votação logo no início, abaixo do nome do eleitor. Além disso, por meio de ferramentas de geolocalização, o app guia a pessoa até a respectiva seção eleitoral. O aplicativo pode ser baixado gratuitamente em dispositivos móveis nas lojas virtuais Apple Store e Google Play.

Bahia Notícias

PF pensou (?) que os “empresários golpistas” pretendiam mesmo interferir nas eleições

Publicado em 31 de agosto de 2022 por Tribuna da Internet

A representação sem provas – O Bastidor

Moraes errou ao autorizar operação de busca e apreensão

Deu no Correio Braziliense
Agência Estado

Ao pedir autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer buscas em endereços ligados a oito empresários bolsonaristas, a Polícia Federal defendeu uma rápida atuação sobre mensagens que, segundo os investigadores, indicariam a trama de um golpe em caso de eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro.

O delegado Fábio Alvarez Shor ressaltou a proximidade das eleições 2022 e o acirramento da polarização, defendendo uma atuação enérgica do Estado quando vislumbra-se a possibilidade de incentivo a ameaças e a articulações destinadas à abolição do Estado Democrático de Direito seja pela supressão de um de seus poderes ou pelo uso do poder econômico para interferir na opção de voto do cidadão.

DISSE A PF – “Diante da gravidade dos fatos e da necessidade de contextualizá-los com o momento pré-eleitoral de acirramento da polarização, propõe a Polícia Federal a adoção de medidas voltadas ao esclarecimento dessa situação, bem como focadas na dissuasão desse tipo de conduta, que possui risco de gerar ações violentas por adesão de voluntários, considerando o meio em que se praticam os atos (aplicativos de comunicação) e a nítida intenção de ação de cooptação de pessoas em razão do poder econômico do mencionado grupo, bem como utilizando da posição hierárquica junto à funcionários para angariar votos ao candidato apoiado pelos empresários por meio de pagamento de bônus em dinheiro ou em prêmio legal pra todos os funcionários'”, registra trecho da representação que culminou na operação aberta na terça-feira, 23.

A Polícia Federal disse que a ofensiva serviria para descobrir se existia orquestração de pessoas com o objetivo de apoiar e/ou patrocinar a atos de ruptura, compra de votos, interferência na lisura do pleito eleitoral e a arregimentação de pessoas aderentes a ruptura do Estado democrático de direito.

FATOS GRAVES – No documento os investigadores reproduziram os diálogos travados entre os empresários sob suspeita, indicando que os fatos investigados, apesar de serem propalados por meio de aplicativos de mensagens, não podem ser desprezados pelo Estado.

“Como é sabido, mensagens de apoio a atos violentos, ruptura do Estado democrático de direito, ataques ou ameaças contra pessoas politicamente expostas têm um grande potencial de propagação entre os apoiadores mais radicais da ideologia dita conservadora, principalmente considerando o ingrediente do poder econômico e político que envolvem as pessoas integrantes do grupo”, diz trecho da representação.

Ainda segundo a PF, as mensagens ainda demonstram a intenção, bem como apresentam a potencialidade de instigar uma parcela da população que, por afinidade ideológica e/ou por subordinação trabalhista (funcionários dos empresários), é constantemente utilizada para impulsionar o extremismo do discurso de polarização e antagonismo, por meios ilegais, podendo culminar em atos extremos contra a integridade física de pessoas politicamente expostas ou proporcionar condições para ruptura do Estado democrático de direito.

CONEXÃO PROBATÓRIA – O pedido foi deferido pelo ministro Alexandre de Moraes, que levou em consideração não só as informações apresentadas pela Polícia Federal para determinar as buscas contra os aliados de Bolsonaro. O magistrado se baseou também em provas colhidas em outras investigações sobre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), entre elas a que debruça sobre as fake news e as milícias digitais.

Um juiz instrutor que trabalha no gabinete de Moraes apontou “conexão probatória” entre as suspeitas que recaem sobre os empresários e as apurações que correm sob a relatoria do ministro.

Em despacho de mais de 30 páginas tornado público nesta segunda-feira, 29, Moraes disse ver indícios de uma “verdadeira organização criminosa” antidemocrática.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Por que Moraes tornou público o pedido de busca e apreensão? Ora, o ministro quer tirar o dele da reta, como se dizia antigamente, para culpar apenas a PF. O delegado federal Fábio Alvarez Shor de fato agiu irresponsavelmente. Porém, Moraes também tem culpa, porque devia ter dimensionado o verdadeiro alcance do pedido, e negado autorização, é claro. (C.N.)a

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